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DESTAQUES
Índice OPME registra discreta queda de 0,04 em setembro
O poder da Inteligência Artificial na medicina de precisão
Digitalização já é realidade e inevitável para hospitais e clínicas
Instituto Panamericano da Visão é o primeiro no Pop List 2024
Goiás é pioneiro no exame genético de detecção do câncer de mama pelo SUS
Em reunião com Fundahc, Pollara não apresenta proposta para quitar dívida de R$ 86 milhões com maternidades
MEDICINA S/A
Índice OPME registra discreta queda de 0,04 em setembro
O Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (I-OPME) teve discreta queda em setembro com variação de -0,04%. Comparativamente a outros índices, esse resultado ficou abaixo das variações registradas pela inflação ao consumidor, dada pelo IPCA/IBGE (+0,44%), pelo IGP-M/FGV (+0,62%), que abrange a inflação ao consumidor, no atacado e os custos da construção civil; e pelo IPM-H (+0,04%), que mede o comportamento dos preços dos medicamentos para hospitais.
Desenvolvido em conjunto pela Fipe e pela Bionexo, empresa líder em soluções tecnológicas SaaS para gestão em saúde, o Índice OPME acompanha a evolução dos preços dos itens transacionados entre fornecedores e hospitais por meio da plataforma Opmenexo, que processa mais de 3 mil cotações diárias de preços para mais de 45 mil produtos do setor.
Elaboração: Fipe, com base em dados de transações da plataforma Opmenexo
Entre as especialidades que compõem a cesta de cálculo do Índice OPME, os resultados mensais foram heterogêneos. No campo positivo, destacaram-se as variações em: sistema genital e reprodutor (+0,65%); sistema musculoesquelético e articulações (+0,62%); cabeça e pescoço (+0,35%); sistema urinário (+0,19%). No contraponto, registraram queda: sistema digestivo e anexos (-0,06%); sistema nervoso central e periférico (-0,45%); e sistema cardiocirculatório (-0,57%).
Elaboração: Fipe, com base em dados de transações da plataforma Opmenexo. Nota (*) Agrega as seguintes especialidades: cabeça e pescoço; olhos; orelhas; nariz e seios paranasais; parede torácica; sistema respiratório e mediastino; pele e tecido celular subcutâneo/anexos; transplantes de órgãos e outros (não listados)
Por outro lado, considerando o balanço parcial de 2024 (até setembro), o Índice OPME registrou leve incremento de 0,18%. Entre as especialidades consideradas na cesta de cálculo do índice, as variações acumuladas foram: sistema cardiocirculatório (+1,32%); sistema genital e reprodutor (+0,82%); sistema digestivo e anexos (+0,20%). Caíram as seguintes categorias: sistema nervoso central e periférico (-0,26%); sistema musculoesquelético e articulações (-0,45%); cabeça e pescoço (-0,69%); e sistema urinário (-2,21%).
Elaboração: Fipe, com base em dados de transações da plataforma Opmenexo. Nota (*) Agrega as seguintes especialidades: cabeça e pescoço; olhos; orelhas; nariz e seios paranasais; parede torácica; sistema respiratório e mediastino; pele e tecido celular subcutâneo/anexos; transplantes de órgãos e outros (não listados). (**) Variações acumuladas no ano até setembro/2024
Considerando as séries históricas disponíveis (entre janeiro de 2017 e setembro de 2024), o Índice OPME exibe um recuo de 0,12% nos preços de próteses, órteses e materiais especiais. Os preços por especialidade apresentaram o seguinte comportamento neste período: cabeça e pescoço (+19,15%); sistema musculoesquelético e articulações (+7,31%); sistema nervoso central e periférico (+2,55%). Por outro lado, registraram baixa: sistema digestivo e anexos (-1,00%); sistema genital e reprodutor (-2,07%); sistema urinário (-3,78%); e sistema cardiocirculatório (-9,31%).
Elaboração: Fipe, com base em dados de transações da plataforma Opmenexo. Nota (*) Agrega as seguintes especialidades: cabeça e pescoço; olhos; orelhas; nariz e seios paranasais; parede torácica; sistema respiratório e mediastino; pele e tecido celular subcutâneo/anexos; transplantes de órgãos e outros (não listados). (**) Considera os últimos 12 meses encerrados em setembro/2024
Na perspectiva de Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe: “os resultados mais recentes do Índice OPME revelam que, em média, os preços de órteses, próteses e materiais não apresentaram variações significativas nos últimos meses. Em particular, a variação registrada pelo Índice OPME em setembro de 2024 (-0,04%) situou-se acima da média esperada para esse mês no histórico do índice (-0,18%), ou seja, os preços recuaram menos do que seria esperado para esse período do ano. Na análise desagregada, os aumentos observados nos preços de itens relacionadas ao sistema genital e reprodutor, sistema musculoesquelético, cabeça e pescoço colaboraram para contrabalancear os recuos nas demais especialidades, como sistemas cardiorrespiratório, nervoso e periférico. Já olhando para o cenário macro, é possível que fatores relacionados ao dólar valorizado tenham reflexos sobre o custo de internalização de produtos importados”.
Por dentro do índice
O Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (Índice OPME) é o primeiro indicador dedicado a analisar o comportamento de preços de produtos e materiais transacionados entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro e é resultado da parceria entre Fipe e Bionexo.
A cada mês e para cada material, calcula-se um índice que indique a variação de seu preço em relação ao mês de referência, levando em consideração variáveis que podem ser relevantes para determinar o preço, entre elas: (1) quantidade de itens requisitados no mercado; (2) discriminador de produto (dado que uma única família pode ser composta por múltiplos produtos); (3) localização do hospital e do fornecedor; (4) convênio; e (5) procedimento de urgência. Os produtos são agrupados em oito especialidades e ponderados de acordo com uma cesta de valor total transacionado na plataforma Opmenexo. O Índice OPME consolida o comportamento dos índices dos preços de cada especialidade.
Apesar de estar correlacionado a outros indicadores, o Índice OPME não mensura ou influencia o comportamento de preços de produtos e materiais no varejo. Ele não reflete diretamente em mudanças ou substituições tecnológicas, nem tem relação direta com os custos de hospitais e planos de saúde. Os dados apontam tendências de preços para negociações entre fornecedores e instituições hospitalares.
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O poder da Inteligência Artificial na medicina de precisão
Por Igor Couto
Diante de uma capacidade impressionante de analisar e dissecar enormes volumes de dados de forma imediata, a inteligência artificial se tornou foco prioritário para trazer aprimoramentos e otimizações em diferentes áreas de atuação da sociedade. Contudo, a medicina tende a ser um setor com maior possibilidade de impacto perante às novidades trazidas pelo recurso.
Os números mostram por si só. Um estudo da Statista aponta que o mercado de IA na saúde, avaliado em US$ 11 bilhões em 2021, irá saltar para US$ 187 bilhões até 2030. Além disso, projeções da Accenture apontam que, somente nos EUA, a IA na medicina pode proporcionar uma economia de US$ 150 bilhões anuais até 2026. Tal potencial decorre das possibilidades da redução de variabilidade nas cirurgias, automação de processos administrativos e de linhas de cuidado, melhora no processo de diagnóstico, além da redução de fraudes e incidentes.
Apesar do impacto global na área, alguns aspectos da saúde tendem a ser mais beneficiados pelo avanço da tecnologia. Dentre eles, está a chamada medicina de precisão, vertente que foca na prevenção, diagnóstico e tratamento personalizados, integrando dados tradicionais de saúde, como sintomas e histórico familiar, ao perfil genético de cada indivíduo. Ao considerar fatores como genética, ambiente e estilo de vida, a medicina de precisão visa otimizar os cuidados com a saúde, oferecendo tratamentos mais eficazes e personalizados.
Com a integração da IA podemos esperar, então, diagnósticos mais rápidos e tratamentos moldados especificamente para o perfil de cada indivíduo. Isso porque genômica, machine learning e análise de dados clínicos se unem para criar um novo paradigma voltado ao cuidado. Trata-se, portanto, de uma revolução que promete erradicar abordagens generalizadas em prol de terapias personalizadas e altamente assertivas.
Menos efeitos colaterais
Um dos campos que mais deve se beneficiar desta fonte é a genômica. O estudo do DNA humano se potencializa imensamente da IA, ao conseguir identificar padrões genéticos que seriam impossíveis de avaliar manualmente. Imagine o impacto disso: terapias individualizadas, menos efeitos colaterais e um controle muito mais preciso sobre o desenvolvimento de doenças. Tal sinergia já tem sido explorada em várias especialidades da medicina, incluindo oncologia, cardiologia e o tratamento de doenças raras.
Além disso, o uso de machine learning tem potencializado a interpretação de exames de imagem e dados clínicos, trazendo novos níveis de precisão para os diagnósticos. Ferramentas que interpretam biópsias, por exemplo, já são usadas para detectar cânceres em estágios iniciais, oferecendo uma chance de tratamento mais eficaz e menos invasivo. Nunca é demais lembrar que os sistemas de IA tendem a “aprender” a cada novo conjunto de dados analisados, o que significa um refinamento contínuo em suas análises e diagnósticos cada vez mais assertivos.
Mas a aplicação da IA na medicina de precisão vem acompanhada de desafios. A integração de dados de diferentes fontes ainda é um obstáculo considerável, e as questões éticas e regulatórias sobre a privacidade dos pacientes são preocupações legítimas. Outros pontos a serem abordados com urgência passam pelo correto uso de algoritmos, que podem acabar por perpetuar vieses, caso não sejam devidamente supervisionados.
A verdade é que a IA e a medicina de precisão caminham juntas para redefinir o futuro da saúde. Tratamentos genéricos darão lugar a abordagens personalizadas, guiadas por algoritmos capazes de aprender e se aprimorar de forma contínua. A questão não é se a nova tecnologia irá transformar a medicina, mas como vamos nos adaptar ao novo cenário, garantindo que o recurso maximize os benefícios sem perder de vista a humanidade e excelência no cuidado.
*Igor Couto é CEO e fundador da Sofya.
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Digitalização já é realidade e inevitável para hospitais e clínicas
Embora o tema possa parecer técnico e nichado, a digitalização da saúde está presente e ativa, transformando a vida das pessoas e a maneira como os negócios se movimentam no mundo corporativo. Este processo irreversível está remodelando o setor globalmente.
Com a necessidade de tomar decisões baseadas em dados, os gestores hospitalares identificaram que a implantação do prontuário médico eletrônico é essencial. Ele permite que as informações de saúde sejam facilmente compartilhadas entre diferentes profissionais e instituições, melhorando a continuidade do cuidado, a tomada de decisões clínicas e reduzindo erros médicos.
Essa tecnologia não só contribui para a redução de custos operacionais, por meio da otimização de processos e diminuição de desperdícios, mas também promove uma abordagem mais sustentável ao reduzir a necessidade de uso de papel. Isso não apenas fortalece a sustentabilidade ambiental do hospital, mas também melhora a segurança e a qualidade do atendimento ao paciente, garantindo que as informações estejam acessíveis e atualizadas em tempo real entre diferentes departamentos e especialistas, o que é essencial para uma assistência integrada e eficiente.
Novas frentes tecnológicas estão ganhando destaque na saúde digital. Empresas de tecnologia e startups estão investindo fortemente em soluções inovadoras, criando um ecossistema dinâmico e competitivo que melhora a eficiência operacional e a lucratividade das instituições. No entanto, com tantas inovações, é crucial identificar quais tecnologias se integrarão às estruturas já existentes em hospitais e clínicas e se realmente impactarão a gestão dessas organizações, que possuem necessidades distintas, complexas e frequentemente subfinanciadas, especialmente no setor público.
A interoperabilidade de sistemas, que permite a comunicação e funcionamento conjunto de diferentes tecnologias, é vital para a gestão hospitalar eficiente. Além disso, a automação de processos e a análise de grandes volumes de dados podem melhorar a tomada de decisões e a eficiência operacional. Inovações que oferecem soluções de baixo custo e alta eficiência são essenciais para hospitais públicos que enfrentam restrições orçamentárias.
A adoção de novas tecnologias requer treinamento adequado para os profissionais, garantindo que eles possam utilizá-las de maneira eficaz. Esses fatores são fundamentais para entender como as inovações tecnológicas podem ser aplicadas de forma eficaz na gestão hospitalar, atendendo às necessidades específicas e complexas dos hospitais, especialmente no setor público.
A tendência da IA
Em 2024, a integração da inteligência artificial (IA) no setor de saúde está se tornando uma prioridade crescente, conforme destacado por diversos estudos e artigos. A transformação digital é vista como uma solução essencial para a sustentabilidade do segmento de saúde.
A IA promete otimizar diagnósticos, prever surtos de doenças, personalizar tratamentos e automatizar tarefas administrativas, oferecendo um potencial significativo para revolucionar a saúde. As tendências pra a década indicam que as principais inovações incluem o uso de dados e IA em diagnósticos, prontuários médicos, criação de novos medicamentos, monitoramento remoto e saúde preventiva. Além disso, a regulamentação da segurança de dados e a interoperabilidade são prioridades que não podem ser ignoradas.
No entanto, apesar do potencial transformador da IA, a falta de investimentos robustos e a resistência à mudança permanecem como barreiras significativas. A implementação eficaz da ferramenta de inteligência artificial exige um compromisso firme com a inovação e o investimento estratégico.
Os estudos deixam claro que a IA torna-se uma ferramenta indispensável para o setor de saúde, com expectativas de grandes avanços nos próximos anos. A promessa de uma saúde mais eficiente e personalizada está cada vez mais próxima, desde que os desafios de investimento e adaptação sejam superados.
Nesse contexto, para o setor de negócios, a saúde digital representa uma oportunidade sem precedentes. Empresas que investem em tecnologias de saúde digital podem não apenas melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços prestados, mas também abrir novas frentes de mercado. Com o foco certo e investimentos estratégicos, é possível não apenas melhorar a qualidade dos cuidados de saúde, mas também criar oportunidades de negócios e promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
*Miguel Gomes é CEO do Grupo Vivhas e fundador da Vivere.
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FOLHA DO PLANALTO
Instituto Panamericano da Visão é o primeiro no Pop List 2024
No mês em que completa 21 anos, o Instituto Panamericano da Visão (IPVisão) foi reconhecido como a instituição mais lembrada em oftalmologia na edição 2024 do prêmio Pop List, premiação conferida anualmente pelo jornal O Popular às marcas mais lembradas pelos goianienses. O IPVisão ocupa a primeiro lugar entre os mais lembrados no segmento Clínica de Olhos, com 13,4% de share of mind.
Esse reconhecimento não é apenas uma conquista, mas um reflexo de quase 30 anos de dedicação à saúde ocular na capital e região Centro-Oeste. O IPVisão surgiu do sonho de um grupo de médicos oftalmologistas que, em 1995, uniram forças para adquirir um excimer laser, um avanço tecnológico que revolucionaria o tratamento da miopia. Essa união dos visionários médicos do Hospital de Olhos de Goiás e da Oftalmoclínica foi o primeiro passo para a construção do IPVisão, iniciada em 2000 e concluída em 2003.
Desde sua inauguração, o Instituto se consolidou como um verdadeiro centro de excelência em oftalmologia, oferecendo uma ampla gama de serviços: desde exames de rotina até cirurgias de alta complexidade. O corpo clínico é composto por 61 médicos especializados, com doutorados e vasta experiência internacional.
Uma equipe de apoio, tanto na área da saúde quanto administrativa, compõe esse time de pessoas que abraçaram a missão do IPVisão de proporcionar a cada paciente um atendimento único, em um espaço bem localizado, projetado para oferecer conforto e praticidade a todos e, principalmente, para atender toda a complexidade da oftalmologia em um só lugar.
“O paciente conta com um espaço dedicado para teste e adaptação de lentes de contato, além de estrutura e equipamentos de ponta para diagnósticos”, destaca o médico oftalmologista Clausmir Jacomini, diretor-geral do hospital. Ele ressalta também a facilidade no agendamento de consultas e a extensa rede de convênios.
A qualidade do atendimento no IPVisão é ainda atestada pela acreditação pela Organização Nacional de Acreditação, que conferiu ao Instituto a Certificação Acreditado Pleno. Este selo de qualidade coloca o IPVisão como o primeiro hospital oftalmológico acreditado ONA em Goiás. A acreditação é um marco importante, pois atesta a profunda integração entre os setores, a qualificação da equipe e a implementação de processos atuais e eficientes, tudo visando à segurança e ao bem-estar dos pacientes.
A missão do IPVisão sempre foi clara e vem sendo posta em prática há 21 anos: oferecer os pacientes cuidados oftalmológicos seguros, eficientes e humanizados. Essa filosofia é parte da cultura institucional do Instituto e guia as ações e estratégias do hospital, que se orgulha de estar na memória afetiva dos goianienses, sendo um símbolo de qualidade e confiança na área da saúde.
A conquista do Pop List não apenas celebra a história do IPVisão, mas é um combustível para que o Instituto continue a trabalhar pela melhoria contínua dos serviços prestados a cada paciente. “Nossa prioridade é oferecer sempre a melhor assistência oftalmológica aos goianos e goianienses”, garante o diretor-geral.
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A REDAÇÃO
Goiás é pioneiro no exame genético de detecção do câncer de mama pelo SUS
O Estado de Goiás é pioneiro no exame genético de detecção do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). O processo começa com o atendimento na atenção primária, onde mais de 600 profissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos, foram capacitados para identificar mulheres com perfil adequado para os exames. Entre os critérios, estão aquelas que têm histórico familiar de dois parentes consanguíneos que tiveram câncer de mama.
Um exemplo é a professora de matemática e servidora pública de Rio Verde, Júlia Beatriz Dani Rinaldi. “Minha mãe e minha tia tiveram câncer de mama. Assim que soube que em Goiás é possível fazer exames para detectar essa herança genética, quis participar. Espero que não dê nada”, compartilha a professora.
Por meio do projeto Goiás Todo Rosa, lançado durante a campanha Outubro Rosa de 2023, as mulheres são encaminhadas, por meio da regulação estadual, para consultas com mastologistas e ginecologistas e, em seguida, para a realização de exame de sangue que verifica a presença de mutações genéticas associadas ao câncer de mama.
O sequenciamento é realizado no Centro de Genética Humana (Cegh) da Universidade Federal de Goiás (UFG), parceira do projeto. “Firmamos uma parceria com a universidade e temos à disposição a lei que estabelece a realização do painel genético para o câncer de mama hereditário. Goiás é pioneiro na implementação desse exame”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos.
Embora Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Amazonas tenham legislação que prevê o exame, somente Goiás efetivou a Lei 20.707 de 2020 no ano passado e começou a realizar os testes gratuitamente este ano. “Após a avaliação do painel genético e o resultado do exame, a paciente poderá escolher qual tratamento deseja seguir. É uma decisão dela, caso o resultado seja positivo, sobre realizar a cirurgia de retirada da mama ou optar por uma cirurgia reparadora”, explica a geneticista Elisângela Lacerda, responsável pelo sequenciamento genético no Cegh/UFGH.
Grave problema
O câncer de mama é um grave problema de saúde pública e é o segundo tipo mais mortal entre as mulheres. Entre 5% e 10% dos diagnósticos desse câncer e cerca de 5% dos casos de câncer de ovário estão relacionados a alterações genéticas herdadas da família materna ou paterna. O teste genético pode ajudar a prevenir o desenvolvimento do câncer, proporcionando às mulheres uma vida mais longa e saudável.
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JORNAL OPÇÃO
Em reunião com Fundahc, Pollara não apresenta proposta para quitar dívida de R$ 86 milhões com maternidades
Dívida total do Paço Municipal com as maternidades ultrapassam os R$ 127 milhões
Reunião entre representante da Fundahc/UFG, responsável pelas maternidades públicas de Goiânia, e o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, terminou sem qualquer tipo de acordo para pagamento das dívidas da Prefeitura de Goiânia com a instituição. O encontro teve a participação da vereadora e presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Goiânia, Kátia Maria (PT), da diretora executiva da Fundahc, Lucilene Sousa e do vice-reitor da UFG, Jesiel Carvalho. De acordo com a diretora da fundação, somente em obrigações vencidas e não pagas, o Paço deve R$ 86,5 milhões. Se incluídos os passivos trabalhistas, a dívida ultrapassa os R$ 127 milhões.
Lucilene Sousa , diretora executiva da fundação, disse ao Jornal Opção que não foi apresentada qualquer solução. “Continua do jeito que está, o diálogo se mantém, mas o que eles colocam é que o município não tem recurso financeiro e que já ultrapassou o percentual mínimo destinado para a saúde e que não tem recurso financeiro para honrar com nosso contrato”, relatou.
A vereadora e presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Goiânia contesta que apesar da Prefeitura ter apresentado aumento do percentual mínimo para a Saúde, a população não sente isso nos atendimentos. “O secretário novamente diz que vai gastar mais que o mínimo de 15%, mas isso não é percebido, porque estão devendo todas as instituições. As unidades não têm o básico de insumos, salas de vacina fechadas e não tem funcionários. Mas a situação mais grave é nas maternidades”, pontua.
Conflito
Pollara teria dito durante a reunião que apesar do aumento dos gastos com a saúde, o município teve queda na arrecadação, o que acabou por “prejudicar a capacidade orçamentária de honrar compromissos da Prefeitura”. Segundo a Secretaria de Finanças (Sefin), por meio de nota, a informação não procede e a arrecadação do município “segue dentro das expectativas previstas, sem impacto significativo nas finanças”.
Ainda de acordo com a Sefin, os repasses financeiros estão “sendo realizados rigorosamente em dia, conforme os cronogramas estabelecidos, não havendo nenhum bloqueio”. “É importante ressaltar que a Secretaria Municipal de Saúde possui autonomia financeira para gerir seus recursos”, diz a nota. O comunicado reforça que o município cumpre com o repasse do mínimo constitucional “repassando cerca de 27% de sua arrecadação para a saúde, reafirmando seu compromisso com a qualidade dos serviços prestados”.
Habilitação da Célia Câmara
Kátia avalia que a crise da saúde em Goiânia é grave e há um sentimento de impunidade entre os secretários municipais. “Sobre os CAIS e UPAs, já finalizamos um relatório que foi encaminhado ao Ministério Público e isso deve ser investigado, assim como faremos com a questão das maternidades e das filantrópicas”, aponta.
A vereadora aponta que a dificuldade do Paço em honrar os contratos com as maternidades está relacionada com uma incompetência de gestão, já que o Paço não habilitou os serviços prestados na maternidade Célia Câmara junto ao Ministério da Saúde. “Foi somente com a vinda da ministra em Goiânia que essa habilitação foi concluída. O Governo Federal agora faz um repasse de R$ 9 milhões, mas os custos mensais das maternidades estão em R$ 20 milhões”, diz. Ela explica ainda que outras áreas como o Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) também conta com unidades não habilitadas. “Poderia estar recebendo recurso, mas eles são tão ineficientes que eles não fizeram a habilitação”, completa.
Crise generalizada
Conformou mostrou o Jornal Opção em 8 de outubro, a dívida da Prefeitura de Goiânia com os hospitais credenciados no Sistema Único de Saúde (SUS) pode gerar uma paralisação de diversos serviços, como já vem ocorrendo em algumas unidades. As maternidades gerenciadas pela Fundahc, por exemplo, restringiram uma série de atendimentos eletivos devido à dívida com fornecedores, funcionários e médicos da unidade. De acordo com a diretora da fundação, somente em obrigações vencidas e não pagas, o Paço deve R$ 86,5 milhões. Se incluídos os passivos trabalhistas, a dívida ultrapassa os R$ 127 milhões.
Sousa diz que hoje as maternidades enfrentam dívidas com fornecedores, médicos PJ´s, dívidas de encargos trabalhistas. “Ou seja, não tenho capacidade financeira para garantir a oferta de serviço, por isso, infelizmente, tivemos que tomar algumas medidas para manter algum serviço de urgência e emergência”, conta. Entre as alternativas para se manter funcionando, relata a diretora, está a negociação constante com fornecedores para a busca de insumos e medicamentos. “Mas hoje ninguém mais quer emprestar nada para as maternidades porque a gente não consegue devolver”, relata.
Jogo de empurra empurra
De acordo com a presidente da Comissão de Saúde da Câmara, a questão do pagamento dessas dívidas depende de uma atitude do prefeito. “Fizemos o contato com o prefeito que precisa intervir e dar o comando necessário pra estancar essa grave crise que nós estamos vivendo na saúde em Goiânia. O secretário de saúde fala que a responsabilidade é da finanças que não libera o recurso. É um jogo de empurra empurra e a população fica no meio disso”, expõe.
A reportagem tentou contato com o secretário de Saúde por meio de mensagens e ligações, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. A reportagem também entrou em contato com o novo titular da Secretaria de Finanças, que disse não poder responder aos questionamentos e direcionou a reportagem à assessoria.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse estar “trabalhando para regularizar os pagamentos junto à Fundahc/UFG”.
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Assessoria de Comunicação