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DESTAQUES
• Laboratório é multado por descartar material hospitalar em parque de Aparecida de Goiânia
• Aumentam processos por falha médica em Goiás
• Mulher falou com amiga sobre uso de anabolizantes antes de morrer
• Em obras, Hospital Municipal de Aparecida promete ser referência na Saúde de Goiás
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Laboratório é multado por descartar material hospitalar em parque de Aparecida de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/laboratorio-e-multado-por-descartar-material-hospitalar-em-parque-de-aparecida-de-goiania/4757595/
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O HOJE
Aumentam processos por falha médica em Goiás
A estudante, Barbara Eugênia Silva Rodrigues, 22, tinha 11 anos quando perdeu o avô, mas lembra com clareza de todo processo que a família viveu. Para ela, um erro médico foi determinante para a morte da figura carinhosa do senhor João Francisco, falecido aos 67 anos. "Ele começou a tossir bastante, escarrava muito e o levamos um pronto socorro da Rede Pública de Saúde", conta. Segundo ela, o médico que atendeu o avô disse que se tratava apenas de uma gripe e receitou alguns remédios, mas com o passar dos dias a situação foi piorando, e ao voltarem de uma viagem procuraram outro atendimento. O diagnóstico: câncer nos pulmões. Ele faleceu três dias depois.
"O outro médico disse que se ele tivesse recebido o diagnóstico correto na primeira consulta, um mês antes, ele teria grandes chances de sobreviver", lembra.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) não divulga a quantidade de denúncias que recebe.
Mas informou que tem julgado, pelo menos, dois processos por mês. A Justiça tem recebido número cada vez maior de processos questionando procedimentos médicos.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) teve em 2010, 260 processos autuados com "erro médico". Três anos depois, o volume cresceu 267%, com 695 registros. Em 2014, apesar da queda, o número continuou alto: 626. Os dados de 2015 ainda são parciais.
Para a instrumentadora cirúrgica Elaine (nome fictício) os erros médicos são comuns, e muitas vezes o paciente não consegue nem identificar e o problema. Com 15 anos de atuação na rede privada e pública, ela diz que o principal motivo das falhas é a desatenção.
"Às vezes vão operar e perguntam para a pessoa qual joelho por exemplo, a pessoa responde 'é o esquerdo' e ela nem sabe o que é esquerdo e direito, aí operam o joelho errado", argumenta. Um dos erros que ela presenciou foi um paciente queimado com um instrumento. "Eu falei para o médico que não deixasse em cima do paciente, mas ele teimou.
Depois o paciente pediu indenização e ele pagou direto para o paciente, sem entrar na Justiça", conta.
Documentos
O advogado especialista em direito médico hospitalar, Ricardo de Mendonça Neto, diz ter percebido um aumento de pelo menos 80% nas demandas por erros na saúde. "Isso se deve a maior esclarecimento da população sobre seus direitos e também a mudanças na relação médico-profissional", que, segundo ele, esfriou com o passar dos anos.
Ricardo avalia que as penas aplicadas por parte dos conselhos deveriam ser revistas, pois às vezes são brandas. Por outro lado, considera que muitas indenizações acontecem no âmbito da Justiça por falta de uma documentação adequada. "Um caso muito comum é o de cirurgia de vasectomia e o casal depois vem a ter filhos. Se um médico não tiver um termo que informe ao paciente que depois de 90 dias tem que fazer um espermograma para verificar se vasectomia foi bem sucedida, e que isso também não é um método 100% eficiente, e o casal venha a ter filhos posteriormente, isso cabe indenização", explica.
Entrar na Justiça ou procurar o Cremego não foi o caso da família de Bárbara, muito abalados com a situação, eles decidiram pelo silêncio.
Apuração de denúncia leva até 4 anos
O presidente do Cremego, Aldair Novato Silva, explica que a apuração das denúncias é muito criteriosa e inclusive, há uma progressão nos casos de reincidência. “Há uma recomendação que a pena seja progressiva. É claro que existem fatos muito relevantes, aí a pena é maior em função da comoção que o fato provocou em torno dele, mas é uma coisa rara de acontecer”, explica.
A denúncia prescreve em cinco anos, mas o presidente explica que atualmente os julgamentos têm sido feitos em até quatro anos e meio, prazo que ele quer reduzir para dois anos. Aldair afirma que o conselho tem trabalhado para reduzir os erros. “Estamos numa força tarefa na busca de garantir que as faculdades ofereçam melhor formação. Ela é a grande prevenção junto ao trabalho numa estrutura que comporte a atividade médica”, defende.
“Boa medicina”
A qualidade do ensino de medicina é uma das maiores preocupações do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego). Entretanto, o presidente da instituição, Rafael Cardoso Martinez, entende que condições trabalho inadequadas dificultam o exercício profissional. “O sistema não provoca o erro, mas diminui as possibilidades de empregar a boa medicina. É preciso dar ao profissional condições para que ele faça a boa medicina”, pontua. (Deivid Souza) (24/01/16)
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O POPULAR
Mulher falou com amiga sobre uso de anabolizantes antes de morrer
Tainara Lacerda Santos morreu na última segunda-feira (18) após fazer uso de um termogênico para tentar emagrecer, em Santa Helena de Goiás, no sudoeste do estado
Mensagens trocadas por Tainara Lacerda Santos, de 23 anos e uma amiga, não identificada, reforçam a suspeita da polícia de que a jovem também tenha feito uso de anabolizantes. Ela morreu na última segunda-feira (18) após fazer uso de um termogênico para tentar emagrecer, em Santa Helena de Goiás, no sudoeste do estado
Em uma mensagem trocada pelo WhatsApp, as duas conversam sobre alguma substância:
Tainara: – Meu vizinho vai arrumar um remédio para secar a barriga. Anabolizante.
Amiga: – Anabolizante é perigoso
Tainara: – O negócio é muito caro. Tem que ter dinheiro, viu.
Amiga: -Não pode comentar nada para ninguém, senão minha filha, esparrama. Aí dá boio (sic), dá problema.
Tainara:- Você pode ter certeza que não vou comentar com os outros. Eu conheço gente que toma e não comento nada.
Amiga: – Você presta atenção, viu. Se sua voz começou a engrossar, seu clitóris começar a crescer, você para, não continua não. Se te perguntarem o que você está tomando, diz que não está tomando nada. Só fechou a boca e pronto.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Danilo Fabiano Carvalho, ainda é aguardado o resultado do exame toxicológico de Tainara. Mas, para ele, as mensagens reforçam as suspeitas sobre os anabolizantes.
“Ainda não há a confirmação sobre esse uso, há uma suspeita em decorrência dessas conversas dela com a amiga. Mas estamos em diligências, no sentido de identificar se houve a utilização de anabolizante, mas também sobre quem vendeu ou forneceu a substância, já que ela também tem uma responsabilidade criminal, com uma pena significativa. Trabalhamos em busca da identificação desta pessoa”, disse ao G1/Goiás.
Os laudos devem ficar prontos em cerca de 30 dias. A polícia também vai ouvir familiares, pessoas que conviviam com Tainara e funcionários da farmácia onde ela comprou o termogênico. Os depoimentos devem começar nesta semana. (23/01/16)
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JORNAL OPÇÃO
Em obras, Hospital Municipal de Aparecida promete ser referência na Saúde de Goiás
Por Larissa Quixabeira
Previsão é de que seja concluído e entregue até outubro. Hospital será um dos três maiores do Estado
Está em fase de acabamento a obra do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, no Bairro Cidade Vera Cruz 1. A estrutura de seis blocos com quatro pavimentos cada, ocupa uma área de mais quase 16 mil m².
Para a secretária municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, Vânia Rodrigues, o novo hospital será um centro de referência em saúde, possibilitando o atendimento de pacientes graves na própria cidade.
Embora não exista uma estimativa de qual será a capacidade de atendimento de Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, a expectativa da Secretaria de Saúde é de que ele atenda a demanda de pacientes mais graves que hoje precisam ser encaminhados para atendimento em Goiânia e em outras cidades.
“Com este novo hospital, poderemos oferecer aos cidadãos de Aparecida exames de alta complexidade, cirurgias e principalmente UTIs, que hoje é o grande gargalo não apenas de Aparecida mas de todo o Estado”, explicou a secretária.
O ideal seria que os pacientes chegassem às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os mais graves devem ser estabilizados e encaminhados, em menos de 24 horas, para um hospital de alta complexidade.
A secretária explica que, atualmente, Aparecida de Goiânia não tem um hospital que atenda a esta demanada. “Hoje nossos pacientes ficam nas UPAs mais do que é permitido pela portaria porque dependemos de vagas de UTI em outras cidades, como Goiânia e Santa Helena. Já tivemos caso de paciente que ficou mais de 20 dias internado em uma UPA”, afirma.
Obras
O engenheiro responsável pela obra, Guilherme Moraes Melo, acredita que, depois de pronto, o Hospital Municipal de Aparecida estará entre os três hospitais de Goiás. “Não tenho certeza, mas acho que em Goiás ele perde apenas para o Hugol (Hospital de Urgências Otávio Lage de Siqueira, em Goiânia) em tamanho e estrutura. Com certeza estará entre os três maiores do Estado”.
Serão 90 enfermarias, 180 leitos de enfermaria, 30 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), sendo 10 deles de UTIs pediátricas, além de 10 salas de cirurgias, laboratórios e salas para exames e 14 consultórios.
O investimento total é de R$ 70 milhões, com recursos do governo federal e da prefeitura da cidade, comandada pelo peemedebista Maguito Vilela. Segundo o engenheiro, 300 funcionários trabalham para que tudo esteja pronto até outubro. “Estamos quatro meses a frente do cronograma, com 40% da obra concluída”, afirma.
O que falta é a maternidade
Uma grande deficiência do atendimento em saúde em Aparecida de Goiânia é a falta de maternidades. Segundo a secretária de Saúde, Vânia Rodrigues, existe um projeto para a construção de um novo bloco dentro do complexo do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia para atender a essa demanda.
Segundo a secretária, a Maternidade Marlene Teixeira, a única da cidade, é hoje insuficiente para fazer todo o atendimento. “Temos uma média de aproximadamente 5 mil partos por ano em Aparecida de Goiânia e a estrutura do Marlene Teixeira é pequena para tanta demanda”, reconhece.
A realização da obra dependeria de mais repasse do governo federal e a Secretaria Municipal Saúde trabalha para apresentar o projeto ao Ministério da Saúde e realizar a construção ainda neste ano. “Seria um investimento de cerca de R$ 20 milhões, pois precisaríamos de uma nova estrutura e até mesmo uma entrada diferente”, explica o engenheiro Guilhermino Melo.
Para a secretária, uma nova maternidade é o que falta para que a rede de saúde do município fique completa. “A parte da obra do hospital que já está avançada será entregue em outubro, mas vamos nos esforçar para que o projeto da maternidade não fique para 2017”. (24/01/16)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação