Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23/03/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Coronavírus: número de casos confirmados em Goiás sobe para 23
Hospital de Goiânia em processo de falência poderá ser usado pelo Estado
Cremego faz recomendações sobre atendimentos e cirurgias
Após polêmica no Fantástico, médico do Tocantins promete guerra à indústria farmacêutica
Ministério da Saúde regulamenta uso de telemedicina para combater coronavírus
Conselho consegue liminar que proíbe falsos tratamentos alusivos ao covid-19
Ministério da Saúde vai mudar protocolo e aumentar testagem para coronavírus
Anvisa aprova três novos testes para detectar coronavírus
Presidente volta atrás e revoga MP 927
Força-tarefa trabalha para antecipar entrega de hospital em Goiânia
“Se não sobrecarregarmos sistema de saúde, teremos excelentes resultados”, diz governador
Hospital tem médica com coronavírus na UTI e isola andar para novos pacientes, em Goiânia


AGÊNCIA ESTADO

Brasil tem 25 mortes por coronavírus, mostra Ministério da Saúde
Confira número de casos registrados por Estado

O Ministério da Saúde confirmou neste domingo (22/3) que o País já tem 25 mortes causadas pelo novo coronavírus. De acordo com a pasta, são 1.546 casos confirmados da doença.
Em relação aos dados divulgados no sábado, são 418 casos a mais, um aumento de 37%, e mais sete mortes, um crescimento de 39%.
São Paulo continua tendo o maior número mortes, agora são 22, e também de casos confirmados, 631. No sábado, eram 15 mortes no Estado.
De acordo com o Ministério da Saúde, todos os Estados do País já têm casos confirmados – até sábado, Roraima não tinha casos, e agora registra dois. No Norte, são 49 casos, 3,2% do total. No Nordeste, 231 casos, 14,9% do total. No Centro-Oeste, 161 casos, 10,4% do total. No Sul, 179 casos, 11,6% do total. O Sudeste concentra o maior número de casos, 926 ao todo, com 59,9%, e todas as mortes, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Durante a coletiva, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que os mais de 5 milhões de testes rápidos encomendados pelo governo para os próximos oito dias virão de uma fabricante chinesa e apresentam sensibilidade de 86,43% e especificidade de 99,5%. A expectativa é que a pasta trabalhe com uma escala de 30 a 50 mil exames por dia.
De acordo com Mandetta, a maioria dos pacientes deve apresentar sintomas leves. "Depois, uma minoria irá necessitar de internação hospitalar. Se isso acontecesse distribuído no ano, não teríamos problema nenhum. Seria mais um resfriado, uma gripe forte, uma pneumonia. Mas como ninguém tem imunidade, vai acontecer de maneira bruta e levar muita gente ao SUS. É como ter uma geladeira em casa e todo o quarteirão precisar guardar algo nela", disse o ministro.
O ministro também relembrou que a campanha de vacinação contra a gripe começa no País nesta segunda-feira, 23, com foco em profissionais de saúde e pessoas acima de 60 anos, como forma de evitar casos graves no futuro.
Cloroquina
Sobre o uso da cloroquina, o ministro afirma que ainda não sabe se ela é eficiente contra a doença. "Já tínhamos pesquisas acontecendo, mas em número reduzido", disse. De acordo com Mandetta, o Brasil tem "condição total" de produzir esse medicamento em grande escala, em instituições como Fiocruz e Hospital do Exército, podendo até distribuir para outros países. Mas Mandetta ponderou que a medicação tem "possíveis efeitos colaterais intensos que podem ser muito mais graves e danosos do que uma gripe que quase metade da população não vai pegar."

Como o coronavírus está distribuído pelo Brasil (casos confirmados e mortes)

REGIÃO NORTE: 49 casos – 3.2% do total
Acre: 11
Amazonas: 26
Amapá: 1
Pará: 4
Rondônia: 3
Roraima: 2
Tocantins: 2

NORDESTE: 231 casos – 14.9%
Alagoas: 7
Bahia: 49
Ceará: 112
Maranhão: 12
Paraíba: 1
Pernambuco: 37
Rio Grande do Norte: 9
Sergipe: 10

SUDESTE: 916 – 59.9%
Espírito Santo: 26
Minas Gerais: 83
Rio de Janeiro: 186 – 3 óbitos
São Paulo: 631 – 22 óbitos

CENTRO-OESTE: 161 casos – 10.4%
Distrito Federal: 117
Goiás: 21
Mato Grosso do Sul: 21
Mato Grosso: 2

SUL: 169 – 11.6 %
Paraná: 50
Santa Catarina: 57
Rio Grande do Sul: 72
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A REDAÇÃO

Coronavírus: número de casos confirmados em Goiás sobe para 23

Goiânia – O número de casos confirmados de coronavírus em Goiás subiu de 21 para 23. O boletim foi divulgado pelo Ministério da Saúde no final da tarde desta segunda-feira (23/3). Não há nenhuma morte envolvendo pacientes com covid-19 no Estado.

As confirmações foram registradas nos municípios de Goiânia (12), Rio Verde (5), Anápolis (2), Aparecida de Goiânia (2), Jataí (1) e Catalão (1).

No Brasil, os casos confirmados subiram de 1.546 para 1.891 em 24 horas.  Até o momento, 34 mortes estão confirmadas, sendo 30 no estado de São Paulo e quatro no Rio de Janeiro.

Atualmente, todos os estados do país registram casos da doença, mas nem todas as regiões apresentam o mesmo nível de transmissão. A região norte, por exemplo, tem 3,1% do total de casos do Brasil. Na outra ponta, a região Sudeste representa o maior percentual, na ordem de 60%.
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Hospital de Goiânia em processo de falência poderá ser usado pelo Estado

Goiânia – Em processo de falência e fechado há mais de três anos, o Hospital Santa Genoveva, em Goiânia, está agora a serviço do Governo do Estado para receber possíveis pacientes infectados com o novo coronavírus. A determinação é do juiz Átila Naves Amaral, que se baseou no aumento da demanda pela saúde pública durante a pandemia para tomar a decisão.

Com mais de 10 mil metros quadrados de área construída, o centro de saúde foi desativado, mas preservou as instalações hospitalares. Dessa forma, o magistrado ponderou que, neste momento, o local pode ser útil no atendimento de infectados. “Mostra-se razoável a contribuição deste juízo, diga-se de passagem, a título preventivo e útil ao esforço de combate ao covid-19, a disponibilização, ao Estado de Goiás, das dependências do Hospital Santa Genoveva bem como dos equipamentos que o guarnecem para que, da melhor forma, possam eventuais novos casos ser objeto de tratamento naquele nosocômio”.

Na decisão, o juiz frisou que a medida não vai prejudicar os credores da massa falida. “Tal conduta é posição positiva neste momento de crise e não incorre em prejuízo aos credores objetivos comuns que são o impedimento de disseminação do vírus e, também, caso isso ocorra, o fornecimento de meios à minoração de seus efeitos. Assim, considerando a estrutura existente em um imóvel inutilizado e uma possível necessidade do Poder Público, entendo por bem em conferir direito ao Estado de utilizar mencionada estrutura, o que engloba seus equipamentos, a fim de que, na medida do possível e contando com a contribuição de cada um, possamos superar esse momento”.

Em Goiânia, o Hospital Lúcio Rabelo também se encontra fechado por falência, sendo que processo tramita na 28ª Vara Cível. Dessa forma, Átila Naves Amaral sugeriu que o estabelecimento também possa ser utilizado para os mesmos fins, frisando “que tal decisão cabe ao magistrado condutor de mencionado processo”.
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MAIS GOIAS

Cremego faz recomendações sobre atendimentos e cirurgias

Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás divulgou duas listas sobre como proceder durante a pandemia de coronavírus
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) divulgou, nesta segunda-feira (23), duas lestas de recomendações médicas. Uma delas sobre atendimento ambulatorial e a outra acerca da realização de procedimentos e cirurgias eletivas em Goiás na vigência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ambas são assinadas pelo presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis .
Conforme a primeira, no caso de clínicas e ambientes hospitalares, "os profissionais de saúde, na rede pública e privada, só devem atender a população de risco com o uso do de equipamentos de proteção individual (EPI), compostos, minimamente, de máscaras de proteção, luvas descartáveis e quando for o caso, avental de proteção". Além disso, as unidades devem fornecer o EPI mínimo aos seus colaboradores.
E, ainda, é dito que os pacientes com sintomas de febre e tosse devem utilizar mascaras de proteção, cedidas pela unidade de saúde, desde sua entrada. O texto também prevê o espaço mínimo de segurança de um metro em todos os lados na sala de espera para eventuais pacientes, dentre outras coisas.
No consultório também é exigido o EPI , com a possibilidade de aventais descartáveis durante a consulta a critério do médico. "Os equipamentos de proteção devem, obrigatoriamente, ser utilizados pelo médico no atendimento de pacientes com sintomas de febre e tosse. A critério do médico, os equipamentos podem ser utilizados em todo tipo de consulta."
A higienização, à vista do paciente, também é recomendada. Além disso, o texto pontua, além de outros pontos, que é preciso permitir o menor número possível de acompanhantes dos pacientes, bem como de objetos que possam ser fonte de contágio. "Esta restrição deve ser avisada no momento da marcação da consulta."
A segunda recomendação do Cremego trata sobre cirurgias e cancelamentos. Esta recomenda que sejam canceladas cirurgias e procedimentos invasivos eletivos em pacientes com doença benigna, exceto cirurgias cardíacas e aqueles cuja suspensão possa gerar risco a curto prazo para a saúde do paciente, bem como de daqueles com fatores de risco para o agravamento da Covid-19.
E, ainda: "Cancelamento de cirurgias que necessitem o uso de leitos de terapia intensiva, exceto os casos considerados urgências, emergências, e procedimentos ou cirurgias oncológicas e cardíacas; e que o Diretor Técnico da unidade hospitalar mantenha reservados os leitos de terapia intensiva para a epidemia de tal forma que as cirurgias e procedimentos invasivos eletivos não deixem pacientes de Covid 19 sem acesso a leitos dessas unidades", e mais.
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AF NOTÍCIAS

Após polêmica no Fantástico, médico do Tocantins promete guerra à indústria farmacêutica

O médico dá dicas para aumentar a imunidade e se proteger do coronavírus.
O médico e ex-vereador de Palmas, Joaquim Rocha , foi destaque negativo em rede nacional na edição do Fantástico, neste domingo (22), após publicar um vídeo nas redes sociais com dicas para fortalecer o sistema imunológico contra o novo coronavírus (Covid-19).
No vídeo, o médico também se apresenta como nutrólogo, fitoterapeuta e trofoterapeuta e diz ter uma forma de se proteger contra o coronavírus .
Segundo a  receita milagrosa  do Dr. Joaquim Rocha, o consumo de vitamina C é uma das principais formas de prevenção ao vírus. "A primeira coisa é vitamina C. Se você tiver na zona rural, nós temos a mutamba. Nós estamos tratando até AIDS com ela" , diz.
O vídeo do médico tocantinense foi exibido em uma reportagem que denuncia a venda de supostos tratamentos e medicamentos contra a Covid-19 sem nenhuma comprovação científica.
Para o Ministério Público e polícia, constitui conduta criminosa oferecer cura ou prevenção a uma doença sem comprovação científica e os responsáveis por tais publicações podem ser presos.
Após a repercussão do caso, o médico disse à imprensa que não recebeu nenhuma notificação do Conselho Regional de Medicina (CRM) e justificou que o vídeo apenas fala sobre como aumentar a imunidade, mas não promete a cura para o Covid-19. Eu gravei o vídeo como forma de ajudar quem tem menos condições. Tem vírus que combate com imunidade boa. Aumentou a imunidade, combate o vírus. O vídeo foi nesse sentido, não um método contra o coronavírus , disse o médico.
No Instagram, o médico culpou a indústria farmacêutica pela polêmica gerada em torno do vídeo. Não fiquem preocupados. Nós agora vamos começar uma luta contra muitos poderosos. Indústria farmacêutica, indústria alimentícia, vamos bater de frente com algumas pessoas que já estavam no poder, mas Deus é com nós , publicou.
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FOLHA ONLINE

Ministério da Saúde regulamenta uso de telemedicina para combater coronavírus

O Ministério da Saúde publicou nesta segunda-feira (23) uma portaria que autoriza o uso de telemedicina para atendimento de pacientes durante a emergência pelo novo coronavírus.
A publicação ocorre poucos dias após o CFM (Conselho Federal de Medicina) autorizar em caráter excepcional o uso desse tipo de ferramenta.
O objetivo é reduzir a circulação de pessoas e a exposição ao vírus. Segundo o ministério, as medidas também ocorrerão em caráter excepcional.
Entre as ações possíveis com interação a distância nesse período, segundo a portaria, estão atendimento pré-clínico, suporte assistencial, consulta, monitoramento e diagnóstico.
As medidas podem ocorrer tanto na rede pública quanto na rede privada.
O ofício do CFM publicado na quinta (19) citava ferramentas como teleorientação, telemonitoramento e a teleinterconsulta -troca de informações entre médicos para auxílio diagnóstico ou terapêutico.
Já a portaria do ministério não cita termos, mas abre espaço para que haja atendimento direto entre médico e paciente.
O texto diz que o atendimento "deve ser efetuado diretamente entre médicos e pacientes" com uso de tecnologia que garanta a segurança e o sigilo médico.
Os médicos que participarem desse tipo de atendimento devem registrar informações em prontuário clínico, com dados do atendimento, horário em que ocorreu e número do CRM. Casos do novo coronavírus devem ser notificados à rede de saúde.
Médicos também podem emitir atestados, receitas médicas e determinar isolamento domiciliar.
A portaria diz que a receita e atestado serão válidos caso haja assinaturas eletrônicas por meio de certificado reconhecido e dados de identificação do médico e do paciente.
Já no caso de isolamento, o paciente deve comunicar termo de consentimento livre e esclarecido e documento com a relação de pessoas que vivem no mesmo endereço.
A portaria representa uma mudança de postura do setor em relação ao uso da telemedicina no país.
Em 2019, o CFM chegou a aprovar uma resolução com novas regras, mas acabou revogando-a por pressões dos conselhos regionais e de médicos, que temiam que a medida afastasse médicos e pacientes. A última resolução é de 2002.
Com o aumento de casos do novo coronavírus, no entanto, entidades e o próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, passaram a pressionar o conselho e o governo pela mudança.
Na semana passada, Mandetta, já havia falado sobre a intenção do governo em utilizar recursos da telemedicina para auxiliar no combate ao novo coronavírus.
"Será uma maneira que a gente vem discutindo com nossos epidemiologistas e equipes, e deveremos ter uma ferramenta bem inovadora. Para que todo brasileiro possa receber a chamada e, ao digitar sinais e sintomas, a gente classificar o risco e mantê-lo sistematicamente monitorado", declarou o ministro em entrevista na última semana.
Como mostrou a Folha de S.Paulo na semana passada, a ideia do governo é criar um mecanismo para que um profissional de saúde possa dar as primeiras orientações de forma remota.
A medida deve auxiliar principalmente em locais remotos, que devem ser atingidos depois pelo vírus.
O ministério também estuda plataformas para que médicos de cidades menos populosas possam intercambiar experiências e informações com profissionais dos grandes centros, para aproveitar a experiência dos locais que devem ser atingidas primeiro pelo vírus.
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REVISTA FÓRUM

Conselho consegue liminar que proíbe falsos tratamentos alusivos ao covid-19
Decisão judicial dispõe sobre a divulgação de falsos tratamentos, como a ozonioterapia, em enfrentamento ao coronavírus (covid-19), pela fisioterapeuta Poliane Cardoso, criadora da primeira rede de estética especializada em procedimentos com ozônio

O juiz da 22ª Vara Cível Federal de São Paulo deferiu, na quinta-feira, 19 de março, o pedido de tutela provisória de urgência, requerido pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), que dispõe sobre a divulgação de falsos tratamentos, como a ozonioterapia, em enfrentamento ao coronavírus (covid-19), pela fisioterapeuta Poliane Cardoso, criadora da primeira rede de estética especializada em procedimentos com ozônio.
A decisão judicial consolida uma vitória, que gera precedentes jurídicos como referência para os próximos casos de mesma natureza, como os de outros cinco profissionais não-médicos denunciados ao Poder Judiciário pelo Conselho, por charlatanismo. Estes processos ainda encontram-se sob tramitação.
Inúmeras provas demonstrando a ampla disseminação de informações inverídicas por parte de Poliane, que intitulava a terapêutica como uma "poderosa arma para combater o surto de coronavírus", foram apresentadas pelo Cremesp, e serviram de alicerce para a determinação da Justiça, que caracterizou o caso como uma exploração de vulnerabilidade da população, situada atualmente em um cenário de pandemia, em decorrência do covid-19.
A ozonioterapia, conforme já decretado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da Resolução nº 2181/2018, não possui nenhuma comprovação científica, devendo ser utilizada apenas em estudos experimentais, com protocolos devidamente aprovados por Comitê de Ética em Pesquisa.
"A defesa das prerrogativas médicas é missão precípua deste Conselho, em favor da segurança do paciente e da sociedade. Esta vitória judicial é um reflexo da incansável luta atual que a Medicina trava contra a divulgação de tratamentos não reconhecidos cientificamente por parte de médicos ou não-médicos", defende a coordenadora do Departamento Jurídico do Cremesp, Lyane Gomes de Matos Teixeira Cardoso Alves.
A concessão da liminar, portanto, veda Poliane de promover e realizar qualquer terapêutica envolvendo o uso de ozônio como forma de tratamento à pandemia. O descumprimento da Lei resultará em pena de aplicação de multa diária.
Falsos tratamentos
Diante do atual cenário de pandemia do covid-19, em que a população encontra-se em situação de fragilidade, o Cremesp reforça que não há nenhum método cientificamente atestado que combata o novo vírus. Qualquer divulgação, por parte de médicos ou não-médicos, de curas, imunizações ou medicamentos relativos ao caso, são falsas e podem comprometer a saúde do paciente.
O Conselho conta a ajuda da comunidade médica e da sociedade em geral para continuarem vigilantes em relação aos falsos tratamentos, charlatanismo e fake news.
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TERRA

Ministério da Saúde vai mudar protocolo e aumentar testagem para coronavírus

O governo federal vai mudar o protocolo de testagem para coronavírus e passará a testar todos os profissionais de saúde em contato com a doença e todas as pessoas que procurarem os postos de saúde com síndromes gripais, além dos casos graves e óbitos, que já vêm sendo testados atualmente, disse à Reuters nesta segunda-feira uma fonte que acompanha o tema.
A mudança no protocolo foi decidida pela ampliação do acesso do governo a testes e novos testes rápidos, com fabricantes e empresas colaborando para que os kits sejam adquiridos.
No domingo, a Vale anunciou a compra de 5 milhões de testes rápidos na China, para doação ao governo federal. Segundo o Ministério da Saúde, esses testes, cujos resultados saem em até 15 minutos, serão usados em profissionais de saúde.
A Vale estima que um primeiro lote, de 1 milhão de kits, possa ser entregue no Brasil no início de abril.
A empresa Marfrig Global Foods anunciou, nesta segunda-feira, a doação de 7,5 milhões de reais para o governo federal comprar kits de testagem, o que permitiria a aquisição de 100 mil kits.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, em entrevista coletiva no domingo, que o governo federal tentaria fazer parcerias com a iniciativa privada para ampliar a aquisição de kits de testes.
Na semana passada, o ministro chegou a criticar a Organização Mundial de Saúde (OMS), que defende a testagem da maior quantidade possível de pessoas que tiveram contato com doentes como forma de controlar a epidemia, já que uma grande parte das transmissões vem de pessoas assintomáticas.
Mandetta alegou que seria um desperdício, do ponto de vista sanitário de recursos preciosos para os países, e que a Coreia do Sul, que controlou a epidemia usando o recurso de realizar testes em larga escala, era um país muito menor que o Brasil.
Tudo que é comentado na história das epidemias é fazer as testagens até que você tenha transmissão sustentável. E a partir do momento que você tem transmissão sustentável, fazer por sentinela e amostragem , afirmou.
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VALOR ONLINE

Anvisa aprova três novos testes para detectar coronavírus
Agora, serão 11 os testes aprovados a fim de aumentar a capacidade de diagnóstico do vírus no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (23( três novos testes para detectar a covid-19, doença provocada pelo coronavírus.
Agora, serão 11 os testes aprovados a fim de aumentar a capacidade de diagnóstico do vírus no Brasil.
Entre os novos produtos, dois são ensaios moleculares, do tipo PCR (proteína C reativa), que têm um alto grau de precisão. O terceiro é um novo teste rápido que faz a detecção de anticorpos, ou seja, usa pequena amostra de sangue para a detecção.
Dos 11 testes aprovados até o momento no Brasil, nove são do tipo rápido, com resultados em cerca de 15 minutos, e dois são do tipo molecular.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Presidente volta atrás e revoga MP 927
Bolsonaro divulgou em seu Twitter que decidiu revogar parte da medida provisória que permitia suspensão de salários.

Após publicar Medida Provisória que permitia suspensão de salário do trabalhador por quatro meses, o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) determinou a revogação do artigo nesta segunda-feira (23). O trecho revogado foi o artigo 18 que previa a suspensão de salários.
A medida já havia sido publicada no Diário Oficial da União (DOU) e permitia a suspensão dos contratos de trabalho por até quatro meses, durante o estado de calamidade pública provocado pelo coronavírus e seria uma forma de evitar as demissões em massa.
Outros trechos da medida como a antecipação de férias individuais com aviso ao trabalhador em até 48 horas, concessão de férias coletivas e outras contidas na MP 927, seguirão sendo analisados por deputados e senadores, que em casos como este, precisam ser aprovadas pelo Congresso em até 120 dias para não perderem a validade.
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JORNAL OPÇÃO

Força-tarefa trabalha para antecipar entrega de hospital em Goiânia

Mais de 80 trabalhadores estão trabalhando para conclusão do Hospital e entregá-lo no dia 31 de março
A Maternidade Municipal Célia Câmara deve ser entregue com um mês de antecedência da data prevista. Uma força-tarefa com mais de 80 trabalhadores estão trabalhando para conclusão do Hospital e entrega-lo o dia 31 de março. Complexo vai ajudar no atendimento aos pacientes com Covid-19.
O Hospital e Maternidade Célia Câmara fica localizado na região oeste de Goiânia. A obra orçada em mais de R$ 100 milhões é executada com recursos da Prefeitura de Goiânia e o Ministério da Saúde. Inicialmente a entrega estava estipulada para o final de abril, mas em virtude da pandemia mundial da Covid-19, a empresa responsável pela obra, a Elmo Engenharia, direcionou todos os esforços para a conclusão da obra até 31 de março, um mês antes do previsto. Todas as demais obras da construtora foram paralisadas como medida de saúde pública.
De forma intercalada, os trabalhos na obra seguem até 21 horas desde a última quinta-feira, 19 de março. O contingente de homens subiu de 30 para mais de 80, contingente que veio das outras obras da Elmo para ajudar na conclusão do hospital. Como medidas preventivas, eles estão trabalhando de máscara, álcool em gel está sendo disponibilizado e eles estão sendo orientados a manter distância mínima de um metro. As refeições no canteiro de Obras estão sendo servidas em marmitas (ao invés de self-service) com talheres e copos individuais, para evitar aglomerações – as filas do self service.
“Traçamos um planejamento de emergência com nossa equipe de engenharia, conversamos com os trabalhadores e explicamos a finalidade da obra. Percebemos que todos abraçaram a causa porque entenderam que esta é uma missão de vida, cada dia em que conseguirmos antecipar a entrega poderá fazer uma diferença na vida de muitas pessoas”, Guilherme Pinheiro, diretor da Elmo Engenharia.
Cursando o último período de engenharia civil, o estagiário Robert Luiz Passos, foi um dos integrantes da equipe que decidiu abraçar a causa. “Eu estava em outra obra, poderia ficar em casa, mas eu escolhi vir porque mais do que levantar uma obra, a gente estará contribuindo com o tratamento das pessoas que mais irão precisar nesse momento”, considera.
Com área de construção de mais de 15.400m2, o hospital terá um total de 184 leitos, sendo 80 leitos de internação adulta, 31 leitos de internação pediátrica, 31 leitos de neonatologia e 42 leitos de emergência e intercorrência pediátrica, a unidade de saúde também disporá de serviços próprios de radiodiagnóstico 24 horas, ultrassonografia com ecografia e doppler, laboratório de análises clínicas e eletrocardiograma, além de vários centros cirúrgicos. A gestão do hospital ficará sob responsabilidade da FUNDAHC, instituição ligada à UFG, que administra o Hospital das Clínicas e o Hospital e Maternidade Dona Iris, todos em Goiânia.
Concebido para atendimento humanizado e referência no atendimento integral à saúde da mulher e na assistência ao recém-nascido, os 184 leitos serão usados, excepcionalmente, para atender os casos de coronavírus. Abril de 2020 era o prazo final de entrega da obra, que iniciou em 2016 e teve uma série de interrupções em razão de mudanças de governo, falta de recursos do poder público, entre outros problemas emergenciais, como os ocasionados pelas fortes chuvas desse ano.
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“Se não sobrecarregarmos sistema de saúde, teremos excelentes resultados”, diz governador

Por Eduardo Pinheiro

Ronaldo Caiado faz novamente apelo aos idosos, principal grupo de risco do coronavírus. “Fiquem em casa, do contrário todo o esforço que estamos fazendo não vai adiantar”

Onze dias após a confirmação dos três primeiros casos de coronavírus no Estado, o governador Ronaldo Caiado (DEM) declarou, no início da tarde desta segunda-feira, 23, que se todos fizerem a sua parte, mantendo-se afastados do convívio social, até 4 de abril, é grande a chance de Goiás barrar a proliferação da doença.
A afirmação veio junto com um puxão de orelha nos idosos, principal grupo de risco do novo vírus. “Se as pessoas acima de 60 anos não ficarem em casa, não vai adiantar todo o esforço que estamos fazendo”, comentou, ao presenciar a aglomeração da população desta faixa etária no posto de vacinação contra a gripe montado no Estádio da Serrinha.
O governador chegou a ir até o local para garantir aos idosos que há vacinas para todos e que não é preciso todo mundo ir no mesmo dia, logo no início da manhã. “Pedi que se dispersassem. A campanha da vacinação, que tradicionalmente é realizada em abril, foi antecipada em um mês, para que as pessoas possam estar imunizadas contra o H1N1 e os outros vírus da gripe. Esta vacinação não é contra o coronavírus”, frisou.
De forma didática, o governador ainda explicou porque é tão importante essa quarentena de 15 dias. “Se as pessoas cumprem o isolamento social, a contaminação ocorre de forma gradual, quer dizer, não vai todo mundo precisar do sistema de saúde ao mesmo tempo. Os jovens que pegarem o coronavírus se curam em casa mesmo e, como a circulação está restrita em Goiás, eles não se tornam vetores de transmissão para os idosos”.
Ainda de acordo com Caiado, quando 50%, 60% dos goianos estiveram infectados, a população estará imunizada, porque as pessoas já terão desenvolvidos anticorpos contra o coronavírus. Mas isso, lembrou, tem que acontecer de maneira gradual. “Foi isso o que aconteceu na China, que hoje está estabilizada”, exemplificou, ao citar ainda outros países que estão tendo sucesso nessa “guerra”, como Alemanha, Coreia do Sul e Japão, justamente porque investiram pesado nas medidas restritivas de circulação social.
Fim da quarentena
Sobre o fim do período de isolamento social, Ronaldo Caiado disse que, quando a quarentena chegar ao 15º dia, será possível mensurar e balizar os resultados obtidos. “A partir daí, já teremos dados para saber em que setores poderemos flexibilizar, ou não, algumas restrições”, pontuou.
O governador reiterou ainda que o transporte coletivo não vai parar, mas vai ser fiscalizado para que a capacidade de pessoas sentadas seja respeitada. Nos aeroportos, a Vigilância Sanitária é quem deve fazer a triagem dos passageiros que chegam ao Estado.
Caiado voltou a assegurar que as ligações de água não serão cortadas pela Saneago, em caso de atraso, e que o Detran já suspendeu o pagamento do IPVA, que será parcelado posteriormente. “Fiz pedidos similares a Enel e também para as empresas de telefonia”, assinalou.
Pagamento do servidor público
Segundo o governador, todos os salários do funcionalismo público serão pagos até o dia 31 de março. Em relação aos próximos meses, Caiado adiantou que terão prioridade aposentados, pensionistas e servidores da Saúde. “Inclusive quero ver com a Assembleia Legislativa como poderemos compensar esses (pessoal da Saúde) que estão na linha de frente. Agora, o que acontecer a partir daí vai depender da nossa arrecadação”.
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PORTAL G1

Hospital tem médica com coronavírus na UTI e isola andar para novos pacientes, em Goiânia

Unidade possui cinco pessoas com Covid-19 internadas: a médica respira com ajuda de aparelhos e quatro estão isoladas após tomografia mostrar inflamação generalizada nos pulmões.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
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Uma pediatra está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Coração, em Goiânia, desde o diagnóstico positivo de coronavírus, após voltar de um cruzeiro na Itália. Segundo um médico do hospital, que não quis se identificar, a paciente respira com ajuda de aparelhos. A mulher está internada há mais de uma semana.
Além da médica, quatro pessoas estão em quartos instalados em um andar isolado dos demais e são acompanhadas por equipe médica com dedicação exclusiva. Todos os pacientes, segundo o médico, vieram de viagens na Europa.
A proporção de infectados no hospital é a mesma registrada no mundo, segundo o médico. "Temos a média de 60% a 70% de mulheres e de 30% a 40% de homens", informou.
Os cinco internados no hospital apresentaram inflamação generalizada nos dois pulmões após tomografia. "O aspecto radiográfico é muito grave. O paciente não consegue ter alta", explica o médico.
O tratamento aplicado nos pacientes segue o usado no mundo: cloroquina e azitromicina – medicamentos usados em casos de malária. "Como foi lançado nos Estados Unidos e no mundo, esses medicamentos são usados nos pacientes que têm piora clínica e nos que sentem muita falta de ar, usamos como rotina", esclarece o médico.
Segundo o profissional, parte dos pacientes procurou o hospital diretamente e outros foram encaminhados. A internação depende da evolução clínica de cada paciente, mas tem prazo médio de 7 a 10 dias.
O hospital tem realizado os testes de coronavírus em laboratório próprio, conforme relata o médico. Os resultados ficam prontos em até sete dias.
O total de casos confirmados de coronavírus em Goiás subiu para 23 nesta segunda-feira, segundo balanço do Ministério da Saúde.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação