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PORTAL G1/GOIÁS
Usuários de 12 planos de saúde terão atendimento suspenso em Goiás
Paralisação por 24 horas está marcada para a próxima quinta-feira (25).
Consultas, exames e cirurgias eletivas não serão realizados neste dia.
Médicos goianos vão suspender na próxima quinta-feira (25), por 24 horas, o atendimento a 12 operadores de saúde(veja lista abaixo). Neste dia, apenas os casos de urgência e emergência devem ser atendidos pelos médicos. Consultas, exames e cirurgias eletivas não serão realizados.
A paralisação faz parte do “Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde” chamar a atenção para as reivindicações da classe médica. O comitê goiano aprovou a suspensão do atendimento a usuários dos planos de saúde que pagam menos de R$ 60 por consulta, descumpriram acordos firmados ou que não negociaram com os representantes da classe.
Lista dos planos de saúde que terão atendimento suspenso
– Sul América
– Fundação Itaú / Porto Seguro
– Gama Saúde
– Golden Cross
– Instituto Municipal de Assistência aos Servidores/Goiânia (Imas)
– Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo)
– Promed
– PlanMed
– Caixa de Assistência dos Empregados da Saneago (Caesan)
– Petrobras
– Fundação Assistencial dos Servidores do Incra (Fassincra)
– Fundo de Saúde do Exército (Fusex)
Com o tema “Com saúde não se brinca”, o movimento será realizado em todo o país. No estado, ele é coordenado pelo Comitê das Entidades Médicas, integrado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Associação Médica de Goiás (AMG) e Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego). “Muitos planos cobram altas mensalidades dos usuários e repassam valores irrisórios aos médicos, explorando o trabalho destes profissionais”, afirmou o presidente do Simego, Leonardo Mariano Reis, para quem a consulta médica precisa ser bem remunerada.
A classe médica vem realizando esses protestos desde 2011 e, segundo o presidente do Cremego, já houve avanços na relação entre as operadoras e os médicos. “Várias já nos procuraram para negociar e atenderam nossas reivindicações”, afirmou.
Alegações
Sobre a paralisação dos médicos, o Ipasgo disse que a categoria não apresentou formalmente as reivindicações. A Petrobras respondeu que não se enquadra nas reclamações da paralisação, pois o valor-consulta do plano da empresa é superior ao citado pelo CRM Goiás.
O Imas alegou que tem tentado restabelecer uma harmonia entre o instituto e os prestadores de serviços. As medidas incluem: negociação de dívidas em atraso, com pagamentos já iniciados no mês de abril; estudo da revisão das cláusulas contratuais vigetes; e o reajuste dos valores das consultas, passando de R$ 43 para R$ 50. O instituto diz que as negociações se encontram em aberto.
Segundo o diretor da Promed Elias Oliveira, a informação repassada pelo Cremego, de que o valor da consulta pago pela operadora é de R$ 46, não procede. Sem divulgar o valor atual, Oliveira disse apenas que paga acima do divulgado. A Promed disse ainda que está com o pagamento normalizado e, no dia da paralisação, os médicos atenderão o plano normalmente.
De acordo com a PlanMed,o valor pago por consulta é de R$ 55, e não R$ 42 como divulgou o Cremego. Eles também disseram que seus associados não vão paralisar o atendimento.
As operadoras de saúde Fundação Itaú/Porto Seguro, Gama Saúde, Sul América e Golden Cross não quiseram se pronunciar sobre o assunto. A reportagem tentou contato com a Caesan, mas foi informada que o expediente deles é até às 17h30. Também entrou em contato com os planos Fassincra e Fusex, mas nossas ligações não foram atendidas.
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TV ANHANGUERA (CLIQUE NO LINK PARA ACESSAR A MATÉRIA)
Usuários de 12 planos de saúde terão atendimento suspenso em Goiás
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/usuarios-de-12-planos-de-saude-terao-atendimento-suspenso-em-goias/2531528/
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PORTAL 730
Médicos promovem nova suspensão de atendimento a usuários de 12 planos de saúde
Médicos goianos vão suspender o atendimento por 24 horas na próxima quinta-feira (25) aos usuários de 12 planos de saúde. A suspensão vai acontecer para operadoras que pagam menos de R$ 60,00 por consulta, as que descumpriram acordos firmados, ou aquelas que não negociaram com a classe médica.
Serão atendidos apenas casos de emergência. Dentre as reivindicações, está o reajuste do valor das consultas médicas para R$ 101,73. O presidente do Conselho Regional de Medicina em Goiás (Cremego), Salomão Rodrigues Filho, relatou que o valor pago não valoriza a categoria dos médicos.
“São valores irrisórios, que as operadoras de saúde remuneram os médicos em todo país. atender uma consulta por um valor inferior a R$ 60,00 é realmente ridículo para o pagamento de uma tarefa tão nobre que um médico executa”, revela.
Operadoras de saúde como o Ipasgo, Imas, Sul América, Golden Cross, Fundação Itaú, Gama Saúde, Promed, Plamed, Caesan, Petrobrás, Fassincra, e Fusex estão entre os planos que vão ter os atendimentos suspensos. O presidente do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), Leonardo Reis, orientou os médicos a saírem do plano que consideram pior.
Em nota, a assessoria de comunicação do Ipasgo informou que em nenhum momento o Instituto chegou a ser comunicado sobre a paralisação ou sobre a pauta de reivindicações da classe médica. O Instituto também reforçou que a menos de um ano reajustou o valor das consultas médicas. Por último, o órgão considerou como lamentável a paralisação do atendimento na próxima quinta-feira (25) aos 600 mil usuários registrados no Ipasgo.
Até o fechamento desta matéria, os demais planos de saúde não se manifestaram sobre a paralisação.
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O HOJE
Médicos anunciam nova paralisação contra planos
Paralisação vai acontecer na próxima quinta-feira (25). Apenas emergências e urgências serão atendidas
Médicos de planos de saúde vão suspender na próxima quinta-feira (25) o atendimento de consultas, exames e cirurgias eletivas a usuários. A paralisação é referente ao Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde e apenas casos de urgência e emergência serão atendidos durante o dia.
Em Goiás, a mobilização alcançará as operadoras que pagam por consulta valores inferiores a R$ 60,00, que descumpriram acordos firmados ou que não negociaram com a classe médica. A coordenação da suspensão é do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO), Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e Associação Médica de Goiás (AMG).
A mobilização é um alerta para os gestores das operadoras dos planos de saúde, para os gestores públicos e para a sociedade em geral. Entre os itens reivindicados pela classe está o reajuste de consultas e de procedimentos, o apoio ao projeto de lei que trata da contratualização, rehierarquização dos procedimentos, além da periodicidade de reajuste dos honorários pagos aos médicos.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Planos de saúde param e 850 mil ficam sem atendimento
JÉSSICA TELES
Cerca de 850 mil usuários de planos de saúde não poderão realizar consultas em clínicas e hospitais de Goiás. A paralisação será no dia 25, por 24 horas, e acontecerá em todo o Brasil. Conhecido como Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde, esta é a quinta vez que há uma mobilização dos médicos no Estado. Dentre as reivindicações, estão o reajuste do valor das consultas. Com o tema Com a saúde não se brinca, somente casos de urgência e emergência serão atendidos.
Os atendimentos serão suspensos em 12 operadoras: Fundação Itaú; Gama Saúde; Golden Cross; Instituto Municipal de Assistência aos Servidores (Imas); Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo); Promed; Plamed; Caixa de Assistência dos Empregados da Sanego (Caesan); Petrobrás; Fundação Assistencial dos Servidores do Incra (Fassincra); Fundo de Saúde do Exército (Fusex). O presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Salomão Rodrigues diz que é irrisório valor que os médicos recebem. “Fazer uma consulta inferior a R$ 60 é um valor pequeno devido ao trabalho nobre que um médico executa”, afirma.
Reivindicações
É comum, os pacientes acharem que certos procedimentos como cirurgias, exames, internações, não são realizados devido má vontade do médico. O que não é verdade. “O prejuízo causado ao paciente é causada pela operadora, quando a mesma interfere na autonomia do médico, ao recusar um pedido”, diz Salomão. Para o Rui Gilberto, presidente Associação Médica de Goiás, essa situação tem que mudar. “Os nossos pedidos não podem ser negados pelas operadoras, pelo simples fato de cortar custos”, diz.
As reivindicações estão direcionadas a reajuste de consulta médica para 101,73, reajuste de procedimentos médicos com base na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e um novo tipo de contrato entre médicos e operadoras. Para Leonardo Reis, presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), há muitos planos de saúde que cobram caro dos clientes e o valor não é repassado para os médicos proporcionalmente. “Não queremos prejudicar a população. Estamos apenas lutando pelos direitos da nossa categoria.”
Reclamações
Segundo dados do Procon, no ano passado foram registrados 795 reclamações. Até o dia 22 de abril deste ano, já são 98. E as causas são as mais diversas. Eliane Auxiliadora, funcionária pública e filha do casal Itací e Antônio, relata como é a prestação de serviços e atendimento do Ipasgo. “Constantemente meus pais necessitam realizar uma consulta. Não somos insatisfeitos com o plano, mas há demora em conseguir vaga nas clínicas”. Para resolver este problema, ela diz que algumas clínicas fazem uma proposta. “Se pagarmos metade da consulta, conseguimos um atendimento mais rápido”, afirma.
Mesmo com alguns problemas, Eliane diz estar satisfeita com o plano. “Sempre quando os meus pais precisaram, eles conseguiram internar e fizeram exames, que muitas vezes são caros.”, ressalta. Por conhecer os serviços, Eliane optou por outro plano de saúde, a Unimed. “Não há dificuldade em marcar consulta, mas o valor é alto. Pago, já que nunca sei quando vou ficar doente”, diz.
Consequência
No dia 25, o paciente terá que recorrer à seguradora, se sentir prejudicado. É o que explica Salomão. “A lei diz que os planos de saúde têm que garantir o atendimento e não o médico. O profissional mantém o compromisso com o paciente, mas as seguradoras devem melhorar seu relacionamento conosco, para avançarmos”, diz.
Sobre o posicionamento das operadoras, apenas a Imas se manifestou até o fechamento do DM. “Desde o início do ano, estão sendo tomadas ações visando restabelecer a harmonia na relação entre o Instituto e os prestadores de serviços como a negociação de dívidas em atraso, com pagamentos já iniciados neste mês de abril”.
Após o dia de mobilização, o Cremego espera que as operadoras voltem a negociar. “O próximo passo é buscar sensibilizar as operadoras da nobreza do trabalho do médico, para atender adequadamente seus clientes”, diz Salomão. Posteriormente, caberá ao médico decidir se continuar ou não atendendo os planos.
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Caos nos Cais de Goiânia
Postos lotados, mal atendimento, falta de médicos são reclamações constantes de quem precisa do serviço na Capital
LEANDRO ARANTES
Se os Postos de Saúde de Goiânia fossem pessoas, eles só não estariam na UTI porque não há vagas. Ontem os Cais e Ciams da Capital passaram todo o dia cheios e com poucos médicos para atender tantos pacientes. As reclamações vão desde a demora ou ausência de atendimento, até a falta de educação dos profissionais que deveriam ajudar a população necessitada de cuidados especiais.
Ao visitar as unidades de atendimento de urgência de Goiânia, o que se encontrou foi uma população revoltada com o descaso do poder público com seus cidadãos. Todas as recepções lotadas, pessoas chorando, outras deitadas nos cantos, reclamando da ineficiência do governo. Quando a assunto é saúde pública, é difícil encontrar alguém que não reclame. Se não reclamar, usando as palavras de uma paciente aguardando atendimento no Ciams Urias Magalhães:“É porque nunca precisou pegar uma fila do SUS”.
Rute Bueno é funcionária pública e aguardava atendimento para o neto no Cais Leste Vila Nova. Seu rosto cansado dava indicações das cinco horas que ela estava esperando que o médico lhe recebesse. Eram mais de 14h e o garoto, com febre e tosse, esperava sentado em uma cadeira de rodas que a única pediatra que estava atendendo, voltasse do almoço. “Acho um absurdo a saúde nessa situação. Eles tinham que dar mais atenção para os doentes e não deixar a gente desse jeito. Principalmente nesse caso, quando é uma criança que não entende o que tá acontecendo. É um descaso total”, desabafa.
Deitada no fundo da sala, Aline Pereira Santos, com dores abdominais, vômitos e calafrios, reclama do mau atendimento e da falta de profissionais. Ela conta que, assim que chegou ao local fizeram sua ficha e informaram que ela não seria atendida e que procurasse outro Cais. Ela aguardava alguém para buscá-la e levá-la para um hospital particular. “Aqui está sempre sem médico e o atendimento é ruim, já fui a vários Cais e é tudo igual. A saúde pública em Goiás é um lixo”, reclama.
O gestor geral da unidade, Danilo Damásio, informou que no momento havia um clínico geral e uma pediatra atendendo, disse saber que não era o suficiente, mas aguardavam a contratação de mais dois profissionais. Ele conta que, quando o paciente chega ao local é feito uma avaliação para determinar a gravidade do problema, e a partir daí é indicado ao paciente, que não é caso de urgência, a marcar consulta pelo telefone. “A falta de médicos é um problema em toda rede. Meu quadro completo, com três clínicos e um pediatra seria suficiente, mas isso se o restante da rede também estivesse com o quadro completo”, explica.
Já a atendente do Cais Leste Vila Nova, que não quis se identificar, afirmou que não havia clínico no local. Ela contou que toda segunda é um caos e que normalmente trabalham de dois a três médicos, mas ontem apenas uma pediatra fazia o atendimento. “Estamos aconselhando aos pacientes irem para outra unidade, mas já avisamos que no Cais de Campinas também não tem médico.”
Por todos os Cais haviam pessoas que já tinham procurado atendimento em vários outros postos de saúde e não encontraram, confirmando a ausência de médicos. As maiores reclamações se referiam aos Cais de Campinas e da Chácara do Governador. Muitos afirmavam ter passado por mais de três unidades, sem conseguir atendimento em nenhuma delas.
O Ciams Urias Magalhães era um dos mais cheios, com pessoas ocupando todas as cadeiras disponíveis, até mesmo as dos corredores. Algumas aguardavam de pé e outras estavam sentadas do lado de fora. Uma enfermeira gritava nomes, alguém levantava e a seguia. Ao notar a presença da equipe do Diário da Manhã, duas funcionárias abordaram o fotógrafo, tentando impedir que ele registrasse a situação do local.
Carliene da Silva havia passado anteriormente pelo Cais de Campinas e, segundo ela, depois de duas horas aguardando atendimento, foi avisada de que não tinha médico no local. Com sintomas de dengue, ela seguiu para o Setor Urias Magalhães onde aguardava o primeiro atendimento há mais de uma hora. “É muito demorado”, reclama.
O técnico de Enfermagem, Tirley Costa, está com sua esposa, Franciele Rodrigues, com uma forte infecção de garganta. Como ela não conseguia falar, ele explica que também havia passado antes no Cais de Campinas, não conseguindo atendimento, seguindo depois ao Posto de Saúde da Vila Santa Helena, e lá também não foram atendidos: “Falaram que, se estiver morrendo eles atendem, se não, pode ir embora.”
Sentado em uma cadeira no corredor, aguardando para fazer uma pequena cirurgia no abdôme, o encarregado de almoxarifado, Egnaldo Nascimento, tinha o olhos vermelhos de chorar, em razão da dor que sentia. Ele conta que havia chegado ao local às 10h da manhã. Quando entrevistado, já eram 15h e ele ainda não havia sido atendido. O jovem contou que, assim como muitos pacientes, também já tinha procurado auxílio em outros postos de saúde, mas não foi atendido.
Ao tentar falar com algum responsável, para entender o motivo de toda demora nos atendimentos, uma das funcionárias que tentou impedir que o fotógrafo registrasse a situação do local, Maria Alves, informou que o quadro de médicos estava completo, com dois clínicos e um pediatra, e que o atendimento estava normal. Dizendo que não podia dar mais informações ela afirmou: “Se é mais urgente, o paciente vai ser atendido mais rápido, se é ambulatório, vai demorar mais.” Para Egnaldo Nascimento, aguardar atendimento por mais de cinco horas, por uma situação que, pra ele, era urgência, é um pouco demais. “É uma falta de respeito muito grande com as pessoas que precisam da saúde pública”, desabafa.
No Cais Novo Mundo a situação não estava diferente. Muitos pacientes aguardavam atendimento há horas e vários já não tinham mais esperanças de serem atendidos no mesmo dia. A reclamação da falta de médicos e da necessidade de passar por quase todos os Cais, até encontrar um que oferecesse atendimento, era unânime entre as pessoas. Depois de pouco tempo de conversa já era possível perceber a guerra que etava sendo, para a maioria, conseguir uma consulta médica.
Rosimeire dos Santos disse que teve uma crise nervosa no dia anterior e que desde então procurava um posto de atendimento. Já tinha passado por outros dois Cais, e em nenhum tinha tido sucesso. “Já fui em tudo quanto é lugar e nada. Estou aguardando aqui desde o meio dia”, afirmava ela, às 17:30h. Ao seu lado, Geslaine Aparecida estava aguardando atendimento para seu filho, Vitor Gabriel, de 1 ano e 11 meses. “Cheguei aqui ele estava com quase 40 graus de febre, passaram uma dipirona e não fizeram mais nada, e ele está do mesmo jeito”, comenta a mãe.
Maria Amália estava com Wandersom de Sousa, filho de uma amiga, aguardando atendimento. O rapaz teve uma crise convulsiva e ao cair feriu a boca. Ele estava sangrando e aguardava atendimento. “Chegamos aqui há quanto horas e só começaram a chamar agora, acho que foi porque vocês da imprensa chegaram.” Maria Eudina chegou no Cais ainda mais cedo. Ela afirma que estava no local desde as 10h da manhã, trouxe o esposo com um problema no pescoço e disse que antes de chegar no Novo Mundo havia passado com o marido em vários Cais de Goiânia, e em nenhum conseguiu ser atendido. “Conversei até com a direção, expliquei o caso, mas disseram que tenho que aguardar”, lamenta.
Diferente do Ciams Urias Magalhães, a diretora-geral da unidade Novo Mundo, Stefania Nolasco, atendeu muito bem a equipe do Diário da Manhã. Em sua sala ela explicou que a falta de médicos está generalizada e isso está causando todo o tumulto. Ela afirma que as segundas-feiras o problema é ainda maior em todas a unidades. “Os pacientes vêm neste dia buscar atestados médicos, eles bebem e aprontam e vêm buscar atestado”, polemiza.
Stefania conta que o problema do Posto de Saúde do Novo Mundo é que aparecem pacientes de toda cidade e isso tumultua o atendimento e sobrecarrega os médicos. “Goiânia inteira manda paciente para cá, porque nos outros Cais não há médicos. Então o ele vem trabalhar hoje, tem essa “pauleira”, aí ele não vem mais. Se todas as unidades estivessem com o quadro completo, não sobrecarregaria ninguém”, afirma.
Nolasco explica que muitos pacientes, que deveriam ser encaminhados para os ambulatórios, procuraram atendimento nos Cais, sobrepesando-os. Fala, ainda, que muitos médicos abandonam o trabalho nesses locais, devido ao grande número de atendimento que devem fazem por dia. “Estou aqui para buscar melhorias para a população, mas não tenho estrutura e nem médicos suficientes. Sem médico não tem como”, finaliza.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação