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TV ANHANGUERA (clique no link para acessar a matéria)
Reunião vai discutir a superlotação no Hospital de Urgências de Goiânia (Jornal Anhanguera 2ª edição – 23/11/13)
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/reuniao-vai-discutir-a-superlotacao-no-hospital-de-urgencias-de-goiania/2973246/
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O POPULAR
Editorial – O drama do Hugo
O Hospital de Urgências de Goiânia tem um histórico de superlotação desde que foi fundado, em 1991. Na quinta-feira, a reportagem do POPULAR visitou o local e constatou que seus corredores haviam se transformado em enfermaria, com pacientes em macas esperando atendimento ou reencaminhamento, necessário no caso dos que não deveriam ter sido direcionados ao local, destinado prioritariamente ao atendimento de traumas e riscos de morte.
A direção do Hugo atribui parte dessa superlotação a esses encaminhamentos, cuja responsabilidade atribui à Regulação de Saúde municipal.
Fato é que havia mais de 80 pessoas na fila de transferência. Muitas em situação grave, como um senhor que sofreu aneurisma, submeteu-se a tomografia que confirmou o diagnóstico, mas não tinha seguido para um hospital especializado nesse tipo de problema, apesar da gravidade do caso, por falta de vaga.
Não há perspectiva, segundo autoridades, de solução em curto prazo para a superlotação do Hugo, que recebe também pacientes de outros municípios goianos e até de outros Estados.
Porém, providências precisam ser tomadas. As gestões de saúde estadual e municipal precisam se entender melhor e mais articuladamente. Nada justifica a dor e a angústia de quem sofre à espera de atendimento adequado, até mesmo nos corredores.
Cartas dos Leiotes – Hugo
Excelente a reportagem de uma realidade que é explícita há muito tempo, cujos motivos precisavam ser evidenciados. Se o problema está na regulação e no encaminhamento de pacientes que não se encaixam no perfil do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), que o município não se atenha somente a uma nota culpando o Hugo. Que os responsáveis possam fazer o mesmo que o diretor da unidade fez, esclarecendo os fatos.
Que o vereador Felisberto Tavares (PT) também procure os Cais, principalmente nos finais de semana, para que verifique de perto de onde advêm muitos dos problemas. Existem muitos locais que poderiam estar recebendo estes pacientes. Cabe neste caso uma fiscalização contundente por parte do Ministério Público para ver se o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) está realmente sendo cumprido.
Cleverlan Antônio do Vale
Setor Bueno – Goiânia
Divergências acentuadas
Estado e Prefeitura tem versões diferentes para causas da superlotação do Hospital de Urgências de Goiânia
Galtiery Rodrigues
A superlotação do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) virou motivo de duelo de versões. Enquanto o Estado justifica a situação com o suposto encaminhamento indevido e indiscriminado de pacientes por parte da Prefeitura de Goiânia, esta desmente a situação e diz que só encaminha os casos que se encaixam nos critérios de atendimento da unidade e que, inclusive, todos são triados pelo sistema da Central de Regulação, definidos como urgência e emergência. O diretor de Regulação, Avaliação, Controle e Auditoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Cláudio Tavares, afirma que mais de 50% dos pacientes que estão no Hugo não foram transferidos pela Central, mas que chegaram por outros meios.
O secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros, argumentou ao POPULAR que existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em julho de 2007, que estipula regras de encaminhamento para as unidades referenciadas de urgência, como Hugo e Hospital Materno Infantil (HMI). Segundo ele, a Prefeitura não estaria cumprindo o documento ao transferir pacientes indevidos e sobrecarregando a estrutura da unidade, cujo combate é o objetivo principal do TAC. Cláudio Tavares, no entanto, rebate dizendo que o simples fato de o sistema utilizado pela Central de Regulação possuir um dispositivo que filtra os pacientes de urgência e emergência já é o suficiente para atestar o cumprimento da regra.
“O próprio sistema já filtra. É um dispositivo que nem a Regulação do Ministério da Saúde tem. Não encaminhamos pacientes indiscriminadamente. Encaminhamos os que precisam ser encaminhados”, expõe Tavares, que diz ainda que é errado o argumento de que pacientes com fraturas fechadas não deveriam ir para o Hugo. Segundo ele, que é médico também, fraturas fechadas são tão ou mais graves que ferimentos expostos e demandam cuidado imediato. “Mas não mandamos só para lá. Distribuímos em toda a rede. Tudo é controlado”, garante. No mês de setembro, a Prefeitura realizou 6.169 encaminhamentos de urgência – 2.318 para o Hugo, dos quais 1,2 mil foram para realização de tomografia, apenas.
No último fim de semana, técnicos da Regulação estiveram no Hugo para fazer um levantamento sobre a situação e constataram que 63% dos pacientes internados no hospital eram do interior do Estado e 37% de Goiânia. Mesmo que 0só metade deles tenha sido encaminhada pela Regulação de Goiânia, a situação expressa outro problema pontuado por Tavares. “É bom frisar que a capital, praticamente, está regulando toda a saúde estadual. Recebemos pacientes de todo o Estado”, diz. O que está faltando, segundo ele, é a Central de Regulação do Estado intermediar a transferência entre os municípios e evitar a chegada indiscriminada de pacientes a Goiânia.
Existem, hoje, 12 cidades em Goiás que possuem Centrais de Regulação próprias, mas todas elas utilizam o sistema da Prefeitura de Goiânia para padronizar a operação. É comum, dessa forma, acontecerem pedidos de encaminhamento por parte de municípios que não são pactuados com a capital e que deveriam recorrer aos polos regionais de Saúde. “Caldas Novas, por exemplo, solicita vagas com frequência, mas é uma cidade pactuada com Catalão”, exemplifica. Tavares supõe que está faltando a elaboração de um fluxo estadual para a rede de urgência e emergência. Só assim, na visão dele, seria possível controlar melhor e evitar a concentração de pacientes.
HMI também vive dilema da Regulação
O Hospital Materno Infantil (HMI) também passa pelo mesmo problema do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Conforme o diretor geral, Ronan Lima, o hospital sofre com a demanda acima da capacidade e, segundo ele, isso ocorre, em muito, também por imposição da Central de Regulação de Goiânia.
“Eles encaminham os pacientes e nós não podemos negar o atendimento. Temos de dar um jeito”, diz. Um exemplo disso são os casos de crianças vítimas de queimadura e com problemas oncológicos. O HMI não tem estrutura adequada para atendê-las e, mesmo assim, a Regulação as direcionam. (23/11/13)
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JORNAL OPÇÃO
Organizações sociais estariam maquiando hospitais públicos de Goiás?
Há uma suspeita de que algumas organizações sociais estão “maquiando” os hospitais que dirigem quando são visitados por autoridades e jornalistas. O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), durante alguns dias, parece uma unidade de saúde do primeiro mundo. Em outros, sem maquiagem, parece um hospital do último mundo. (24/11/13)
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O HOJE
Prefeitura e Estado divergem sobre Hugo
Após denúncias, secretário de Estado de Saúde afirma que culpa de superlotação da unidade é do município de Goiânia. Prefeitura rebate afirmações
Myla Alves e Eduardo Pinheiro
Estado e Prefeitura entram em rota de colisão sobre a superlotação no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). De um lado, o secretário de Estado de Saúde, Antônio Faleiros, afirma que o problema é causado pela gestão municipal. De outro, a Prefeitura rebate e aponta que os encaminhamentos de pacientes são mal geridos pelo Estado. O debate veio à tona após a divulgação de imagens feitas por vereadores de Goiânia, nos corredores da unidade, retratando a problemática.
O município, por meio do diretor de regulação, afirma que a questão é complexa e envolve problemas como encaminhamentos mal geridos pelo Estado.
Já de acordo com Faleiros, a administração do hospital é de responsabilidade do Estado, mas a regulação é competência do município. Além disso, ele explica que a Prefeitura encaminha pacientes que não são do perfil de tratamento do Hugo. Ontem, segundo ele, 33% dos pacientes internados na unidade poderiam receber atendimento em outros locais. A unidade tem, entre enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 315 leitos. “Pacientes com fratura sem ser exposta, por exemplo, não devem ser mandados para o Hugo e sim para outro hospital conveniado com o município de Goiânia. Em parte, isso acontece porque não têm para onde ir e em parte por uma regulação errada”, informa.
O diretor de Regulação do Município, Claudio Tavares, rebate as críticas de Faleiros. Segundo o gestor municipal, a questão de superlotação do Hugo é mais complexa e envolve outros agentes. Ressalta a ausência de fluxo por parte do Estado, que não faria o remanejamento de forma satisfatória dos pacientes vindos do interior. “Goiás possui 12 regionais macros de saúde. Se pelo menos três delas, e destaco aqui a unidade de Anápolis, recebesse os atendimentos da região, o problema poderia ser diminuído”, diz.
De acordo com o diretor, de 50 a 60% dos encaminhamentos feitos para o Hugo não foram de responsabilidade da Prefeitura. Destaca que há encaminhamento das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que fazem triagem prévia de pacientes, além da cota direta e dos internamentos espontâneos. Todos esses encaminhamentos seriam responsáveis pela superlotação. O diretor afirma que, em setembro, apenas 45% dos pacientes que estão internados no Hugo foram encaminhados pela central de regulação do município.
Além disso, explica o gestor, o Hugo tem uma classificação de risco determinada pelo Sistema Único de Saúde, com perfil específico de paciente a ser atendido. De acordo com essa classificação, o paciente deve ser atendido de acordo com a gravidade dos traumas, não havendo especificidade sobre fraturas expostas ou não. “O município faz um regulação dos pacientes e encaminha para diferentes unidades. O fato de ser fratura fechada não determina a gravidade e o local de atendimento. Há uma triagem que determina se o paciente deve ou não ficar internado”, diz.
Em junho, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) abriu inquérito para apurar a superlotação do Hugo. Atualmente o hospital conta com 417 pacientes internados, mais de cem acima da capacidade da unidade. Uma reunião entre a direção do hospital e a central de regulação da prefeitura de Goiânia está marcada para a próxima segunda-feira para tratar da questão.
Falta de assinatura pode mudar regulação
Na última reunião da Comissão Intergestora Bipartite (CIB), no dia 7, órgão máximo do Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás, a SES estabeleceu o prazo de 30 dias para que o município assine o Protocolo de Cooperação entre Entes Públicos (PCEP). Caso isso não aconteça, o Estado deve assumir a regulação do Hugo. Segundo Faleiros, desde que assumiu a secretaria, ele tem tentado que a Prefeitura assine esse convênio, mas alega que o poder público municipal se nega a fazer isso.
“Não posso mais esperar. Se eles assinarem, continuarão responsáveis, mas se não assinarem vamos assumir a regulação”, explica. Essa prática é comum em outros Estados, informa o secretário. Faleiros explica que os municípios têm gestão plena para gerenciar a saúde nos limites dos territórios e, por isso, o Estado tem respeitado isso.
Por causa da gestão plena, o Estado não tem poderes para tomar decisões como, por exemplo, encaminhar os pacientes para outras unidades, inclusive particulares caso haja credenciamento para atendimento do paciente. Somente o município tem essa capacidade. De acordo com o secretário, o papel do Estado é fazer a intermediação entre as regulações municipais, encaminhando os controles de solicitação de internação por emergência.
O secretário afirma que o hospital está moderno e bem equipado, mas que está sendo criticado porque o município lota a unidade. A falta de médicos nos Cais, alega, faz com que a população procure atendimento no Hugo. “Todo mundo sabe que em caso de dúvida pode ir para o Hugo que é atendido”. Para Faleiros, a questão foi politizada com a visita dos vereadores. “O levantamento dessa questão por parte de vereadores foi nesse intuito, sim, mas nós não vamos fazer isso, não. Vamos colocar a verdade em seu devido lugar. Estado e município têm de fazer sua parte”, conclui.
Já o gestor municipal argumenta que, em relação à assinatura do Protocolo de Cooperação entre Entes Públicos, houve reunião entre os órgãos municipais e estaduais e a secretaria municipal deve encaminhar em breve o modelo de plano de gestão. “O secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, está em congresso no Panamá, mas até segunda-feira deve ter uma resposta efetiva sobre essa questão”, salienta. (23/11/13)
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SAÚDE BUSINESS WEB
Serviços de saúde ganham mais tempo para iniciar notificações
Prazo para criar o NSP e o PSP passou dos 120 dias previstos anteriormente para 180 dias. Notificação mensal dos eventos adversos passou de 150 dias para 210 dias
A Anvisa aumentou o prazo para que os serviços de saúde estruturem o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e desenvolvam o Plano de Segurança do Paciente (PSP). A decisão foi publicada na quarta-feira (20) no Diário Oficial da União.
A resolução RDC 53/2013 alterou o artigo 12 da RDC 36/2013. Agora, os serviços de saúde terão 180 dias, ao invés de 120 dias previstos anteriormente, para criar o NSP e o PSP. Para iniciar a notificação mensal dos eventos adversos o prazo passou de 150 dias para 210 dias, contados a partir da publicação.
As normatizações têm como princípios norteadores a melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde, a disseminação sistemática da cultura de segurança, a articulação e a integração dos processos de gestão de risco e a garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde. O Plano deve estabelecer estratégias e ações de gestão de risco para a identificação do paciente, a higiene das mãos, a segurança cirúrgica, os cuidados com a prescrição, o uso e a administração de medicamentos, entre outros.
Será de responsabilidade do Núcleo (NSP) realizar a notificação dos eventos adversos ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária em até quinze dias após a ocorrência, com exceção para os casos que resultar em morte, os quais deverão ser notificados em até 72 horas. Quedas de pacientes, infecções hospitalares e o agravamento da situação de saúde por falhas ocorridas durante cirurgias são exemplos que se enquadram como eventos adversos decorrentes da prestação de serviços de saúde. O registro destas notificações será feito por meio de ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa. (23/11/13)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação