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DESTAQUES
Com 67,8 mil casos, Brasil bate recorde de contágios em 24h
Recorde: Boletim aponta 3.526 novos casos de Covid-19 em 24h
Parlamentar goianiense está internado em UTI com diagnóstico de Covid-19
Bolsonaro testa positivo para Covid-19 pela quarta vez
Leitos emergenciais em Goiás podem ser expandidos
Filha de Braga Netto desiste de cargo na ANS
Adotado por planos de saúde, 'kit covid' não tem eficácia e pode prejudicar o paciente
Fiocruz avalia condições de trabalho na saúde durante a pandemia
CFM decide permitir uso de cloroquina contra casos leves da covid-19
EUA faz acordo com farmacêutica para compra de todas as vacinas contra Covid-19
Covid-19 mata mais 2 médicos
Cardiologista e sócio-fundador do Encore morre de Covid-19 em Goiânia
Estado quer testar 240 mil
Coronavírus avança mais rápido na prisão
Prefeitura de Goiânia compra 270 mil testes de RT- PCR
HC irá comprar novos 40 ventiladores pulmonares para ampliar leitos de Covid-19
ISTOÉ
Com 67,8 mil casos, Brasil bate recorde de contágios em 24h
SÃO PAULO, 22 JUL (ANSA) – O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informou nesta quarta-feira (22) que o Brasil registrou 67.860 casos de coronavírus (Sars-CoV-2) no período de 24 horas, batendo um novo recorde diário. Ao todo, existem 2.227.514 pessoas infectadas com a Covid-19, com taxa de incidência de 1.060 cidadãos por cada 100 mil habitantes. De acordo com o balanço, o Brasil soma 82.771 mortos desde o início da pandemia, com um acréscimo de 1.284 óbitos entre ontem e hoje. Até o momento, a taxa de letalidade é de 3,7%, enquanto a mortalidade é de 39,4 pessoas por cada 100 mil indivíduos em todo o território brasileiro. Os estados com maior número de vítimas da doença segue liderado pelo estado de São Paulo, que tem 20.532 falecimentos. O Rio de Janeiro continua em segundo lugar, com 12.443 mortes, seguido por Ceará (7.317), Pernambuco (6.152) e Pará (5.581).
Hoje, São Paulo registrou um novo recorde diário de casos. Nas últimas 24 horas foram confirmados 16.777 contágios de Covid-19.
O recorde anterior havia ocorrido no dia 2 de julho, quando o estado somou 12.244 casos. De acordo com o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, o recorde se deve ao aumento do número de exames que estão sendo processados no estado. "Não é piora estatística, mas maior testagem", destacou.
Com isso, o estado soma 439.446 casos confirmados do novo coronavírus e também mantém a liderança no ranking com mais contaminações. Na sequência aparecem Ceará (153.108), Rio de Janeiro (148.623), Pará (142.358) e Bahia (133.245).
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DIÁRIO DA MANHÃ
Recorde: Boletim aponta 3.526 novos casos de Covid-19 em 24h
Pelo segundo dia consecutivo Goiás bateu recorde de novos casos confirmados de Covid-19 em 24 horas. De ontem para hoje o Estado registrou 3.526 novos casos da doença e 39 mortes. O balanço atualizado nesta quarta-feira (22) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) aponta que o novo coronavírus contaminou um total de 47.515 pessoas em Goiás e ocasionou 1.193 mortes. A taxa de letalidade do vírus no estado corresponde a 2,51%. Conforme o levantamento, o território goiano registrou 15.675 curados da infecção .
O estado tem 61 mortes suspeitas em investigação e outras 655 descartadas. Além disso, o boletim mostra que 107.461 casos suspeitos estão em investigação, enquanto 47.190 foram descartados.
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Parlamentar goianiense está internado em UTI com diagnóstico de Covid-19
Em nota divulgada no final da manhã desta quarta-feira (22), a assessoria do vereador Felisberto Tavares (Podemos), afirmou que ele testou positivo para o coronavírus Covid-19 e está internado em um leito de Unidade de Terapia Intensiva ( UTI), do Hospital São Francisco, na capital.
As informações da assessoria sustentam que após sentir uma "forte falta de ar" o vereador foi internado na madrugada desta quarta-feira (22). O seu estado de saúde inspira cuidados. Segundo a nota, o quadro de saúde do parlamentar inspira cuidados, ele está com 25% dos pulmões comprometidos e respirando com o auxílio de oxigênio.
O vereador apresentou os primeiros sintomas na sexta-feira (10), estava usando medicação e isolado em casa. Já na segunda-feira (13), ele apresentou sintomas mais graves como falta de ar, fraqueza, febre e dor no corpo.
Porém, ao perceber a falta de ar o parlamentar foi internado em um hospital particular da cidade, na noite de terça-feira (21), sendo transferido para a UTI posteriormente.
A assessoria considerou ainda que familiares seguem isolados, e que dois assessores da equipe de Felisberto também testaram positivo para Covid-19, mas seguem com sintomas leves e em isolamento.
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Bolsonaro testa positivo para Covid-19 pela quarta vez
O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) divulgou no dia 7 de julho que estava com Covid-19, e fazendo o tratamento com o uso da Hidroxicloroquina , no entanto nesta quarta-feira (22), Bolsonaro testou positivo para a doença pela quarta vez, desde que divulgou que foi infectado pelo novo coronavírus.
Depois dos exames que constaram a infecção no dia 7, o presidente foi submetido a um segundo exame médico no dia 15 e a um terceiro no dia 18 de julho, onde os resultados também apontaram a presença do novo coronavírus no organismo de Bolsonaro.
O quarto exame médico do presidente foi feito na última terça-feira (21) e o resultado divulgado hoje. Durante esse período, Bolsonaro está isolado e segue despachando de forma virtual.
Após o segundo teste dar positivo, Bolsonaro apareceu em uma live no Facebook na qual confirmou o resultado do exame, mesmo com a Secretaria de Comunicação desmentindo ele no dia seguinte.
No entanto no vídeo em que confirma que o resultado para o segundo exame foi positivo, o presidente fala sobre o medicamento que vem usando para o tratamento. Na ocasião Bolsonaro diz que não recomenda medicamento nenhum e pede para que o cidadão procure o médico, e alega que não faz campanha para a Hidroxicloroquina.
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Leitos emergenciais em Goiás podem ser expandidos
Além da expansão de leitos nas redes particular e pública, Ismael Alexandrino destaca a realização de testes em massa com apoio da Fiocruz para combater o pico da doença em Goiás previsto para os próximos dias
Pelas projeções dos pesquisadores da UFG, Goiás enfrentará nos próximos dias uma fase aguda da pandemia de coronavírus, com aumento de casos e óbitos pela Covid-19. Em entrevista ontem ( 22) a TV Brasil Central, o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, comentou as medidas que o Estado vai adotar nesse período.
Durante a entrevista, o último boletim epidemiológico da SES mostrava Goiás com mais de 46 mil casos e 1.193 mortes causadas pelo novo coronavírus. Os índices de ocupação de leitos de UTI e enfermaria voltados ao tratamento da doença também seguem em alta, com a capacidade já esgotada na rede privada e em 84% de ocupação na rede pública.
Segundo o secretário Alexandrino, apesar desse crescente aumento na ocupação de leitos hospitalares, tanto a rede pública quanto a particular estão aptas a ampliar esses atendimentos emergencialmente.
"A rede privada destina parte de sua capacidade de Unidade de Terapia Intensiva para Covid em cerca de 15%, mas eles têm capacidade de transformar leitos não Covid em leitos Covid, assim como nós também. Mas é fato que estamos vivendo uma grande pressão nos sistemas de saúde, com aumento no número de casos e internações"," disse Ismael Alexandrino.
Testes
Outra medida que a Secretaria Estadual de Saúde iniciou ontem, informou Alexandrino, é uma grande testagem de coronavírus na população, que começará por Goiânia e deve abarcar 240 mil pessoas em 78 municípios. Os testes do tipo PCR serão organizados por um aplicativo em que a pessoa se cadastra e é remetida a um posto de saúde mais próximo para realizar o teste.
Os testes serão realizados em parceria com a Fiocruz, que processará os resultados. Segundo Alexandrino, o cidadão receberá o resultado do teste pelo próprio aplicativo em seu celular. O secretário terminou informando a doação, pela Receita Federal, de um carregamento de kits de teste rápido para a Covid que havia sido apreendido. O material será destinado para testar internos dos sistemas socioeducativo e prisional do estado
Goiás e Brasil voltam a bater recorde de casos
Pelo segundo dia consecutivo Goiás bateu recorde de novos casos confirmados de Covid-19 em 24 horas. De terça para quarta o Estado registrou 3.526 novos casos da doença e 39 mortes. O balanço atualizado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) aponta que o novo coronavírus contaminou um total de 47.515 pessoas em Goiás e ocasionou 1.193 mortes. A taxa de letalidade do vírus no estado corresponde a 2,51%. Conforme o levantamento, o território goiano registrou 15.675 curados da infecção. Os dados se referem à vários dias devido a instabilidade no sistema.
O estado tem 61 mortes suspeitas em investigação e outras 655 descartadas. Além disso, o boletim mostra que 107.461 casos suspeitos estão em investigação, enquanto 47.190 foram descartados.
Goiânia
A capital registrou ontem, em 512 bairros, um total de 11.853 casos e 346 óbitos. 10.559 pessoas se recuperaram da doença. Os bairros com mais casos atualizados no boletim da última segunda-feira são: Setor Bueno (519), Setor Oeste (319), Jd. Guanabara (307), Jardim América (293) e Jd. Novo Mundo (228).
Brasil
O Brasil registrou 1.284 novas mortes por covid-19 no balanço de 24 horas, elevando o total de óbitos pela doença a 82 771, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde ontem.
De terça para quarta-feira, o País registrou 67.860 novos casos de covid-19, mais um recorde diário de confirmações da doença, superando o anterior, registrado em 19 de junho, quando foram contabilizados 54.771 casos do novo coronavírus. Com isso, o número de infectados chegou a 2.227.514. Desse total, 1.532.138 (68,8%) correspondem aos recuperados e 612.605 (27,5%) ainda em acompanhamento
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VEJA
Filha de Braga Netto desiste de cargo na ANS
Agência confirmou que a filha do general tomou decisão de não seguir com o processo de contratação
Diante da repercussão negativa da sua possível contratação para um cargo técnico na ANS, Isabela Braga Netto, filha do ministro da Casa Civil, desistiu do emprego no órgão estatal.
Há pouco, o Radar mostrou que o ministro da Casa Civil foi aconselhado por colegas de governo a recuar da indicação da filha ao governo, diante da crise aberta pelo possível favorecimento familiar na máquina pública.
O Radar revelou no sábado o aval da Casa Civil para que a própria filha do ministro ocupasse um cargo de 13.000 reais na ANS.
A indicação de Isabela para um cargo de gerência numa diretoria da agência provocou reações de contrariedade e desconforto no órgão. Tudo porque ela, além de ser filha do chefe da Casa Civil, não tinha formação na área para o cargo indicado. Formada em Relações Públicas, Isabela seria empregada na Gerência de Análise Setorial e Contratualização com Prestadores.
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REDE BRASIL ATUAL
Adotado por planos de saúde, 'kit covid' não tem eficácia e pode prejudicar o paciente
POR FELIPE MASCARI
Em debate realizado na manhã desta quarta-feira (22), especialistas criticaram hospitais privados e planos de saúde que têm ministrado o chamdo "kit covid" para tratamento da doença causada pelo novo coronavírus. A receita inclui medicamentos como cloroquina (e seu composto, a hidroxicloroquina), ivermectina e azitromicina, e tem sido aplicada em casos suspeitos ou confirmados de covid-19. Sem eficácia comprovada, os remédios podem causar efeitos colaterais graves aos pacientes.
O debate sobre a eficácia do coquetel de medicamentos foi realizado pela Ciência USP . Frederico Fernandes, doutor em pneumologia e médico assistente no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explicou que a criação sobre o "kit covid" é mais político do que técnico.
O especialista é defensor da autonomia dos profissionais da saúde, mas explica que as entidades médicas precisam apresentar aos seus integrantes notas técnicas sobre a não eficácia daqueles medicamentos contra a covid-19.
"A Associação Médica Brasileira soltou um comunicado absolutamente político acusando os médicos de 'torcerem pelo vírus'. Eles disseram defender a autonomia do médico, mas não é verdade. Quando estou informado sobre risco-benefício e sei que o risco é maior, o que eu faço é imprudência. Então, erro médico não é autonomia", afirmou
Na última segunda-feira (20), a AMB defendeu, por meio de uma nota oficial , a autonomia do médico em relação à prescrição da hidroxicloroquina como forma de combate à covid-19. A associação ainda pediu o fim do que chamou de "politização sobre o medicamento", que não tem eficácia comprovada para o combate do novo coronavírus.
Danos aos pacientes
Frederico explica que o kit é composto por medicamentos indicados para outras doenças, o que significa que pode não ser seguro para o tratamento da covid-19. Ele relata diversos casos de pacientes com quadros graves de arritmia cardíaca após tomarem a hidroxicloroquina.
"O paciente com covid mais idoso pode ter problema cardiovascular e, com uma infecção viral aguda, tudo isso pode levar à arritmia. A gente desconhece a segurança no contexto da covid. Esses kits têm estimulado também o uso precoce de corticoides, o que pode levar à replicação viral", explicou.
Izabella Pena, pesquisadora no Whitehead Institute, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston-EUA, criticou especialmente a presença da ivermectina no "kit covid". Segundo ela, o uso do medicamento é baseado num estudo australiano que não passou do teste pré-clínico.
"É uma evidencia in vitro , ou seja, fora dos seres vivos. Além disso, foi feita com uma dosagem impossível de circular no sangue do ser humano. Já tem estudos mostrando efeitos colaterais dessa dosagem da ivermectina, como a morte de células. A cloroquina tem mais de 200 testes e a maioria são fúteis, com ensaios científicos sem controles e inúteis. Portanto, você vê vários compostos sendo testados com baixa capacidade de funcionar", aponta.
Negacionismo?
O kit tem sido distribuído por diversos hospitais privados e planos de saúde do país. No começo de julho, a Prevent Senior, por exemplo , enviou aos pacientes com suspeita de coronavírus um "kit covid" com hidroxicloroquina e azitromicina, mesmo sem que o paciente tivesse testado positivo para a infecção.
O pneumologista do Hospital das Clínicas acrescentou que houve casos de pessoas que, apesar de terem tomado os remédios do "kit", tiveram o quadro de covid-19 agravado. Alguns faleceram. A única medida com percentual de eficácia aceitável, segundo ele, é o acesso à unidade de terapia intensiva (UTI) feita de forma adequada.
"Quando insistimos no isolamento e máscara, é para evitar o excesso de casos e superlotar a UTI, que é o único recurso que salva vidas. Há o uso político desse kit para (o governo) não (investir em) ampliar o número de leitos ou desvalorizar o distanciamento social. Apontar para uma cura fácil tem o objetivo de intervir menos politicamente, o que vai levar mais pessoas à morte", afirmou Frederico.
Já Luis Claudio Correia, diretor do Centro de Medicina Baseada em Evidências da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana), apontou que a prescrição desses medicamentos sem eficácia comprovada é apenas um reflexo da sociedade.
"A decisão baseada em crença faz parte da sociedade. O pensamento baseado no ceticismo, que é um pilar da ciência, não é habitual. Não vai existir medicina baseada em evidência enquanto não houver a sociedade baseada nisso", disse.
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AGÊNCIA BRASIL
Fiocruz avalia condições de trabalho na saúde durante a pandemia
Estudo mostrará realidade de profissionais em ação na linha de frente
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou, nesta quarta-feira (22), a pesquisa Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil. O estudo vai mostrar de realidade de cerca de 1 milhão de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam na linha de frente no combate à doença provocada pelo novo coronavírus.
O objetivo é compreender o ambiente e a jornada de atividade, o vínculo com a instituição, a vida do profissional na pré-pandemia e as consequências do atual processo de trabalho, envolvendo aspectos físicos, emocionais e psíquicos desse contingente de trabalhadores.
A coordenadora do estudo, Maria Helena Machado, destaca, no momento atual, denúncias e relatos de profissionais que se dizem em situação de precarização do vínculo de trabalho, com salários atrasados, insegurança e sobrecarga de trabalho, causam estresse e outras doenças, além de desgastes físicos e psíquicos. Conhecer a realidade desse profissional contribuirá para o direcionamento de ações, estratégias e políticas públicas que promovam a melhoria das condições de trabalho das categorias atuantes no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. A participação dos profissionais é muito importante para delinearmos o cenário atual", diz a a pesquisadora da Fiocruz.
O preenchimento do questionário, que será respondido online , leva de 10 a 15 minutos, e o participante terá a identidade preservada.
As profissões com maior número de registros dentre os casos confirmados de síndrome gripal por covid-19 foram técnicos e auxiliares de enfermagem (62.633), seguidos dos enfermeiros (26.555) e médicos (19.858).
No universo da pesquisa, a distribuição dos óbitos se deu da seguinte forma: técnicos e auxiliares de enfermagem (64), médicos (29) e enfermeiros (16). Foram contabilizadas cinco mortes de fisioterapeutas.
O Sistema Único de Saúde (SUS), com mais de 200 mil estabelecimentos de saúde (ambulatorial ou hospitalar), dispõe de cerca de 430 mil leitos e emprega diretamente mais de 3,5 milhões de profissionais da saúde, dos quais 2 milhões são médicos e integrantes das equipes de enfermagem.
Na linha de frente, o universo da pesquisa abarca médicos (intensivista, infectologista, pneumologista, radiologista, clínico, cirurgião geral, anestesista, patologista, generalistas); equipes de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) e fisioterapeutas (cardiorrespiratórios), que cuidam da atenção primária em saúde e na rede hospitalar de referência em covid-19 em todo o país.
Além das entidades profissionais, como os Conselhos Federais de Enfermagem e de Medicina, são coparticipantes da pesquisa outras instituições como o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará, o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais, a Universidade Federal do Amazonas, a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, a Universidade Estadual Vale do Acaraú e a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente.
A pesquisa tem ainda apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva e da Associação Brasileira de Medicina de Urgência.
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AGÊNCIA ESTADO
CFM decide permitir uso de cloroquina contra casos leves da covid-19
Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, entusiasta do tratamento contra a covid-19 com cloroquina e hidroxicloroquina, o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou nesta quinta-feira, 23, a permissão para uso de medicamentos com estas substâncias a pacientes com casos leves. O presidente do CFM, Mauro Ribeiro, reuniu-se com Bolsonaro ainda pela manhã.
Apesar de reconhecer que não há ainda comprovação de segurança e eficácia do tratamento, a entidade afirma que a liberação ocorre devido à excepcionalidade da pandemia.
O CFM passou a livrar de infração ética médicos que prescrevem a droga em três situações. A primeira é para caso de paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue) e exista diagnóstico confirmado de COVID 19.
Também é autorizado uso para pessoas com sintomas importantes , mas que ainda não estão sob cuidados intensivos ou internadas.
No último cenário possível, o paciente pode receber a droga se estiver em estado crítico, recebendo cuidados intensivos, incluindo ventilação mecânica.
O parecer do CFM, porém, ressalta que é difícil imaginar que em pacientes com lesão pulmonar grave estabelecida e, na maioria das vezes, com resposta inflamatória sistêmica e outras insuficiências orgânicas, a hidroxicloroquina ou a cloroquina possam ter um efeito clinicamente importante .
Sem comprovação
Em todos os casos, o médico deve explicar ao paciente que não há, até o momento, comprovação de benefícios do uso da droga contra o novo coronavírus. Também deve orientar sobre efeitos colaterais. Para liberar a prescrição, será assinado pelo paciente ou familiares, se for o caso, um termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Na prática, os médicos já receitavam, se julgassem necessário, estes medicamentos para casos leves da doença. O que muda, agora, é que existe respaldo do CFM de que, nestas circunstâncias, não será cometida uma infração ética pelo médico prescritor.
A entidade médica, porém, não autoriza a aplicação da droga como forma preventiva, para pessoas sem sintomas ou sem confirmação da covid-19.
O posicionamento é que não existe nenhuma evidência cientifica forte que sustente o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19. É uma droga amplamente utilizada para outra doenças, já há 70 anos, mas em relação ao tratamento da covid não existe nenhum estudo, nenhum ensaio clínico prospectivo randomizado feito por grupos de pesquisadores de respeito com trabalhos publicados em revista de ponta , disse o presidente do CFM, Mauro Ribeiro, ao deixar a reunião com Bolsonaro.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, também participou da reunião com o presidente. Bolsonaro é um entusiasta do tratamento com a cloroquina e já reclamou sobre postura mais cautelosa do Ministério da Saúde em relação à droga. A pasta recomenda a aplicação apenas para pacientes internados, mas sempre reconheceu que médicos, assumindo a responsabilidade, podem prescrever para outros casos.
Ribeiro, do CFM, ressaltou que a entidade não recomenda o uso da droga, mas libera a prescrição a critério do médico, dentro da sua autonomia profissional, em decisão compartilhada com o paciente .
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EUA faz acordo com farmacêutica para compra de todas as vacinas contra Covid-19
Governo americano vai desembolsar um total de US$ 1,95 bilhão por 100 milhões de doses
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | Foto: Reprodução
Caso a vacina desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech seja aprovada pela Agência de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês), todas as doses produzidas serão compras pelos estados Unidos. O acordo foi selado nesta quarta-feira, 22.
O governo americano fez um pedido inicial de 100 milhões de doses e vai desembolsar um total de US$ 1,95 bilhão por elas. As empresas informaram que não devem conseguir produzir mais do que isso neste ano. O acordo também prevê a entrega de até 600 milhões de doses aos norte americanos ao longo de 2021.
“Estamos satisfeitos por termos assinado este importante acordo com o governo dos EUA para fornecer as 100 milhões de doses iniciais após a aprovação pelo FDA”, afirmou o CEO da BioNTech, Ugur Sahin.
Pfizer e BioNTech planejam produzir 100 milhões de doses até o final de 2020 e “potencialmente” mais de 1,3 bilhão de doses até o final de 2021 o que deve ser entregue ao restante do mundo. (Com informações de Estadão)
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DAQUI
Covid-19 mata mais 2 médicos
CARDIOLOGISTA MORTO NÃO TINHA COMORBIDADES. OUTRA MORTE FOI EM GOIANÉSIA
Mais dois médicos perderam a vida em Goiás por conta de complicações da Covid-19, doença provocada pelo novo corona-vírus. Ontem, cardiologista e sócio-fundador do Grupo Encore,
Márcio Alves da Silva morreu, aos 66 anos. Ele, que dedicou mais de 22 anos ao grupo hospitalar, não tinha comorbidades, praticava atividades físicas, mas evoluiu com um quadro de inflamação, insuficiência renal e hepática. Por cerca de 30 dias, lutou contra o Sars-CoV-2. Ele estava internado no Encore, em Goiânia.
"Austeridade e disciplina militar sempre foram suas marcas. Desafortunadamente, o amigo nos deixou, de cabeça erguida e legado sólido, nos ensinando até o último dia a coexistência da força e determinação de um guerreiro infante com a fragilidade da vida humana", diz o diretor presidente do grupo, Maurício Lopes Prudente, em nota.
Compartilhada nas redes sociais do Grupo Encore, a nota de pesar diz ainda que o exemplo de Márcio fica bem como o reconhecimento de todos que usufruíram do seu convívio.
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) também emitiu nota de pesar sobre a morte. "Com grande pesar, o Cremego informa o falecimento do médico cardiologista Márcio Alves da Silva (CRM/GO 3.989). O Cremego se solidariza com a família, os amigos e os médicos goianos neste momento de dor".
GOIANÉSIA
Na tarde de terça-feira, quem morreu foi o médico Flávio Fialho, de 49 anos, que trabalhava como plantonista no Hospital Estadual de Jaraguá. O profissional da saúde estava internado em um hospital particular de Goianésia, onde morava, e foi a 13a morte contabilizada na cidade em decorrência da Covid-19. Flávio teve complicações renais, passou por hemodiálise e sofreu uma parada cardíaca.
O governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) emitiu uma nota de pesar em suas redes sociais e solidarizou-se com a família. "Perdemos mais um profissional da saúde para a Covid-19. Em minha última visita à cidade [Jaraguá], em maio deste ano, estive com o dr. Flávio na unidade. Um médico competente e que, com certeza, fará muita falta aos seus familiares, amigos e pacientes. Deixo, aqui, a minha solidariedade e peço a Deus que conforte o coração de todos neste momento de dor."
Logo após a morte, colegas de trabalho da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Goianésia e do Hospital Municipal da cidade prestaram homenagens a Flávio em um vídeo compartilhado no Facebook.
O Cremego também emitiu nota de pesar e disse se solidarizar com a família, os amigos e os médicos goianos neste momento de dor. Pelo Instagram, a prefeitura de Goianésia classificou a perda como irreparável.
CASOS
Boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), da tarde de ontem, mostra que 2.620 profissionais de saúde contraíram o coronavírus. Destes, 371 são médicos. A maioria, 1.121, trata-se de técnicos ou auxiliares de enfermagem. O boletim da Secretaria Municipal de Goiânia mostra que, até a tarde de ontem, eram 1.203 profissionais de saúde contaminados, sendo 10 mortes.
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O HOJE
Cardiologista e sócio-fundador do Encore morre de Covid-19 em Goiânia
Nielton Soares
Morreu nesta quarta-feira (22), o cardiologista e sócio-fundador do Grupo Encore, Márcio Alves da Silva, de 66 anos, por decorrência da Covid-19. O médico não tinha comorbidades, praticava atividades físicas, porém a doença avançou para um quadro de inflamação, insuficiência renal e hepática, que durou cerca de 30 dias.
O profissional dedicou mais de 22 anos ao grupo hospitalar, onde ficou internado para tratamento da Covid-19. O diretor-presidente do grupo, Maurício Lopes Prudente, por nota nas redes sociais do hospital, lamentou a morte de Márcio. "Austeridade e disciplina militar sempre foram suas marcas. Desafortunadamente, o amigo nos deixou, de cabeça erguida e legado sólido, nos ensinando até o último dia a coexistência da força e determinação de um guerreiro infante com a fragilidade da vida humana", escreveu.
O texto destaca ainda a atuação do médico e o convívio dele com todos. "Muitas lições aprendemos juntos e outras tantas ainda aprenderemos, pois seu exemplo não evanesce com a matéria que ora nos deixa. Muito antes, se fortalece com a batalha final que enfrentou aguerrido ao lado de sua família".
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), também por nota, homenageou Márcio e solidarizou com familiares e amigos do médico. Com grande pesar, o Cremego informa o falecimento do médico cardiologista Márcio Alves da Silva (CRM/GO 3.989). O Cremego se solidariza com a família, os amigos e os médicos goianos neste momento de dor.
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O POPULAR
Estado quer testar 240 mil
Dados do Bem Como vai funcionar o app para testagem de 240 mil goianos Pl6
Governo inicia aumento de testagem, a partir de programa via aplicativo de celular, e prevê que quase 4% da população de Goiás possa realizar exames para o novo coronavírus até o fim do ano
Cerca de 240 mil pessoas que moram em Goiás devem passar pelo exame RT/PCR para verificar a infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) até o fim do ano pela estimativa da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). De acordo com o secretário da pasta, Ismael Alexandrino este quantitativo é para uma projeção de até 5% da população, o que é considerado, por ele, como um padrão excelente de testagem. A principal estratégia para atingir este número, a partir de agora, é o rastreamento das pessoas infectadas.
Isso se dará a partir de um aplicativo, chamado "Dados do Bem", que os goianos podem ter no aparelho celular, no qual responderão um questionário que é uma triagem para a realização de um exame. Ou seja, aquele que tiver sintomas característicos da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, ganhará um voucher (tíquete) para ir a um local definido pelas prefeituras para passar pelo exame. Além disso, a pessoa indicará até cinco conhecidos que convivem com ela para também receber o voucher.
"O aplicativo é para todos que quiserem fazer o uso, todos podem usar e responder. É o aplicativo que vai fazer a triagem para definir quem deve fazer o exame ou não", explica Alexandrino. O governador Ronaldo Caiado (DEM) reforça que o voucher vai ser dado para quem tiver sintomas da doença no momento, já que o tipo de teste indica exatamente se a pessoa está contaminada. Caiado lembrou também que o Estado figurava entre os que menos faziam testes na população.
Para o governador, isso ocorre porque não houve política de testagem em massa com o exame sorológico, que indica a presença dos anticorpos da doença e não o vírus em si. "Quando começou isso eu pedi que quem tivesse vendendo trouxesse amostras para a gente. Mandamos para o Laboratório Central de Saúde Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen) e verificou-se que 30% dos resultados deram falso negativo", diz. Para Caiado, agora, com os exames RT-PCR vai ser possível "fazer o teste certo".
Ele entende que com a participação das pessoas pelo aplicativo vai ser possível mudar a estratégia de combate ao vírus. "Antes a gente estava correndo do coronavírus, agora a gente vai atrás dele. Vamos ter o mecanismo certo para rastrear, é algo palpável, sem teste aleatório. O aplicativo encaixa nisso, é o mecanismo certo." Goiás é o segundo Estado a participar do programa, que é uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto D´ or. As entidades são responsáveis por ceder os kits de exames e fazer as análises dos resultados.
Atualmente, os exames feitos no Estado atingem uma média de 250 a 400 testes por dia, pelo Lacen, em Goiânia. Com a participação do aplicativo, a primeira estimativa é que, em uma semana, essa média vá a entre 500 e mil testes. A intenção é que, gradativamente, possa se chegar a 4 mil testes processados por dia. No entanto, ainda não há um prazo para que isso se estabeleça, já que vai depender da adesão da população ao aplicativo, que é completamente gratuito, já que nada é cobrado para baixar e ele também não consome os dados de internet.
A outra ponta do acordo é com as prefeituras. Num primeiro momento, o Estado definiu 78 municípios para aderir ao projeto, que foram aqueles em pior situação epidemiológica (mais casos e óbitos por Covid-19) e também cidades turísticas, que geram movimentação de pessoas de outros locais. As administrações municipais devem assinar um termo de adesão e ofertar um local para a realização dos exames, além de pessoal para fazer a coleta do material do paciente.
Até então, a parceria está firmada com Goiânia, onde os exames serão feitos em três locais, além do Hospital de Campanha (HCamp) do Estado, na capital. A previsão do Estado é que o projeto seja iniciado também em Anápolis ainda esta semana. Os demais municípios ainda não responderam à adesão, que foi encaminhada nesta quarta-feira (22) às prefeituras. A secretária municipal de Saúde da capital, Fátima Mrue, afirma que o aplicativo vem para contribuir no combate da doença e estima que, só na capital, se tenha mais de 300 a 500 testes por dia com o programa.
Aplicativo vai gerar mapeamento dos casos confirmados em Goiás
Uma das possibilidades de obtenção de dados a partir do uso do aplicativo Dados do Bem pela população goiana é a criação do mapeamento dos casos confirmados no Estado.
O secretário da Secretaria-Geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, explica que os casos confirmados pelos testes RT-PCR realizados pelo aplicativo são colocados pelo endereço de quem testou positivo, mas não é informada a identidade das pessoas. "É possível ver até se tem um caso positivo em uma rua, por exemplo", diz.
A ideia, segundo Lima, é que isso possa indicar informações para a realização das políticas públicas de contenção da doença e verificação dos focos. Até a tarde desta quarta-feira, cerca de 7 mil moradores de Goiás já tinham feito o cadastro no aplicativo.
Como teste, o secretário mostrou a situação no entorno da Praça Cívica, que apareceu como um local de baixo risco. "Isso ainda não dá para confirmar, porque poucas pessoas ainda se cadastraram. Até por isso a ideia é que todos possam se cadastrar e fazer o questionário, mesmo quem não está nas cidades escolhidas neste momento." O governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que a intenção é que todos os municípios possam aderir ao projeto ao longo dos dias.
Rocha Lima contou também que o Estado quer que, em pouco tempo, todos os exames realizados sejam a partir do aplicativo, justamente para garantir os dados e fomentar as políticas públicas. As informações do aplicativo são repassadas em tempo real para a secretaria de Saúde.
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Coronavírus avança mais rápido na prisão
Em julho, o número de casos da Covid-19 subiu 97% nas unidades prisionais e 76% no Estado. Ministério Público Estadual afirma que a condição representa ameaça à saúde pública
Ambientes fechados, superlotados e historicamente negligenciados. O novo coronavírus (Sars-CoV-2), causador da Covid-19, encontrou nos presídios goianos – assim como em todo o País – o ambiente ideal para proliferação. O resultado é que a velocidade de transmissão da doença (que já matou mais de 1,1 mil em Goiás) é muito maior dentro do sistema prisional que fora dele. Em julho, o número de casos subiu 97% nos presídios e 76% no Estado.
Segundo dados da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), até o fim da tarde da última terça-feira (21), havia 365 casos positivos para o coronavírus nos presídios goianos. Em 30 de junho, eram 164. Entre os profissionais que trabalham em uma das 120 unidades, foram diagnosticados 164 casos, uma alta de 60% em relação ao fim de junho, quando havia 64 confirmações. Até agora, três pessoas relacionadas com o sistema morreram: dois presos e um profissional.
Nesse mesmo período, Goiás saltou de 24,9 mil casos para 43,9 mil. O número de mortes foi de 491 para 1.154 (135% a mais). Conforme a Secretaria Estadual da Saúde, julho deve ser o mês com o pico de casos de Covid-19 no Estado. Portanto, é o pior momento da pandemia desde o início.
Testes
O promotor de Justiça Marcelo Celestino, que tem acompanhado a evolução da Covid-19 nos presídios desde o início da pandemia, acredita que os números podem ser ainda maiores. Isso porque a quantidade de testes entre os presos é insuficiente. De acordo com a DGAP, até terça-feira haviam sido testados 996 presos. "Só no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, temos cerca de 4,5 mil presos fechados", afirma. A estimativa é que há mais de 20 mil pessoas cumprindo pena em Goiás, em todos os regimes.
"Os presídios são a bomba para a Covid-19, tanto em casos quanto em mortes", afirma Celestino. O promotor solicitou à Secretaria Estadual de Saúde que sejam enviados 4 mil testes para a população carcerária. Até o final desta edição, contudo, a SES não havia confirmado a data em que providenciaria o material. "Tenho certeza que o número de casos vai explodir", diz o promotor, que é da 25ª Promotoria de Justiça.
Presidente da Comissão de Direito Penitenciário da seção goiana da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcelo Bareato aponta outro problema: o tempo entre a coleta de material e o resultado dos testes chega a ser de 15 dias, em algumas situações. Em um sistema que chega a ter 40 presos por cela, segundo o advogado, o isolamento é virtualmente impraticável. "Muitos dos presos ficam em enfermarias enquanto aguardam o resultado", diz.
A estimativa do promotor se baseia em um fato concreto. Celestino conta que 137 presos do Módulo de Respeito, onde ficam presos que trabalham em uma indústria de vestuário, foram testados. O resultado foi que 130 tiveram contato com o coronavírus, segundo o promotor.
Documento que tramitou entre 12 e 20 de maio mostra que a Gerência de Produção Agropecuária e Industrial deu início ao processo para aquisição de material suficiente para confecção de 450 mil máscaras de TNT, 64 mil de tecido e 5 mil aventais. Porém, o processo foi cancelado pela Gerência Geral da DGAP com o argumento da ausência de caracterização de urgência para dispensa de licitação e de ausência de parâmetros técnicos. O despacho diz, ainda, que haviam sido distribuídas 513 máscaras N95, 16 mil máscaras cirúrgicas e 102 mil máscaras de produção própria.
Maxwell afirma que "é mais fácil um policial penal transmitir a Covid-19 para um preso que pegar dele". Segundo ele, só nas duas unidades de Anápolis há 42 servidores afastados por causa da doença. Em todo o Estado, ele calcula que entre 25% a 30% estão de licença médica.
DGAP afirma que adota medidas
Por meio de nota, a Gerência de Assistência Biopsicossocial (Geab) da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) diz que tem testado os presos que apresentam sintomas da Covid-19, "com o devido cuidado".
Além disso, segundo o texto, "é realizada também a busca ativa, com rastreamento dos casos na população carcerária, aferição de temperatura e dos níveis de saturação de oxigênio no sangue do detento".
A DGAP afirma que busca com a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) a aquisição de novos kits de testes de Covid-19. "A testagem em massa dos servidores penitenciários para diagnóstico da doença faz parte de um inquérito epidemiológico realizado pela Secretaria Estadual de Saúde, por meio de kits distribuídos pelo Ministério da Saúde. Todos os servidores das forças de segurança estão realizando os exames, de acordo com cronograma estabelecido por cada instituição e corporação", afirma a nota.
O órgão garante, ainda, que "em relação ao fornecimento de álcool e máscaras (…) não há falta dos itens aos servidores, tendo inclusive estoque desses materiais".
Fora do trabalho
Contudo, " no que tange à população carcerária, a distribuição das máscaras ocorre quando os custodiados estão fora das celas, em trabalho externo ou em descolamento fora das unidades prisionais, momentos em que passam também pela higienização adequada com o uso de álcool, antes de adentrarem novamente à carceragem".
A nota informa que "a DGAP possui em estoque 3.328 litros de álcool 70, 2.700 máscaras de tecido, 76 mil máscaras de tecido ninja, 151 mil máscaras descartáveis e 14 mil máscaras N 95, totalizando 243.700 delas".
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JORNAL OPÇÃO
Prefeitura de Goiânia compra 270 mil testes de RT- PCR
Por Lívia Barbosa
Serão 100 mil testes para testagem de pessoas que procuram as unidades de saúde com sintomas da Covid-19 e 170 mil testes de PCR rápido para testagem em massa da população
A Prefeitura de Goiânia comprou mais 270 mil testes para detectar o novo coronavírus (SARS-CoV-2). São 100 mil testes de RT-PCR tradicional e 170 mil testes de RT-PCR rápido, tecnologia recém chegada no Brasil que detecta o antígeno viral a partir da mucosa naso-orofaringe.
“Vamos usar o PCR tradicional para testar as pessoas com sintomas da Covid-19 que procuram as unidades de saúde do município e o PCR rápido para uma testagem maciça da população em estruturas como tendas e drive thru. Os pacientes que estiverem sintomáticos em casa e seus contatos também serão testados”, explica a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué.
A previsão é de que os 270 mil testes já estejam disponíveis na próxima semana
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HC irá comprar novos 40 ventiladores pulmonares para ampliar leitos de Covid-19
Por Fernanda Santos
Hospital informou que aquisição irá possibilitar o atendimento ao maior número possível de pacientes, diante do número crescente de casos observados em outros municípios e já percebidos em Goiânia
O HC pretende adquirir 40 novos ventiladores pulmonares para o tratamento de pacientes com pulmão comprometido pela Covid-19. Os novos aparelhos serão comprados para implementar a quantidade de leitos e a capacidade de atendimento aos pacientes acometidos pelo novo coronavírus no hospital.
Em razão do Estado de Emergência de Saúde Pública, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UC-UFG), por meio da lei nº 13.979/2020, conseguiu a dispensa de licitação para a aquisição de novos respiradores. Com isso, a unidade de saúde abriu seus canais para que fornecedores apresentassem suas propostas comerciais até o final da tarde da última terça-feira, 21, com previsão de entrega dos equipamentos em no máximo 60 dias, após a assinatura de contrato.
Ao Jornal Opção, a assessoria do HC informou que, além da aquisição dos ventiladores [que ainda estão em fase de negociação], o hospital também contratou novos profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e outros e, com isso, serão abertos dez novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para Covid-19. E, também, que apesar de unidades de saúde em Goiânia sofrerem com a escassez de médicos e remédios, o HC ainda não passa pelo mesmo momento.
De acordo com o termo de referência do HC, “a quantidade de pacientes que necessitam de tratamentos e cuidados intensivos pode aumentar rapidamente, como está sendo observados em outras grandes cidades do país e do mundo”. Alerta que o Hospital “faz parte do Sistema Único de Saúde e das políticas públicas de atendimento à população, e que está já começando a receber pacientes com suspeita de coronavírus, cujos quadros de saúde podem se agravar”. Assim “é necessária aquisição imediata desses equipamentos, de forma a possibilitar o atendimento ao maior número possível de pacientes”.
A assessoria também relatou como tem sido o atendimento nas últimas semanas com o crescimento dos casos. “O aumento dos casos tem seguido a curva epidemiológica mostrada pela Secretaria de Saúde, tanto moderada como grave”, disse. “A maioria dos pacientes tem evoluído bem e se recuperando (aproximadamente 90%)”, informou.
Segundo o termo, o critério de julgamento para a compra será o de menor preço e o pagamento será efetuado somente após a entrega do material no prédio do HC.
Entre as exigências do hospital para a compra, está a funcionalidade total dos aparelhos e softwares plenamente licenciados, sem restrições de funções ou tempo de uso; manuais originais impressos em português; registro na Anvisa; treinamento operacional com carga mínima de 16 horas e agendado previamente no setor de Engenharia Clínica, dentre outras.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação