Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 22 A 24/06/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DIÁRIO DA MANHÃ

Coluna Café da Manhã
Cebrom, referência no tratamento do câncer, inaugura na próxima quinta-feira, às 19 h, o Cebrom Kids, especializado no atendimento a crianças. Serviço funcionará na unidade 1 do Cebrom, no Setor Leste Universitário, em Goiânia, que foi ampliada e passa a contar também com novos equipamentos para o tratamento radioterápico, como o IGRT, que dá maior precisão e segurança aos pacientes em tratamentos de tumores em áreas em constante movimento, como em casos de câncer no pulmão e próstata. (23/06/13)
http://www.dm.com.br/jornal/#!/view?e=20130623&p=4
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Lei flexibiliza venda de medicamentos
Antibióticos mais simples poderão ser vendidos com indicação de farmacêutico, sem prescrição médica. Medida visa desafogar Sistema de Saúde
HÉLMITON PRATEADO

Uma lei aprovada pela Câmara Municipal poderá dar um fôlego a mais para o Sistema Único de Saúde. A proposta, de autoria do vereador Anselmo Pereira (PSDB), permite a “dispensação de medicamentos sem receitas” mediante declaração emitida por um profissional farmacêutico.
De acordo com a farmacêutica e presidente da Sociedade Brasileia de Farmácias Comunitárias, Nara Luíza de Oliveira, a medida facilitará o acesso de pessoas a medicamentos sem que tenham que se submeter às filas por consultas no abarrotado sistema público de saúde. “O que se pretende é permitir a prescrição de medicamentos de uso mais simplificado como uma pomada para um ferimento ou para uma picada de mosquito sem a necessidade desse indivíduo ter de peregrinar por um Cais, esperar horas por uma consulta”, explica.
Hoje um medicamento, por mais simples que seja sua utilização, como pomadas e colírios, só pode ser vendido mediante apresentação de receita assinada por um médico e anotação de dados pessoais do paciente como identidade e endereço. Pela lei, ainda a ser regulamentada, o profissional farmacêutico poderá emitir uma Declaração de Serviços Farmacêuticos sem a necessidade de retenção de receita informando o medicamento indicado e vendido e constando os dados para identificação do que foi fornecido, para quem e qual a indicação.
Nara Luíza explica que o procedimento feito pelo farmacêutico habilitado e capacitado para isto garante a rastreabilidade do medicamento e que em caso de problemas futuros ele responderá civilmente pelo ato. “Medicamento, laboratório, lote, princípio ativo, tudo isto ficará registrado para posterior conferência, caso haja necessidade”.
A medida é endossada também pelo farmacêutico Jaldo de Souza Santos, do Conselho Federal de Farmácia. Ele lembra que “a bem da verdade, quem estuda por cinco anos tudo sobre medicamentos é o farmacêutico”. Em países do primeiro mundo o médico avalia o paciente e emite o diagnóstico. Quem receita qual o medicamento ou princípio ativo que melhor efeito terapêutico terá para esse paciente é o farmacêutico.
Interações
Nara Luíza cita outros fatores que na maioria das vezes são esquecidos pelos médicos e que podem causar problemas até mais graves para pacientes. “Quando um médico, principalmente do SUS que atende o paciente em um tempo recorde, prescreve um antibiótico para uma adolescente que faz uso de contraceptivo oral e ignora que a interação desse medicamento pode inibir o efeito do anticoncepcional o problema indesejado é ainda maior”. Essa relação de medicamentos é objeto de estudos aprofundados por farmacêuticos, mais que o que é ministrado em cursos de medicina.
Para o presidente do Sindicato do Comércio de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma), João Aguiar Neto, a inovação dessa legislação em Goiânia é uma demonstração da postura de vanguarda dos profissionais farmacêuticos para fazer avançar as normativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Pelas normas da Anvisa as farmácias não poderiam vender um simplório picolé ou uma importante recarga de telefone celular. Nós brigamos, inovamos e conseguimos fazer isto virar para Goiás e o Brasil colheu frutos por nós plantados”.
Os profissionais frisam que “em absoluto pretendem substituir o serviço médico”, apenas dar uma celeridade ao atendimento em casos de mais fácil solução. “O atendimento feito por farmacêuticos será sempre com consciência e responsabilidade pela vida e pela integridade do paciente. Não queremos afrontar médicos, apenas desafogar o sistema de saúde”.
João Aguiar cita que o município tem dificuldades de prover as unidades de saúde de médicos e o governo federal acena até com a importação de profissionais de Cuba e de outros países para garantir um mínimo de atendimento.
O vereador Anselmo Pereira explicou que sua iniciativa visou essa melhoria no atendimento aos pacientes, principalmente os que dependem do serviço público de saúde. “Sabemos o quanto é difícil conseguir uma consulta e o quanto a demora afronta a dignidade dos cidadãos. O que buscamos é acelerar o atendimento e a solução de problemas”. A lei aprovada pela Câmara de Vereadores está aguardando sanção pelo prefeito Paulo Garcia (PT). 24/06/13
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Alimentos que curam
Pesquisas que visam acelerar desenvolvimento de hortaliças mostram potencial das plantas no combate às doenças
ANTÉRO SÓTER

A busca por meios que possam reduzir a fome no planeta normalmente produz outros efeitos. Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças (CNPH), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tem como missão "executar atividades de pesquisa sobre os fatores que limitavam o desenvolvimento das hortaliças", em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), estão desenvolvendo hortaliças que, além de matar a fome, podem levar à cura de várias doenças, como a diabetes, por exemplo.
O projeto de pesquisa que vem sendo conduzido pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), em parceria com o Departamento de Nutrição Humana da Universidade de Brasília (UnB), vem avaliando o efeito de uma espécie de abóbora sobre os níveis de glicemia em portadores de diabetes mellitus tipo II, distúrbio metabólico que afeta mais de 90% dos casos da doença.
Atualmente os pesquisadores estão trabalhando com a abóbora gila (Cucurbita ficifolia B.) no tratamento de pacientes portadores de diabetes tipo 2 e sementes de melancia para “o tratamento e prevenção de pacientes com hipertensão e pré-hipertensão, respectivamente. Já trabalhamos com alho para tratamento de colesterol e prevenção do infarto agudo do miocárdio, explica a pesquisadora Leonora Mansur Mattos, do CNPH.
Uma entusiasta das pesquisas,  Leonora garante que a população deve esperar novidades que podem ser alcançadas pelo trabalho da Embrapa Hortaliças feito por seus pesquisadores ou em parceria com outras instituições. “As hortaliças são ricas em compostos bioativos e cada vez mais temos pesquisado substâncias que podem ajudar na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que incluem as doenças cardiovasculares, neoplasias, diabetes, obesidade e doenças respiratórias”, informa.
A pesquisadora explica que as DCNTs são patologias, consideradas epidemias da atualidade, que acometem a população mundial e estão diretamente relacionadas com a urbanização acelerada, aumento progressivo da expectativa de vida, hábitos alimentares inadequados, aumento do tabagismo e sedentarismo. “Os compostos bioativos ajudam também na prevenção do envelhecimento e estamos pesquisando em nosso banco ativo de germoplasma, espécies com substâncias com capacidade antioxidante que possam ser adicionadas a cosméticos. Com dados das pesquisas "in vivo", a população poderá consumir as hortaliças para prevenir as doenças com quantidades comprovadas cientificamente”, informa a doutora Leonora.
“A ingestão dos alimentos não irá combater a doença. Isso pode até acontecer, mas o que se espera dos compostos bioativos que possuem propriedades funcionais é que eles ajudem na prevenção das doenças como a diabetes, o colesterol, as doenças cardiovasculares, enxaquecas, distúrbios intestinais e outros males”, explica.
Pela pesquisa com a abóbora gila e com sementes de melancia, os horizontes delineados até agora apontam para resultados bastante promissores. Tudo começou a partir de ideia levantada pelo pesquisador Celso Moretti, da Embrapa Hortaliças que ministra aulas para estudantes de pós-graduação do curso de Nutrição Humana da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB, juntamente com a pesquisadora Leonora Mattos. “Durante as aulas, geralmente são apresentadas questões configuradas como problemas para serem abordados em forma de projetos. Então, numa dessas ocasiões, o pesquisador sugeriu a formulação de projeto com base na possível relação do uso da cucurbitácea com o tratamento do diabetes tipo II”, conta a Leonora.
A ideia do pesquisador, de acordo com sua parceira de estudos, levou em conta alguns poucos estudos conduzidos no Brasil, que demonstraram o efeito hipoglicemiante – quando há queda nas taxas de glicose do sangue – a partir da ingestão de algumas cucurbitáceas. A sugestão de Moretti também despertou o interesse da nutricionista Lidiane Muniz, que aceitou o desafio e fez do tema a sua tese de doutoramento na UnB, virando também projeto de pesquisa conduzido pela Unidade da Embrapa, com apoio do Departamento de Nutrição Humana e do CNPq. O projeto aprovado tem como foco caracterizar física e quimicamente “in vitro” as substâncias presentes na abóbora, acompanhar o estado nutricional dos pacientes diabéticos tipo II e avaliar bioquimicamente, por meio de ensaios clínicos “in vivo”, os efeitos da estimulação de secreção de insulina pela Cucurbita ficifolia Bouché, conhecida como abóbora gila.
Em sua apresentação, o projeto aprovado justifica a sua concepção destacando os benefícios terapêuticos alcançados com o uso de hipoglicemiantes orais e insulina. De acordo com a coordenadora do trabalho, essa tem sido basicamente a única forma de controle do nível glicêmico no sangue, mas os benefícios obtidos agregam outras variantes, como os efeitos colaterais e o custo elevado. “A busca por plantas ou compostos naturais com atividade hipoglicêmica pode ser uma alternativa para suprir as necessidades de novos compostos ativos, menos tóxicos e possivelmente mais acessíveis à população”, opina Leonora.
Alimentos
bioativos
A abóbora em questão possui compostos funcionais ou bioativos, que produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos, isto é, além de agirem em funções nutricionais básicas, irão desencadear efeitos benéficos específicos à saúde. Estudos epidemiológicos, in vivo, in vitro e ensaios clínicos mostram que uma dieta alimentar balanceada e rica em antioxidantes pode reduzir o risco de doenças crônicas e degenerativas.
O que torna um alimento funcional é a presença de fitoquímicos, compostos identificados nas frutas e hortaliças e que desempenham um importante papel no organismo, ao ajudar a promover a saúde e a prevenir doenças, reforçando o sistema de defesa interno. Em linhas gerais, a literatura existente sobre o tema tem destacado que todo alimento natural pode ser classificado como bioativo, já que contem, em doses variáveis, elementos essenciais à saúde, como vitaminas, minerais, enzimas e fibras. No entanto, certos alimentos possuem – além desses componentes – outras substâncias com qualidades específicas, a exemplo do alho, cujas pesquisas realizadas em parceria pela Embrapa Hortaliças e UnB confirmaram os seus benefícios na redução do colesterol e na prevenção do infarto agudo do miocárdio.
Outra pesquisa em parceria com a UnB, ainda em fase inicial, vai estudar a citrulina, uma substância presente na melancia que atua no combate à hipertensão. O projeto tem como objetivo produzir um chá a partir das sementes dessa hortaliça.
PODER DO ALHO
Outras pesquisas realizadas pela Embrapa Hortaliças em conjunto com a Faculdade de Ciências da Saúde da UnB comprovaram o poder do alho na redução do colesterol e na prevenção do infarto agudo do miocárdio. O estudo, desenvolvido pela doutoranda Ester Yosino e orientado pelos pesquisadores do Centro de Pesquisa Celso Moretti e Leonora Mattos, buscou informações sobre os efeitos da alicina, composto ativo presente no alho, e seus efeitos sobre a prevenção de doenças cardiovasculares.
A primeira fase do estudo buscou determinar o efeito do armazenamento sobre a concentração de alicina e de outras características químicas e físicas em diferentes cultivares de alho. Em seguida, foram avaliados os efeitos da substância na redução do colesterol e na prevenção do infarto do miocárdio em cobaias. A pesquisadora Leonora Mattos ressalta que os resultados das pesquisas confirmaram os efeitos positivos do consumo da alicina pelas cobaias.
Foram utilizadas duas variedades de alho brasileiro (Caçador e Peruano) e uma de alho chinês (Jinxiang). De acordo com Leonora Mansur, a pesquisa também avaliou outras características químicas e físicas da hortaliça e apontou uma vantagem para o produto nacional. “As variedades brasileiras avaliadas apresentaram mais propriedades funcionais que o alho chinês”, afirma.
A pesquisadora da Embrapa destaca que a pesquisa com cobaias confirmou os efeitos positivos do consumo de alicina. Ela explica que o estudo utilizou ratos, que foram divididos em dois grupos. O primeiro recebia uma dieta rica em gordura enquanto o segundo tinha um cardápio equilibrado. Os dois grupos recebiam doses iguais da substância e, nos dois casos, foi observada a redução nos níveis de triglicerídeos e de colesterol. A pesquisa também confirmou a ação do alho na prevenção do infarto. De acordo com o pesquisador Celso Moretti, para animais com colesterol normal, o alho não evitou o infarto agudo do miocárdio, mas para aqueles com colesterol alto, houve uma diminuição do risco do infarto.
REDUZINDO O
COLESTEROL
As propriedades medicinais do alho são milenares e têm sido comprovadas pela ciência. Em 2001, pesquisadores britânicos do Garlic Centre, publicaram um estudo no qual afirma que pessoas que tomam uma pílula de alho por dia estão menos propensas a resfriados comuns. Agora, uma pesquisa da Embrapa Hortaliças e da Faculdade de Saúde da UnB comprova que o alho pode curar problemas bem mais graves que uma simples gripe.
O estudo, realizado pela doutoranda Ester Yosino da Silva e orientado pelos pesquisadores da Unidade Celso Luiz Moretti e Leonora Mansur Mattos, buscou informações sobre o efeito do composto ativo mais comum do alho, a alicina, na redução do colesterol e na prevenção do infarto agudo do miocárdio. Segundo Ester Yosino, o objetivo do estudo foi determinar o efeito do armazenamento sobre a concentração de alicina e de outras características químicas e físicas em diferentes cultivares de alho. A segunda etapa foi avaliar os efeitos da substância na redução de colesterol e na prevenção do infarto agudo do miocárdio em cobaias.
Os efeitos benéficos foram confirmados, mas, se você tem colesterol alto, não precisa comprar caixas e mais caixas de pílulas de alho. Ester Yosino explica que a dosagem de alicina recomendada para pessoas ainda não pode ser determinada. Para isso, são necessários estudos específicos com seres humanos. Outra questão é a volatilidade da substância. Segundo a pesquisadora, a alicina forma-se apenas quando o dente de alho é cortado ou macerado e entra em contato com água. E tão rapidamente quanto surge, ela degrada. O calor e o tempo são fatores que fazem a substância desaparecer. Por isso, a melhor forma de obter alicina é saborear o alho in natura, cortado ou esmagado, ou em pó.
Mas Ester Yosino alerta que o consumo excessivo da hortaliça também pode causar riscos à saúde, como anemia. De acordo com ela, o consumo máximo diário recomendado pela literatura científica não deve ultrapassar dez gramas, cerca de três dentes grandes, no caso do produto in natura, ou até seis gramas de alho em pó.
BARU
Mais que uma iguaria saborosa e nutritiva, o baru – fruto castanho do Cerrado pouco conhecido no País – tem alto potencial antioxidante e, como resultado, poder para combater processos inflamatórios e doenças crônicas e degenerativas, como câncer, hipertensão, diabetes, artrite e enfermidades cardiovasculares. A descoberta, da cientista de alimentos, Miriam Rejane Bonilla Lemos, é relatada em estudo desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UnB, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas.
A partir da análise de compostos bioativos em amêndoas de baru, a pesquisadora comprovou a eficiência desses fitoquímicos no controle dos radicais livres – principais responsáveis por inúmeras enfermidades. “Nossos estudos em laboratório acusaram esses grupos com reconhecida ação contra as moléculas causadoras do estresse oxidativo”, explica. “Os fitoquímicos contribuem como potentes agentes preventivos de doenças graves”, complementa Miriam.
A pesquisadora descobriu também que os óleos da amêndoa do baru são mais ricos em ômega 3, 6 e 9, com 81% de ácidos graxos insaturados que os próprios peixes, tão recomendados em dietas saudáveis. “Em relação a seu potencial oxidativo, na família de leguminosas – pistache, amendoim, noz, macadâmia –, sem dúvida alguma, a amêndoa do baru se sobressai”, diz.
De acordo com a orientadora do estudo, Egle Machado Siqueira, professora da Faculdade de Ciências da Saúde, “a pesquisa é um pontapé inicial no reconhecimento das propriedades farmacológicas do baru, geralmente mais estudado em seus aspectos nutricionais”. Para ela, a identificação de altos níveis de fenólicos, antioxidantes mais poderosos que as vitaminas C e E, constitui, sem dúvida, uma grande contribuição científica. O estudo foi co-orientado pelo professor Rui Carlos Zambiazi.
CERRADO
Outro ponto positivo da pesquisa apontado pela professora Egle é a valorização do Cerrado, segundo maior bioma do Brasil, “flora ainda pouco notada em seu potencial produtivo”, de acordo com o estudo.
Para Miriam Bonilla, o governo deve conferir mais atenção política a esse rico e diversificado patrimônio genético. “Apesar de toda essa riqueza, ao longo dos últimos anos, o cerrado vem passando por inúmeras e criminosas devastações, e a degradação ambiental ameaça um acervo inestimável do ponto de vista biológico”, diz, aproveitando para defender a utilização racional da matéria prima e um “extrativismo consciente e controlado, ação a ser conduzida pelo poder público”. (23/06/13)
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Entidades criticam "importação" de médicos
RENATA VERÍSSIMO

Entidades médicas nacionais divulgaram neste sábado nota de repúdio ao anúncio da presidente Dilma Rousseff de que médicos de outros países irão ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Em carta aberta aos médicos e à população brasileira, a Associação Médica Brasileira (AMB), a Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) manifestam preocupação com a medida e ameaçam ir à Justiça para evitar a entrada de profissionais estrangeiros no País. Afirmam que 'o caminho trilhado é de alto risco e simboliza uma vergonha nacional'.
Segundo essas entidades, a decisão de importar médicos expõe a população, sobretudo a parcela mais vulnerável e carente, 'à ação de pessoas cujos conhecimentos e competências não foram devidamente comprovados'. Para elas, a medida 'tem valor inócuo, paliativo, populista e esconde os reais problemas que afetam o SUS'.
A presidente fez na noite desta sexta-feira um pronunciamento, em cadeia nacional de rádio e televisão, e informou que irá conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes, governadores e prefeitos para tentar fazer um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos. Entre as linhas de ação, está trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS.
As entidades lembram que Dilma foi vítima de grave problema de saúde, há alguns anos quando foi tratada por centros de excelência do País, com médicos capacitados em escolas brasileiras. 'O povo quer acesso ao mesmo e não quer ser tratado como cidadão de segunda categoria, tratado por médicos com formação duvidosa e em instalações precárias', reagem.
A nota de repúdio diz que os 'médicos importados' não irão compensar a falta de leitos, de medicamentos e de ambulâncias, além das más condições dos hospitais, e cobram ações e recursos para a área da saúde. 'Os protestos não pedem médicos estrangeiros, mas um SUS público, integral, gratuito, de qualidade e acessível a todos. É preciso reconhecer que é a falta de investimentos e a gestão incompetente desse sistema que afastam os médicos brasileiros do interior e da rede pública, agravando o caos na assistência', avaliam.
As associações afirmam que os médicos e a população não admitirão que se coloque em risco o futuro de um modelo enraizado na Constituição e a vida dos cidadãos brasileiros. Tomarão todas as medidas possíveis, inclusive jurídicas, para assegurar o Estado Democrático de Direito no Brasil, com base na dignidade humana. (23/06/13)
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O POPULAR
Expectativa de vida
Idoso vive mais tempo doente
Estudo mostra que faltam no Brasil políticas de prevenção eficientes voltadas para a população idosa
Camila Blumenschein

A expectativa de vida da população brasileira aumentou, mas os idosos estão vivendo com menor qualidade de vida. A conclusão é do estudo A Transição de Saúde e as Mudanças na Expectativa de Vida Saudável da População Idosa: Possíveis Impactos da Prevenção de Doenças Crônicas, desenvolvido pela Faculdade de Saúde Pública (FSP), da Universidade de São Paulo (USP). Os resultados da pesquisa mostram que faltam no Brasil políticas de prevenção eficientes voltadas para a população mais velha.
O médico geriatra Alessandro Campolina, autor do estudo, diz que a medicina ainda acredita que prevenção é sinônimo de pacientes jovens. “A medicina deve trabalhar hoje com tratamentos preventivos para oferecer aos idosos expectativa de vida saudável. Há um preconceito em relação à prevenção de doenças em pessoas idosas que deve acabar. A prevenção de doenças é uma estratégia afirmativa, mesmo nas idades mais avançadas, para prolongar o tempo de vida e ganhar qualidade de vida, e o estudo comprovou isso”, relata.
A pesquisa foi feita com base em dados colhidos pelo Projeto Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (Sabe), desenvolvido pela FSP desde o ano 2000, que avaliou 2.143 idosos da cidade de São Paulo. Os pesquisadores, conforme Campolina, realizaram visitas a essas pessoas, para verificação de condições de saúde, capacidades e desempenho de atividades de vida diária.
Outros grupos de idosos foram inseridos na pesquisa em 2010 para que pudesse ser feita uma comparação da vida de indivíduos de diferentes gerações. “Por meio dessas avaliações foi verificado que nos anos de vida ganhos pela população estudada houve uma porcentagem maior de idosos que vivem doentes”, destaca o geriatra. Este tipo de fenômeno é chamado pelos médicos de expansão da morbidade e tem sido verificado em populações idosas de vários países do mundo.
Este dado foi utilizado por Campolina para direcionar o seu estudo que teve como objetivo o impacto da eliminação das doenças crônicas sobre a expectativa de vida livre de incapacidade da população idosa. Segundo o geriatra, algumas das principais doenças crônicas que acometem a população idosa são a hipertensão arterial sistêmica, doenças articulares, doença cardíaca, diabetes mellitus tipo 2, doença mental, doença pulmonar crônica e doença cerebrovascular.
Essas doenças, uma vez prevenidas, contribuem de maneira significativa para a melhoria da qualidade de vida e para a longevidade dos idosos. “Se um indivíduo tem diabetes, por exemplo, e se trata corretamente ele consegue viver como se não tivesse a doença”, exemplifica.
Um grande problema dos mais velhos, aponta o médico, é a quantidade de doenças crônicas que acometem ao mesmo tempo uma só pessoa. “A maioria dos idosos tem mais de uma doença crônica”, afirma Campolina. Ele explica que é difícil tratar várias doenças ao mesmo tempo, o que pode sobrecarregar o idoso com medicamentos e outros tratamentos, mas sabendo qual doença causa mais impacto na qualidade de vida daquela pessoa o médico pode priorizar o tratamento e consequentemente melhorar as outras enfermidades.
RANKING
A pesquisa feita pela FSP criou um ranking dessas doenças que ao serem tratadas e eliminadas gerariam maior qualidade de vida aos idosos. Para o sexo feminino, a doença cardíaca ficou em primeiro lugar, seguida pelo diabete mellitus e depois pela hipertensão arterial, em terceiro lugar. Já para o sexo masculino, as doenças eliminadas que geraram maior aumento de expectativa de vida livre de incapacidade foram a doença cardíaca (em primeiro lugar), a hipertensão arterial (em segundo lugar), a queda (em terceiro lugar aos 60 anos) e a doença pulmonar crônica (em terceiro lugar aos 75 anos).
Além de servir como orientação para os médicos para a realização de tratamentos com idosos, o estudo da FSP também é útil para auxiliar no planejamento de programas de prevenção e promoção da saúde. “A pesquisa mostra claramente que os idosos brasileiros não têm muitas opções de acesso à políticas de prevenção”, afirma Campolina.
O estudo revela que para que seja possível promover o envelhecimento ativo é preciso que a população mais velha tenha acesso a programas realizados pelos sistemas de saúde que incentivem a mudança nos hábitos de vida, realizem a inclusão social e estimulem o maior conhecimento sobre as doenças mais comuns na terceira idade.
POSTURA NEGATIVA
Além da falta de tratamentos preventivos, há ainda o problema da postura negativa do idoso em relação à sua própria saúde. Muitos idosos, conforme Campolina tem avaliado, não acreditam que é possível mudar sua própria vida para melhor. “O preconceito de que não existe solução para os problemas de saúde das pessoas mais velhas começa no próprio idoso. Há uma visão pessimista de que doença é normal neste período da vida e por isso muitos não procuram um médico para prevenir, e sim tardiamente quando a doença já está avançada.”

Aposentada convive com 3 doenças crônicas

A aposentada Amasiles Ribeiro Costa, de 71 anos, convive com três doenças crônicas: diabete, hipertensão e arritmia. Ela conta que descobriu que sofria dessas doenças após passar mal. “Não tenho o hábito de ir ao médico para fazer exames de prevenção. A gente sente medo de descobrir doenças mais sérias por causa da idade”, diz.
Hoje Amasiles toma remédio para hipertensão e tem em casa um medicamento para o caso de sentir dores no peito. Segundo a aposentada, sua alimentação é controlada, por causa da diabete, mas ela não consegue controlar o nervosismo. “O nervosismo ajuda muito a piorar os meus problemas de saúde, mas nunca pensei em tentar fazer algo para ficar mais calma porque é muito difícil”, ressalta.
A aposentada mora com a mãe de 90 anos, Izabel da Costa Ribeiro, que também sofre com mais de uma doença. Izabel tem mal de Parkinson, hipertensão e artrite. “Vivemos bem, mas não posso dizer que temos uma boa qualidade de vida. As pessoas idosas no Brasil realmente não vivem a velhice de forma saudável. Confesso que é preciso ter mais ânimo para procurar tratamentos médicos mais vezes”, conclui.
De acordo com o médico geriatra Alessandro Campolina, apesar do estudo mostrar uma realidade negativa, de que na última década houve uma queda na qualidade de vida da pessoa idosa, há também um lado positivo na pesquisa. “O resultado da pesquisa é ruim, mas é satisfatório quando mostra que é possível mudar esse quadro por meio da prevenção das doenças crônicas nos idosos”, acentua. (24/06/13)
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Saúde
Grupo vai discutir falta de médicos
Brasília – Considerando que “expressiva parcela da população brasileira não tem acesso aos serviços de saúde”, o Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho para, em 60 dias, apresentar caminhos para resolver a falta de médicos em áreas pobres e do interior. A criação do grupo foi publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira. O grupo inclui representantes do ministério, dos conselhos de secretários de saúde estaduais e municipais e de entidades médicas.
O ministério promete lançar, nas próximas semanas, a polêmica medida de “importação” de médicos para o Brasil, com o objetivo de fixá-los em áreas do interior e periferias de grandes cidades. Entre as nacionalidades na mira do governo federal estão espanhóis, portugueses e cubanos.
“Não pode ser tabu o Ministério da Saúde fazer uma política de atração de médicos estrangeiros, porque não é tabu em lugar nenhum do mundo”, disse Alexandre Padilha, titular da pasta. (23/06/13)
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Dilma busca pacto por melhorias
Mobilidade, educação e saúde estão na pauta que a presidente quer discutir com os governantes

Dilma durante pronunciamento na TV: “A voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada”
Brasília – Depois de três dias de silêncio, a presidente Dilma Rousseff disse em cadeia nacional de rádio e TV, na noite de ontem, que vai conversar nos próximos dias com chefes de outros Poderes, governadores e prefeitos das principais cidades do País a fim de realizar um grande pacto em torno da melhora dos serviços públicos. De acordo com o pronunciamento, a proposta de Dilma terá três eixos.
O primeiro terá como foco a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, a fim de privilegiar o transporte coletivo. O segundo, a destinação de 100% dos recursos do petróleo para a educação. E o terceiro, trazer, de imediato, milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Dilma disse que vai receber os líderes das manifestações pacíficas, os representantes das organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores e de associações populares.
“Precisamos de suas contribuições, reflexões e experiências. De sua energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente”, declarou. No discurso, a presidente afirmou que é preciso “oxigenar o nosso velho sistema político” e encontrar meios que tornem as instituições “mais transparentes, mais resistentes aos malfeitos e, acima de tudo, mais permeáveis à influência da sociedade”.
“É a cidadania, e não o poder econômico, quem deve ser ouvido em primeiro lugar.” Sem dar detalhes, Dilma disse que quer contribuir para a construção de uma “ampla e profunda” reforma política, a fim de aumentar a participação popular. E, numa resposta às críticas contra as agremiações partidárias, disse que é “equívoco” achar que qualquer país possa “prescindir de partidos e, sobretudo, do voto popular, base de qualquer processo democrático”.
A presidente destacou que é preciso “muito, mas muito mesmo” de formas mais claras de combate à corrupção e defendeu a ampliação da Lei de Acesso à Informação, proposta sancionada em seu governo, para os demais poderes da República e as instâncias federativas. “Ela é um poderoso instrumento do cidadão para fiscalizar o uso correto do dinheiro público”, observou. “Aliás, a melhor forma de combater a corrupção é com transparência e rigor.”
A presidente disse que, quanto à Copa de 2014, o dinheiro gasto pelo governo federal com as arenas onde os jogos serão realizados é fruto de “financiamento”. Dilma disse que sua gestão ampliou “bastante” os gastos com saúde e educação e vai elevar “cada vez mais”. A presidente disse confiar que o Congresso aprove o projeto do governo para que todos os royalties do petróleo sejam gastos exclusivamente com a educação. Dilma afirmou que não pode deixar de comentar uma característica da alma do brasileiro e do nosso jeito de ser.
Após mencionar o pentacampeonato no futebol, a presidente disse que o País sempre foi “muito bem” recebido em toda parte. “Precisamos dar aos nossos povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e alegria. É assim que devemos tratar os nossos hóspedes.” Ao encerrar, Dilma repetiu que o governo “está ouvindo as vozes democráticas que pedem mudança”. “Eu quero dizer a vocês que foram, pacificamente, às ruas: estou ouvindo vocês!”, disse, mas fez uma admoestação. “E não vou transigir com a violência e a arruaça.”
Discurso
Pontos principais do pronunciamento
O FOCO
“O foco será a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo, a destinação de 100% dos recursos do petróleo para a educação e trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento no Sistema Único de Saúde.”

PACTO
“Irei conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do País para um grande pacto em torno a melhoria dos serviços públicos.”

PROTESTOS
“Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que do Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas.”

VANDALISMO
“Asseguro a vocês: vamos manter a ordem. Os manifestantes têm direito de questionar tudo e propor mudanças. Mas precisam fazer isso de forma pacífica e ordeira.”

COPA DO MUNDO
“Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governos que estão explorando estes estádios.”

RECURSOS
“Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a saúde e a educação.”

RECEPÇÃO NO MUNDIAL
“Precisamos dar aos nossos povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e alegria. É assim que devemos tratar os nossos hóspedes.” (22/06/13)
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Santas Casas
Governo veta parcelar dívida
Em contrapartida, Ministério da Saúde apresentou nova proposta de auxílio para as entidades filantrópicas, responsáveis pela metade das internações na rede pública, por meio de projeto de lei ao Congresso
(Folhapress)22 de junho de 2013 (sábado)
Brasília – A presidente Dilma Rousseff vetou a proposta de parcelamento da dívida das Santas Casas aprovada pelo Senado Federal no fim de maio. A ideia era que o total de impostos atrasados pelas entidades – estimado em R$ 4,8 bilhões – fosse refinanciado em até 30 anos, com perdão de parte dos juros e multas.
Em contrapartida, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) apresentou ontem uma nova proposta de auxílio às entidades filantrópicas, responsáveis por metade das internações na rede pública. Um projeto de lei foi enviado ontem ao Congresso, em caráter de urgência, propondo até 15 anos de moratória nas dívidas tributárias, desde que as entidades se comprometam a ampliar o atendimento na rede pública.
Ao final, a dívida será zerada caso a entidade mantenha em dia o pagamento dos impostos correntes e amplie o atendimento nas áreas prioritárias – doenças cardiovasculares, câncer e pediatria.
Outra parte do pacote será editada diretamente pelo ministério. Segundo Padilha, o governo vai dobrar o incentivo pago pelos procedimentos de média complexidade (recurso pago ao hospital em cima do valor básico do serviço prestado).
Também será feita a revisão e atualização dos contratos entre as Santas Casas e os gestores locais. “A previsão é que esse incentivo signifique R$ 2 bilhões a mais na tabela SUS repassada para as Santas Casas no ano de 2014”, diz Padilha. Entidades que reúnem as Santas Casas estimam que a dívida total alcance R$ 15 bilhões no meio deste ano, R$ 4,8 bilhões em dívidas tributárias. Uma parte significativa está vinculada a bancos privados – o que explica a demanda para que o governo possibilite a migração das dívidas para bancos públicos. (22/06/13)

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SAÚDE BUSINESS WEB

Trabalhadores da Unimed Cerrado usam pulseiras verdes para agradecer reajuste salarial
Os colaboradores da Unimed Cerrado (Federação das Unimeds dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal) foram trabalhar na segunda-feira, 17 de junho, usando pulseiras verdes, uma das cores do cooperativismo e cor símbolo do Sistema Unimed. O adereço, exibido com orgulho pela equipe, tinha um significado especial: o uso das pulseiras foi a forma encontrada pelos cooperadores – denominação dos trabalhadores do setor cooperativista – para manifestarem sua satisfação com o reajuste salarial concedido pela diretoria da Federação.
O aumento de 8% começa a ser pago neste mês de junho e é retroativo a maio de 2013. Mas, a valorização salarial dos trabalhadores não para por aí. Além do aumento dos salários em um percentual acima da inflação, a Unimed Cerrado também reajustou em 10% o valor dos benefícios concedidos aos cooperadores, como vale-alimentação e vale-combustível.
A manifestação de agradecimento foi idealizada pela coordenadora do Departamento Financeiro, Ghábia Bernardes. Segundo ela, a sensibilidade da diretoria em conceder esses percentuais de reajuste demonstrou a valorização e o reconhecimento dos trabalhadores por parte dos diretores.
“Diante disso, os coordenadores de cada área avaliaram a satisfação de suas equipes e o resultado foi unânime: todos estão muito alegres e orgulhosos de fazer parte desta organização”, conta Ghábia. Para demonstrar essa satisfação, eles decidiram promover um “manifesto verde”, com o uso das pulseiras.
Durante a tarde, os trabalhadores deram uma rápida pausa no expediente para agradecerem ao diretor Administrativo-Financeiro, Danúbio Antonio de Oliveira; ao diretor de Mercado, Luiz Antônio Fregonesi, e ao presidente José Abel Ximenes – que participa de uma missão técnica nos Estados Unidos – o reajuste concedido e, principalmente, a política de valorização dos cooperadores adotada pela Unimed Cerrado.
“Foi uma ação totalmente voluntária e improvisada para demonstrarmos nossa satisfação em fazer parte desta equipe”, resume Ghábia Bernardes. O diretor Administrativo-Financeiro explica que a valorização salarial é uma das vertentes da política de recursos humanos da Unimed Cerrado, que investe também no desenvolvimento, na educação continuada, no crescimento profissional dos trabalhadores e na integração da equipe. (22/06/13)

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TRIBUNA DO PLANALTO

Procura por cirurgias plásticas cresce 50% em baixas temperaturas

Procura por cirurgias plásticas aumentam 50% nos meses de frio no Brasil. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) mostram que homens e mulheres aproveitam o período para realizar procedimento e aproveitarem o sol escasso e maior facilidade na hora dos cuidados pós-operatório. Mas especialistas alertam para os cuidados e para a necessidade de sempre buscar um profissional competente e capacitado.
A enfermeira Kelly Christina da Silva já se submeteu a duas intervenções. Uma delas foi realizada no inverno e outra no verão. Ela é categórica e afirma que caso faça outra cirurgia, certamente decidirá pelo período mais ameno. Ela se lembra que na primeira cirurgia, o clima estava frio e foi mais fácil acompanhar o pós-operatório. Já na segunda intervenção, sem se preocupar com a temperatura, Kelly marcou a cirurgia para uma época mais quente. “Foi muito mais complicado. Usar o macaquinho é mais complicado, assim como ter que passar os dias de repouso.”
Kelly comenta que a razão para a cirurgia foi estética e que está feliz com o resultado. “Todo o pós-operatório é complicado e exige cuidados específicos. Fiz tudo direitinho e estou satisfeita”. Para a enfermeira, escolher bem o profissional e ter disciplina é fundamental para ter sucesso com a intervenção. “Tudo muda. A autoestima melhora, a vida melhora. Estou de bem com o espelho”.
As baixas temperaturas diminuem o inchaço e facilitam o uso de malhas e cintas no período de recuperação. Além disso, a cicatrização pode ser melhor na época do frio. As dicas são do cirurgião plástico Pedro Torminn, membro da SBCP. Segundo ele, a cirurgia de lipoaspiração e a de implante de seios ainda são as mais procuradas nos consultórios, não só de Goiânia, mas do país. Ele entende que, como o clima não está quente, o uso da cinta, necessário no pós-operatório, é muito mais tolerável, além do que é o tempo necessário para o resultado já estar aparente e poder exibir uma nova silhueta quando começar a mudança de temperatura. Quando o verão chegar, o resultado definitivo já estará sem riscos de manchas ou cicatrização.
Larissa de Oliveira tem 23 anos e é jornalista. Ela se submeteu à cirurgia plástica há cerca de um ano e não se arrepende. “Sair e ser elogiada pelos amigos e por pessoas que nunca te viram ajuda a elevar a autoestima”, brinca. Ela comenta que não se arrepende de ter feito a cirurgia no inverno e o único problema do pós-operatório foi causado por ela mesma. Como não estava de férias, não ficou os 15 dias de repouso obrigatório solicitados pelo médico. “Mas não tenho do que reclamar. Foi tranquilo”.
“Fiquei super feliz com a cirurgia. Se sentir mais bonita é sempre bom. Sempre fui vaidosa, mas agora fiquei mais exigente ainda. Estou mais disciplinada em relação a alimentação e exercício físico, sem falar que tenho mais prazer em me arrumar, as roupas ficam melhores no corpo e até a maquiagem parece ter mais valor”, garante. Ela diz ainda que pretende fazer novas intervenções. “É viciante”, brinca. E continua: “Olho no espelho e já imagino outras partes do meu corpo sendo mudadas. Quero mexer no meu nariz, quero colocar silicone. Já pensei, inclusive, em mudar o formato do meu rosto e nem sei se é possível”.
Escolha certa
Dados divulgados recentemente pela SBCP, no Brasil, em 2011, foram registradas 905.124 cirurgias plásticas no país. De acordo com a SBCP, são feitas cerca de 91 mil lipoaspirações por ano no Brasil, o que corresponde a 20% de todos os procedimentos cirúrgicos. “É preciso estar atento e pesquisar sobre o profissional escolhido e qual é a estrutura do hospital ou clínica. Ter ambiente hospitalar seguro, com a presença de uma equipe treinada com todo equipamento necessário é importante”, alerta o cirurgião plástico Pedro Torminn.
Para o médico, é importante conhecer o profissional e também o precedimento a que o paciente pretende se submeter. Ele detalha que entre as cirurgias mais procuradas, a lipoaspiração e lipoescultura possuem poucas diferenças. A lipoaspiração retira a gordura de um determinado lugar do corpo. A lipoescultura, ou lipoenxertia, como também é conhecida, recoloca essa gordura em outra parte do corpo. Ele explica que o resultado conseguido em uma lipoaspiração ou lipoescultura pode não ser definitivo e exigir retoques. O grau de absorção da gordura em outra parte do corpo depende da técnica, da região do corpo e do organismo do paciente.
Outra região muito realizada é a região glútea, onde o enxerto de gordura é realizado para corrigir deformidades ou mesmo para o aumento e definição das nádegas. Este método tem a grande vantagem de não haver rejeição, porém existe a possibilidade de absorção em quantidades variadas. Mas o médico destaca o princípio da lipoaspiração, é a remoção de células gordurosas e essas células não se regeneram. No entanto, como não é possível remover todas as células gordurosas, se houver um aumento significativo no peso da paciente depois da cirurgia, as células que ficaram no organismo podem voltar a acumular gordura.
Com relação à anestesia, ele explica que depende da região do corpo onde será realizada a cirurgia. Se o procedimento for simples, em uma área pequena, basta anestesia local. Mas existem situações em que a anestesia geral deve ser usada.
Próteses de silicone cada vez mais seguras
Atualmente, o implante mamário é a terceira posição no ranking das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil, de acordo com dados da pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). A cirurgia de implante mamário consiste na colocação de uma prótese de silicone na região da glândula mamária, com objetivo de se corrigir alterações estéticas ou melhorar os aspectos dos seios.
De acordo com o cirurgião Edilson Pinheiro, membro  especialista em cirurgia plástica, nos casos em que as mamas são pequenas ou pouco desenvolvidas, a colocação da prótese de silicone dará às mamas o contorno, formato e projeção desejados. “Agora, a mulher que já teve uma ou duas gestações, está satisfeita com o volume, porém quer reposicionar as mamas, o indicado é a mastopexia, cujo objetivo é elevar e remodelar as mamas caídas, retirando o excesso de pele e reposicionando o CAP (Complexo Areólo Papilar). O levantamento das mamas restabelecerá uma aparência mais jovem e sensual. Já nos casos em que a paciente está com as mamas flácidas e deseja levantá-las e aumentá-las, a mastopexia com prótese é o mais aconselhado”.
Desde a introdução dos primeiros implantes na década de 60, as próteses de silicone evoluíram e se tornaram mais seguras, com importantes avanços tecnológicos. As atuais são revestidas com pelo menos sete camadas de proteção para evitar o rompimento e são produzidas sob rigorosos critérios de segurança e tecnologia, por isso não demandam mais ser trocadas a cada 10 anos. “As novas gerações de implantes possuem alta resistência ao rompimento e apresentam características únicas que tem a propriedade de inibir e/ou retardar a formação de contratura capsular (endurecimento)”, relata Dr. Edilson Pinheiro.
Atualmente, existem vários tipos de próteses que se mostram mais seguras dos que os modelos utilizados há uma década. Na opinião do especialista, a nova geração de implantes proporciona resultados mais naturais e duradouros. Quanto ao formato elas podem ser redonda com perfil baixo, alto ou super-alto  e em gota. Quanto aos tipos, elas podem ser de gel de silicone ou de solução salina, que quase não se usa mais, com invólucro de material liso, texturizado ou de poliuretano. “As mais utilizadas hoje são de silicone texturizado, com perfil alto. Porém, o tipo de prótese, o formato e o seu tamanho devem ser discutidos e definidos com a paciente e o cirurgião, sempre prevalecendo o bom senso”, comenta o médico.
A escolha do tipo e formato da prótese dependerá da avaliação de cada caso. “Para uma mama ficar bonita, após a cirurgia plástica, ela tem que exibir uma aparência natural, harmônica e simétrica, volumosa, sem cicatrizes evidentes, deixando as pessoas na dúvida se foi ou não colocado prótese de silicone”.
A inclusão do implante mamário pode melhorar a autoestima e ressaltar aspectos relacionados à feminilidade da paciente. No entanto, não adianta querer colocar uma prótese de tamanho acima do compatível com o biotipo da paciente. Isso poderá gerar insatisfação após a cirurgia, garante o cirurgião plástico.
Segundo o Dr. Edilson Pinheiro para uma cirurgia  de prótese de silicone apresentar resultados satisfatórios, o cirurgião tem que ouvir a paciente para saber o que ela realmente  quer, avaliar os prós e contras do tipo de prótese, mostrar os limites que seu corpo tem e deixar bem claro dos riscos e restrições da cirurgia. “Uma conversa clara entre médico e paciente em relação às expectativas e tamanhos desejados para os novos seios só tende a aumentar as chances de um resultado natural e esteticamente satisfatório”, finaliza.

Plástica no braço
Cirurgias plásticas para reverter a flacidez na parte superior dos seus braços estão cada dia mais em alta entre homens e mulheres, mas cirurgiões alertam para o custo do procedimento: a cicatrize. Estatísticas divulgadas em maio pela Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos mostram que as cirurgias de levantamento de braços em mulheres cresceram mais de 4.400 por cento na última década. Pesquisa feita pela Internet em março e abril junto a 1.219 mulheres, a pedido da sociedade, mostrou que as mulheres estão prestando mais atenção a braços bem torneados e citam como exemplo a primeira-dama norte-americana, Michelle Obama, e as atrizes Jennifer Aniston, Jessica Biel e Demi Moore.
O presidente da sociedade, Gregory Evans, disse em nota à agência de notícias Reuters que foram feitas no ano passado nos Estados Unidos 15 mil cirurgias de "lifting" de braços, sendo 98% em mulheres, das quais mais de 75% com mais de 40 anos. Os EUA são o país do mundo que mais realiza cirurgias plásticas estéticas ou cosméticas, seguidos pelo Brasil, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética. Evans disse que há dois métodos para combater a flacidez dos braços – a lipoaspiração ou a braquioplastia, em que uma incisão é aberta do cotovelo à axila, e a pele solta é retirada da parte posterior do braço. "Você obtém um melhor contorno, mas fica com uma cicatriz comprida, e muita gente não quer isso. As cicatrizes levam de 18 meses a dois anos para sumir". (24/06/13)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação