Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23/04/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Autogestão prevê gasto de R$ 1,4 bi
Segundo técnico de laboratório morre pela Covid-19
Conta que não fecha
Devido à Covid-19, país corre alto risco de desabastecimento de três vacinas
Conep suspende estudo da Prevent Senior com hidroxicloroquina
Caiado acerta redução de 20% das despesas com poderes
Cardiologista alerta sobre cuidados com a pressão arterial
Farmácias poderão aceitar assinaturas digitais em receitas de medicamentos
Seis dias depois de assumir a Saúde, Teich segue estudando o novo coronavírus


VALOR ECONÔMICO

Autogestão prevê gasto de R$ 1,4 bi

As operadoras de planos de saúde de autogestão, modalidade de convênio médico administrado pela própria empresa contratante, estimam que os gastos médicos com o tratamento da covid-19 para seus 4,7 milhões de usuários somem R$ 1,4 bilhão neste ano. Esse valor representa 6,2% dos custos médicos registrados pelo setor, em 2019.
A projeção é da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) que se baseou em relatório do Credit Suisse e de estudo da Imperial College London, instituição de ensino britânica, que produziram análises sobre o impacto financeiro do novo coronavírus.
"Nas operadoras de autogestão, o impacto do novo coronavírus é maior porque temos uma carteira maior de idosos. Eles representam em média 30% da carteira e em algumas operadoras, chegam a 50%", disse Anderson Mendes, presidente da Unidas.
Segundo Mendes, não há estimativa do impacto desses custos da covid-19 na taxa de sinistralidade das operadoras devido ao atual momento de incertezas, uma vez que é esperado um aumento nos casos de novo coronavírus, mas ao mesmo tempo tem ocorrido redução de procedimentos médicos eletivos.
No ano passado, as operadoras de autogestão registraram despesas médicas de R$ 22,4 bilhões e um faturamento de R$ 24 bilhões. A taxa de sinistralidade ficou em 90%.
Para chegar no cálculo dos custos assistenciais da covid-19, a Unidas usou dados do Credit Suisse que consideram um prazo médio de internação de 14 dias e que 5% dos pacientes acometidos pela doença necessitam de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "Essa é uma projeção inicial, reflete esse momento, para termos algum norte. Isso pode mudar conforme o comportamento da população no isolamento social, caso seja descoberto algum medicamento ou vacina e outras variáveis", disse o presidente da Unidas.
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O POPULAR

Segundo técnico de laboratório morre pela Covid-19

Javier Martins de Oliveira, de 57 anos, era servidor público e ainda trabalhava em um laboratório particular, em Goiânia. Esposa também atua na área da saúde
O novo coronavírus (Sars-Cov-2) vitimou o segundo técnico de laboratório em Goiás. A notícia de que o servidor da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Javier Martins de Oliveira, de 57 anos, morreu por conta da Covid-19 foi divulgada pelo governador do Estado, Ronaldo Caiado (DEM), por meio das redes sociais na tarde desta quarta-feira (22). Javier trabalhava há 28 anos na SES, onde desempenhava função administrativa. Ele estava lotado na Gerência de Atenção Secundária e Terciária da Superintendência de Atenção Integrada à Saúde.
O POPULAR apurou que Oliveira e a mulher, que também é profissional de saúde, procuraram um hospital da rede particular e testaram positivo para a Covid-19 no último dia 14. A mulher ficou internada, mas o profissional de saúde estava com sintomas leves e voltou para casa. Ela melhorou e teve alta. Nesta quarta-feira, os sintomas dele se agravaram e o técnico retornou para o hospital, onde acabou não resistindo. Além de servidor público, Javier também trabalhava em um laboratório particular da capital. A SES-GO informou que Javier se contaminou via transmissão comunitária, que é quando não há como saber onde a pessoa teve contato com o vírus.
No dia 4 deste mês, a também técnica de laboratório Adelita Ribeiro, de 38 anos, perdeu a vida em consequência da Covid-19. Ela trabalhava no Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Novo Mundo e no Hemolabor. Os técnicos de laboratório somam 9% dos 65 profissionais de saúde que contraíram a Covid-19 em Goiânia. O dado é do boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgado nesta quarta-feira.
Técnico de laboratório e amigo de adolescência de Javier, Eduardo Oliveira conta que o irmão do amigo também trabalha na área da Saúde. "A esposa dele realmente adoeceu também, mas melhorou. O irmão dele trabalha no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) e ainda no Cais Novo Mundo junto, inclusive, com a primeira técnica que morreu", afirma o amigo.
De acordo com ele, Javier era saudável, gostava de praticar esportes e era muito trabalhador. "Nós sempre jogávamos futebol juntos. Havia falado com ele havia pouco tempo. Além de ser servidor, ele também trabalhava em um laboratório particular aqui de Goiânia. É sempre um baque muito grande ver um amigo partir assim. Ele deixa um filho adulto e outro de dez anos para trás. É um choque e uma dor muito grande", relata o amigo.
Partida dolorosa
Uma atendente do laboratório da rede privada que Javier trabalhava conta que no local todos estão muito chocados com o ocorrido. "Ele era muito querido aqui e está sendo difícil trabalhar com esta notícia", afirma a mulher que prefere não ser identificada. Segundo ela, a parte mais dolorosa tem sido pensar no enterro do colega. "É muito triste não poder estar presente e participar da despedida dele. Ele era muito querido", conta. A mulher afirma ainda que o laboratório segue todas as medidas de segurança impostas pelos órgãos de saúde. "Somos muito bem resguardados quanto a isso", enfatiza.
Uma servidora da Superintendência de Atenção à Saúde relatou que todos os colegas estão extremamente abalados. "É muito triste quando acontece com alguém próximo assim. Ele era uma pessoa muito alegre, solícita e que sempre ajudava todo mundo", afirmou a funcionária, que prefere não ser identificada.
Nas redes sociais, colegas de trabalho de Javier lamentaram a morte do profissional. "É inacreditável uma notícia destas. Uma pessoa incrível que nos contagiava com a sua alegria. Aos que não acreditam na Covid-19, hoje perdemos um excelente colega/profissional!", publicou uma colega. A alegria de Javier também foi lembrada em outro post. "Meu Deus, inacreditável esta perda. Este ser iluminado que alegrava nossas tardes. Tão querido por todos, tão alegre e cheio de vida. Muito triste a situação que estamos vivendo, que Deus tenha misericórdia de todos nós", publicou outra colega de trabalho.
A biomédica Nancy Helena trabalhou com Javier no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde ele atuou de 1992 até 2017, e afirma que no local ele era conhecido por ser um cavalheiro. "Ele era muito educado com todo mundo e arruma sempre um apelido especial para as pessoas. Nunca me esqueço de quando fiquei grávida e ele me poupava de fazer coletas para minhas pernas não incharem. Ele era assim com todo mundo", esclarece.
A auxiliar de técnico de laboratório, Eva dos Santos, que trabalhou com Javier por 11 anos no Hugo, em plantões aos finais de semana, conta que ele foi um grande profissional. "Me ensinou demais. Devo muito à ele. Sempre trabalhou muito. Saia de um plantão e ia para outro", conta. Segundo Eva, saber da morte do colega foi muito doloroso. "Ficamos pensando no quanto os profissionais da saúde estão expostos. Ele ajudou a salvar tantas vidas e agora perdeu a dele para esta doença terrível", afirmou a mulher em meio às lágrimas.
Luto
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde manifestou pesar pela morte do técnico de laboratório. "Servidor de carreira e lembrado como um profissional exemplar, Javier atuava na Gerência de Atenção Secundária e Terciária da Superintendência de Atenção à Saúde da SES. A secretaria é grata ao legado de dedicação à saúde goiana deixado por Javier. A SES-GO externa seu apoio, seu pesar e sua solidariedade a todos os familiares e amigos."
O secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, também se manifestou pelas redes sociais. "Hoje perdemos o primeiro guerreiro da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás para a Covid-19. Javier Martins de Oliveira não estava no grupo de risco e era um profissional disposto, trabalhador, exemplar. Manifesto profundo pesar e externo à família em luto os mais sinceros sentimentos. A SES-GO está em luto", publicou em seu perfil no Instagram.

Sindsaúde quer explicações sobre contatos de vítima com servidores

O Sindicato dos Trabalhadores(as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) disse ontem que irá pedir explicações para a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) sobre o número de servidores que o técnico de laboratório Javier Martins de Oliveira, de 57 anos, que morreu por causa do novo coronavírus (Sars-Cov-2), teve contato.
Javier estava lotado na Gerência de Atenção Secundária e Terciária da Superintendência de Atenção Integrada à Saúde."Um colega próximo nos falou que além de trabalhar na rede estadual, ele também trabalhava na rede privada. Nesta quinta-feira (23) iremos questionar a SES-GO sobre quantos servidores ele teve contato assintomático ou não. Essas pessoas precisam ser monitoradas", explica a presidente do Sindsaúde-GO, Flaviana Barbosa.
Segundo ela, uma outra dúvida é se Javier foi afastado das funções quando começou a apresentar sintomas da doença. "A superintendência era um lugar muito cheio e depois da nossa cobrança muitas pessoas passaram a fazer o trabalho remoto. Porém, precisamos saber de detalhes para resguardar a saúde dos outros servidores", afirma.
A assessoria de imprensa da SES-GO disse que não repassa esse tipo de informação, pois elas ferem a questão de sigilo de prontuário e "não devem ser repassadas em respeito ao paciente e à família".

Planaltina de Goiás registra primeira morte
A cidade de Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, registrou ontem a primeira morte pelo novo coronavírus (Covid-19). Segundo o Secretário de Comunicação do município, Lázaro Reis, a vítima é uma mulher de 43 anos que apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 16 deste mês. Ela foi até o Hospital Municipal, onde foi internada.
De acordo com o secretário, no segundo dia de internação o Distrito Federal enviou 20 testes rápidos e a paciente realizou o primeiro exame, que deu negativo para a Covid-19. No entanto, a pasta solicitou uma vaga no Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus em Goiânia (HCamp) e ela foi transferida para capital no último dia 18.
Devido ao quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), foi coletado material e enviado para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-GO), que realizou novo exame e detectou a doença. O resultado saiu no domingo (19). A mulher, que segundo familiares possuía diabetes, morreu nesta terça.
Lázaro explicou que o marido da mulher trabalha em uma empresa de Brasília, que suspendeu as atividades após detectar um funcionário com o novo coronavírus. Ele, a filha e o genro dela estão em isolamento domiciliar e são acompanhados por equipes da secretária.
O sepultamento da mulher foi realizado na manhã de ontem, no cemitério de Planaltina.
Com mais três mortes registradas ontem, Goiás tem um total de 22 óbitos em consequência da Covid-19. Os dados oficiais da Saúde, no entanto, não incluíam, no entanto, a morte de Javier Martins, em Goiânia. De acordo com o boletim, dois novos municípios registraram óbitos no Estado: Goianésia e Planaltina de Goiás. Os demais ocorreram em Aparecida de Goiânia (l), Goiandira (l), Goiânia (10), Luziânia (2), Paraúna (1), Pires do Rio (1), Professor Jamil (1), Rio Verde (l) e Valparaíso de Goiás (l). Dois óbitos suspeitos estão em processo de investigação nas cidades de Araçu e Goiânia.
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VEJA ONLINE

Conep suspende estudo da Prevent Senior com hidroxicloroquina

Segundo a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, há irregularidades e suspeita de fraude no estudo divulgado pela empresa na sexta-feira
Um estudo da Prevent Senior sobre a eficácia do uso de hidroxicloroquina em associação com a azitromicina em pacientes com Covid-19 foi suspenso na segunda-feira, 20, pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). A decisão foi tomada após o órgão descobrir que o estudo começou antes mesmo da aprovação do protocolo de pesquisa, o que é proibido pelas normas do país. Essa é apenas uma das incongruências entre o estudo publicado e o protocolo aprovado pela Conep. As outras irregularidades incluem o número de pacientes, a condição clínica desses participantes e a ausência de investigação de duas mortes registradas durante o estudo.
De acordo com Jorge Venâncio, coordenador da Conep, o programa só recebeu autorização do órgão na última terça-feira 14. No entanto, na sexta-feira, 20, apenas três dias após a aprovação, a Prevent Senior publicou um estudo com características semelhantes às do estudo aprovado pela Comissão, que ainda deveria ser iniciado.
"Nós tivemos conhecimento do pre-paper [o estudo da feito pela Prevent Senior publicado no medRxiv] que foi divulgado na sexta-feira e vimos que tinham diferenças substanciais em relação ao que tinha sido aprovado. O estudo aprovado pela Conep é prospectivo e não retrospectivo, como o que foi publicado. A equipe deveria recrutar pacientes e verificar a hipótese. Não teria como fazer isso, fazer o estudo e publicar em apenas três dias. Era uma coisa flagrante. Por isso decidimos suspender o estudo e convocar o pesquisador e a instituição para uma audiência.", diz Venâncio à VEJA.
A audiência em questão foi realizada na segunda-feira 20. De acordo com Venâncio, a Prevent Senior afirmou que a publicação [referindo-se ao estudo publicado na sexta-feira] e a pesquisa aprovada pelo Conep são coisas separadas e a pesquisa ainda seria iniciada. A publicação seria resultado de dados de atendimento clínico da empresa, realizados anteriormente e compilados para uso interno. Ainda segundo a empresa, na audiência no Conep, a publicação teria sido indevida.
No entanto, a pesquisa publicada na sexta-feira 20 na plataforma medRxiv, que publica artigos médicos antes de serem revisados e publicados em grandes periódicos científicos, foi amplamente divulgada pela assessoria de imprensa da empresa. A assessoria afirmou também que o artigo já havia sido submetido para publicação na revista científica PLOS Medicine, mas ainda estava pendente de aprovação. Além disso, o artigo publicado apresentava o número do processo da pesquisa aprovada pela Conep.
"Parece controverso que a pesquisa não tem nada a ver com a publicação. E ainda que fosse um estudo retrospectivo, qual é o resultado científico que pode ser retirado com uma amostra como essa [sem diagnóstico comprovado de Covid-19]? Apresentar uma não pesquisa como pesquisa é fraude científica", afirma o coordenador da Conep.
O estudo em questão mostrou que o uso da combinação de hidroxicloroquina com azitromicina em pacientes com sintomas leves de infecção por coronavírus reduziu o risco de internações. Entretanto, os pacientes não tiveram o diagnóstico de Covid-19 confirmado. Eles apenas apresentavam sintomas de gripe, como tosse e febre. Além disso, o estudo apresentou inúmeras falhas metodológicas, apontadas por Veja na matéria publicada. Essas falhas incluem o fato de o estudo não ser duplo-cego, controlado nem randomizado. Ou seja, não era possível afirmar a eficácia do tratamento proposto contra a Covid-19.
Ao ser questionado sobre essas falhas, o cardiologista Rodrigo Barbosa Esper, líder do estudo, afirmou que a pesquisa realizada por suas equipe era apenas observacional e levanta uma hipótese. "Estudos randomizados duplo-cego levam tempo. Os resultados podem demorar meses ou anos. Diante da pandemia que estamos vivendo, optamos por um estudo pragmático para tentar controlar essa epidemia.", disse Esper à VEJA.
Em relação ao fato de os pacientes não terem diagnóstico comprovado de Covid-19, Esper disse que como todos os participantes são moradores da cidade de São Paulo, local com transmissão local e principal epicentro do coronavírus no país, diante dos sintomas de gripe, pode-se considera-los com suspeita de Covid-19. "Esse estudo só tem sentido em uma situação de epidemia como a que estamos vivendo. Nesse caso, parte-se do princípio que a maioria das infecções causadas naquela região ou cidade é causada por coronavírus", disse o pesquisador.
Além do número de pacientes – o estudo aprovado pelo Conep contaria com 200 pacientes. O estudo publicado pela Prevent teve 636 participantes -, e da falta de diagnóstico de Covid-19 entre esses pacientes, Venâncio aponta para mais um problema grave no estudo publicado. Dois pacientes do grupo que recebeu a hidroxicloroquina morreram. De acordo com Esper, as mortes foram causadas por condições prévias de saúde e não estavam associadas ao medicamento.
Entretanto, uma das mortes foi causada por infarto e um dos possíveis efeitos colaterais da hidroxicloroquina são problemas cardíacos. Segundo Venâncio, em um protocolo científico, toda morte é investigada pelos órgãos regulatórios. O que não aconteceu neste caso. "Não sou contra utilizar a hidroxicloroquina. Estamos em uma situação limite e ás vezes os médicos precisam utilizar soluções limites. O uso off label é permitido pelo CFM. Mas isso não pode ser transformado em uma pesquisa se não é um pesquisa.", ressalta o coordenador.
As irregularidades ainda estão em investigação pela Conep e caso fiquem comprovadas, o caso será enviado ao Ministério Público, que poderá abrir uma investigação contra a Prevent Senior. "É um conjunto de irregularidades muito estranho. Mas o fato de tentar apresentar uma não pesquisa como pesquisa é o que consideramos mais grave. Não sei se a fraude foi do pesquisador ou da instituição. Vamos encaminhar para o Ministério Público como fraude", disse Venâncio.
Em relação à pesquisa proposta pela Prevent Senior e aprovada pela Conep, que deveria começar essa semana, Venâncio explica que ela continuará suspensa até o pesquisador que deveria lidera-la se pronunciar se teve responsabilidade ou não no artigo publicado. O nome dele está elencado entre os autores. "Haverá uma reunião na semana que vem para decidir se a pesquisa vai continuar suspensa ou não", esclarece o coordenador.
Em comunicado enviado por meio de sua assessoria de imprensa, a Prevent Senior disse que "atua em conformidade com as boas práticas médicas e se submete rigorosamente às normas estipuladas pelas autoridades de saúde. O manuscrito disseminado na última sexta-feira (17 de abril) atribui, incorretamente, um número de protocolo na Conep. Os dados sobre pacientes contidos no documento não se referem, portanto, à pesquisa autorizada pela comissão do Ministério da Saúde. Trata-se de números reais de atendimento, mas não vinculados ao protocolo clínico relativo ao número da Conep. O objetivo da Prevent é sempre o de compartilhar com outras instituições de saúde os resultados positivos obtidos no tratamento da covid-19. Todos os esclarecimentos serão prestados à Conep e permitirão possíveis ajustes para, em conjunto, encontrarmos respostas apropriadas para o combate ao novo coronavírus. Importante frisar que o único aspecto do manuscrito questionado é a metodologia; não o atendimento prestado aos pacientes.".
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O GLOBO
Conta que não fecha
FALTAM MÉDICOS, MAS EXISTEM 3.668 VAGAS ABERTAS

Em meio aos esforços para ampliar o atendimento e tornar mais efetiva a resposta à pandemia, governo federal, estados e municípios têm encontrado dificuldades na contratação de profissionais de saúde. Levantamento feito pelo GLOBQ com base nos resultados de editais publicados desde março, mostra que ainda há pelo menos 3.668 vagas para médicos.
Desde a identificação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde (por meio do programa Mais Médicos), governos estaduais e prefeituras buscam aumentar rapidamente a quantidade de profissionais dispostos a enfrentar a doença-dezenas de processos de contratação temporária foram publicados. A pesquisa identificou 8.205 vagas oferecidas, das quais 4.537 foram ocupadas (55%).
Como o objetivo é ocupar os postos com velocidade, há seleções que preveem que candidatos apresentem a documentação diretamente nos hospitais. Caso não haja entrave burocrático, começam a trabalhar imediatamente. O levantamento levou em conta editais em que houve definição exata do número de vagas e em que já foi cumprida, no mínimo,a primeira etapa de convocação. As 27 unidades da federação foram procuradas, e a pesquisa considerou também casos de municípios em que as informações sobre preenchimento de vagas estavam disponíveis em canais oficiais.
A iniciativa de maior alcance foi do Ministério da Saúde. De um total de 5.757 vagas, 3.391 médicos vão se apresentarem 1.202 cidades. Cerca de metade dos profissionais será direcionada para as capitais, que concentram o maior número de casos. Segundo a pasta, haverá outras chamadas para que as vagas sejam preenchidas na íntegra.
SETOR PRIVADO CONCORRE
Mesmo no Sudeste, que concentra 54% dos médicos do país segundo Conselho Federal de Medicina (CFM), as redes têm encontrado problemas para preencher seus quadros. A diferença salarial em relação ao que a iniciativa privada pode oferecer é um dos fatores. Depois de lançar uma seleção em que 60 vagas não foram ocupadas, Minas Gerais elevou o salário. Para isso, foi necessário criar uma gratificação para os médicos que j á tinham contrato com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, que cuida das contratações, para evitar divergências salariais com os contratados que vão atuar exclusivamente atendendo a pacientes de Covid-19. "Em todas as demais categorias houve interessados e classificados superior às vagas existentes", informou a fundação.
No Rio, a prefeitura abriu 1.049 vagas para médicos que vão atuar em quatro hospitais-1.200 se inscreveram e 234 foram contratados até agora. O município fará novas convocações e prevê reabertura das inscrições caso necessário.
A situação preocupa sobretudo em regiões onde historicamente há déficit de médicos, como o Nordeste. Na Paraíba, a Secretaria de Saúde já fez duas chamadas: foram disponibilizados 416 postos de trabalho, mas 258 não foram ocupados. Um dos problemas, segundo o secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, é conseguir médicos especialistas no atendimento de UTI:
– Além disso, há casos em que esses médicos já têm outros vínculos e não se candidatam devido à carga horária. Mas há também casos de profissionais que não se candidatam porque temem trabalhar nesse ambiente de tratamento do novo coronavírus.
Segundo a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a distribuição desses profissionais especializados pelo território nacional é bem desigual. Enquanto o Mato Grosso do Sul tem uma taxa 10,1 intensivistas acada 10 mil habitantes, na Paraíba o índice é de 1,9.
Segundo o presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro, as políticas traçadas pelos governos ao longo dos anos tiveram resultados importantes, mas não foram suficientes para suprir as deficiências do Brasil.
-Desde o governo do PT, houve um incremento na formação de médicos. Há sete anos, tínhamos 14 mil for-mandos. Este ano, vamos formar 27 mil e, daqui a sete, 35 mil. Mas a distribuição é desequilibrada Onde há mercado, há uma concentração maior -avalia Ribeiro. -Qual a proposta que é feita para esses médicos? Mais do que o salário, qual a garantia que têm em relação à segurança? Em relação ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)? Isso é o que mais nos preocupa.
BUSCA ACELERADA
Governos têm buscado também profissionais que já haviam sido aprovados em concursos públicos, mas cuja nomeação não tinha sido efetivada (caso de Pernambuco), além de abrirem seleções para cadastros de reserva.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que gere hospitais universitários, está formando um cadastro sem definição do número de vagas. Cerca de 5.800 médicos se inscreveram, dos quais 905 foram convocados. Mesmo sem necessidade imediata, o interesse foi abaixo do imaginado.
Em outras frentes que estão sendo desenvolvidas, o Ministério da Saúde já recebeu 8.578 cadastros de profissionais de saúde – 469 médicos -para atuarem na Força Nacional do SUS, formada por voluntários. Em outra ação, foram feitos 856.949 cadastros de profissionais da área, dos quais 381.699 se disseram interessados em atuar no combate ao novo coronavírus.
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Devido à Covid-19, país corre alto risco de desabastecimento de três vacinas
Segundo o Ministério da Saúde, não haveria no momento nenhum registro de falta dos produtos que imunizam contra hepatite B, tétano e meningite|

Um relatório interno do Ministério da Saúde aponta que a crise mundial da Covid-19 provoca risco “alto” de desabastecimento no Brasil de três vacinas que dependem de insumos de outros países. São imunizantes para hepatite B, tétano e meningite. Não há registro de falta dos produtos para a população no momento. O monitoramento é sobre risco futuro.
Segundo a Agência O Globo, nos caso das três vacinas classificadas em “alto” risco de desabastecimento, os fornecedores são de países europeus que ainda sofrem as consequências do novo coronavírus. O produto contra hepatite B listado no documento vem da Espanha. Já o imunizante para meningite tem origem na Itália. Os dois países se tornaram epicentros da Covid-19 na Europa.
A terceira vacina também monitorada no relatório com elevado risco de faltar, a antitetânica, depende de fabricante alemão. A Alemanha sofreu, com menos impacto que Itália e Espanha, a onda de casos e mortes da Covid-19.
Foram mapeadas ainda pelo Ministério da Saúde vacinas com risco “médio” de desabastecimento: contra cólera, vinda da Coreia do Sul, e HPV, dos Estados Unidos. A antirrábica, cujo fornecedor é de Israel, está listada com “baixo” risco de faltar, aponta o documento ao qual o GLOBO teve acesso.
O relatório faz uma espécie de balanço de várias ações relacionadas à vigilância epidemiológica desde o ano passado. Assim, nem todas são relacionadas à Covid-19.
Em nota, o Ministério da Saúde informa que “a manutenção da rotina não sofrerá intercorrência desde que mantidos os prazos de entregas previamente estabelecidos em contratos” e destaca que o relatório da pasta é “um instrumento para avaliar e monitorar possíveis riscos, ou seja, não significa desabastecimento de qualquer produto”. Ao ressaltar que “não há desabastecimento de nenhuma vacina”, afirma que “o estoque tem sido suficiente para atendimento da rotina de distribuição, inclusive para aquelas vacinas adquiridas no mercado internacional”.
A pasta explicou que as projeções sobre risco de desabastecimento levam em conta “variáveis como número de fornecedores de cada produto no Brasil e no mundo, local de fabricação dos princípios ativos e dos produtos finais, restrição ao deslocamento de pessoas e mercadorias no país de origem, determinação de quarentena no local, número de casos de Covid-19 no país de origem, entre outros”. Com base nessa avaliação, o ministério diz que trabalha com fornecedores nacionais e internacionais para “garantir o fornecimento dos produtos e evitar situações de desabastecimento do SUS no futuro”.
A Espanha, por exemplo, é o segundo do mundo com mais casos notificados da Covid-19 (210 mil) e está na primeira posição em taxa de mortalidade: 446 por milhão de habitantes, segundo o boletim do Ministério da Saúde de segunda-feira. A Itália ocupa o segundo lugar em óbitos, 393 óbitos por milhão de habitantes, e terceiro em número de casos (178,9 mil). O Brasil, para fins de comparação, tem mortalidade de 12 para cada milhão de habitantes.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Caiado acerta redução de 20% das despesas com poderes

Medida foi definida após quarta videoconferência para tratar do assunto com os presidentes do Tribunal de Justiça, Assembléia Legislativa, TCE, TCM e MF? o que garante o pagamento em dia do funcionalismo
Representantes dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, além de Ministério Público, Tribunais de Contas e Defen-soria, decidiram cortar 20% de suas despesas. Com a medida, o governador Ronaldo Caiado anunciou que está garantido pagamento dos servidores em dia. "Veja o quanto a parceria e o diálogo entre os Poderes passa a ser fundamental para que a gente possa resolver os problemas; principalmente agora, em um momento de crise" enfatizou o governador, em vídeo. "É com este clima que governamos o Estado de Goiás. Com harmonia, com diálogo e com resultado para o cidadão."
Desde que foi instituída a quarentena em Goiás, por decreto em março, o governador Ronaldo Caiado tem ressaltado a necessidade de uma readequação dos gastos públicos em todo o Estado. Ele sensibilizou as autoridades para a necessidade de união e de esforço coletivo e, ontem, os chefes dos Poderes constituídos e órgãos autônomos assinaram, após a quarta videoconferência para tratar do assunto, um acordo público se comprometendo em reduzir as despesas previstas para o ano de 2020. Em suas redes sociais, o governador ainda celebrou a decisão. "Orgulhoso dessa união exemplar que ajuda Goiás a superar este momento" escreveu em mensagem no Twitter.
Na reunião virtual, foram apresentados os detalhes da redução de gastos de cada órgão ou Poder. Participaram, além do governador, os chefes do Poder Legislativo, Poder Judiciário, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Os cortes têm como objetivo adequar a realidade do Estado ao cenário econômico que se desenhou em torno do enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
O compromisso coletivo de revisão de despesas havia sido firmado durante outra video-conferência, realizada no último dia 2 de abril. Na ocasião, a Secretaria da Economia apresentou uma análise financeira que comprova a frustração da receita em face da desaceleração econômica, provocada pelo isolamento social. Tal medida foi adotada em Goiás a partir da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que a considera o método mais eficiente no controle da disseminação Covid-19.
Desde que Goiás registrou o primeiro caso de coronavírus, Caiado tem se pautado especialmente na meta de preservar a saúde dos goianos e salvar vidas. Paralelo a isso, concentra esforços na tentativa de minimizar os impactos econômicos causados pela desaceleração do comércio, indústrias e afins. Por isso, o Estado tem liberado linhas de crédito emergenciais para micro e pequenos empreendedores, além de adiar o calendário de pagamento do IPVA e impedir o corte de água, por exemplo, em caso de não pagamento durante esse período.
Outro argumento que o governador apresentou aos chefes dos demais Poderes e órgãos autônomos sobre a importância da redução de gastos diz respeito à saúde. Baseado na crescente demanda por atendimentos hospitalares observada em outros países por onde a Covid-19 se alastrou, Ronaldo Caiado tem preparado hospitais de campanha para evitar um colapso. Essa economia nas despesas, salientou, pode compensar a área da saúde. "Podemos precisar contratar mais médicos [e outros profissionais da saúde] para estar à frente do combate ao coronavírus" disse.
Além de priorizar mais recursos para a saúde, o governador também destina verbas orçamentárias para a segurança pública e educação, áreas que merecem atenção maior por parte do poder público. Em razão de medidas ousadas, os índices de criminalidade caíram em Goiás, adianta Ronaldo Caiado.
Sem o apoio da União teremos um caos financeiro" afirma Lissauer
Sensível à crise financeira enfrentada por estados e municípios em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o presidente da Assembléia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), tem demonstrado respaldo à proposta de socorro financeiro, aprovada pela Câmara Federal, que visa a reposição das perdas com arrecadação de ICMS e ISS neste ano por parte da União.
Ao contrário do que pensam outros políticos goianos, que defendem a imposição de regras de contrapartidas, o chefe do Poder Legislativo acredita que a prioridade nesse momento é preservar vidas e buscar estratégias concretas para "salvar estados que estão à beira da falência"
"A contrapartida é salvarmos vidas e sairmos dessa crise o mais breve possível. Goiás, por exemplo, já estava com o socorro da suspensão das dívidas com os bancos da União para poder sobreviver e salvar a folha de pagamento dos servidores. A partir do momento que veio a queda da arrecadação, não só do ICMS, mas ISS e outros rendimentos, os problemas que já vivemos foram acentuados. Precisamos salvar a economia do país, os empresários, os profissionais liberais, as pessoas que estão desempregadas. Não tem jeito, a crise é grande e precisamos de uma estratégia para salvar estados que estão à beira da falência',' defende o presidente da Alego.
Lissauer também reforça que os projetos que estão em apreciação no Congresso Nacional voltados para o suporte aos entes federados e municípios são a única saída para amenizar o desequilíbrio financeiro ocasionado pelos efeitos da pandemia. "Vejo que essa ajuda da União recompondo a perda de ICMS dos estados e ISS para os municípios é a única forma de diminuirmos as graves consequências financeiras enfrentadas por todos os gestores em suas administrações nesse momento.
Mesmo assim, os estados já estão perdendo, porque não é só a parada da economia, é a queda na arrecadação, e eles não sobrevivem sem essas principais arrecadações',' salienta.
O chefe do Legislativo goiano alerta ainda para um possível cenário de colapso, caso o governo federal negligencie o auxílio necessário aos estados e municípios. "Sem o apoio da União teremos um caos financeiro e econômico. A desas-sistência de serviços públicos, a dificuldade de pagar a folha dos servidores, a falta de investimentos que já vinham com muitos problemas. Agora, se os estados já tinham essa dificuldade, o que é que pode acontecer a partir do momento em que cai muito a arrecadação?',' questiona. "Isso não é uma recomposição que você fala: olha, vai aumentar e recompor o que está sendo perdido nesse momento de crise',' conclui Lissauer. Lissauer Vieira: Estado precisa de recursos da União
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A REDAÇÃO

Cardiologista alerta sobre cuidados com a pressão arterial

Goiânia – O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial será celebrado no domingo (26/4). A data foi criada há 18 anos para chamar a atenção das pessoas para os sintomas, tratamento e, principalmente, para a prevenção desta doença popularmente chamada de “pressão alta” e que começa de forma discreta, sem sinais, mas quando não diagnosticada e não tratada pode causar graves problemas.

A hipertensão ocorre quando há um aumento da pressão sanguínea nas artérias, o que pode afetar o coração, os vasos sanguíneos, o cérebro e os olhos e causar uma série de problemas, como infarto, doenças renais e acidente vascular cerebral. Na maioria dos casos, a hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada, permitindo que o hipertenso leve uma vida normal. Por isso, o Hospital do Coração Anis Rassi alerta as pessoas sobre a importância da prevenção e do controle da doença.

O médico cardiologista e diretor Administrativo do Hospital do Coração Anis Rassi, Alexandre Gabriel Rassi, observa que o tratamento da hipertensão pode incluir o uso contínuo de medicamentos ou a simples mudança hábitos de vida e de alimentação com a inclusão da prática regular de atividades físicas e a redução do consumo de sal e gordura. Quem vai definir o que é melhor para cada paciente será seu médico cardiologista.

É fundamental que os hipertensos tenham um bom acompanhamento médico, façam o controle da pressão arterial e sigam atentamente as prescrições. O uso de medicamentos, por exemplo, nunca deve ser suspenso sem autorização médica.  Em caso de dúvida, Alexandre Gabriel Rassi, orienta que o paciente deve entrar em contato com seu cardiologista, mas jamais suspender ou trocar a medicação por conta própria.

Os pacientes hipertensos também devem ficar atentos à Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que neste ano começou mais cedo em todo o Brasil. Segundo Alexandre Gabriel Rassi, a hipertensão, assim como as cardiopatias e outras enfermidades crônicas, deixa a pessoa mais vulnerável a complicações decorrentes de doenças infecciosas, por isso a vacinação é muito importante.

Atenção aos fatores de risco da hipertensão:

Envelhecimento
Estresse
Hábitos alimentares inadequados, como o consumo exagerado de sal e gordura
Histórico familiar
Obesidade
Sedentarismo
Sobrepeso
Tabagismo

Confira os principais sintomas da hipertensão:

Alteração na visão
Dor de cabeça frequente
Falta de ar
Palpitações
Tontura
Mas, cuidado: a hipertensão pode ser “silenciosa”, sem sintomas, por isso consulte seu médico regularmente e atenção a sua pressão arterial.
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Farmácias poderão aceitar assinaturas digitais em receitas de medicamentos

Goiânia – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou resoluções permitindo que farmácias aceitem receitas de medicamentos controlados e antimicrobianos com assinaturas digitais, para prevenir que pessoas tenham que deixar suas casas durante o período de isolamento social no Brasil. A compra dos remédios por um período maior também foi permitida, bem como suas entregas a domicílio.

A vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), Luciana Calil, ressalta a importância desta medida para auxiliar médicos prescritores, pacientes e farmacêuticos em meio à crise. “Essas normativas têm a intenção de reduzir a circulação de pessoas em consultório, clínicas e até mesmo no comércio e garantem que o paciente não fique sem o seu medicamento”, explica Luciana.

A vice-presidente esclarece, no entanto, que as receitas devem ser eletrônicas e conter assinaturas digitais com certificados ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira), e a farmácia deve ter dispositivos eletrônicos para verificar a autenticidade do documento no site do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação. "As receitas com assinatura digital não são receitas meramente digitalizadas, por meio de foto, por exemplo, são assinaturas criptografadas que garantem sua confiabilidade", detalha. As receitas digitalizadas, seja por foto ou scanner, são válidas apenas para medicamentos isentos de prescrição médica ou que não exigem a retenção da receita.

As farmácias podem receber as receitas com assinaturas digitais por meios eletrônicos, e-mail ou WhatsApp, e podem até fazer entrega a domicílio destes medicamentos de controle especial, desde que a farmácia receba as receitas através de arquivo eletrônico em formato  “.p7s”, “.xml” ou “.pdf”, para que o farmacêutico possa utilizar o software para conferir a autenticidade por meio do certificado ICP-Brasil. "A liberação de compra de medicamentos controlados apenas por foto da receita criaria um problema grave de saúde pública, pois tratam-se de ansiolíticos, calmantes e opioides, por exemplo, que podem causar dependência e severos efeitos colaterais", alerta Luciana.
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AGÊNCIA ESTADO

Seis dias depois de assumir a Saúde, Teich segue estudando o novo coronavírus

Brasília – Seis dias depois de ser escolhido para assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich disse que ainda está estudando a situação do novo coronavírus no País e que precisa de mais informações para agir. De concreto, não anunciou nada além do nome de seu novo "braço-direito", o secretário-executivo do ministério, general Eduardo Pazuello, que na realidade é uma escolha pessoal do presidente Jair Bolsonaro acatada por Teich. O novo ministro conheceu seu maior aliado no Ministério da Saúde só nesta segunda-feira (20/4).

Em sua primeira entrevista coletiva, Nelson Teich, voltou a repetir hoje afirmações de seu primeiro discurso. "A gente sabe muito pouco da doença", disse o ministro. "A informação sobre a doença é crítica. A impressão que eu tenho é que a gente tem que ser muito mais eficiente do que é hoje. É uma corrida contra o tempo", disse o ministro. Desde o primeiro discurso de Teich, na quinta-feira passada, até agora, os dados oficiais saltaram de 30.420 casos de contaminações para 45.757 casos nesta quarta-feira (22). São mais de 15 mil novos casos confirmados. Sobre o número de mortos, são quase 1 mil óbitos no mesmo intervalo, saindo de 1.924 mortos para os atuais 2.906 mortos.

Em uma frase de seu discurso rápido, parecia até mesmo emular os jargões usados por Bolsonaro. "A gente tem que tentar entender melhor isso aí", comentou. De raciocínio mais conciso que o de seu antecessor no ministério, Luiz Henrique Mandetta, Teich sinalizou que prepara uma "diretriz" para que Estados e municípios de todo o País comecem a executar planos de retomada das atividades e econômicas, a partir da flexibilização do isolamento social, como quer Bolsonaro. "É impossível um País viver um ano, um ano e meio parado. Um programa de saída, isso é que a gente vai desenhar e dar suporte para Estados e municípios", disse o novo ministro.

Ao mencionar o general Eduardo Pazuello, procurou fazer uma defesa do novo secretário-executivo. "Acredito que ele possa de verdade ajudar a criar um programa de crescimento compatível com a necessidade que nós temos hoje", disse. Daqui a uma semana, Teich se comprometeu em entregar as "diretrizes" do que será feito no País. O Ministério da Saúde, na prática, repassa orientações a Estados e municípios. Governadores e prefeitos têm liberdade para acatá-las ou não.

O Supremo Tribunal Federal (STF) impôs uma derrota ao Palácio do Planalto e já decidiu que prefeitos e governadores podem definir medidas de isolamento social para enfrentar a pandemia. "O Brasil é gigante e heterogêneo. Na semana que vem, estamos entregando um modelo que possa ser usado como parâmetro", disse Teich, sem dar mais detalhes sobre o assunto. "Não tem fórmula mágica. As soluções não são boas ou ruins, são bem ou mal usadas. A situação é difícil, complexa, mas com certeza temos condições de passar por ela, deixar o sistema de saúde mais forte pro pós-covid."
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PORTAL G1/GO

Pesquisadores da UFG testam respirador mecânico de baixo custo para atender pacientes com Covid-19

Segundo equipe, protótipo foi feito com orçamento de R$ 8 mil, enquanto um respirador normal custa, em média, R$ 50 mil. Outro equipamento está em desenvolvimento.
Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolvem dois protótipos de respiradores mecânicos, que vão custar bem menos do que os equipamentos convencionais, para serem usados em casos mais graves de pacientes com coronavírus, caso faltem aparelhos. Um deles já está sendo testado e passa por ajustes antes de ser reproduzido e utilizado em unidades de saúde.
"Estamos produzindo um modelo que já está em fase mais avançada e que estipulamos gastar, em média, R$ 8 mil. Enquanto um respirador industrial custa, em média, R$ 50 mil", afirma Sigeo Kitatani Júnior, professor de engenharia mecânica.
Esse primeiro equipamento, que já está finalizado, é testado por engenheiros. A partir de segunda-feira (27), o respirador deve ser avaliado por médicos. O outro equipamento ainda está em fase inicial de elaboração.
Para desenvolver os protótipos, pesquisadores se uniram no projeto denominado Pneuma, coordenado pela Escola de Engenharia Elétrica da UFG e que conta com vários profissionais da universidade. Também participam do grupo servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) e voluntários, como médicos, engenheiros mecânicos, engenheiros eletricistas e técnicos em mecânica.
Apesar do empenho da equipe, o professor afirma ainda que o trabalho tem esbarrado em dificuldades logísticas para que os ventiladores tenham condições de serem produzidos em uma escala maior. Assim, se é constatada a falta ou indisponibilidade de determinada peça, o projeto precisa ser modificado e reelaborado.
"Temos uma equipe para fazer contato com diferentes fornecedores e que verifica a todo o tempo questões como preço, prazo de entrega e quantitativos de peças que poderão ser entregues", relata.
De acordo com Sigeo, os protótipos não são equipamentos de ponta, mas são capazes de dar suporte mínimo para quem necessita de ventilação mecânica.
Até a noite de terça-feira (21), Goiás tinha 421 pessoas infectadas com a Covid-19. O último balanço da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) aponta que há 19 mortes provocadas pelo coronavírus e 7.003 registros notificados como suspeitos, que aguardavam resultado de exames.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação