Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23/04/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Nova reunião para discutir greve da Saúde termina sem acordo
• TJ determina que 90% dos servidores da Saúde em greve voltem a trabalhar
• Após cesariana, gêmeas siamesas vão para UTI em estado grave em GO
• Conselho Federal admite que médicos têm conhecimento da máfia das próteses
• Câmara aprova projeto que permite terceirização da atividade-fim de empresa
• Saúde perece em Aparecida
• Imoral e ilegal
• Povo clama por socorro
• Médicos “galãs” de Goiânia fazem sucesso nas redes sociais


TV ANHANGUERA/ GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)

Nova reunião para discutir greve da Saúde termina sem acordo

http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/nova-reuniao-para-discutir-greve-da-saude-termina-sem-acordo/4129114/

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TJ determina que 90% dos servidores da Saúde em greve voltem a trabalhar

http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/tj-determina-que-90-dos-servidores-da-saude-em-greve-voltem-a-trabalhar/4129103/
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Após cesariana, gêmeas siamesas vão para UTI em estado grave em GO
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/apos-cesariana-gemeas-siamesas-vao-para-uti-em-estado-grave-em-go/4129105/

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AGÊNCIA CÂMARA

Conselho Federal admite que médicos têm conhecimento da máfia das próteses

A existência de uma máfia das próteses já era do conhecimento dos médicos. Quem afirma é o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina. Mauro de Brito Ribeiro participou, nesta quarta-feira (22), de audiência pública da CPI criada na Câmara dos Deputados para investigar a cartelização na fixação de preços e distribuição de órteses e próteses, denunciada em janeiro por reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo.
Segundo Mauro de Brito Ribeiro, notícias sobre cirurgias e implantes desnecessários percorrem corredores de hospitais há vários anos, mas há uma dificuldade em investigá-las porque ninguém denuncia formalmente.
"As pessoas simplesmente não denunciam. Então, é muito difícil a investigação. No entanto, em um levantamento que nós fizemos no Conselho Federal de Medicina, de 2004 a 2014, foram 28 cassações do exercício profissional, 26 punições na alínea b [do Código de Ética do Conselho], que é a suspensão do exercício profissional, e 140 punições na alínea c, que é a censura pública e publicação oficial. Isso para todos os médicos envolvidos com algum tipo de mercantilismo na medicina", ressaltou.

Rede de corruptores
Ribeiro destacou que são mais de 400 mil médicos no Brasil e que a conduta ilícita é de poucos. De acordo com ele, a máfia das órteses e próteses envolve, além de maus profissionais da medicina, uma rede de corruptores, desde os responsáveis pela produção e venda dos produtos até advogados, funcionários e diretores de hospitais.
Mauro Ribeiro disse que esse cenário pode ser revertido com a ação conjunta das entidades médicas, Congresso Nacional e governo: "Nós precisamos regulamentar essa questão tanto no aspecto ético, quanto no aspecto legal. Esse trabalho está sendo feito em conjunto com várias entidades no Ministério da Saúde, por iniciativa do ministro Arthur Chioro, de forma que a gente possa fazer, juntos, um processo de construção para estabelecer um marco regulatório em relação às órteses e próteses no Brasil, desde o momento da importação, produção, distribuição, promoção, do rastreamento dessas órteses e próteses".

Segunda opinião
Diante da situação caótica do setor de órteses e próteses no Brasil, que inclui principalmente as especialidades de ortopedia e cardiologia, o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina dá uma orientação aos pacientes.
Segundo Mauro Ribeiro, sempre que o médico indicar um implante e o paciente desconfiar, é aconselhável procurar uma segunda opinião e detalhes sobre a formação daquele profissional na entidade médica da especialidade.

Disque-denúncia
Por conta do relato do representante do Conselho Federal de Medicina, o relator da CPI, deputado André Fufuca (PEN-MA), vai apresentar requerimento para a adoção de uma espécie de disque-denúncia.
"Uma linha aqui na Câmara dos Deputados para que as denúncias possam ser feitas. Qual foi a maior justificativa para não ter a coibição desse problema? Há denúncia, mas ninguém sabe onde, quando e com quem. Só há denúncia vazia, denúncia de corredor, a denúncia que não pode ser averiguada", observa o parlamentar.

Padronização
Florentino Cardoso Filho, presidente da Associação Médica Brasileira, disse que a padronização das indicações dos implantes é uma forma de minimizar o problema do setor de órteses e próteses.
Segundo ele, a remuneração do médico deve ser exclusivamente sobre o seu trabalho. "Não há justificativa para que se faça diferente e é isso que a grande maioria dos profissionais da medicina faz", afirmou.
Marco Antonio Percope de Andrade, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, disse que a entidade completou 80 anos de existência e que, até hoje, não chegou qualquer denúncia formal envolvendo seus membros: "Defendemos a investigação na forma da lei, e os profissionais associados não atuam conforme descrito na reportagem do Fantástico".
Para Ângelo Amato de Paola, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a adoção de protocolos de procedimentos pode ajudar a controlar a indicação de implantes desnecessários.
Todos os representantes das entidades das diferentes especialidades concordam que os médicos envolvidos com a máfia das próteses são minoria e que o caso é de polícia: devem ser investigados e punidos conforme a lei.

Repórter investigativo
Na próxima quarta-feira (29), às 14 horas, o convidado da CPI das órteses e próteses é o repórter investigativo da Rede Globo que denunciou a máfia. A sessão será fechada para manter o anonimato do profissional que trabalhou na reportagem do Fantástico.
A CPI volta a se reunir nesta quinta-feira (23), às 9 horas, para ouvir representantes de instituições como a Anvisa, ANS e conselhos de secretários de saúde.
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Câmara aprova projeto que permite terceirização da atividade-fim de empresa

A proposta, que regulamenta o trabalho terceirizado no setor privado, será enviada ao Senado. Entre outros pontos, o texto cria regras de sindicalização dos terceirizados; e prevê a responsabilidade solidária da empresa contratante e da contratada nas obrigações trabalhistas.

A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira (22) a votação do projeto de lei da terceirização (PL 4330/04). Foi aprovada em Plenário uma emenda que permite a terceirização das atividades-fim das empresas do setor privado e que alterou diversos pontos do texto-base da proposta. O texto seguirá para o Senado.
A emenda, de autoria do PMDB e do Solidariedade, foi aprovada por 230 votos a 203. O texto não usa os termos atividade-fim ou atividade-meio, mas permite a terceirização de qualquer setor de uma empresa.
Assinada pelo relator do projeto, deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), e pelo líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), a emenda também ampliou os tipos de empresas que podem atuar como terceirizadas, abrindo a oferta às associações, às fundações e às empresas individuais (de uma pessoa só). O produtor rural pessoa física e o profissional liberal poderão figurar como contratante.
Outra mudança em relação ao texto-base é a diminuição, de 24 para 12 meses, do período de quarentena que ex-empregados da contratante têm de cumprir para poder firmar contrato com ela se forem donos ou sócios de empresa de terceirização. Os aposentados não precisarão cumprir prazo. A quarentena procura evitar a contratação de ex-empregados por meio de empresas individuais.
Já a subcontratação por parte da contratada (“quarteirização”) somente poderá ocorrer quando se tratar de serviços técnicos especializados.

Empregos ou precarização
O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), criticou a proposta. “Querem transformar celetistas em PJ [pessoa jurídica]. O projeto original falava em 24 meses e, agora, está em 12. Vai facilitar a burla do projeto legítimo da terceirização”, afirmou.
Para o relator, Arthur Oliveira Maia, o projeto foi debatido durante bastante tempo. Ele ressaltou que a diferenciação entre atividade-meio e atividade-fim foi criada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). “Essa diferenciação só existe no Brasil e não foi criada por esta Casa, que tem a função de legislar”, criticou.
A terceirização da atividade-fim é condenada pelos sindicalistas com o argumento de que fragilizará a organização dos trabalhadores e, consequentemente, sua força de negociação com as empresas. Já os empresários argumentam que essa sistemática de contratação trará mais agilidade e redução de custos para a contratante, com efeitos na economia.

Emenda aprovada prevê responsabilidade solidária nas obrigações trabalhistas

O texto da emenda aprovada nesta quarta-feira ao projeto da terceirização (PL 4330/04) muda o tipo de responsabilidade da empresa contratante do serviço terceirizado, determinando que ela será solidária em relação às obrigações trabalhistas e previdenciárias devidas pela contratada.
Anteriormente, o texto previa que poderia ser solidária apenas se a contratante não fiscalizasse o recolhimento e o pagamento dessas obrigações.
Com a responsabilidade solidária, a contratante poderá ser acionada na Justiça pelo recebimento dos direitos ao mesmo tempo em que a contratada.
Fiscalização
Na fiscalização, deve ser acompanhado pela empresa contratante o pagamento da remuneração; das férias; do vale-transporte; do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); e das obrigações trabalhistas e previdenciárias dos empregados da contratada.
O texto do relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), prevê ainda que, no caso de subcontratação, permitida apenas quanto a serviços técnicos especializados, as regras sobre a responsabilidade se aplicarão tanto à contratante no contrato principal quanto àquela que subcontratou os serviços.

Proposta exige recolhimento antecipado de tributos pela contratante

A pedido do Ministério da Fazenda, o relator do projeto da terceirização, deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), incluiu no texto a obrigação de a empresa contratante fazer o recolhimento antecipado de parte dos tributos devidos pela contratada.
Deverão ser recolhidos 1,5% de Imposto de Renda na fonte ou alíquota menor prevista na legislação tributária; 1% da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); 0,65% doPIS/Pasep; e 3% da Cofins.
Essas alíquotas deverão incidir sobre o valor bruto da fatura mensal da prestação de serviços e compensados quando do recolhimento dos tributos no prazo legal.
Como é a contratante que recolherá esta antecipação, ela poderá se creditar do PIS/Pasep e da Cofins até o limite do antecipado se a atividade terceirizada se enquadrar nas hipóteses que permitem o aproveitamento do crédito.
Outra mudança feita pela emenda dos deputados Oliveira Maia e Leonardo Picciani (PMDB-RJ), aprovada nesta quarta-feira (22), diminui o recolhimento antecipado do Imposto de Renda na fonte de 1,5% para 1% para empresas de terceirização dos serviços de limpeza, conservação, segurança e vigilância.

Proibição de sócios
Segundo a redação aprovada, não poderão atuar como empresas contratadas na terceirização aquelas cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado da contratante ou tenha relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.

Provisionamento
O texto permite que os contratos relativos a serviços continuados, aqueles necessários para mais de um ano, prevejam o depósito, pela contratante, dos direitos trabalhistas e previdenciários da mão de obra terceirizada em conta vinculada aberta em nome da contratada, cuja movimentação poderá ocorrer apenas com autorização da contratante.
No caso da falta de pagamento das obrigações, se esse provisionamento não estiver previsto no contrato, a contratante poderá reter parte da fatura para cobrir os pagamentos. Entretanto, a retenção de recursos por má-fé será caracterizada como apropriação indébita.

Sobre o faturamento
O projeto aprovado exige ainda que a empresa contratante de determinados serviços faça o recolhimento antecipado, ao INSS, de 11% da fatura em nome da contratada, que poderá compensá-lo quando do recolhimento das contribuições devidas sobre a folha de pagamentos de seus segurados.
O mecanismo está previsto na Lei 8.212/91 e já é aplicado aos contratos de terceirização relacionados, por exemplo, a serviços de limpeza e conservação; vigilância e segurança; ou contratação de trabalho temporário.
Também são mantidas as retenções sobre a receita bruta em substituição à contribuição patronal (desoneração da folha de pagamentos).
Entretanto, nos demais contratos não abrangidos por essa legislação, a contratante será obrigada a recolher o equivalente a 20% da folha de salários da contratada, descontando os valores da fatura.

Troca de empresa
Quando ocorrer a troca de empresa prestadora de serviços terceirizados com a manutenção dos mesmos empregados da empresa anterior, o texto prevê a manutenção do salário e demais direitos previstos no contrato anterior.
Se o fim do contrato coincidir com o fim do período anual de aquisição de férias, os trabalhadores terão de tirá-las nos últimos seis meses desse período. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não permite isso normalmente, e o projeto cria essa exceção.
Caso a rescisão ocorrer antes de completado o período aquisitivo de férias, elas deverão ser compensadas quando da quitação das verbas rescisórias.

Garantia
Os contratos de terceirização deverão prever o fornecimento de garantia, por parte da contratada, de 4% do valor do contrato, limitada a 50% de um mês de faturamento.
Para contratos nos quais o valor de mão de obra seja igual ou superior a 50% do total, o limite da garantia será 1,3 vezes o valor equivalente a um mês de faturamento.
A garantia poderá ser por meio de caução em dinheiro, seguro-garantia, ou fiança bancária.
Se for necessária a liberação da garantia, a contratada deverá comprovar à contratante a quitação das obrigações previdenciárias e trabalhistas dos empregados que trabalharam na execução dos serviços contratados.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Saúde perece em Aparecida

Com o aumento na procura, unidades estão superlotadas e pacientes esperam horas para ser atendidos. Profissionais, que trabalham no atendimento, afirmam que trabalham sob pressão para atender a demanda que chega da Capital
Divania Rodrigues

Ontem, os Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) de Aparecida de Goiânia viveram mais um dia que não é normal. Com o aumento da demanda, pacientes se espalham pelos corredores e em filas esperam para ser atendidos. Eles reclamam da demora no atendimento e da dificuldade em conseguir informações, por outro lado os médicos e profissionais da Saúde dizem estar se desdobrando para recepcionar todos que procuram socorro.
No Cais Nova Era, as cadeiras da recepção estavam todas ocupadas e havia fila para que a enfermeira fizesse o procedimento de triagem em que se avalia as condições de saúde, conforme o grau de gravidade do paciente, para priorizar ou não o atendimento pelos médicos. Sentada atrás de uma mesa, a enfermeira afirmava já ter atendido 200 pessoas.
De acordo com Denyson José Moraes Lopes, diretor-geral do Cais há quatro anos, passam cerca de 600 pacientes por dia, um fluxo 30% maior do que o normal. O aumento se deve à demanda de pacientes não atendidos pelas unidades de saúde de Goiânia e a pessoas afetadas pela epidemia de dengue.
Em outra unidade, o Cais Garavelo, a situação era oposta: o lugar estava vazio. De acordo com as recepcionistas, havia apenas um médico atendendo casos de urgência. No momento em que a reportagem esteve no local, Luzinete Siqueira, de 31 anos, procurava atendimento. Ela disse que havia desmaiado três vezes durante o dia e estava sem saber onde procurar ajuda. Seu acompanhante informou que não tendo como levá-la a outro local, por falta de carro, ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi informado que onde estava deveriam estar atendendo dois médicos.
Uma fonte que trabalha no Cais e não quis se identificar explicou que os profissionais de Aparecida estão desestimulados, tendo que atender além da demanda aumentada do próprio município – por causa da temporada atípica de dengue – os pacientes que estão se deslocando de Goiânia. A frase que o profissional usou e que supostamente está sendo mencionada pelos corredores é a de que os profissionais de Aparecida “não podem carregar nas costas os pacientes de Goiânia”.
Trabalhando, há 13 anos, no Cais Colina Azul, o pediatra Luciano Henrique da Silva, diretor clínico do local, explica que a procura por atendimento realmente aumentou, principalmente os casos de complexidade. De acordo com ele, a estrutura física do Colina Azul é pequena e os pacientes graves e gravíssimos deveriam ser apenas estabilizados e permanecer no máximo 12 horas na unidade, mas a permanência tem sido de até cinco dias, devido a falta de vagas no restante do sistema de saúde.
É nesse tempo de espera por vagas, conforme Luciano, que acontece os óbitos. De acordo com o diretor, na última semana havia no Cais três pacientes críticos, um leito para estabilização e mais um que podia ser disponibilizado na enfermaria. “Não estamos conseguindo encaminhar os pacientes daí para frente porque não tem vagas”, afirma.
Outra dificuldade que surge com o aumento no número de pacientes é a demora no atendimento. Esse tempo de espera acaba gerando tumultos, porque muitos não entenderiam o procedimento que os classifica conforme seu estado de gravidade. Para Luciano, a saúde pública ainda não é considerada ruim ou em estado de caos apesar das dificuldades enfrentadas no dia a dia: “Poderia estar pior, mas também poderia estar muito melhor.”
Para Juliana de Jesus Ramos, que estava esperando para internar seu bebê de seis meses, a situação está crítica. Ela peregrinava com o filho – que não consegue parar com a alimentação no estômago devido a vômitos constantes – desde as 8h para ver o médico e fazer exames. Só na Unidade de Pronto Atendimento (Upa), ela afirma  ter ficado mais do que três horas esperando o resultado de exames.
Na Upa, a situação de aumento na lotação também era visível. Muitos pacientes à espera estavam revoltados com a demora no atendimento. Marcos Antônio Alves buscava atendimento para o tio e já tinha percorrido quatro unidades. De acordo com ele, havia muita desinformação e nos locais onde procurava ajuda era informado que deveria ir a outro lugar.
Valdir Leite Gouveia estava com o sogro de 80 anos esperando atendimento em uma cadeira de rodas. Ele reclamava da demora no atendimento do paciente idoso e hipertenso que reclamava de falta de ar e dores no peito. Conforme Valdir, eles estavam na Upa desde as 14h, mas conseguiram atendimento apenas por volta das 17h. “Meu sogro está aqui há muito tempo, é idoso e não tem preferência para ser atendido.”
A médica Adriana Francisco Silva, diretora clínica da unidade, informou que os pacientes idosos, só por esse fato estão na classificação amarela, mas que se tiver mais 50 pessoas nessa categoria o atendimento ainda será demorado. Ela e a diretora administrativa, Lorena Nunes Mota, explicam que o atendimento mais que dobrou – ultrapassando 60% – e que por dia pelo menos 75 pessoas que chegam ao local são de Goiânia.
Adriana afirma que os profissionais trabalham sob pressão por causa da grande demanda e pela dificuldade dos pacientes entenderem a complexidade da situação a que as unidades estão expostas. De acordo com ela, muitos já chegam sem paciência e tentam ser atendidos mediante agressividade.
A diretora administrativa esclarece que a unidade de saúde tem tentando receber os pacientes da melhor forma possível, com aumento de leitos de hidratação para pacientes com dengue, com tentativas de suprir o estoque de medicamentos por meios mais rápidos que a licitação – que tramita lentamente. “Estamos pegando emprestado medicamentos e insumos de outras unidades, inclusive em Goiânia”, conta.
Para a diretora clínica do Upa, a greve em Goiânia é válida, mas é inconcebível deixar os pacientes morrerem por falta de atendimento, para chamar atenção para a causa. Para ela, o sistema deve ser melhorado na infraestrutura oferecida, que ainda é deficiente, e nos direitos dos profissionais, mas a população não deve ser prejudicada.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia informou que tem trabalhado para atender a demanda depois da paralisação dos servidores de Goiânia. Esclareceu, além disso, que as unidades já estavam sobrecarregadas e que os casos de urgência estão sendo priorizados. Sem negar atendimento, a secretaria pede paciência aos pacientes, “pois enquanto não cessar a greve, as unidades continuarão superlotadas.”
Continua a nota: “Para tentar diminuir a superlotação nas unidades de saúde, como por exemplo, o Cais Nova Era, a Saúde de Aparecida implantou na última sexta-feira (17), uma unidade de apoio para o atendimento a pacientes com diagnóstico de dengue. No caso, os pacientes que recebem o diagnóstico da doença em qualquer unidade de saúde de Aparecida pode se encaminhar para a UBS do Mansões Paraíso para receber os atendimentos posteriores e também fazer a reidratação, caso necessário.”


Imoral e ilegal

Justiça determina que 90% dos servidores da Saúde trabalhem nas unidades e, em caso de descumprimento, aplicação de multa de R$ 30 mil por dia

O desembargador Alan Sebastião de Sena Conceição concedeu antecipação de tutela, na tarde de ontem, determinando que os grevistas da saúde obedeçam a um quantitativo mínimo de trabalhadores da saúde em seus postos de trabalho. A decisão obedeceu a pedido feito pela Procuradoria-geral do Município, que alegou abuso na paralisação dos servidores e risco para a população.
Na sentença, o magistrado observou que o Sindicato dos Trabalhadores no Sistema Único de Saúde (Sindisaúde) e o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás (Sinfar-GO) comanda a paralisação dos servidores da saúde sem observar os critérios mínimos de prestação de serviços que a lei determina. A Procuradoria do Município lembrou que os dois sindicatos oficializaram a paralisação dos trabalhos, no dia 9 desse mês, e que, desde então, os atendimentos estão estrangulados em virtude do movimento paredista.
Os pedidos dos grevistas, de acordo com o procurador, obrigaria a prefeitura a descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, principalmente por causa das dificuldades que o município enfrenta.
Nesse meio tempo, entre as negociações dos grevistas com o município, o Ministério Público tentou intervir mediando discussões entre os dois lados. O promotor de Justiça Érico de Pina Cabral, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO Saúde), passou todo o dia de ontem tentando intermediar uma solução negociada com a prefeitura e os dois sindicados, sem sucesso.
As notícias de que a paralisação estaria provocando um estrangulamento do sistema de saúde com a fuga de pacientes para outras cidades da Região Metropolitana e para a rede de urgência e emergência do Estado acirrou os ânimos.
O desembargador concordou com parte dos argumentos citados no pedido de decretação de ilegalidade da greve, principalmente com a diferenciação dos serviços de saúde em relação aos demais serviços públicos. A Procuradoria-geral do Município sustentou que “a Lei Geral de Greve não se aplica ao setor da saúde, por se tratar de serviço de grande relevância pública (e não meramente essencial), não alcançável por normas ordinárias ou complementares que limitam a garantia de sua prestação à população”.

Limitação
O desembargador considerou que o direito de greve não é “absoluto e sua amplitude admite abrandamento pelo interesse público especialmente quando se trata de serviço de relevância pública”, como a saúde, por exemplo. Nesse sentido, prosseguiu, está na Lei Maior que “saúde é direito de todos e dever do Estado”.
A continuidade dos serviços deve ser mantida e assegurada à coletividade e que para isto o percentual mínimo deve ser observado, o que não está passando pela consideração dos grevistas. No início da tarde de ontem, o desembargador foi informado que até mesmo serviço de urgência e emergência como o Samu havia paralisado seu atendimento, o que provocou a classificação de abusiva para a greve.
O percentual que os grevistas pretendiam manter, de 30% dos serviços “é ínfimo e insuficiente diante da sua natureza e elevada demanda, especialmente considerando o momento de epidemia da dengue que vivenciamos”. O risco para a população é iminente e de difícil reparação, caso a greve se prolongue sem data para terminar e de forma tão abrangente.
A determinação é para que os dois sindicatos providenciem para que um quantitativo mínimo de 90% dos trabalhadores permaneçam de serviço nas unidades de saúde do município “de forma a não comprometer a saúde e a vida da população, enquanto perdurar o movimento paredista, sob pena de multa diária de R$ 30.000”.

Samu parado
O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), de Goiânia também entrou na paralisação, apesar da classificação de sua natureza de serviços – urgência e emergência – não permitir que façam greve. O promotor Érico de Pina Cabral disse não saber que os servidores do Samu haviam entrado na greve também.
A reportagem foi até a sede do Samu, no Jardim Goiás e constatou que das 17 viaturas apenas seis estão em funcionamento e os servidores ficam na unidade de braços cruzados. O diretor do Samu, médico Ricardo Furtado, disse que a greve é comandada pelos sindicatos e que eles nada podiam fazer.
A presidente do Sindisaúde, Flaviana Alves Barbosa, confirmou que os servidores do Samu também estão na greve e que ela havia informado isto ao Ministério Público. Ela disse que até o final da tarde de ontem não havia sido notificada oficialmente da decisão judicial e que na manhã de hoje (quinta-feira) haverá nova assembleia dos trabalhadores para deliberação dos rumos da greve.

Povo clama por socorro

A paralisação dos funcionários da rede municipal de saúde de Goiânia, que teve início em 13 de abril, continua sem data para acabar. As negociações com a prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindisaúde-GO) não têm avançado.
Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho, pagamento da data-base com retroatividade, adicional por insalubridade, dentre outros benefícios. E enquanto o embate não termina, o reflexo dos cerca de quatro mil servidores municipais da saúde, que aderiram à greve, se projeta na população que sofre com a demora no atendimento e superlotação em algumas unidades de saúde na Capital.
A situação precária se estende a boa parte dos Centros de Atendimento Integral a Saúde em Goiânia. No Cais Jardim Novo Mundo, os pais de uma garotinha de um ano e dez meses já não sabem mais a quem recorrer para socorrer a filha, que desde a última quinta-feira (16) apresenta um grave quadro de saúde.
“Suspeitamos que nossa filha esteja com dengue, ela não está comendo, tem febre de 39 graus, está fraca, com manchas pelo corpo, com desmaios frequentes e essa é a terceira vez que estamos aqui e os atendentes sempre remarcam a consulta com a desculpa de que estão em greve e a gente não sabe mais o que fazer”, descreve a desesperada mãe da menina, Letícia Ribeiro Aguiar, 17 anos.
O pai da criança, Júlio Rodrigues, 21 anos, apresenta olhar de medo. Ele que também está de atestado médico se diz desesperançado diante das limitações que a saúde pública o condiciona e o impede de fazer algo pela vida da filha. “Ela está tão fraca que sequer consegue abrir os olhos, o caso da minha filha é muito grave como saber se minha filha vai aguentar? Desde a última quinta-feira que estamos em busca de atendimento sem sucesso!”.
Um passo a frente da família desesperada estava a aposentada Maria Pereira Rezende, 78 anos, acompanhada pela filha Elza Teodoro Marques, 56 anos, que recorda que a mãe tem enfisema pulmonar, bronquite e há quatro dias não se alimenta. “Ela não come. Trouxe minha mãe em busca de socorro o caso dela é de urgência. Não acho justo a greve: nós pagamos nossos impostos, eles dizem que 30% dos servidores estão atendendo, mas não acredito”, protesta Elza.
A situação crítica também é presenciada no Cais Chácara do Governador em que até as 15 horas de ontem já haviam passados pelo local aproximadamente 200 pessoas em busca de atendimento e desse total apenas 80 haviam sido atendidas.

LAMENTO
O vendedor Geovane Jesus da Silva, 27 anos, que tem um problema sério de gastrite, procurou o Cais com intuito de receber atendimento para ele e a filhinha de apenas um ano e dois meses, que nos últimos dias apresentou forte tosse a ponto de não dormir durante a noite. “Não culpo os médicos, culpo os governantes, se eles não pagam bem os servidores estes tomam atitudes como estas que prejudicam toda a população”, protesta.
No Cais Vila Nova, a servidora administrativa Maria Divina da Silva, 55 anos, lamenta o alto preço que a população está tendo que pagar pela falta de compreensão das autoridades que deveriam já ter dado um basta nessa crise reconhecendo os direitos dos servidores. “Que o prefeito decida logo, porque a população precisa de mais, é muito ruim ver as pessoas sofrerem sem poder fazer nada” diz a servidora.
De acordo com informações da assessoria de comunicação do Sindicato dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindisaúde-GO), ontem foi realizado um encontro dos representantes do sindicato e outras entidades sindicais com o secretário municipal de governo e de relações institucionais, Osmar Magalhães, mas, mais uma vez não houve avanço nas negociações.
“Não tivemos nenhum resultado, eles não estão interessados em negociar porque não apresentam nenhuma proposta. Amanhã (hoje), às 8h30, teremos uma assembleia geral com os trabalhadores na Câmara Municipal para tratar do assunto”, informa a assessoria.

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Médicos “galãs” de Goiânia fazem sucesso nas redes sociais

Profissionais da Medicina abusam de postagens na internet e despertam sonhos mais profundos de seguidoras. Sucesso se deve ao carisma e, claro, muita beleza

Depois de todo o sucesso do instagram com o hit de homens bonitos com cachorros, mais três internautas prometem ser o colírio do dia a dia da mulherada.
“Um pouco de colírio nos olhos sempre cai bem”. O ditado popular talvez seja o segredo do sucesso de um trio de médicos goianos que está ‘bombando’ na rede. Um deles já contabiliza mais de 260 mil seguidores.
Tudo que os rapazes postam vira moda e ganha repercussão. Até as inúmeras páginas fake em nome dos famosos possuem milhares de seguidores.
Seus posts alcançam em média mais de dez mil curtidas em poucos minutos. E não é raro surgir comentários do tipo: “Tô passando mal”, “Multiplica, senhor!”, “Partiu ficar dodói” e “Doutores magia”. Os elogios se tornaram febre nos posts dos garotos.
Amigos íntimos, aos 26 anos, o trio arranca suspiros da mulherada a cada post. Donos de uma beleza exuberante e de um jeito único de ser, cada um tem sua particularidade. Mas no fundo os três são como os livros: enganam pela capa, mas surpreendem pelo conteúdo.
Luis Eduardo (ou @goianoo_7) é clínico geral e hoje reside no Rio de Janeiro. Com mais de 260 mil seguidores no instagram e popular na rede como ‘Goiano’, o clínico geral adora postar fotos no ambiente de trabalho.
Goiano também ficou famoso por postar vídeos cantando hits conhecidos como “Vem ni mim Dodge RAM”, de Israel Novaes, e “Gordinho Gostoso”, da banda Luxúria.
Flavio Braga ( ou @flaviofdbraga) é residente em clínica médica e aspirante a cardiologista. Filho do famoso cartunista Jorge Braga, Flávio puxou o carisma do pai. O jovem divide o tempo entre os plantões e a academia. Para o desespero da mulherada, ele afirma que seu coração está no status “disponível”, mas alerta as pretendentes de que há muito tempo não tem um final de semana para diversão.
Já Pedro Neviani (ou @pneviani), para a infelicidade das fãs, é comprometidíssimo. O rapaz é residente em clínica médica, futuro endocrinologista, pós-graduando em nutrologia e nutroendocrinologia.
Mesmo com a agenda apertada, o galã encontra tempo para frequentar a academia e dar atenção à namorada. Isso mesmo: o coração do rapaz pertence à sortuda Jessica Machado. Graduada em Direito, a bela jovem conquistou o sonho de consumo de milhares de goianas.

‘Famosos’  atraem milhares de usuários
O instagram foi lançado em outubro de 2010. Há mais de quatro anos que a rede é utilizada para compartilhar fotos tiradas com smartphones. A rede social adquirida pelo Facebook já conta com mais de 150 milhões de usuários ativos em todo o mundo. Em média, as pessoas gastam 257 minutos por mês conectados no instagram.
Mais de 55 milhões de fotos são publicadas todos os dias. Ter um perfil de destaque neste mar de imagens não é uma tarefa fácil, mas os garotos não encontram dificuldades.
A ferramenta mais utilizada para que novos usuários encontrem suas imagens dentro da rede é a hashtag. Após uma breve descrição de sua imagem, você pode inserir algumas hashtags com palavras específicas relacionadas ao conteúdo postado.
As hashtags mais utilizadas pelos médicos são #deusnafrente #esquisitamenteesquisito e #no12. Elas estão entre as mais utilizadas pelos fãs.
Aos 26 anos, galãs goianos se tornaram verdadeiros fenômenos na internet, mas seus perfis deixam claro que foco deles é o trabalho.

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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação