Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 23 A 25/03/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Qualicorp cai 10% após balanço; CEO espera que planos com 2 usuários sejam cancelados

Rede D’Or realiza exame pioneiro que pode trazer mais precisão no diagnóstico de câncer

Hospital do Centro-Norte realiza 1,1 mil partos de alto risco em Uruaçu

HIMSS 2024: tecnologia como ferramenta indispensável para questões complexas da saúde

INFOMONEY

Qualicorp cai 10% após balanço; CEO espera que planos com 2 usuários sejam cancelados

CEO citou expectativas de descontinuação, por operadores, de planos de saúde para usuários PME, com 1 a 2 vidas em prol de plano por adesão

Camille Bocanegra

A Qualicorp (QUAL3) divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2023 na noite de ontem (21). Os números, de acordo com alguns analistas, vieram em linha com as expectativas. Para outros, os dados demonstram fraqueza e reforçam a ideia que, apesar de muitas mudanças, poucas melhorias aconteceram.

As ações da companhia, que apresentam perda de mais de 34% só em 2024, derrapam na sessão desta sexta-feira e fecharam o pregão com queda de 10,48%, a R$ 2,22. Apesar das expectativas para a companhia, que segue em processo de reestruturação, não serem muito otimistas, a falta de perspectiva de melhor momento (em especial, considerando o cenário do setor) pode ter desanimado investidores.

Dentre as análises que consideraram os dados como aquém do esperado, o Bradesco BBI liderou as impressões negativas. A análise considerou os números como fracos e abaixo das expectativas, destacando principalmente a redução da receita em 6% e a redução de 7% no trimestre anterior de vidas de afiliados. As principais métricas de desempenho, como adições brutas de clientes, caíram 15% em relação ao trimestre anterior (-38% em relação ao ano anterior), para 16 mil por mês. O banco mantém a classificação neutra para o nome, baseado na queda na linha superior e na visibilidade ainda baixa sobre a reversão do crescimento.

O BTG Pactual, por sua vez, considerou os dados como fracos e comprometidos, ainda que tenham ficado pouco abaixo das estimativas. O destaque negativo ficou pela redução na base de membros do segmento de Afinidade (que encolheu 21% em 2023), de acordo com o banco. O dado impactou a receita líquida em 8,5% na comparação anual, para R$ 414 milhões. O balanço também foi poluído pela venda da QSaude, por R$ 16 milhões, que se somaram à R$ 31 milhões relacionados a Provisão de Despesas Administrativas (PDA) único. As melhorias ressaltadas pelo BTG foram a melhoria das margens Ebitda ajustado (na comparação anual) e a leve queda no endividamento líquido trimestral. O BTG recomenda o nome como neutro, com preço alvo em R$ 5,00.

A Genial destacou a redução de novas contratações, que não foram compensadas pela redução no nível de cancelamentos, e trouxeram adições líquidas negativas para a carteira de vidas da companhia. Com isso, a receita líquida foi impactada tanto na comparação anual quanto trimestral. A última linha do balanço foi diretamente impactada, como mencionado pelo BTG, pelos efeitos não recorrentes causados pela renegociação da QSaúde, aumento no provisionamento e perdas pontuais de migração de processos de faturamento. “Esses efeitos impactam diretamente a última linha do balanço, gerando um prejuízo líquido de R$ 57 milhões, um aumento do prejuízo em 8,6% na comparação trimestral”, explicou a Genial, que mantém cautela para o nome e o recomenda como neutro, com preço alvo de R$ 5,00.

O Itaú BBA não reagiu com surpresa em relação aos dados, os considerando “amplamente alinhados com o 4T23”. A receita líquida diminuiu 9% na comparação anual por trimestre de perdas líquidas e marcadas por menores adições brutas, segundo o banco. O cancelamento (churn) ser menor não foi o suficiente para equilibrar as reduções de adições. O BBA destaca, como positivo, que a companhia reportou um bom fluxo de caixa livre operacional de R$ 109 milhões no trimestre. O nome é classificado como market perform (performance de mercado, similar à neutro), com preço alvo estimado em R$ 7,00 pelo BBA.

Menos PME, mais planos por adesão

Na teleconferência, o CEO da companhia, Maurício Lopes, destacou que o processo de reestruturação, enfrentado há mais de um ano, tem caminhado da forma esperada. “Todas as alavancas que temos que mexer para o turnaround estão sendo feitas”, afirmou. O executivo considera que o caixa cheio, dívida equacionada e melhores margens podem garantir que, na virada positiva do setor, a Qualicorp assuma o papel de protagonista.

A administração antecipa crescimento de produtos no portfólio que prevejam a co-participação e menores níveis de reembolso. Além disso, o executivo afirmou que tendência do mercado é de cancelamento de planos PME (pequena e média empresas) com 1 e 2 usuários, como já realizado por grande operadora do setor (não citada na teleconferência). Lopes mencionou expectativas de que outras operadoras também realizem esse tipo de movimento, destacando, contudo, a importância da existência de planos por adesão.

De acordo com o executivo, as conversas com operadoras para mudanças nesse sentido tem caminhado de forma positiva e que a tentativa é de garantir a melhor opção para o beneficiário. Mesmo com cenário complexo e incerto no varejo, o CEO garantiu que a demanda nesse segmento sempre existirá e que deverá ser suprida.

“O que temos que avaliar é que os players mais tradicionais está mais restritivos e os players mais novos estão mais agressivos”, pondera, citando, por exemplo, a oferta de planos para idosos. Para a manutenção da saúde do setor como um todo, Lopes destacou a necessidade de proteção da mutualidade, exemplificando com a importância da carência para usuários com questões de saúde que façam jus à sua aplicação.

O executivo mencionou, também, que o pagamento de dividendos deve acontecer apenas em 2025, em razão do prejuízo atualmente observado. “Para 2023, a gente vê uma companhia que gerou um prejuízo contábil e não teremos provisão de dividendos para 2024”, afirma o CEO. A partir de 2025, empresa deve retomar o pagamento de dividendos. “Acontecerá quando entendermos que a companhia está em um patamar de estrutura sustentável para médio e longo prazo”, acrescenta.

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O GLOBO

Rede D’Or realiza exame pioneiro que pode trazer mais precisão no diagnóstico de câncer

A equipe de medicina nuclear da Rede D’Or do Rio de Janeiro realizou o primeiro exame de PET-CT em uma paciente utilizando o novo radiofármaco DATA-FAPI-68Ga. O exame foi o primeiro feito na América Latina. O uso de moléculas chamadas FAPI é um exemplo de aplicação de teranóstica, uma das formas mais avançadas de uso da medicina nuclear e que tem sido uma importante aliada para os oncologistas.

O novo radiofármaco pertence a uma classe de radiotraçador capaz de detectar com precisão fibroblastos ativados, que são células frequentemente associadas à presença de vários tumores. Estudos demonstram que os radiotraçadores FAPI são capazes de identificar com precisão tumores que são de difícil caracterização por outros exames de PET, como os primários do fígado.

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JORNAL OPÇÃO

Hospital do Centro-Norte realiza 1,1 mil partos de alto risco em Uruaçu

O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, realizou 1,1 mil partos de alto risco no período de um ano. Os dados foram divulgados neste domingo (24/3) pelo governo de Goiás. A unidade conta com uma maternidade completa, incluindo centro obstétrico e UTI neonatal e pediátrica, e atende gestantes e crianças de 60 municípios que integram a essa região do estado.

“O hospital foi pensado dentro da nossa estratégia de regionalização da saúde, facilitando a vida de milhares de pessoas que moram no Norte. Aqui, elas são tratadas com a dignidade que merecem”, afirma o governador Ronaldo Caiado. Administrado pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), o HCN tem perfil de média e alta complexidade, com mais de 300 leitos.


Desse total, a médica pediatra do HCN, Carolina Gomes, explica que 10 leitos são exclusivos da ala neonatal, considerada essencial para o tratamento de recém-nascidos prematuros ou com complicações médicas. “São 10 leitos e uma gama de cuidados especializados para salvar vidas e garantir desenvolvimento saudável para o bebê”, diz. Ela destaca ainda a UTI pediátrica atende os pequenos de 29 dias até 12 anos.

Já o centro obstétrico oferece suporte durante o parto e o período perinatal, garantindo que as mães também recebam cuidados adequados. “O nosso centro obstétrico contribui para reduzir complicações durante o parto e promover um começo saudável para os recém-nascidos”, ressalta a coordenadora do Centro Obstétrico do HCN, Juliana Montalvão. Também são recebidos casos ginecológicos e oncoginecológicos.

Parto adequado

O HCN conta com o projeto Parto Adequado, método que permite partos naturais (os mais recomendados) sem dor. É utilizada anestesia “peri walking”, que envolve a administração de anestésicos na medula espinhal, reduzindo a dor com a manutenção da sensibilidade. Assim, a paciente permanece ativa, caminhando e ajustando sua posição conforme necessário, o que é benéfico para o progresso do parto. 

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ÉPOCA

HIMSS 2024: tecnologia como ferramenta indispensável para questões complexas da saúde


À medida que enfrentamos desafios globais como pandemias, doenças crônicas e disparidades no acesso aos cuidados de saúde, a tecnologia emerge como uma ferramenta indispensável para enfrentar essas questões complexas

Acabo de voltar da HIMSS, uma das maiores conferências globais dedicadas à saúde digital e à tecnologia médica. O evento da Healthcare Information and Management Systems Society, organização americana sem fins lucrativos dedicada a aprimorar os cuidados de saúde, é o maior sobre saúde digital do mundo e reuniu mais de 35 mil pessoas em Orlando, nos EUA, de 11 a 15 de março de 2024.

Embora o tema da tecnologia da saúde possa parecer repetitivo e redundante em meio às constantes discussões sobre avanços tecnológicos, sua importância é inegável e fundamental para enfrentar os desafios de saúde que afetam comunidades em todo o mundo. A evolução tecnológica na área da saúde não se limita apenas a dispositivos médicos e equipamentos sofisticados; ela abrange uma gama diversificada de inovações, desde aplicativos de saúde móvel até algoritmos de inteligência artificial aplicados à medicina. Essas tecnologias têm o potencial de revolucionar a forma como os cuidados de saúde são entregues, tornando-os mais acessíveis, eficientes e personalizados.

À medida que enfrentamos desafios globais como pandemias, doenças crônicas e disparidades no acesso aos cuidados de saúde, a tecnologia emerge como uma ferramenta indispensável para enfrentar essas questões complexas. Esse é o contexto em que a HIMSS 2024 esteve inserida: pandemias em curso, disparidades de acesso à saúde e questões de equidade. Para os brasileiros, especificamente, a conferência foi uma oportunidade para discutir como as tecnologias emergentes podem ser aplicadas para superar os desafios únicos enfrentados pelo SUS, incluindo a extensão geográfica do país, a diversidade cultural e as demandas de uma população em crescimento. Tivemos, além do Pavilhão Brasileiro, o Brazil Summit, que contou com debates pertinentes capitaneados por representantes de instituições como Kora Saúde, HCor, Hospital Albert Einstein, entre outros.

Inteligência artificial, de forma geral, e sua versão generativa foram os termos da vez e estiveram presentes em todas as mesas e palcos, demonstrando sua força e seu papel na busca por soluções dos principais problemas da saúde global.

É fato que a IA continua a ser uma força transformadora na saúde, oferecendo insights valiosos a partir de grandes conjuntos de dados e melhorando a precisão no diagnóstico e tratamento de doenças. Na HIMSS 2024, observamos avanços significativos na aplicação de IA em várias áreas, desde a interpretação de imagens médicas até a personalização de planos de tratamento. No entanto, ressalvas foram feitas quanto à necessidade de garantir a transparência, a ética e a segurança dos sistemas de IA, especialmente quando se trata da vida dos pacientes. Debates sobre a responsabilidade em um eventual evento adverso, até sobre a perda de uma vida, foram essenciais para dar ainda mais base para conversas futuras.

Interoperabilidade e Integração de Dados foi outro tema central da HIMSS 2024. Palestras e painéis destacaram a importância de garantir que os registros médicos eletrônicos, dispositivos médicos e outros sistemas de saúde possam compartilhar dados de maneira contínua e segura. Novos padrões e protocolos foram discutidos, visando facilitar a troca de informações entre diferentes plataformas e instituições de saúde, promovendo uma coordenação mais eficiente do cuidado do paciente.

A migração para a computação em nuvem continua a ser uma tendência dominante na indústria da saúde. Na HIMSS 2024, as discussões se concentraram em como a nuvem pode facilitar o acesso e o compartilhamento de dados entre instituições de saúde, promovendo uma colaboração mais eficaz e uma prestação de cuidados mais coordenada. No entanto, desafios relacionados à segurança cibernética e conformidade regulatória também foram destacados, especialmente considerando a sensibilidade dos dados de saúde. A discussão sobre marcos legais em relação à inteligência artificial e boas práticas de governança, como nos keynotes do palco principal, também permearam a visão sobre o futuro da cloud na saúde, e os impactos da transição para ela.

Os dispositivos vestíveis, como smartwatches e pulseiras, estão se tornando cada vez mais populares como ferramentas de monitoramento da saúde pessoal. Na HIMSS 2024, foram discutidas as oportunidades e desafios associados à integração desses dispositivos com os sistemas de saúde, permitindo uma coleta contínua de dados biométricos e comportamentais. No entanto, questões relacionadas à precisão dos dados e à privacidade do paciente continuam a ser pontos de preocupação. Com a onda dos smartwatches, temos grandes possibilidades e aumentos na quantidade de indicadores registrados, porém, alguns receios quanto à precisão em relação ao que é informado, como, por exemplo, a confiabilidade de um sensor de registro dos batimentos cardíacos.

Por fim, a importância das bases de dados na saúde foi amplamente debatida no evento. Desde registros eletrônicos de saúde até dados genômicos e de pacientes, as bases de dados desempenham um papel fundamental na condução da pesquisa médica e na melhoria dos cuidados de saúde. Nesse caso, a discussão sobre o armazenamento dessas informações girou em torno da segurança, respeito à privacidade e a utilização delas em um cenário onde a IA generativa ganha força.

Com um foco renovado na melhoria da qualidade dos cuidados, na acessibilidade e na eficiência, o setor de saúde está embarcando em uma jornada emocionante rumo a uma assistência mais integrada, centrada no paciente e habilitada pela tecnologia. A HIMSS 2024 serviu como um catalisador para impulsionar essa transformação, conectando com grandes empresas de tecnologia para saúde no mundo e inspirar a colaboração contínua entre profissionais de saúde, líderes do setor e inovadores tecnológicos em todo o mundo. Contamos com a presença de nomes da saúde brasileira, que fizeram parte do Brazil Summit, além de outros personagens essenciais para o fomento do futuro no setor. Essa colaboração será essencial para garantir que essas tecnologias beneficiem verdadeiramente pacientes e comunidades em todo o mundo, incluindo o Brasil.

* Wilton Rondon Ribeiro Júnior é diretor corporativo de Produto da MV

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Assessoria de Comunicação