Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 22 a 26/12/12

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

SAÚDE BUSINESS WEB
ONA disponibiliza novas normas orientadoras

Reestruturação foi necessária principalmente porque algumas normas passaram a incorporar muitos assuntos, o que tornou mais complexo o conteúdo, dificultando seu entendimento
Novas normas do Sistema Brasileiro de Acreditação, aprovadas por representantes das Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs), entram em vigor a partir do dia 1 º de janeiro de 2013.
Jaqueline Gonçalves, assessora técnica da organização, explica que a reestruturação foi necessária principalmente porque algumas normas passaram a incorporar muitos assuntos, o que tornou mais complexo o conteúdo, dificultando seu entendimento. No final, o processo resultou no aumento de 12 para 19 Normas Orientadoras:
NO 1 – Diretrizes do Sistema Brasileiro de Acreditação; NO 2 – Inscrição na Organização Nacional de Acreditação; NO 3 – Avaliação para o Diagnóstico Organizacional; NO 4 – Avaliação para a Acreditação; NO 5 – Avaliação para o Selo de Qualificação ONA; NO 6 – Relatório de Avaliação; NO 7 – Divulgação da Certificação Concedida; NO 8 – Acompanhamento da Certificação; NO 9 – Avaliação para Recertificação; NO 10 – Avaliação de Upgrade; NO 11 – Notificação de Irregularidades do SBA/ONA; NO 12 – Código de Ética; NO 13 – Instituições Acreditadoras; NO 14 – Avaliadores do Sistema Brasileiro de Acreditação; NO 15 – Comitê de Certificação; NO 16 – Cooperação Técnica; NO 17 – Produção, Revisão e Validação das Normas e dos Manuais do SBA/ONA; NO 18 – Formação e Capacitação para Disseminação da Metodologia ONA; e NO 19 – Uso das Marcas ONA. (22/12/12)
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Unimed do Estado de São Paulo abre espaço para crescer com Governança Corporativa
Modelo de governança abre caminho para negociação, investimento e um novo modelo assistencial e de remuneração. Em 2011 haviam quatro hospitais acreditados e três qualificados, agora são seis acreditados e 11 qualificados
Unimed do Estado de São Paulo trabalha, desde 2009, em um novo modelo assistencial e de remuneração hospitalar e do corpo clínico, composto por algumas vertentes, sendo uma delas a atenção primária à saúde. O modelo utiliza como porta de entrada um médico generalista e só depois o paciente é encaminhado, dependendo da necessidade, ao especialista.
Um centro de serviços compartilhados é outra vertente. “Como no Estado de São Paulo há 73 Unimeds, seis intrafederativas e uma federação estadual; no novo modelo, ao invés de cada unidade ter, por exemplo, um atuário, uma equipe de marketing e assessoria de imprensa, é possível compartilhar estas áreas”, explica o diretor financeiro e de recursos próprios, José Marcondes Netto, que também destaca a hierarquização. “Como não é necessário ter a mesma gama de serviços em todas as cidades, é feita uma classificação, principalmente de laboratórios e exames, que fica para as singulares utilizarem, o que nos traz ganhos de escala. Também fazemos a regionalização, hierarquizando por porte, preço e, principalmente, qualidade.”
A outra vertente é o novo modelo de remuneração hospitalar. “Esse projeto valoriza a qualidade. Hoje, o que há no País é uma classificação por porte, do Ministério da Saúde. Também é feita a classificação dos hospitais por complexidade de tratamento, mas os indicadores de qualidade não estão em foco. Por isso, trabalhamos na construção de um modelo em que se tem segurança, qualidade e sustentabilidade”, justifica. Para ele, no modelo atual de saúde, ganha mais o hospital em que o paciente fica mais tempo internado. “Se o paciente internado tem uma infecção hospitalar e fica mais de 30 dias lá, esse hospital ganha mais do que outro onde o paciente fica cinco dias porque tem qualidade e não tem infecção hospitalar”, explica.
Por esse raciocínio, menos tempo de internação significa que o hospital pode cobrar melhor, baseado em indicadores de qualidade. Caso contrário, como no exemplo anterior, o custo é de todos.  “Por isso, estamos classificando os hospitais e em seguida há o incentivo à certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA)”. Isto está sendo feito primeiro na rede própria e depois será a vez dos credenciados. “Daí é possível pagar remuneração mais alta para hospitais em função da qualidade, tendo como indicadores o tempo de permanência, índice de infecção hospitalar e taxa de ocupação, entre outros”, explica o diretor.
Conhecimento e capacitação
O programa de qualificação de recursos próprios das Unimeds do Estado de São Paulo , batizado de Qualificare, teve início em 2009 e é composto por um conjunto de ações que abrangem o conhecimento e capacitação. “Procuramos a parceria da Fundação Vanzolini e criamos uma metodologia de registro de visitas baseada em vários critérios de qualidade”.
As avaliações são baseadas em metodologias utilizadas pela ONA, CQH e PNASS, que preveem a classificação dos hospitais por porte e complexidade. Tem caráter voluntário e a indicação pode ser realizada a cada dois anos.
A Unimed Federação do Estado de São Paulo investiu no desenvolvimento da metodologia de avaliação e nos cursos e eventos de capacitação junto com a fundação. As singulares que aderiram ao programa investiram nos custos decorrentes da avaliação, além de investimentos realizados para a melhoria de suas estruturas e processos. “No Estado, na rede de serviços próprios, há 41 hospitais, dos quais 95% já foram classificados. Na segunda etapa, estamos fazendo uma reclassificação, depois de dois anos, para incentivar a certificação”.
No início do programa havia quatro hospitais acreditados e três qualificados. Nas avaliações realizadas em 2011, passaram a ser seis hospitais acreditados e 11 qualificados.
Recentemente, a instituição firmou uma parceria com a consultoria Planisa, visando à modulação da remuneração, que será feita a partir da construção de uma tabela em que todos tenham a mesma denominação. “Por exemplo, para o apartamento de um hospital, vamos construir uma tabela em que dentro dele é preciso constar embutido no preço o ar comprimido, oxigênio, vácuo, serviço de enfermagem, troca de cama, etc. Tudo isso fará parte de uma diária que será igual para todos os hospitais. É a construção de uma tabela que tenha uma unicidade de denominação”.
Também será feito um levantamento para os eventos previsíveis. “Depois disso, faremos migração de margem, porque hoje os hospitais ganham dinheiro não com a atividade-fim, mas com a atividade meio, que é a venda e a comercialização de materiais e medicamentos. Isso chega a ser insuportável para quem paga a conta. Por exemplo, ao invés de uma diária de quarto coletivo custar R$ 150, vai custar R$ 500, com tudo embutido. E o medicamento sairia a preço de fábrica, somado a um percentual de comissão de ganho.”
Para o executivo, o hospital tem de ganhar mais pela qualidade. “Por isso estamos fazendo um trabalho para construir um novo modelo. Com isso buscamos a cidadania, o cliente bem atendido, com segurança, qualidade e a sustentabilidade da instituição.” (22/12/12)
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DIÁRIO DA MANHÃ

Sono, saúde, trabalho e fadiga
O ser humano dorme, em média, 1/3 de sua vida, preferencialmente no ciclo escuro da Terra (noite). A maneira como ele dorme e o tempo gasto determinam quem ele é. Segundo o neurologista Paulo Cesar Ragazzo, do Departamento de Medicina do Sono do Instituto de Neurologia de Goiânia, os seres vivos são criaturas de um planeta com dois ciclos de tempo antagônicos: um claro e outro escuro, determinados pelo movimento de rotação da Terra, e que criam alternâncias de aproximadamente 12 horas de luz e 12 horas de escuridão.
Originalmente um animal caçador, de hábitos diurnos, o homem enxerga muito mal no escuro, e é um candidato natural, à noite, mais para caça do que para caçador. Todo o seu cérebro (como, aliás, da maioria dos animais) responde de forma diferenciada ao dia e à noite. O grande marcador de tempo para o cérebro dos animais é a luminosidade intensa da luz solar. Ela estimula células sensíveis na retina humana, que modificam a excitabilidade de um pequeno grupo de células (alguns milhares) no cérebro, e determinam mudanças dramáticas na secreção de alguns neurotransmissores e hormônios. A luminosidade intensa determina o aumento da secreção de cortisol, e a baixa luminosidade do entardecer determina o início da secreção de melatonina. O ciclo de temperatura do corpo humano segue um ritmo próximo daquele do cortisol (que permite atividade muscular intensa), e que corresponde aproximadamente ao ciclo das 24 horas (circadiano), com temperaturas mais elevadas durante o dia de atividade, e mais baixas durante o sono da madrugada.
Assim, o sono cumpre um papel fundamental no controle da homeostase (equilíbrio) do organismo. O sono também tem outras funções fisiologicamente importantes, como a consolidação da memória dos eventos e fatos aprendidos durante o dia.
As 7 ou 8 horas de sono da maioria dos seres humanos representam um comportamento ativo do cérebro, que mantém atividades complexas e metabolismo quase tão intenso quanto em vigília (acordado).
Segundo Ragazzo, os horários típicos da atividade humana constituem um importante sincronizador artificial do ciclo vigília/sono do ser humano. O homem, animal social, tem sua vida regulada, portanto, por duas classes de “doadores de tempo”: um natural e outro cultural: luz solar e vida social, respectivamente. Harmonizar estes dois reguladores do tempo do homem, sincronizando adequadamente seu ciclo biológico e suas atividades sociais é a pista para resolver a equação do trabalho e da qualidade de vida. No entanto, a evolução da sociedade e a criação de necessidades não naturais reconfiguraram o uso do tempo pelo homem, adaptando-o às exigências da cultura do trabalho. Os horários estendidos de trabalho por mais de 12 horas consecutivas, e o trabalho de turno (que representa entre 15 e 20% da força de trabalho nas sociedades industriais) rompem o ciclo natural de equilíbrio entre vigília e sono, atividade e repouso.
O trabalho em turno existe desde que a sociedade não pode prescindir da atividade continuada de alguns profissionais (bombeiros, policiais, pessoal de saúde, controladores de voo, entre outros). Para eles, a privação parcial de sono e a fadiga física são significativas e cumulativas. Mesmo após longos períodos de adaptação, os trabalhadores em turno noturno continuam a apresentar um padrão de sono fragmentado, com menos tempo em sono profundo e múltiplos despertares. Esses trabalhadores cochilam mais e estão, de maneira geral, mais sonolentos durante o trabalho e seu nível geral de alerta é diminuído. Eles apresentam também déficit de memória, desempenho intelectual e motor comprometido, e mau humor e irritabilidade frequentes. Talvez o mais conhecido entre os problemas do excesso de horas contínuas de trabalho seja o caso dos motoristas profissionais de transporte pesado.
Estudos conduzidos nas estradas de todo o mundo confirmam que um número significativo de condutores dirige por muitas horas seguidas, não seguem um programa específico de intervalo entre trabalho e repouso, não utilizam técnicas apropriadas de proteção contra sonolência excessiva e não estão preparados para prever e detectar sinais precoces de fadiga física e mental.  Em nosso País, tal situação é complicada pela necessidade econômica de longas horas de trabalho contínuo para viabilizar o custo operacional, e pela falta de proteção e suporte para o descanso dos motoristas, além do reduzido estado de conservação de muitas das rodovias nacionais. Os estudos mostram que uma ampla porcentagem de motoristas profissionais confessa apresentar vários episódios de sonolência ao volante, e, em vários países, entre 15 e 26% dos motoristas estão em risco aumentado para sonolência excessiva durante o trabalho, por apresentar sintomas da síndrome da apneia do sono, insônia persistente, e outros transtornos do sono.
Um fator pouco mencionado e valorizado na determinação de má qualidade de sono é a presença de ruído intenso nas cidades. Estudos de sono realizados nas casas de pessoas que moram junto a aeroportos e rodovias, e que se dizem adaptadas ao barulho intenso, mostram que, embora dormindo, seu sono é intensamente fragmentado e sua frequência cardíaca muito elevada, desencadeados pelo ruído intenso de turbinas ou veículos.
Nos departamentos de Medicina do Sono, estudam-se maneiras de minimizar os efeitos dos horários de turno no desempenho dos trabalhadores, para que o risco de acidentes seja reduzido. Pilotos, controladores de voo, motoristas e operadores de máquinas são estudados, e escalas de trabalho apropriadas são discutidas e postas em prática. Técnicas de previsão e bloqueio de sonolência excessiva e fadiga são implementadas nas fábricas e nas companhias de transporte. Os programas de proteção aos trabalhadores sob risco são ainda incipientes, porque até o momento significam mais custo para o trabalho, sem que segurança e qualidade de vida tenham valor correspondente. Empresários com visão integrativa e consciência social começam a tomar contato com a fantástica possibilidade de prevenção de acidentes por treinamento e monitorização dos trabalhadores em atividade.  “Imagino que dentro de alguns anos teremos, em todas as universidades, departamentos de Medicina do Sono, integrados às áreas de Medicina do Trabalho e Medicina de Trânsito, tal é sua importância”, finalizou Ragazzo. (25/12/12)
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Informação é saúde
Paciente bem informado pode tomar decisões mais acertadas sobre opções de tratamento e conseguir se curar mais rápido. Além dos médicos, a internet e a própria imprensa podem servir de fontes
"Saber" não só "é poder", como disse o filósofo britânico Francis Bacon, porque permite escolher a mais conveniente entre várias opções e inclusive se adiantar aos eventos, mas também pode se transformar em saúde, quando se busca e utiliza a informação  adequadamente.
Exemplo disso é um recente estudo realizado no Reino Unido pelos médicos Rebecca Say, Stephen Robson e Richard Thomson, segundo o qual a informação proporcionada às mulheres durante a gravidez, o parto e o pós-parto diminui sua ansiedade, aumenta sua sensação de controle da situação, de satisfação e de ter tomado uma decisão certa.
Além disso, de acordo com outro trabalho espanhol publicado pela Universidade Autônoma de Barcelona, dos pesquisadores Jenny Moix e Josep María Casas, na preparação para as intervenções cirúrgicas, a informação e o apoio psicológico ajudam os pacientes a se recuperar, precisando de menos dias de internação e menos sedativos. Além disso, as pessoas informadas também têm menos febre e complicações após a cirurgia.
Pesquisar sobre o problema também ajuda a tomar melhores decisões, como demonstra um estudo do Centro Médico da Universidade de Radboud (Holanda), segundo o qual os pacientes com câncer de próstata que recebem informação adicional são mais propensos a decidir que tratamento querem receber e menos passíveis de optar pela cirurgia para retirar a glândula.
Mais informação, melhores tratamentos e uma medicina mais pessoal são as três principais reivindicações dos pacientes para que o atendimento médico que recebem seja melhor.
É o que diz o livro A Satisfação dos pacientes, publicado pelo Instituto Europeu de Saúde e Bem-estar Social (IESBS), que reúne a reflexão de 60 personalidades de órgãos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Agência Europeia de Medicamentos (Emea), presidentes de associações científicas, conselheiros de saúde e defensores dos pacientes.
Segundo o presidente do IESBS, o doutor Manuel de la Peña, "a informação de qualidade, oportuna e verdadeira é um direito básico dos cidadãos e é essencial para apoiar seu tratamento. Todos os estudos realizados até o momento dão claras evidências de que os pacientes bem informados conseguem uma melhora mais significativa do que aqueles que não estão informados".
"No final, o doente que reúne mais informações sobre sua doença tem muitos mais recursos próprios e de terceiros para superar seu problema de saúde", ressalta o presidente do IESBS.
A principal fonte de informação do paciente é o próprio médico. "Estou me tratando em um lugar confiável e com a pessoa certa?" "Existe um tratamento melhor?" "Quais são os efeitos colaterais desse remédio?" "Por que é importante que eu faça esse tratamento?".
Muitos pacientes não fazem essas perguntas imprescindíveis por falta de informação, mas principalmente por temor a uma possível reação negativa por parte do médico, que pode se sentir incomodado, ou por medo de que sua resposta os deixe mais nervosos, se não houver exatamente "notícias boas".
No entanto, sempre vale a pena fazer essas perguntas e ir além do "o que eu tenho doutor?" e do "vou melhorar?" Isso porque há questões que podem nos mostrar a gravidade real da situação, nos ajudar a decidir o tratamento mais eficaz, evitando complicações e moléstias, e até salvar nossa vida.
Durante as consultas, às vezes os médicos se esquecem de dar informações importantes a seus pacientes sobre remédios e tratamentos, não detectam as queixas e preocupações do paciente, não levam em conta os problemas psico-sociais que os envolvem ou não chegam a um acordo sobre a natureza do problema.
Segundo a organização americana Partnership for Clear Health Communication, PfCHC (Sociedade para a Comunicação Clara sobre Saúde), ao melhorar o "analfabetismo de saúde" da pessoa se pode melhorar sua saúde, porque quando se entende seu problema e o tratamento, é mais provável que se siga as instruções do médico e melhore mais rápido e com menos problemas.
Três perguntas fundamentais
As três perguntas-chave que devemos fazer sempre a nosso médico, enfermeira, farmacêutico ou outro profissional de saúde, em cada consulta, quando nos preparamos para um exame ou procedimento médico ou nos receitarem um remédio: "qual é meu problema principal?", "o que preciso fazer?" e "por que é importante eu fazer isso?".
Se não entendemos bem as respostas que nos deram ou ficarmos com alguma dúvida, a PfCHC aconselha pedir que repitam a informação e explicar que não entendemos o que eles desejam que façamos, ou quais são as características de nosso problema, dizendo: "Isso é novo para mim. Pode explicar outra vez?". Ou ainda "um detalhe não ficou claro".
A outra grande fonte de informação médica é a internet, como demonstra uma pesquisa do site especializado “Salud.es”, segundo o qual até 77 % da população espanhola pode pesquisar suas doenças em portais especializados em informação médica; sendo as páginas de indústrias farmacêuticas, laboratórios e hospitais, as mais procuradas.
Segundo a Biblioteca Nacional de Medicina dos Institutos Nacionais da Saúde (NIH) dos Estados Unidos, "milhões de consumidores obtêm informação sobre a saúde através de revistas, pela televisão ou na internet. Parte da informação é confiável e atualizada; outra não".
"O senhor quer informação atual, imparcial, neutra e baseada em pesquisas, mas como diferenciar a boa informação da má?", questiona o órgão público.
Se a opção é utilizar a internet, os NIH americanos recomendam primeiro considerar a fonte, buscar na página a opção "sobre nós" e verificar quem é responsável pelo lugar: se é um  órgão do governo, uma universidade, uma organização de saúde, um hospital ou uma empresa.
"Enfoque a qualidade. O lugar tem um conselho editorial? A informação é revista antes de ser publicada? Seja cético. Pense que o que parece bom demais para ser verdade, geralmente é", aconselha a principal agência de pesquisa médica dos EUA.
Segundo uma pesquisa da Pfizer, a rede é a principal fonte de informação sobre saúde para os internautas, 80% dos quais procura a internet para se informar sobre temas médicos.
Nela podem ser encontradas informações que o médico não deu ou o paciente não  entendeu, em linguagem clara. Mas nem todas as páginas são confiáveis e podem inclusive desinformar e confundir.
Para obter informação segura e avalizada, os especialistas da Pfizer afirmam que ao obter dados sobre um sintoma ou doença através da internet, é preciso buscar páginas de órgãos oficiais, associações de médicos, defensores de pacientes, laboratórios farmacêuticos e  sites de referência recomendadas pelo próprio médico, em vez de rodar por blogs, fóruns e redes sociais. (24/12/12)
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Acidentes com animais peçonhentos aumentam 30% durante o verão
Segundo o Instituto Butantan, picadas de serpentes e de escorpiões são mais comuns
Os acidentes com animais peçonhentos aumentam 30% no período de calor e chuvas, principalmente de dezembro a março. Os dados, do Instituto Butantan, mostram ainda que entre os acidentes mais comuns estão as picadas de serpentes (principalmente da jararaca) e de escorpiões.
“No Brasil, a espécie mais comum nos acidentes é a jararaca, em função da quantidade e variedade de espécies que o País tem. Em segundo lugar vem a cascavel. A jararaca causa mais acidentes, mas é a que menos mata, apesar de deixar sequelas às vezes graves. A cascavel, apesar de causar poucos acidentes, é a que mais mata”, destaca o biólogo e diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan, Giuseppe Puorto.  As mortes causadas pela cascavel ocorrem, segundo ele, em função do tipo de ação do veneno, que pode provocar insuficiência renal aguda.
De acordo com o Butantan, em caso de picadas de cobras deve-se, em primeiro lugar, manter a calma, lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão, dar bastante água à vítima para manter a hidratação e procurar o serviço médico o quanto antes. Se possível, deve-se manter erguida a parte atingida.
“Em hipótese alguma, por mais que seja prática comum, deve-se amarrar, cortar, sugar ou colocar qualquer outro tipo de produto sobre o local do acidente, ou beber qualquer outro líquido que não seja água”, diz o biólogo. Também não se deve tentar tocar no animal sem a ajuda de uma pessoa qualificada.
Escorpião
Quanto à ferroada de escorpião, a primeira medida a ser adotada é  colocar compressas de água morna sobre a ferida. O procedimento ajuda a aliviar a dor até a chegada ao serviço de saúde mais próximo. Em caso de picadas de aranhas e queimaduras de taturanas, é importante não mexer no ferimento e procurar atendimento médico imediatamente.
Para evitar os acidentes, o Butantan recomenda manter limpos quintais, jardins e terrenos baldios, não acumulando entulho e lixo doméstico; aparar a grama dos jardins e recolher as folhas caídas; vedar soleiras de portas com saquinhos de areia ou friso de borracha, colocar telas nas janelas, vedar ralos de pia, tanque e ralos de chão com tela ou válvula apropriada.
Também é recomendável colocar o lixo em sacos plásticos, que devem ser mantidos fechados para evitar aparecimento de baratas, moscas e outros insetos, que são o alimento predileto de escorpiões; examinar roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de usá-las; andar sempre calçado e usar luvas de couro ao trabalhar com material de construção e lenha.
O Hospital Vital Brazil, do Instituto Butantan, disponibiliza um telefone de orientação em casos de emergência e acidentes com animais peçonhentos. O serviço funciona 24 horas e orienta sobre o local mais próximo para atendimento. O telefone é o (11) 2627-9529. Dicas de prevenção também podem ser encontradas em www.butantan.gov.br. (24/12/12)
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Pacientes internados no Hugo também comemoram Natal
Desde a última quarta-feira, 19, o Hospital de Emergências de Goiânia (Hugo) tem sido palco de atividades que buscam levar um pouco do espírito natalino para quem está hospitalizado ou trabalhando e não vai passar a data em casa com a família. Cinema, cantata, distribuição de presentes e lanches fazem parte da iniciativa. O Hugo conta com 235 leitos e centro cirúrgico com dez salas.
Curta-metragens sobre esperança e lições de vida foram apresentados aos pacientes da unidade de pronto atendimento (PA) e enfermarias, por meio de uma TV itinerante, o Cine Hugo de Natal. “Assistir a um filme é coisa  simples, mas me fez até esquecer a dor”, contou emocionada Divina Soares da Silva, 38 anos, internada no hospital há um mês em razão de acidente de moto que sofreu.
Ontem, as oito crianças internadas na pediatria do Hugo receberam brinquedos e gibis. Acompanhantes e funcionários também receberam presentes. As doações foram feitas pela diretoria do hospital, médicos e voluntários. Nesta época do ano (férias escolares), as internações na pediatria costumam ser elevadas em razão de fraturas, traumatismos e afogamentos. “No Natal quisemos trazer um pouco do espírito da festa para as crianças internadas, pois elas ficam privadas do convívio de suas famílias. Em outras datas comemorativas, como o Dia das Crianças, funcionários se caracterizam e trazem um pouco de alegria para elas”, disse a psicóloga Elisa Issi Simões Becker, da pediatria do hospital.
Mariana Costa Oliveira, 11 anos, internada no Hugo há quarto dias em razão de acidente de moto conduzida por seu pai, disse estar feliz por ganhar um presente de Natal. Ela recebe alta na segunda-feira(24) e vai passar a data com as tias. Infelizmente, ela não vai poder contar com a presença de seus pais. Sua mãe fará companhia ao pai de Mariana que está internado na enfermaria do hospital e que ainda não tem previsão de alta.
Médicos, enfermeiros e funcionários plantonistas, nos dias 24 e 25, participarão de uma ceia natalina e concorrerão a brindes. A iniciativa é do Instituto Gerir, organização que administra o hospital. “Nossa meta é proporcionar mais qualidade de vida para nossos pacientes e colaboradores. Queremos curar nossos pacientes não somente com tratamento médico, mas com o carinho que eles merecem e precisam ter enquanto estiverem no hospital”, disse o diretor-geral do Hugo, Ciro Ricardo Pires de Castro. Outra iniciativa dessa gestão foi elevar o número de visitas por paciente, de um para dois acompanhantes.
Uma árvore de Natal foi colocada em uma das entradas do hospital para que funcionários, pacientes e visitantes troquem mensagens de apoio, agradecimentos e votos de Feliz Natal e próspero ano novo. Mais de 400 recados já foram pendurados na árvore de dois metros de altura. Um presépio também faz parte da decoração. (24/12/12)
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Com verão, prevenção à dengue deve ser reforçada
Guilherme Rossiny
Características climáticas típicas do verão, que começou esta semana, são sinais de alerta para a transmissão da dengue no País. Para o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, o período de chuvas intensas e de maior umidade exige reforço dos cuidados de prevenção por parte dos gestores municipais e também da própria população.
O último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, mostra que 77 cidades brasileiras estão em situação de risco para a dengue. Dessas, em dez, a situação de risco prevalece desde 2011.
Giovanini Coelho lembrou que pesquisas recentes demostram que o brasileiro se sente bem informado em relação à doença e às medidas de prevenção. O grande desafio, segundo ele, é transformar esse conhecimento em mudança de comportamento. “É fácil prevenir a dengue, mas é importante que a população adote, efetivamente, mudanças de comportamento por meio de ações que ela conhece muito bem”, explicou.
Dados do ministério indicam que, na Região Norte, as principais causas de criadouros do mosquito são a deficiência no abastecimento de água e na coleta do lixo. No Nordeste, o abastecimento de água aparece como principal problema. No Sudeste, os depósitos domiciliares provocam o aumento da circulação do mosquito. No Sul, o alerta é para o lixo. Na Região Centro-Oeste, abastecimento de água, depósitos domiciliares e lixo representam praticamente o mesmo percentual no agravamento de criadouros.
Segundo o coordenador, municípios que enfrentam problemas com abastecimento de água devem focar em estratégias como tampar caixas d'água e desobstruir calhas. Cidades com criadouros em depósitos domiciliares devem focar nas vistorias das casas, na colocação de areia em vasos de plantas e na eliminação de recipientes que podem acumular água, como garrafas plásticas e pneus. Já os gestores que registram problemas com lixo precisam melhorar os serviços de limpeza urbana e conscientizar a população em relação ao descarte de resíduos em terrenos baldios, por exemplo.
“O Sistema Único de Saúde (SUS) tem milhares de agentes de saúde treinados para fazer o trabalho de assessoria, supervisão e visita aos domicílios. É fundamental que os gestores municipais tenham essa ação como uma prioridade. É fundamental que as visitas sejam feitas regularmente, que o poder local articule ações intersetoriais, particularmente voltadas para a manutenção da limpeza urbana. Esse conjunto de medidas que envolve a participação da população e a ação do Poder Público são fundamentais para passarmos por esse verão com a menor quantidade de dengue possível”, concluiu.
A Campanha Nacional de Combate à Dengue 2012/2013 tem como slogan Dengue É Fácil Combater, Só Não Pode Esquecer. O objetivo da primeira fase, que se estende até o final deste mês, é mobilizar a população a adotar medidas simples de prevenção. Na segunda fase, que começa a partir de janeiro, o foco é no reconhecimento dos sinais e sintomas da doença e as principais medidas que devem ser adotadas pelas pessoas em caso de suspeita de dengue. (23/12/12)
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JORNAL OPÇÃO
A cardiologia avança em Goiás

Hospital do Coração está investindo mais de R$ 20 milhões em unidade com 7 mil metros quadrados de área construída e equipamentos de ponta. Novo hospital será concluído em 7 meses
Cezar Santos
A maior estrutura em Goiás no que se refere a atendimento na área de cardiologia. Trata-se da nova unidade do Hospital do Coração, que vai entrar em funcionamento em meados do ano que vem. Goiânia, que já é referência em várias especialidades médicas, ganhará — ou melhor, ampliará — mais um serviço de ponta na área cardiológica, tanto no que diz respeito aos profissionais quanto aos equipamentos e instalações.

A previsão é de que as obras no novo Hospital sejam concluídas no final de junho de 2013. São mais de 7 mil metros quadrados de área construída, com dois subsolos, térreo com mezanino e mais cinco andares. É um hospital completo, com atendimento não só de cardiologia, mas em todas as áreas, com relação ao diagnóstico e tratamento.
Os dois subsolos servirão para estacionamento, com quase cem vagas, minorando um problema recorrente da cidade, agravado principalmente nas áreas centrais. No térreo funcionará o pronto-socorro, com oito leitos para observação clínica (emergência), um consultório e a recepção e administração.

O mezanino vai abrigar a área de diagnóstico, com a radiologia convencional, angiotomografia de coronárias e ressonância nuclear magnética, além da endoscopia respiratória e digestiva (alta e baixa). Os pacientes submetidos a exames de cardiologia que necessitem de apoio hospitalar (Tilt Teste, Eco Estresse, etc) terão acomodações apropriadas nesse piso, onde se localizará também o laboratório de análises clínicas.
Nos andares superiores serão distribuídos 50 apartamentos, além de duas unidades de terapia intensiva: uma unidade coronariana e outra geral, cada uma com 11 leitos. Um bloco cirúrgico completo será instalado, com quatro salas cirúrgicas, sendo duas grandes, onde poderão ser realizados até transplantes, e duas médias, além de uma unidade de recuperação pós-cirúrgica imediata. Nesse andar haverá uma unidade semi-intensiva, com mais quatro leitos para repouso dos pacientes após os procedimentos.

O espaço para procedimentos de hemodinâmica terá duas salas (cateterismo, angioplastia, estudos eletrofisiológicos, implante de marcapasso, etc.). Outra importante aquisição para a cidade será o heliponto no terraço superior, que possibilitará o transporte aéreo diretamente ao hospital.
A diretoria do Hospital do Coração está em fase final de negociação com fornecedores nacionais e internacionais para a aquisição dos equipamentos, buscando o que há de mais moderno na área. Tão logo a obra física seja entregue, os aparelhos serão imediatamente instalados. Também o mobiliário e a parte de hotelaria estão com os projetos sendo finalizados para a execução. A previsão é que em um mês aproximadamente seja instalado um apartamento-modelo, que servirá de teste para seu funcionamento adequado e ajuste de detalhes.

O investimento na nova unidade chega a R$ 14 milhões somente para sua edificação. Desse total, R$ 8,6 milhões foram financiados pelo Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), programa do governo federal de fomento ao desenvolvimento econômico e social, através de financiamento aos setores produtivos. O restante é investimento dos próprios sócios.
À frente do Hospital do Coração estão 22 sócios, sendo a maioria deles cardiologistas. En¬tretanto, a equipe de trabalho é composta de diversas outras especialidades médicas e a direção do hospital destaca que todo o grupo tem participado ativamente da construção da nova unidade, num verdadeiro trabalho de equipe.

Foco no atendimento humanizado
O Hospital do Coração é um centro hospitalar já tradicional não só na capital, mas em todo o Estado, localizado na Rua 6, abaixo da Praça Tamandaré, no Setor Oeste. Foi inaugurado em 1982, inicialmente chamado Clínica do Coração, introduzindo o primeiro pronto-socorro especializado em cardiologia de Goiânia. O foco de seus fundadores foi o atendimento humanizado. Esse pioneirismo resultou numa diferença em nível nacional: no Hospital do Coração de Goiás funcionou a primeira unidade coronariana do país, que permitia a presença de acompanhantes junto aos pacientes, humanizando o atendimento de pessoas com cardiopatias graves.
A estrutura inicial era pequena, com cinco leitos de unidade coronária para atender infartados, quatro leitos de pronto-socorro (emergência) e os consultórios. Na antiga Clínica do Coração já eram realizados todos os exames não invasivos de cardiologia. As instalações começaram a ser ampliadas pouco depois da inauguração, o que foi concluído em 1992. Foram acrescentados 12 apartamentos e mais 4 leitos de enfermaria. O corpo clínico, naturalmente, foi crescendo.
Essa unidade pioneira vai continuar funcionando, mas se tornará o Centro Clínico do Hospital do Coração. Haverá ampliação da sala de espera e do número de consultórios, que passarão a ser 30, o dobro do atual. O setor de diagnósticos será ampliado, sendo mantidos no novo Centro Clínico a ecocardiografia, ecotransesofágico, ultrassom vascular periférico e central, ergometria, cintilografia, com ampliação do espaço do laboratório de análises.
Será um centro clínico com todas as especialidades, obviamente com foco nas doenças cardiovasculares e tendo como apoio o novo Hospital do Coração.
Sobre a equipe, a direção informa: “Temos cardiologistas de várias gerações, jovens que terminaram sua formação mais recentemente, a turma intermediária, e a turma mais madura. É um misto, que valoriza a equipe. Naturalmente a ênfase é na cardiologia, mas o hospital oferecerá atendimento, praticamente em todas as áreas da medicina”, diz um dos sócios-fundadores.
Os diretores destacam que um hospital de cardiologia, para ser resolutivo, como se diz no meio médico, precisa atender com eficiência todas as especialidades. No Hospital do Coração, o cliente entra e consegue resolver todas as suas questões de saúde. “Implan¬tamos o Hospital numa concepção moderna, funcional e resolutiva para todas as especialidades. Vamos manter o que construímos, que é uma relação humanizada e afetiva com nossos clientes, e é isso que tem nos caracterizado. Com as novas instalações vamos conservar essa relação com mais comodidade e conforto aos nossos clientes.”
A direção lembra ainda que o aumento da demanda pelos serviços do Hospital do Coração se deu de forma constante e progressiva. Com crescimento populacional houve a necessidade de ampliação da unidade. Os sócios adquiriram um terreno de 1,5 mil metros na mesma rua, em frente ao hospital. Com isso, o projeto de ampliação foi deflagrado de fato. O Hospital do Coração cresce.
Uma informação importante é que o Hospital do Coração vai continuar trabalhando com os convênios médicos.
“Vamos ter cardiologia de ponta num só local”
O corpo diretivo do Hospital do Coração reafirma a excelência da medicina goiana na área de cardiologia. Chama a atenção para o fato de que é desnecessário um paciente sair de Goiânia para fazer algum procedimento cardiológico. “Em termos pessoais, como médicos, nós dificilmente sairíamos. Talvez sim para um transplante, já que neste caso nossa experiência ainda é pequena”, afirma um dos cardiologistas do hospital.

Quando o novo Hospital do Coração estiver em funcionamento, o método diagnóstico, seja ele invasivo ou não, aliado à mais moderna tecnologia da área estará à disposição dos pacientes. “Na verdade, em Goiânia já temos essa capacidade, mas está distribuída em vários hospitais. A nossa unidade será a primeira com todos os recursos em um só local. E isso com o plantão 24 horas, que funciona desde 1982. Sempre há um cardiologista de plan¬tão no hospital. Vamos continuar com mais recursos ainda, mais conforto, mais comodidade e segurança para os pacientes. Vamos apenas mudar de lado, atravessar a rua”, enfatiza um dos sócios.
Prevenção

No mundo, a maior causa de mortes hoje são as doenças cardiovasculares. Documento da Socie¬dade Brasileira de Cardiologia (novembro de 2012) registra que no Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente devido a doenças como infarto, acidente vascular encefálico, insuficiências cardíaca e renal ou morte súbita, o que significa 820 mortes por dia, 30 mortes por hora ou uma morte a cada 2 minutos. Não é diferente em Goiânia e em Goiás.
Entre as causas para essas doenças, estão os fatores de risco cardiovasculares, que são a hipertensão, o colesterol elevado (dislipidemia), o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, o diabetes, que virou epidemia no Brasil, e o estresse. Logicamente há o fator hereditário que também é importante e au¬menta o risco.

Segundo publicações dos Ar¬quivos Brasileiros de Cardiologia e dados das Secretarias Estadual e Municipal da Saúde, em torno de 31% das mortes em Goiás são por doenças cardiovasculares. Os estudos mostram que em Goiânia há uma prevalência de hipertensão, que é um fator de risco importante, em torno de 35% na população acima de 18 anos. As dislipidemias (colesterol elevado) estão na faixa entre 15% a 18%.
O tabagismo é outro fator de risco preocupante. Dados do Ministério da Saúde dão conta de que, felizmente, diminuiu o porcentual de fumantes nos últimos 50 anos. Houve uma mudança cultural, porque se antes era chique fumar, hoje é considerado cafona. De 55% o porcentual de fumantes na população caiu para cerca de 18%. É preciso baixar mais esse porcentual.

A obesidade é outro fator de risco sério. Um dos cardiologistas do Hospital do Coração lembra que os dados registram que mais de 50% da população de Goiânia está acima do peso normal. Cerca de 32% são os com sobrepeso, os gordinhos, que já têm risco aumentado. O restante, próximo de 20%, é de obesos.
Também, segundo o Ministério, o diabetes, afeta em torno de 14% da população. Além disso, mais de 50% da população é sedentária, ou seja, não faz nenhuma atividade física. Aliado a isso, há o estresse, a correria da vida moderna, a loucura do trânsito, violência, etc.

“Os fatores de risco podem ser trabalhados. O Hospital do Co¬ração vai ter uma linha de ação para a prevenção das doenças cardiovasculares. Será um hospital para diagnóstico e tratamento, com internação, mas haverá um departamento para trabalhar a prevenção, para esclarecer a população, levar informações. Isso é fundamental”, diz um dos responsáveis pelo desenvolvimento do projeto.
Atualmente, o poder público tem trabalhado mais a questão da prevenção. Adicionalmente, o programa Farmácia Popular possibilitou maior acesso da população carente aos medicamentos contra hipertensão, diabetes e dislipidemias.

“O governo e as entidades médicas fizeram acordo com a indústria de alimentos para diminuir o sódio nos alimentos. Isso é importante para evitar e hipertensão e ajuda baixar a pressão das pessoas que já são hipertensas. Outro dado interessante é que os rótulos dos alimentos terão de informar melhor os teores de sal, de gordura e outros componentes. Esses rótulos deverão ter letras grandes e em linguagem de fácil entendimento. Avançamos muito, mas ainda está longe do ideal em termos de prevenção”, informa um dos diretores do Hospital. (23/12/12)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação