Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 24/07/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE


• Pisos salariais – 90% subiram acima da inflação
• Crer passa a oferecer reabilitação visual em Goiânia
• Filhos ou câncer
• Saúde pública com estrutura precária

O POPULAR

Pisos salariais
90% subiram acima da inflação

Aumento real médio dos pisos no ano passado, em Goiás, foi de 2,3% acima da inflação, medida pelo INPC

Em 2013, 90,5% dos pisos salariais analisados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em Goiás tiveram reajustes acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC.
O resultado é ligeiramente inferior ao registrado em 2012, quando o porcentual de unidades de negociação com aumentos reais de salário atingiu 100%. No ano passado, o aumento real médio dos pisos salariais foi de 2,3%, no Estado.
DIFERENÇA
De acordo com o Dieese, a diferença entre o desempenho das negociações de 2012 e 2013 pode ser decorrente, em parte, da valorização do salário mínimo, cuja influência sobre as negociações dos pisos salariais vem sendo observada nos últimos anos.
Em 2012, o salário mínimo foi reajustado em 14%, implicando um ganho real de 7,6%. Em 2013, o reajuste foi de 9%, com um ganho real menor, de 2,6%.
NO PAÍS
Os pisos salariais tiveram ganhos reais menores do que em 2012, sob o impacto da inflação mais elevada e do reajuste menor concedido ao salário mínimo em 2013.
Enquanto o aumento real médio foi de 2,8% acima do INPC, em 2012, o ganho havia sido, em média, de 5,6% acima da inflação. Apesar de o ganho real médio de 2013 ser inferior nos 685 acordos salariais analisados, ele ficou próximo do aumento real concedido ao salário mínimo, de 2,6%.
O reajuste do salário mínimo, que serve de parâmetro para corrigir os pisos, leva em consideração a inflação medida pelo INPC e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
No ano passado, o valor médio dos pisos foi de R$ 879,04 – o equivalente a 1,3 salário mínimo de 2013 e cerca de 9% maior, em termos nominais, do que o de 2012.
Os dados constam de levantamento do Dieese, que constatou que no ano passado 95,3% dos pisos salariais conseguiram reajustes acima da inflação. Em 2012, esse porcentual foi maior, de 98%.
SERVIÇOS
Nos 685 acordos analisados, 6% dos pisos equivaliam em 2013 ao salário mínimo vigente nesse ano (R$ 678). Quase um terço deles ficou na faixa até R$ 750 e, cerca da metade, no intervalo até R$ 800. Em 16% das negociações, os pisos foram superiores a R$ 1.000 e somente 1,5% acima de R$ 2.000.
Foi no setor de serviços que os técnicos do Dieese observaram o maior valor médio do piso salarial: R$ 931,53. Na indústria, foi R$ 886,07 e no comércio, R$ 802,12. Já no setor rural está o menor valor médio, de R$ 748,22.
Entre as categorias que conseguiram os maiores ganhos reais nos pisos estão funcionários da área de saúde do interior paulista (15%), trabalhadores de processamento de dados de Pernambuco (18%) e motoristas e cobradores do Ceará (21%).
Já entre as que tiveram correções insuficientes para repor a inflação nos pisos estão corretores de seguro do Paraná, empregados em edifícios do Espírito Santo e vigilantes de Sergipe.
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Cartas dos Leitores – Dengue
Sobre a reportagem publicada ontem, com o título Epidemia fora de época, gostaria de deixar claro que não há subnotificação de casos. Pelo contrário, houve uma melhora significativa na notificação, pelos municípios, tendo em vista elas serem cruciais para a identificação dos focos do mosquito. De posse dessas informações, temos como direcionar os trabalhos de bloqueio.
Sobre a possibilidade de aumento do número de casos com a chegada do período chuvoso, é preciso deixar claro que a doença é sazonal e um volume maior de água acumulada é propício, sim, à proliferação do mosquito vetor, mas não permite afirmar que haverá explosão de casos.
A Secretaria de Estado da Saúde também não espera uma explosão no registro de casos, pois essa situação só acontece quando da introdução de um novo sorotipo da doença, o que não é o caso.
Para finalizar, é preciso deixar claro que o Estado trabalha intensamente para que as notificações sejam feitas e que temos tido uma adesão maciça dos gestores municipais.
Tânia da Silva Vaz
Superintendente de Vigilância em Saúde da SES

NOTA DA REDAÇÃO
As informações contestadas pela Secretaria Estadual de Saúde foram repassadas à reportagem pela Superintendência de Vigilância em Saúde da SES.
ERRAMOS:
Ao contrário do que foi publicado na edição de ontem do POPULAR, na reportagem “Dengue – Epidemia fora de época”, o número de mortes em decorrência da dengue neste ano não supera as de 2012 em números absolutos, mas, sim, proporcionalmente. No ano passado inteiro, foram registradas 23 mortes entre 58.024 notificações, o que representa uma proporção de 1 morte a cada 2,5 mil notificações. Já neste ano, foram 10 mortes ante 18.798, o que representa uma morte a cada 1,8 mil notificações.
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A REDAÇÃO

Crer passa a oferecer reabilitação visual em Goiânia

Goiânia – O Centro de Referência em Reabilitação e Readaptação (Crer) passou a oferecer em 2014, dentre outras terapias, a reabilitação visual. O serviço é voltado a pacientes da unidade ou aos que são encaminhados pela rede de atenção primária, diagnosticados com visão subnormal.

Conforme explica uma das coordenadoras do programa, a oftalmologista Renata Karina Nogueira, a visão subnormal é configurada quando o paciente, mesmo após todas as correções efetuadas e uso de todos os equipamentos possíveis, ainda não atinge o limite de visão aceitável para lhe conferir qualidade de vida.

“Diante desse quadro, recebemos os pacientes para, por meio de exames, constatarmos a visão subnormal e podermos auxiliá-lo no uso de mecanismos que vão contribuir para o desempenho das atividades diárias, com menor dificuldade. Não é um atendimento que consegue promover a cura, mas sim lidar com a deficiência de uma maneira que permita ao paciente conviver normalmente com ela”, explica Renata.

Equipe multidisciplinar
Os exames exigidos para fechar o diagnóstico são solicitados via rede conveniada, quando não são disponibilizados pelo próprio Crer. Uma equipe multidisciplinar foi formada para poder oferecer o atendimento completo e específico para cada deficiência identificada.

“Recebemos pacientes que lidam com outras deficiências associadas à da visão, como por exemplo, comprometimentos neurológicos. Portanto, é preciso personalizar a terapia de acordo com o grau de dificuldade apresentado”, comenta. Integram a equipe do Serviço de Visão Subnormal profissionais de psicologia, pedagogia, terapia ocupacional e fisioterapeuta visual, além de oftalmologistas.

Após constatada a gravidade do problema visual, os pacientes recebem a prescrição dos mecanismos que podem contribuir para melhorar o uso da visão, sejam eles lupas, telescópios, lentes coloridas, entre outros. “A partir dai se inicia o trabalho de reabilitação visual. É quando eles aprenderão a lidar com os mecanismos buscando obter melhores resultados”, detalha.

O departamento trabalha com uma meta de 150 atendimentos mensais, mas chega a superá-la. “As consultas são mais demoradas pois envolvem a realização de exames também demorados. Durante a reabilitação, os pacientes são convocados a comparecer mais de uma vez por semana para poderem se dedicar às terapias”, conclui.

Terapia e reabilitação
A pequena Evellyn Juliane Dantas Pereira, de 5 anos, é paciente do Crer desde os cinco meses de vida. Devido a um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido aos quatro meses de vida, a criança teve os movimentos do lado esquerdo do corpo comprometidos, incluindo a visão.

Agora, além de ser atendida pela equipe de terapia ocupacional, ainda é submetida à terapia de reabilitação visual. Conforme explica a mãe Priscila de Almeida Dantas, duas vezes na semana a pequena exerce as atividades com a equipe multiprofissional. “Os resultados são perceptíveis. Ela tem fixado mais tempo em uma mesma atividade. Tanto que ano que vem pretendemos matriculá-la na escola”, comemora.

Segundo o censo do IBGE de 2010, 18,6% da população brasileira apresentam algum tipo de deficiência visual, sendo 3,46% consideradas severa, e outros 1,6% totalmente cegos. Goiás possui mais de 183 mil pessoas que enxergam com grande dificuldade e outros 14.430 identificados como cegos.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Filhos ou câncer
Pesquisa americana afirma que a realização de vasectomia pode aumentar o risco de câncer de próstata
SAULO HUMBERTO
Temida por muitos homens, a vasectomia é uma cirurgia bastante simples e com regras para ser realizada – como idade mínima de 25 anos e a exigência de que o homem já tenha pelo menos dois filhos. Apesar de todas essas circunstâncias, um estudo realizado pela Harvard School of Public Health (HSPH) sugere que esse procedimento não é totalmente seguro.
Nessa pesquisa, publicada em um jornal dos Estados Unidos, os cientistas analisaram durante 24 anos cerca de 49.500 voluntários. Os resultados mostraram um aumento de 10% do risco de desenvolver câncer de próstata em homens que realizaram a vasectomia. O urologista Rodrigo Yano de Melo diz que ainda é muito cedo para concordar com essa pesquisa. “A Medicina é baseada em evidências, na prática”, explica.
O oncologista Alexandre Chiari, da Oncomed Belo Horizonte, cita outra pesquisa, também sobre o assunto, que analisou 4 mil homens de 40 a 75 anos. Ele discorda desta pesquisa, e afirma que esse é um estudo observacional. “O encontro pode ter sido ao acaso. É fundamental que mais estudos sejam realizados.” Apesar disso, ele não descarta a importância da pesquisa. “O trabalho gera hipótese”, diz.
Alexandre deixa uma recomendação para quem pensa em realizar esse tipo de cirurgia. “Discutir com o urologista o risco e o método da vasectomia”, afirma.
Preocupação
Atualmente, o câncer de próstata é o segundo que mais afeta os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), para o ano de 2014, são esperados 68.800 novos casos desse tipo de doença.
De acordo com o urologista Rodrigo Yano, o diagnóstico do câncer de próstata é feito nas pessoas que não apresentam sintomas, por isso a importância de fazer o exame preventivo. “Com o diagnóstico inicial, tem chance de 100% de cura”, declara.
O médico afirma que, na maioria das vezes, o câncer é pouco agressivo, porém ele reitera a importância do exame preventivo. “Para quem tem histórico familiar, deve ser realizado com 45 anos; quem não tem, 50 anos”, explica.
fatores
“O homem agora é que tem mais noção de fazer vasectomia”, afirma Rodrigo. Ele cita fatores que tem influenciado na realização do procedimento. “Fator financeiro, a questão de já ter a família constituída, e não ter mais interesse de ter filhos”, e conclui: “Muitas vezes, é a própria esposa que influencia na realização.”
Em relação à vasectomia, ele acrescenta que agora é que o homem tem “noção de fazer” o procedimento. Rodrigo explica que o fator financeiro é uma das influências do maior número de cirurgias, afirmando que o plano de saúde liberou o procedimento “de uns seis anos para cá”. E resume em uma frase o assunto: “A palavra principal do câncer é a prevenção”, diz.
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O HOJE

Saúde pública com estrutura precária
Sindsaúde protocola dossiê para investigação das más condições de trabalho nos postos de saúde da capital
Marcelo Tavares

Os servidores da Saúde protocolaram ontem, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE), denúncias de más condições de trabalho nas unidades de saúde de Goiânia. Foi levado ao órgão um dossiê com dois volumes, um de 94 páginas e outro de 84, com aproximadamente 300 fotos que registram a precariedade na infraestrutura, nos equipamentos e no funcionamento das unidades.
As fotos foram feitas nos Cais do Jardim Curitiba, Bairro Goiá e no Pronto Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves, o exemplo dessas três unidades reflete a situação de todas as outras unidades de saúde da capital. “Esses locais estão depreciados e os trabalhadores correm risco de vida ao prestarem assistência aos usuários. Isso dificulta um atendimento adequado à população.”
De acordo com Maria de Fátima Veloso, diretora do Departamento Financeiro do Sindsaúde, existem “improvisos e irregularidades na infraestrutura e em equipamentos como caixas d’ água, caixas de esgoto, cozinhas e leitos hospitalares. Não temos também nenhuma segurança biológica para trabalhar nesses locais”, completa.
Conforme Flaviana, as imagens são para comprovar as irregularidades e para que a STRE compareça às unidades e cobre o cumprimento das regulamentações. “Queremos providências para as situações precárias que estamos vivendo”, destaca Flaviana.
De acordo com a assessoria de imprensa da SRTE, as denúncias do Sindsaúde serão encaminhadas para as fiscalizações necessárias.
Médicos ressaltam precariedade estrutural

As denúncias do Sindsaúde são reforçadas pelo Sindicato dos Médicos em Goiás (Simego). De acordo com o diretor da entidade, Robson Azevedo, Cais e postos de saúde da capital passam por dificuldades estruturais que colocam médicos, profissionais de saúde e pacientes em situações precárias. “Faltam equipamentos básicos como raio-x e eletrocardiograma e, às vezes, o médico tem até que fazer respiração manual no paciente”, diz ele.
Outra denúncia é de que nenhuma unidade de saúde da capital tem alvará de funcionamento da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros. Conforme ele, a Prefeitura de Goiânia argumenta que lei federal ampara a ausência do documento. Relatório do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), realizado entre outubro de 2010 e julho de 2011, mostra que em 16 unidades de saúde nenhuma tinha alvará sanitário, diretor-técnico médico responsável pela unidade ou cadastro na entidade.
Ontem, o Cremego informou que realiza fiscalizações periódicas nas unidades e que recentemente encaminhou ofício ao secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, informando essas deficiências e reforçando que nenhum Cais, Ciams ou posto de saúde do município possui alvará sanitário para funcionar.
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da assessoria de imprensa, informou que só vai se pronunciar sobre os documentos protocolados na STRE após ser notificada sobre o assunto. Em relação às denúncias do Simego, a pasta não se pronunciou.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação