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DESTAQUES
Senado avalia regras e limites de cobertura dos planos de saúde
Futuro dos planos de saúde depende de gestão e emprego
Ministério da Saúde lança campanha de prevenção à varíola dos macacos
Covid-19: Goiás registra 2,1 mil novos casos e 20 mortes em um dia
Hospital Estadual de Luziânia inaugura Maternidade e Centro Obstétrico
Estudante de Medicina e filho do prefeito de Nova Veneza morre aos 19 anos
Estudante de medicina está internado em estado grave na UTI após ser baleado durante luau, em Mineiros
Adiar a própria felicidade não faz bem – nem a você, nem a sua empresa
Varíola dos macacos: Ministério da Saúde pede para Anvisa liberar vacina
O piso salarial da enfermagem poderá causar demissões e fechamentos de leitos em todo o país diz Antônio Britto
Médicos já recorrem à morfina para casos graves de varíola dos macacos
ANS registra 19,2 mil queixas contra planos de saúde em julho
CORREIO BRAZILIENSE
Senado avalia regras e limites de cobertura dos planos de saúde
Projeto que elimina o chamado rol taxativo de procedimentos da ANS deve ser votado na Casa na próxima semana postado em 24/08/2022 06:00
O imbróglio em torno das mudanças na cobertura de tratamentos previstos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde, colocando fim ao chamado “rol taxativo”, tornando-o exemplificativo (PL 2.033/2022), ganhou novo desdobramento ontem. O Senado Federal recebeu 22 representantes de entidades da sociedade civil, empresários e membros do setor de convênios para discutir o assunto, que é controverso. As questões de sustentabilidade das empresas, no caso da aprovação da medida, tomaram boa parte do debate.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e representantes da ANS alertaram para o risco da nova lei gerar colapso nas operadoras de saúde. “Na hora de se optar por ter mais procedimentos, mais medicamentos no rol, seguramente vêm atrelados custos que serão repassados para os beneficiários, e parte deles não terá condições de arcar com essa alta”, alertou Queiroga.
O presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Renato Freire Casarotti, relatou, ao Correio, a preocupação com a falta de referência para a precificação dos tratamentos. “Se eu não sei o que está coberto, quem vai definir é o juiz ou é o médico? A tendência é você ter um descontrole disso, um aumento de custos mais acentuado para aqueles que já tem plano, e uma disparada de preço para os novos planos. Todo mundo acaba pagando a conta”, disse. É o que também alerta Vera Valente, diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). “O rol taxativo é uma garantia da correta utilização dos recursos”, afirmou.
Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o projeto, que foi aprovado pela Câmara, deverá ser votado pelos senadores na próxima semana. Relator da matéria na Casa, o senador Romário (PL-RJ) disse que não pretende modificar o texto dos deputados.
Entidades da sociedade civil também defendem a aprovação do projeto da forma como está. Carla Bertin, advogada e diretora do instituto Autismo Legal, salientou que o projeto não cria nenhum direito novo. “Não estão sendo concedidos mais direitos a usuários de planos de saúde. A gente precisa eliminar os efeitos devastadores da decisão do STJ”, afirmou — referindo-se à decisão na qual, em junho deste ano, o Superior Tribunal de Justiça reconheceu que os planos só são obrigados a cobrir procedimentos previstos pela ANS, o rol taxativo.
Para Vanessa Ziotti, diretora jurídica da ONG Lagarta Vira Pupa, coordenadora de Educação da Comissão das Pessoas com Deficiência e Direitos Humanos da OAB de São Paulo, o lucro das operadoras de saúde é um dos motivos que não justificam a resistência à aprovação do projeto. Ela lembrou que, também em junho, a ANS autorizou o aumento de 15% das mensalidades de planos familiares e individuais.
SUS
Outro argumento utilizado por empresários do ramo é o de que, com o encarecimento dos planos, haverá debandada dos usuários destes sistemas — o que poderá ocasionar uma sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS). Para a advogada e sócia do escritório Tozzini Freire Advogados, Isabela Pompilio, “tanto com a aprovação do projeto, quanto com sua derrubada, o SUS é passível de sofrer consequências”.
“Quando o rol é taxativo, os consumidores podem ficar sem a cobertura de certos procedimentos e demandar o SUS para tanto. Por outro lado, sendo o rol exemplificativo, o provável aumento do custo das mensalidades pode provocar possível rescisão de contratos, fazendo com que os usuários de planos privados recorram à saúde pública”, explicou.
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FOLHA DE S.PAULO
Futuro dos planos de saúde depende de gestão e emprego
Verticalização do sistema traz qualidade na assistência e viabilidade financeira
Luiz Paulo Tostes Coimbra
Presidente da Unimed Nacional
Ter um plano de saúde continua sendo uma prioridade para as famílias brasileiras e, à medida que a taxa de empregabilidade dá sinais de retomada, o cenário para as operadoras de planos de saúde também se torna auspicioso. Prova disso e, na contramão de um cenário adverso do ano passado, o país acaba de registrar mais de 49,5 milhões de pessoas com planos de saúde em maio. Trata-se de um aumento de 1,5 milhão (3,14%) de beneficiários em relação ao mesmo mês no ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS).
Nesse universo, mais de 34 milhões correspondem aos planos empresariais, reflexo da diminuição da taxa de desemprego no país, que ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio, a menor para o período desde 2015, conforme estatística do IBGE.
O momento, contudo, ainda é delicado para a saúde suplementar. Exige tomada de decisões importantes e celeridade nos processos de gestão das operadoras, principalmente com a elevação expressiva dos custos assistenciais em decorrência da pandemia de Covid-19, significativo aumento dos insumos para ate não à saúde e da frequência na utilização dos clientes, reajuste negativo nos últimos 12 meses para contratos de pessoa física, incertezas a respeito do rol taxativo, aprovação da PEC do piso salarial da enfermagem e tantos outros pontos que estão impactando a sustentabilidade dos negócios.
Assim, é preciso definir estratégias de otimização de desempenho para elevar a eficiência, ter bons resultados e garantir assistência de qualidade. Reduzir desperdícios, ampliar o acesso à saúde e ao cuidado por meio da simplicidade, agilidade e eficiência operacional, além da diversificação dos serviços oferecidos aos clientes.
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O momento ainda é delicado para a saúde suplementar. Exige tomada de decisões importantes e celeridade nos processos de gestão das operadoras, principalmente com a elevação expressiva dos custos assistenciais em decorrência da pandemia de Covid-19 e significativo aumento dos insumos para atenção à saúde
A guinada digital trazida pela pandemia também poderá transformar a operação de empresas de planos de saúde nos próximos anos. Uma tendência mundial é a desintermediação. Entre o cliente e o prestador de serviço existe uma intermediação feita pelas operadoras, administradoras e corre toras. A tecnologia pode facilitar essa interação e facilitar um pouco o processo. A ideia é tornar o fluxo mais simples e reduzir custos.
Outro ponto de atenção é a verticalização do setor de saúde. Nos últimos seis anos, por exemplo, a verticalização do Sistema Unimed cresceu, em média, 205%. A iniciativa é importante e muito necessária para manter a competitividade no mercado, assegurar que o serviço prestado levará a qualidade e o cuidado necessário aos pacientes e conquistar benefícios assistenciais, operacionais e financeiros.
Expandir portfólio e variedade nos produtos oferecidos, estabelecer novas parcerias estratégicas, acompanhar possibilidades de investimentos e propor uma atuação diversificada dentro do mercado de saúde também poderá garantir que, no futuro, o sistema de saúde suplementar seja cada vez mais pulsante.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Ministério da Saúde lança campanha de prevenção à varíola dos macacos
Até o momento, mais de 41,5 mil casos da doença foram registrados em todo o mundo
23 de agosto de 2022 09:38 | Atualizado há 21 horas
O Ministério da Saúde lançou, na última segunda-feira, 22, a Campanha Nacional de Prevenção à varíola dos macacos, com o fim de orientar a população sobre a transmissão, sintomas, formas para evitar o contágio da doença, além de advertências sobre o que fazer em casos suspeitos.
De acordo com o ministro da saúde, Marcelo Queiroga: “No caso da varíola dos macacos, a maior prevenção é a informação correta, da forma de contágio dessa doença”. Ao tratar do plano de ação em combate à doença: “O Ministério da Saúde estará trabalhando de forma diuturna em tudo o que for necessário para trazer segurança para a população brasileira”, acrescentou o ministro. Até o momento, mais de 41,5 mil casos da doença foram registrados em todo o mundo. Conforme a última atualização do ministério da saúde, já são 3.788 casos confirmados no Brasil.
A campanha instrui que evitar contato com pessoas infectadas ou objetos contaminados, tais como talheres, copos, toalhas, lençóis, é a principal forma de prevenção. Além disso, os casos registrados apontam para o fato de que o contágio ocorre, principalmente pelo contato físico e íntimo, com lesões ou secreções corporais. Os sintomas mais comuns são: febre, exaustão, erupções cutâneas, ínguas, dor no corpo e calafrios. A fase de incubação do vírus pode ser de cinco a 21 dias, o que possibilita transmissão em todo esse período.
Durante o lançamento da campanha, o ministro da saúde também frisou que apesar de ainda não haver um tratamento específico para a doença, não significa que ela não tenha tratamento e que com medidas específicas, sintomas como dor podem ser amenizados. Ao fazer comparações entre a varíola dos macacos com a covid-19, o ministro da saúde mencionou suas diferenças: “A letalidade dessa doença é baixa. O vírus é diferente. O vírus da covid-19 é o vírus de RNA. Portanto é o vírus que sofre mutações com maior frequência ao passo que o vírus de DNA [da varíola dos macacos] tem um potencial menor de ter mutações, o que engana até as vacinas que são desenvolvidas com tecnologias sofisticadas”, esclareceu.
Justificando a carência de insumos em todo o mundo, o ministro informou que as três primeiras remessas de vacina chegarão somente no mês de setembro. Sobre os imunizantes, Marcelo Queiroga explicou que tendo em vista que a imunização completa requer duas doses, as remessas serão suficientes para 25 mil pessoas. Os primeiros a receber a vacina serão profissionais da saúde que atuam na linha de frente contra o vírus.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 2,1 mil novos casos e 20 mortes em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia – Goiás registrou 2.157 novos casos da covid-19 e 20 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta terça-feira (23/8). Com as atualizações, o Estado chega a 1.668.007 casos e 27.433 óbitos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, há no Estado 873.920 casos suspeitos em investigação, enquanto outros 349.341 casos já foram descartados.
Além dos 27.433 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,64%, há 109 óbitos suspeitos que estão em investigação para saber se há relação com o novo coronavírus.
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Hospital Estadual de Luziânia inaugura Maternidade e Centro Obstétrico
Goiânia – O Hospital Estadual de Luziânia Vasco do Rosário Melo, unidade do Governo de Goiás, vai colocar em funcionamento a partir desta quarta-feira (24/8), um Centro Obstétrico para atender parturientes da cidade e região. A solenidade de lançamento do serviço será às 9h com a presença do secretário estadual de Saúde, Sandro Rodrigues, do prefeito Diego Sorgatto, do presidente do Instituto Patris, Vittor Galdino e outras autoridades.
Serão inauguradas três salas de atendimento PPP (pré-parto, parto e pós-parto) com atenção humanizada para parturientes e puérperas, além de duas salas de cirurgia para partos cesáreos e oito leitos de maternidade para acolher as mães. A previsão da direção da unidade é de 104 partos mensais.
“Agora, teremos os futuros cidadãos de Luziânia nascendo em sua própria cidade, ao invés de nascerem nos municípios vizinhos. Essa é uma lacuna que o governo estadual resgata com os usuários do SUS, ao implantar uma maternidade de referência na região”, explica o secretário Sandro Rodrigues.
O Hospital Estadual de Luziânia foi estadualizado em 2020 e realizou atendimentos aos pacientes vítimas da Covid-19. Em 2022, a unidade passou por reformas estruturais e adequações para se tornar um Hospital Geral, com Centro Obstétrico de referência para Luziânia e região.
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JORNAL OPÇÃO
Estudante de Medicina e filho do prefeito de Nova Veneza morre aos 19 anos
Gustavo Agaipito Costa, que estudava numa faculdade de Araguari, é filho de Valdemar Batista e Messiane Rosa Agaipito
Estudante de Medicina em Araguari (MG), Gustavo Agaipito Costa morreu aos 19 anos na terça-feira, 23. Ele é filho do prefeito de Nova Veneza, Valdemar Batista Costa. A família não revelou a causa da morte do jovem.
Gustavo Costa estudava Medicina no Imepac Centro Universitário. Numa rede social, ele disse que amava sua turma. Era considerado um estudante dedicado. Ele foi considerado o melhor aluno de sua turma.
Os nove vereadores de Nova Veneza lamentaram a morte de Gustavo Costa, filho de Valdemar Batista Costa e Messiane Rosa Agaipito Costa. “A perda de um filho abala todos nós que somos pais”, disseram, em nota, os parlamentares. O presidente da Câmara, Maykon Minatto Michels (MDB), decretou luto oficial de dois dias “no âmbito do Legislativo” de Nova Veneza.
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PORTAL G1
Estudante de medicina está internado em estado grave na UTI após ser baleado durante luau, em Mineiros
Testemunhas contaram que crime aconteceu após jovem negar bebida ao suspeito. Micael Helou Victoy, de 20 anos, está internado em estado grave no Hugol.
Por Jamyle Amoury, g1 Goiás
O estudante de medicina Micael Helou Victoy está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após ser baleado durante luau, em Mineiros, no sudoeste de Goiás. Segundo a Polícia Civil, o suspeito do crime foi preso nesta terça-feira (23).
Até a última atualização desta reportagem o suspeito não teve a identidade divulgada, por isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa dele para que se posicionasse.
Segundo a ocorrência registrada pela Polícia Militar no último sábado (20), testemunhas contaram que o estudante estava acompanhado de amigos e a festa acontecia no meio de uma rua do Setor Parque do Cedro.
“Um jovem se aproximou dos estudantes pedindo um pouco de bebida, ocasião em que foi negado. Diante disso, ele voltou depois em uma moto e efetuou alguns disparos para o alto e, posteriormente, efetuou um disparo contra a vítima”, consta na ocorrência.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, os próprios colegas levaram o estudante para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas devido à gravidade dos ferimentos, ele foi transferido para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
Segundo o último boletim divulgado pelo Hugol na tarde desta terça-feira, o paciente encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com o estado geral grave e respirando com a ajuda de aparelhos.
O delegado responsável pelo caso, Thiago Martinho, contou que o suspeito foi identificado e preso pela Polícia Militar. “Ele confessou e entregou a arma do crime. O flagrante será feito ainda na tarde de hoje”, disse o delegado.
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ÉPOCA
Adiar a própria felicidade não faz bem – nem a você, nem a sua empresa
Muitas vezes deixamos para depois experiências que podem parecer indulgências, mas que são, na verdade, o combustível para sermos mais produtivos Definir o que é urgente e importante é a base da Matriz de Eisenhower, uma das ferramentas clássicas de quem quer escolher as prioridades certas para otimizar seu tempo. O funcionamento é simples: classificam-se as tarefas de um dia como importantes ou urgentes e, a partir desta análise, definem-se as prioridades do dia, da semana, do mês, do ano ou da vida.
Quando utilizamos essa ferramenta, geralmente as tarefas urgentes e importantes são priorizadas. Na sequência, resolvem-se as urgentes e as importantes ficam com o tempo que sobra. Muitas vezes, acabam sendo procrastinadas até virarem urgentes.
A matriz de Eisenhower se tornou parte da vida de várias gerações de executivos desde que foi popularizada pelo livro “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”, de Stephen R. Covey, lançado em 15 de agosto de 1989. Chamo atenção para a data da primeira edição porque ela aconteceu alguns meses antes da Queda do Muro de Berlim, ocorrida em 9 de novembro do mesmo ano. A obra, portanto, foi escrita no contexto da Guerra Fria, antes da consolidação da globalização e da disseminação da internet. Ou seja, em uma realidade MUITO diferente da que vivemos hoje.
Com as mudanças na sociedade e a consciência cada vez maior de que é na esfera pessoal que nasce o bom desempenho profissional, o conceito de importante e urgente muda completamente. Antes, o importante era o resultado, hoje é o propósito. Antes, o urgente era o curto prazo, hoje, é salvar o planeta do aquecimento global. No passado, o sucesso da empresa vinha antes da satisfação pessoal. Hoje, boa parte das pessoas já se tocou que o que funciona é o contrário: o sucesso da empresa é resultado da satisfação pessoal de quem trabalha nela.
Mas, mesmo com toda a mudança de mentalidade na sociedade e no mundo dos negócios, por diversas razões, as pessoas ainda acabam adiando algumas coisas na vida em detrimento de outras. A escolha do que fica para depois pode desgastar seriamente a saúde mental. Seja na vida profissional ou pessoal, a procrastinação acaba nos distanciando dos nossos objetivos e, principalmente, da nossa felicidade.
Dar prioridade para as suas necessidades e vontades é tão importante quanto é urgente. E não tem nada a ver com egocentrismo. Tem a ver com autoestima, que é algo bem diferente! Adiar a própria felicidade não faz bem para ninguém. Um erro comum é deixar para depois o que o seu coração e a sua mente estão pedindo até chegar ao ponto de não ver mais sentido em nada.
Muita gente vive esse drama em silêncio. É comum conhecer profissionais que se mostram sempre positivos e extrovertidos, mas que na verdade preferem se esconder atrás do trabalho em vez de lidar com emoções, luto e frustrações. É fundamental perceber que não dá para adiar seus sentimentos.
Aqui vão 5 recomendações para fazer com que o importante e o urgente se encontrem no topo da sua lista de prioridades:
1. Seja honesto com as suas necessidades: mapeie o que realmente importa para você, encare de frente e não tenha vergonha. Se o que você precisa é de mais tempo livre, coloque isso como urgência mesmo que pareça “coisa de preguiçoso”; se o seu desejo é fazer uma viagem de aventura, siga em frente mesmo que outros digam que é “coisa de maluco”; se você se sente aprisionado na empresa, quem sabe esteja na hora de empreender mesmo que achem que isso é “coisa de desempregado”.
2. Tire um tempo para cuidar do seu psicológico: reconheça e aceite que está estressado. Proteja sua saúde mental antes de chegar ao burnout. Busque um caminho para cuidar de si mesmo, seja fazendo terapia, ioga, dedicando-se a um hobby ou fazendo esporte.
3. Permita-se fazer coisas divertidas: sim, você não é mais criança, mas pode se divertir como uma. Nem tudo o que se faz na vida tem de ser útil ou produtivo empinar pipa, brincar com o cachorro, comer jaboticaba no pé, jogar videogame, ir para o estádio ou assistir a um musical – seja o que for que você ache divertido, faça.
4. Trabalhe com aquilo que gosta: essa é a melhor forma de não trabalhar jamais!
5. Separe um tempo para estar com quem ama: afinal, é para isso que serve a vida!
Não deixe nada disso para depois.
Coloque o tempo a seu favor.
Não ache que é tarde demais para mudar de carreira e fazer algo que realmente goste.
Não pense que sempre haverá tempo, no futuro, de passar momentos com pessoas queridas.
Faça sua lista de coisas que você gostaria muito de fazer, mas acaba adiando sempre e lembre-se: o que é importante é sempre urgente!
* Rodrigo Rocha é CEO da Amil Dental, escritor e montanhista
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TERRA
Varíola dos macacos: Ministério da Saúde pede para Anvisa liberar vacina
O Ministério da Saúde pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) análise para liberar o uso da vacina Jynneos, que já tem sido usada em outros países contra a varíola dos macacos (monkeypox). O imunizante é fabricado pela empresa Bavarian Nordic, com sede na Dinamarca.
A solicitação da pasta para a liberação da vacina foi feita quatro dias depois de a agência decidir pela dispensa da obrigação de registro para importação de medicamentos e vacinas que previnem e tratam doença, em reunião extraordinária realizada na última sexta, 19. A decisão tem caráter temporário e foi tomada para tornar o processo de imunização da população no País mais ágil.
O Brasil espera receber 50 mil doses da vacina adquiridas através do fundo rotatório da Opas, braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a América Latina. A previsão de chegada, inicialmente marcada para o fim deste mês, foi adiada para o início de setembro. A entrega, que também foi previamente anunciada como divida em duas remessas, agora será em três lotes.
A baixa quantidade de doses, segundo afirmou o ministro da Saúde Marcelo Queiroga em coletiva de imprensa na última segunda-feira, 22, será totalmente destinada aos profissionais da saúde que lidam diretamente com pacientes e materiais infectados pelo vírus. “Essas 50 mil doses não têm o poder de controlar esse surto”, admitiu.
“A questão é que essa é uma vacina antiga, não é nenhuma vacina nova de uma tecnologia inovadora, cujos resultados a longo prazo nós não conhecemos. É uma vacina de vírus inativado, com uma pequena indústria da Dinamarca produzindo para atender uma necessidade restrita”, complementou o ministro.
Ainda segundo Queiroga, a impossibilidade de a Bavarian Nordic “escalar a produção” apresenta um desafio para o País, caso seja recomendada a imunização em massa ou direcionada para públicos prioritários da população brasileira, algo que não é cogitado por ora. Nessa hipótese, o ministro afirmou que o Brasil dependeria da produção nos próprios parques industriais, citando o laboratório de Manguinhos, da Fiocruz, e o Instituto Butantan como possibilidades.
O processo de avaliação passará pela Comissão Técnica da Emergência Monkeypox criada pela Anvisa, e a decisão final caberá a Diretoria Colegiada da agência. Os diretores da entidade vão analisar se as características da vacina Jynneos são as mesmas aprovadas pelas autoridades sanitárias estrangeiras, que deram o aval para a aplicação do imunizante em outros países.
Até o momento, o Brasil contabiliza 3.896 casos confirmados de varíola dos macacos e uma morte. De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, o Estado que registrou mais diagnosticos para a doença foi São Paulo, com 2.528 casos, seguido de Rio de Janeiro (445), Minas Gerais (206) – onde foi notificado o único óbito – , Goiás (260) e Distrito Federal (156).
Os números colocam o Brasil como 3.º país do mundo com mais casos registrados. Em 20 de julho, o Ministério da Saúde somava 449 pessoas infectadas. O balanço atual de 3.896 pacientes representa um aumento de 767,7% em um mês. Além disso, nas últimas semanas, o País teve a confirmação dos primeiros dois casos da monkeypox em bebês com menos de um ano. Sinal de que, além do cresscimento de casos, há também a abrangência da faixa etária dos contaminados.
No mundo, o número de casos da monkeypox já ultrapassa os 41,5 mil diagnosticados, identificados em 96 países. O alto número de infectados tem levado ao aumento de demanda e, por consequência, da concorrência entre as nações para a aquisição da vacina e dos medicamentos que auxiliam no tratamento à doença, conforme declarou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, na última quarta-feira, 17.
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O GLOBO
O piso salarial da enfermagem poderá causar demissões e fechamentos de leitos em todo o país diz Antônio Britto
No início do mês, entidades ligadas à enfermagem celebraram a sanção presidencial ao Projeto de Lei que estabelece o piso salarial da categoria no país em R$ 4.750, além de 70% desse valor para técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares e parteiras. A decisão, no entanto, é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) por instituições de saúde que argumentam ser insustentável aumentar os pagamentos uma vez que a Lei não prevê de onde serão retirados recursos para arcar com as despesas do reajuste.
O diretor-executivo da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Antônio Britto, afirma que as organizações não são contrárias ao reconhecimento profissional dos enfermeiros, mas que a criação de uma despesa de 16 bilhões ao ano sem um mecanismo compensatório levará inevitavelmente a demissões no setor e consequentes fechamentos de leitos Brasil a fora.
Em entrevista ao GLOBO, o diretor-executivo da Anahp comentou ainda sobre o menor volume de pacientes com Covid-19 em estado grave atendidos nas instituições privadas, e falou sobre como as unidades têm lidado com o aumento de pessoas contaminadas com a varíola dos macacos, no momento em que o Brasil se torna um dos cinco lugares com mais diagnósticos no mundo.
Qual a expectativa da Anahp em relação à obrigação para implementar o reajuste do salário de enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras até o próximo dia 5?
Há uma enorme expectativa de que seja possível resolver o assunto, apesar de estar tudo muito atrasado. Existem duas soluções possíveis. Uma, que preferimos, é que o Congresso aprove as chamadas fontes de custeio o mais rápido possível. Localizar 16 bilhões de reais por ano a partir de agora para poder cobrir uma despesa que foi calculada pela própria Câmara. A promessa foi feita pela Câmara dos Deputados, e não está sendo cumprida. A outra solução, via Judiciário, é que o Supremo entenda que erros muito graves foram cometidos na tramitação deste projeto, erros assumidos inclusive pelos próprios parlamentares. Nossa expectativa é que, ao melhor estilo brasileiro, no último momento seja possível que o governo federal e/ou a Câmara acelere a aprovação dessas fontes.
Caso o piso seja mantido da forma como está, quais os impactos previstos nos hospitais?
Nós em nenhum momento estamos pensando que seja injusto homenagear e fortalecer a enfermagem. Mas, por todos os números que já foram levantados, nós estamos informando sobre a absoluta impossibilidade de ser feito esse pagamento se não houver fontes adicionais de custeio ou cortes no número de leitos e demissões, o que nenhum hospital quer fazer. Qualquer brasileiro sabe que não existe leito sobrando nos hospitais brasileiros, ao contrário. Mas, se nada for feito, isso vai gerar a necessidade de um plano que não é B, é plano H, de horrível. Demitir pessoas porque não há como arcar com o reajuste.
A aprovação sem a inclusão de fontes de custeio, o que era uma promessa dos deputados, foi uma surpresa?
O tempo todo os deputados disseram que precisavam encontrar fontes de pagamento e que iriam aprovar as duas medidas juntas. Então nós ficamos chocados, mais do que surpresos, quando a aprovação saiu apenas com um lado, que era de fazer, em ano eleitoral, uma merecida, mas não operacional, homenagem aos enfermeiros. O que está escrito, embora merecido, não tem como ser pago.
Então a Anahp acredita que estabelecer o piso, de uma maneira operacional, seria importante?
Ao longo desse episódio, os hospitais em nenhum momento disseram qualquer palavra que não fosse de respeito à enfermagem e ao papel fundamental da profissão. Não está havendo aqui um conflito entre hospitais e enfermeiros, os dois são vítimas de um processo mal conduzido, em que, a pretexto de algo que ninguém discorda, criou-se uma despesa em que se esqueceram de prever a forma de pagamento.
Falando um pouco de pandemia, há pouco mais de um mês o Brasil vive uma queda no número de novos casos de Covid-19. Como os hospitais têm relatado a situação sanitária atual do país?
Os relatos que nós recebemos dos hospitais é de uma recuperação do que eu chamaria de a normalidade das unidades. Uma baixíssima presença de pacientes com Covid-19, e essas pessoas geralmente internadas em condições menos graves do que era o padrão, infelizmente, no ano passado. Os hospitais estão trabalhando sim com níveis elevados de ocupação, mas porque retomou-se o atendimento de milhões de tratamentos e cirurgias eletivas que ficaram represados e adiados com a pandemia.
E em relação à varíola dos macacos, que pegou o mundo de surpresa e já contaminou milhares de brasileiros, levando o país a um dos cinco com mais diagnósticos no mundo? Há uma pressão nas unidades?
O que estamos recebendo de relatos dos hospitais é que há obviamente um crescimento significativo de casos da doença, mas que tem sido possível atender essa demanda sem caracterizar uma situação de emergência nas rotinas dos hospitais. Uma situação diferente do que aconteceu com a Covid-19.
Nesse contexto de retomada das atividades eletivas e de crescimento da varíola dos macacos, os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) que são oferecidos por instituições particulares também serão afetados pelo piso da enfermagem?
Como nossos hospitais privados representam mais de 52% dos atendimentos do SUS em média complexidade, e quase 100% em alta complexidade, é óbvio que a redução de leitos vai impactar também o serviço público. E já começou a acontecer que os hospitais estão informando aos secretários municipais e estaduais de Saúde que, se os recursos não forem encontrados, os serviços precisarão ser reduzidos. E o brasileiro sabe que não há espaço para reduzir o atendimento no SUS, se for para mudar é preciso que seja para mais.
Houve recentemente o caso com o Hospital A.C.Camargo, em São Paulo, especializado em tratamento de câncer, que chegou a romper a parceria com o SUS, embora depois tenha feito um acordo para manter os atendimentos. A forma como o piso foi aprovado teve influência?
O que aconteceu com o A.C.Camargo está acontecendo na maioria absoluta dos municípios. Os hospitais estão avisando que não têm como assumir essa nova despesa. Principalmente nos pequenos municípios e pequenos hospitais, não vai ter como cobrir esse gasto. Em nenhum hospital há enfermeiros sobrando. Então para reduzir o número de profissionais, você precisa diminuir o número de leitos.
Quando se posicionou sobre o piso, a Anahp disse que havia solicitado uma reunião com a Agência Nacional de Saúde (ANS) para alertá-los de que é inevitável convocar os planos de saúde e pedir revisão dos contratos. Essa reunião aconteceu?
A reunião aconteceu há duas semanas, e os diretores da ANS foram formalmente informados que o pagamento dessa despesa teria consequências também para os planos de saúde, porque os hospitais serão obrigados ainda este ano a solicitar que os planos reajustem os valores pagos às unidades. Os planos acertam os valores com os hospitais de forma antecipada, e essa despesa de R$ 16 bilhões é totalmente imprevista, não estava no acordo entre hospitais e planos. Logo, se for mantida a obrigação, a conta será empurrada para os planos, que por sua vez empurrarão para os 49 milhões de brasileiros que são beneficiários de planos e as empresas contratantes. Não existe mágica, isso vai estourar em demissões, redução de leitos e aumentos nos planos de saúde ou, na hipótese que nós preferimos, na identificação urgente de fontes de custeio. Se não tivermos fontes de custeio, já sabemos quem vai pagar: vai ser a população como um todo, perdendo leitos, perdendo empregos e aumentando o custo dos planos.
Algum hospital já relatou ter mexido na folha de pagamento e, por isso, ter precisado fazer demissões e/ou reduzir leitos?
A unanimidade dos hospitais entende que ainda há prazo para que, ou a Câmara resolva o problema que criou, ou que o Judiciário continue para uma solução. Então posso te assegurar que todos os hospitais brasileiros estão preparando a folha de setembro sem considerar o piso salarial da enfermagem. A folha está sendo preparada e vai ser paga com base nos padrões rotineiros, não considera os efeitos desta lei, porque ela está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) e porque nós estamos ainda na esperança de que o governo federal, que também tem a sua responsabilidade, e a Câmara dos Deputados ofereçam uma solução. A orientação é de aguardar por uma solução. Os hospitais pequenos, de até 50 leitos, que são a maioria no país, estão tendo em média um aumento na folha de 2,5 milhões no ano, e serão os mais afetados. Isso faz com que, para eles compensarem (o reajuste), o número médio de demissões seja de 15 a 20 enfermeiros. Nós não queremos isso, precisamos evitar isso.
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O ESTADO DE S.PAULO
Médicos já recorrem à morfina para casos graves de varíola dos macacos
Infectologista do Emílio Ribas, em São Paulo, estima que 10% a 20% dos pacientes que passaram por lá foram considerados ‘graves’; falta acesso a remédios específicos
JOÃO KER
Médicos têm recorrido à morfina e a outros opioides para manejar a dor de pacientes com quadros graves da varíola dos macacos. Esses diagnósticos geralmente levam à internação e têm sido mais comuns em pessoas com lesões na região genital ou perianal. Outros casos raros também começam a surgir e podem levar à morte ou à cegueira, com inflamações do pulmão, do cérebro e das córneas.
Tratando casos da monkeypox no pronto-socorro do Hospital Emílio Ribas desde os primeiros registros em São Paulo (e no Brasil), o infectologista Fábio Araújo estima que 10% a 20% dos pacientes que passaram por lá foram considerados “graves”. Segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), 7,8% de todos os casos relatados até hoje levaram à hospitalização.
Para ser classificado assim, o quadro pode ser caracterizado por uma ou mais lesões que aumentam de tamanho a ponto de a dor ser descrita como insuportável.
Nesses casos, o uso de paracetamol ou de analgésicos clássicos, como a dipirona e o Tylenol, não surte efeito e a maioria dos pacientes precisa receber morfina ou outro opioide como o tramadol (vendido apenas sob prescrição médica) de forma intravenosa.
“Hoje, o que define mais comumente como quadro grave é a dor que não pode ser controlada com analgésicos orais.
Pela experiência, já estamos utilizando alguns mais fortes porque sabemos que os do cotidiano não têm funcionado”, explica Araújo.
“A resposta que os analgésicos têm nos casos graves é bastante pobre e frustrante”, aponta o infectologista Rico Vasconcelos, do Hospital das Clínicas. “A opção de escalar para os opioides, como codeína e tramadol, também é uma ideia ruim, se for caso de lesão anal ou perianal, porque podem causar eventos adversos como a obstipação (ressecamento das fezes). Ao tentarmos tirar a dor do paciente, ele acaba tendo mais.” As preocupações de Vasconcelos não são infundadas. Dados do Ministério da Saúde apontam que quase 60% dos pacientes registrados até agora apresentaram ferida genital.
Já os médicos relatam que os casos graves da varíola dos macacos estão comumente associados às lesões nessa região, na perianal e, principalmente, anal. “São essas que levam mais o paciente para a dor incurável e intratável”, aponta Araújo.
Ele relata ter visto uma prevalência desses quadros entre pessoas vivendo com HIV, que correspondem a 41% dos pacientes mapeados pela OMS, ou com alguma forma de comprometimento do sistema imunológico, como tratamento prévio por radio ou quimioterapia e recém-transplantados, como era o caso da primeira vítima no País. Outras populações vulneráveis são os extremos de idades, crianças ou idosos, e gestantes, em quem o vírus pode induzir ao aborto e causar má formação dos fetos.
O advogado João Pinheiro, de 31 anos, não tem nenhuma das comorbidades mencionadas, mas descreveu a dor de uma ferida da monkeypox no lábio inferior como “ter cacos de vidro espalhados pela boca e um alicate apertando”. A lesão começou no terceiro dia após o surgimento dos primeiros sintomas e, a princípio, foi confundida com afta. João precisou tomar morfina nas veias por três dias seguidos para aguentar essa dor, que se espalhava do lábio para o restante do corpo. “Começou a melhorar no segundo dia, mas quando diminuíam as doses atacava de novo.” CENÁRIO. Ainda não há acesso a remédios específicos contra a varíola dos macacos ou expectativa de receber doses suficientes para atender a uma grande demanda. “Uma coisa é sabermos os medicamentos e a outra é como conseguilos”, explica o infectologista David Uip, secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do Estado de São Paulo. A situação, ele aponta, é da mesma escassez de ferramentas que o Brasil sofreu para combater o coronavírus. Ao longo da pandemia, o País dependeu da importação de insumos e doses.
Na segunda-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que “o fato de não existir um tratamento específico não quer dizer que não tenha tratamento” possível para a doença. “Até porque o tratamento pode ser para melhorar sintomas, dor.” “Estamos atrás desses medicamentos e tentando entrar em contato com as indústrias que produzem e as que importam”, explica Uip, acrescentando que o esforço tem sido em conjunto com o Ministério da Saúde e o governo federal, com foco voltado para atender os pacientes mais graves da doença. “Mas temos indústrias muito produtivas em São Paulo, por exemplo, não podemos depender de outros países todas as vezes e estar sempre correndo atrás.” Enquanto os “graves” ainda são minoria, a doença já se manifestou em pelo menos outros três quadros “fora da curva”, com evolução de inflamações no cérebro (encefalite), pulmão (pneumonite) e córneas (ceratite). Para esses pacientes de risco, os governos estadual e federal têm tentado importar doses específicas por “uso compassivo”, quando é autorizado o acesso a um item médico ainda não aprovado no País e que esteja em desenvolvimento.
“Estamos tentando fazer esse apelo pela gravidade dos pacientes. Nesses casos, que são diferentes das compras regulares, o remédio é doado pela empresa com uso específico”, explica Uip.
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O que mais preocupa
Há relatos de inflamações no cérebro (encefalite), pulmão (pneumonite) e córneas (ceratite)
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FONTES: MINISTÉRIO DA SAÚDE E OMS / INFOGRÁFICO: ESTADÃO
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Casos no Brasil sobem 767% em 1 mês; SP e BA têm bebês infectados
O Brasil teve um aumento de 767,7% no total de pacientes confirmados com a varíola dos macacos no último mês e é a terceira nação com mais casos. Em 20 de julho, o Ministério da Saúde contabilizava 449 pessoas infectadas, enquanto o balanço geral desta terçafeira tem 3.896 diagnósticos positivos.
Ao mesmo tempo em que os números sobem, a abrangência da faixa etária também aumenta e, nas últimas semanas, o País teve a confirmação dos primeiros dois casos da monkeypox em bebês com menos de 1 ano. Um dos pacientes, de 10 meses, mora em São Paulo e começou a apresentar sintomas no dia 11. A doença se manifestou pela febre e pelas lesões de pele características, mas a Secretaria Municipal da Saúde afirma que ele apresenta quadro clínico estável e sem agravamentos, e está em isolamento domiciliar.
O segundo bebê que testou positivo para a varíola dos macacos é de Conceição do Jacuípe, município no interior da Bahia, a 101 quilômetros da capital. Ele tem 2 meses e começou a apresentar os primeiros sintomas da doença no dia 5. Seu estado de saúde não foi detalhado.
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AGÊNCIA BRASIL
ANS registra 19,2 mil queixas contra planos de saúde em julho
O número de queixas de usuários de planos de saúde registradas na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) teve alta de 7,2% em julho, na comparação com junho, segundo boletim divulgado hoje (23) pela agência reguladora. As reclamações totalizaram 19.222, o terceiro maior número da série histórica, atrás apenas de março (19.803) e maio (19.526) de 2022.
Número de reclamações teve alta de 7,2% no mês
Entre as queixas, 268 foram relacionadas a casos de covid-19, o que representa uma queda de 36,5% em relação ao mês anterior. Cerca de metade dessas reclamações (49%) diz respeito a dificuldades na realização de exames e tratamento para a doença.
Segundo a ANS, 90% das reclamações registradas puderam ser resolvidas por meio de sua intermediação de conflitos.
Os dados constam no Boletim Covid-19 – Saúde Suplementar, que foi divulgado hoje pela última vez, segundo a ANS, que avalia que o cenário é de redução de casos da doença e estabilidade dos parâmetros analisados.
O boletim mostra que, em julho, 52,1% dos leitos comuns e de unidade de terapia intensiva para covid-19 estavam ocupados no conjunto de 49 operadoras de planos de saúde com rede própria hospitalar mapeadas na pesquisa. Nos leitos comuns e de UTI para os demais procedimentos, a taxa de ocupação era de 80,1%.
Os dados apontam que os exames de RT-PCR para covid-19 tiveram um aumento de 36,2% em maio de 2022, último mês para o qual há informações disponíveis. Os exames de anticorpos também registraram aumento de 65% em relação a abril deste ano. O crescimento é compatível com a disseminação das subvariantes da Ômicron, que se espalharam no país entre os meses de maio e junho.
Na comparação com o ano anterior, considerando os números do mês de maio, o RT-PCR teve uma redução de 69,4%, e os exames de anticorpos um aumento de 7,94%.
Usuários
O número de beneficiários manteve a tendência de crescimento observada desde julho de 2020 e continua a se aproximar dos 50 milhões, com 49,8 milhões, o maior patamar da série histórica. O tipo de contratação que mais tem contribuído para o aumento é o coletivo empresarial que, desde julho de 2020, tem mais entradas do que saídas de beneficiários.
Os dados de julho de 2022, comparados com o mês anterior, indicam aumento de 3 pontos percentuais na inadimplência, que foi de 10%, o que a ANS associa ao efeito da data de vencimento coincidir com final de semana.
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Assessoria de Comunicação