Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 24 A 26/02/18

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Hospitais e laboratórios suspendem atendimento ao Imas, em Goiânia
Atendimentos pelo Imas são suspensos após falta de repasses para credenciados
Hospitais e laboratórios suspendem atendimento ao Imas
Hospitais e laboratórios suspendem atendimento ao Imas, em Goiânia
Por falta de pagamento, atendimentos pelo Imas serão suspensos por cinco dias
Pane na saúde na capital é constatada in loco por repórter
Prefeito de Aparecida de Goiânia recebe embaixador de Cuba
Atestados falhos escondem causas de mortes por lipo , diz estudo
"É preciso levar atendimento médico ao interior de Goiás", diz Caiado
Gustavo Mendanha e embaixador de Cuba avaliam programa "Mais Médicos"
George Morais leva clínica móvel de saúde a Rio Verde

TV ANHANGUERA/GOIÁS

Hospitais e laboratórios suspendem atendimento ao Imas, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/hospitais-e-laboratorios-suspendem-atendimento-ao-imas-em-goiania/6533203/

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MAIS GOIÁS
Atendimentos pelo Imas são suspensos após falta de repasses para credenciados

De acordo com o presidente do Sindhoesg, suspensão segue até a próxima sexta-feira (2) e apenas serviços de urgência e emergência serão realizados

Diversos estabelecimentos de saúde credenciados ao Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (IMAS) já paralisaram atendimento aos servidores públicos municipais beneficiados pelo plano devido ao atraso nos pagamentos. A suspensão do serviço, que funciona em caráter de advertência, segue desta segunda-feira (26) até a próxima sexta (2).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), José Silvério Peixoto, a decisão de paralisação surgiu entre um consenso alcançado em uma assembleia no sindicado. O total de dias de suspensão de serviço aumentou em relação a paralisação ocorrida no ano passado, que foi de dois dias.
“Cogitamos muitas coisas, até fazer uma paralisação de apenas um dia, mas lembramos que ano passado realizamos uma suspensão de três dias de serviço e não fomos atendidos. Por isso, apesar de saber de todo o prejuízo que essa decisão venha a causar aos beneficiados, decidimos paralisar por cinco dias para que mais lugares não deixem de atender pelo plano”, destaca o presidente.
Nesse período, apenas atendimentos de urgência e emergência serão realizados. Exames e cirurgias estão suspensos até a próxima sexta-feira (2/3). Em relação às consultas médicas, avaliadas pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), a realização ou não ficará a critério dos médicos.
José Silvério explica que há lugares onde os débitos se arrastam desde 2016, mas o total de valores da dívida não foi divulgado. Um credenciado relatou ao Mais Goias que a dívida já ultrapassa os R$ 1,2 milhão. Durante a assembleia que decidiu sobre a paralisação, o Imas afirmou ao Sindhoesg que existe possibilidade de pagamento de todos os débitos até o próximo dia 20 de março. “Até houve um início de pagamento, mas o montante da dívida está muito alto. Os credenciados querem que os pagamentos ocorram de forma justa entre si e que os prazos sejam cumpridos”, conta.
Em nota enviada ao Mais Goiás na última sexta-feira (23). o Imas alegou que o prazo contratual para o pagamentos dos credenciados é de 90 dias e que esse período tem sido respeitado. O presidente alega que o prazo é o habitual para o funcionamento de um plano, desde que seja cumprido.
“A maioria dos planos cumprem seu contrato desta forma. Alguns realizam o pagamento em 60 dias. Não tem como deixar essa situação se arrastar com o faturamento e o fluxo de caixa existente no plano”, constata o presidente, que também lembra que uma outra assembleia será realizada no dia 21 de março – dia após o prazo que o Imas destacou como necessário para regularizar os pagamentos – para decidir o futuro dos credenciados e beneficiados pelo plano.
“Sabemos que já houve descontos nos contracheques dos beneficiados, mas a decisão foi para evitar que novos credenciados se desvinculem e que o atendimento fique mais escasso que já está. Essa decisão é de extrema importância, pois há lugares que não recebem há mais de um ano”, explica José Silvério.

Nota oficial do Imas sobre a paralisação:

A diretoria do IMAS informa que o prazo contratual para pagamento dos prestadores é de 90 dias, o que tem sido observado. Eventuais atrasos, no entanto, estão associados à burocracia inerente aos processos de pagamentos, que exige a apresentação de vasta documentação por parte do credenciado e cuja falta dela em qualquer fase do processo de pagamento exige, por disposição legal, que se abra diligências para completá-la, o que acaba atrasando os pagamentos.  O IMAS realiza, mensalmente, cerca de 1.300 pagamentos aos seus credenciados.
Outra particularidade nos pagamentos efetuados pelo instituto diz respeito aos processos indenizatórios, assim caracterizados aqueles cuja dotação contratual tenha excedido o valor estabelecido ou decorrentes da prestação de serviços sem a cobertura contratual. Nesses casos, a burocracia é ainda maior, exigindo uma auditoria dos serviços prestados e a concomitante abertura de processo para pagamento. Desde o início da gestão, o IMAS reduziu em cerca de 80% os pagamentos por essa modalidade e deve, até março, zerar todos os pagamentos pendentes.
Como um dos maiores planos de saúde do País, o terceiro do Estado de Goiás, com quase 84 mil associados, é natural que ocorra o credenciamento e descredenciamento de prestadores, que entre pessoas jurídicas e pessoas físicas chegam a quase 2 mil prestadores
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RÁDIO CBN

Hospitais e laboratórios suspendem atendimento ao Imas
 

Os hospitais, laboratórios, clínicas e demais estabelecimentos de saúde credenciados pelo Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) vão suspender o atendimento aos usuários do Instituto por cinco dias. A paralisação acontece de hoje até sexta-feira.
José Silverio Peixoto Guimarães – Presidente Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás  (SINDHOESG) – e o Diretor Administrativo e Financeiro do IMAS, Marcos Antônio Menezes Marques, participaram do CBN Goiânia e comentaram o tema. Ouça! https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/hospitais-e-laborat%C3%B3rios-suspendem-atendimento-ao-imas-1.1468458
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PORTAL G1/GOIÁS

Hospitais e laboratórios suspendem atendimento ao Imas, em Goiânia

Segundo os estabelecimentos credenciados, há constante atraso nos pagamentos. Paralisação deve durar cinco dias.

Hospitais e laboratórios suspenderam nesta segunda-feira (26) o atendimento aos usuários do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas). Segundo os estabelecimentos credenciados, há constante atraso nos pagamentos que deveriam ser feitos pela administração municipal. Apenas casos de urgência e emergência serão atendidos.
A suspensão nos atendimentos vai durar cinco dias. Segundo a prefeitura, existem cerca de 84 mil associados e cerca de 2 mil prestadores de serviço no plano de saúde.
O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviço de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) disse que, apenas com um dos prestadores de serviço, a dívida chega a R$ 1,2 milhão e se estende desde 2016. Entretanto, não foi divulgado o montante total que teria que ser pago pela prefeitura.
Ainda de acordo com a entidade, os atrasos nos pagamentos podem comprometer o atendimento dos hospitais, clínicas e laboratórios.
A diretoria do Imas informou que ainda não foi notificada da interrupção das atividades e que o prazo contratual para o pagamento dos prestadores é de 90 dias. O órgão explicou que eventuais atrasos são devido ao processo burocrático aos processos de pagamento, que exige uma longa documentação por parte do credenciado.
O plano de saúde afirmou ainda que faz, mensalmente, 1,3 mil pagamentos mensais aos seus prestadores de serviço.
Por fim, a nota do Imas afirma deve zerar todos os pagamentos pendentes até março.
Além da quitação das dívidas, o Sindhoesg também reivindica que todos os pagamentos sejam liberados na mesma data, pois afirma que a quitação dos débitos tem sido para apenas alguns hospitais, enquanto os outros ficam sem receber.
Reclamações
Em janeiro, usuários do Imas denunciaram que já não conseguiam atendimento em alguns hospitais credenciados. A estudante Sara Correia passou pelo problema ao buscar atendimento para a mãe, que torceu o pé. Ela passou por cinco hospitais e não conseguiu. A resolução do problema só ocorreu depois que a família procurou a rede particular.
“Resolvemos arrumar um jeito de pagar uma consulta para evitar danos maiores. No mínimo, é uma falta de respeito com o usuário, com o funcionário público”, reclamou.
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JORNAL OPÇÃO

Por falta de pagamento, atendimentos pelo Imas serão suspensos por cinco dias

Por Mayara Carvalho

Durante paralisação que começa na próxima segunda-feira (26), 25 mil usuários do plano contarão com atendimento apenas em casos de urgência e emergência

Os hospitais, laboratórios, clínicas e demais estabelecimentos de saúde credenciados pelo Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) decidiram em assembleia nesta sexta-feira (23/2) que vão suspender o atendimento aos usuários do instituto por cinco dias.
A reunião que aconteceu na sede do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) definiu que a paralisação de advertência acontecerá entre os dias 26 de fevereiro e 2 de março,
Os prestadores de serviços de saúde decidiram interromper temporariamente o atendimento pelo Imas devido aos constantes atrasos nos pagamentos dos atendimentos prestados. Apenas com um dos prestadores, a dívida já ultrapassa R$ 1,2 milhão e se arrasta desde 2016. Os prestadores cobram também que todos os pagamentos sejam liberados na mesma data.
Atualmente, conforme relatado na assembleia, a quitação tem sido seletiva, com o pagamento de uns, enquanto outros acumulam faturas vencidas. A paralisação é de advertência e os prestadores vão aguardar até o dia 20 de março para que os débitos vencidos sejam quitados. No dia 21, eles farão uma nova assembleia para avaliar a situação e a continuidade do atendimento aos cerca de 25 mil usuários do Imas.
Presidente do Sindhoesg, o médico José Silvério Peixoto Guimarães, observou que os prestadores se viram obrigados a suspender o atendimento diante dos atrasos que já comprometem o funcionamento das empresas. “Sabemos que os usuários já tiveram a contribuição descontada de seus contracheques e não tínhamos a intenção de paralisar o atendimento, mas não temos opção”, afirmou.
Entenda o caso
O Imas tem pendências com laboratórios, clínicas e hospitais referentes ao ano de 2016 (confira tabela abaixo). Os credenciados também reclamam de corte de 10% dos valores das faturas de outubro de 2016 e janeiro de 2017 e de 20% das faturas de novembro de 2016 e fevereiro de 2017 que, segundo eles, têm comprometido seriamente o funcionamento dos estabelecimentos de saúde credenciados.
Mesmo sem deliberação oficial por meio do sindicato, os atrasos já têm prejudicado o atendimento aos servidores municipais que dependem do serviço do Imas. Muitos deles têm dificuldades em encontrar atendimento médico pois muitos credenciados já se recusam a atender pelo convênio. No início do mês, clínicas credenciadas suspenderam os atendimentos de quimioterapia.
Confira os atrasos divulgados pelo Sindhoesg
Julho/agosto e setembro de 2016 – não pagos
Junho a novembro de 2017 – 80% dos prestadores ainda não receberam
Outubro de 2016 – faturas pagas com um corte de 10% do valor
Novembro de 2016 – faturas pagas com um corte de 20% do valor
Janeiro de 2017 – faturas pagas com um corte de 10% do valor
Fevereiro de 2017 – faturas pagas com um corte de 20% do valor
Até a publicação desta matéria o Jornal Opção não conseguiu contato com o presidente do Imas, Sebastião Peixoto.
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Pane na saúde na capital é constatada in loco por repórter


Por Yago Sales

Durante 8 horas em visita a Cais e UPAs, Jornal Opção vê falta de médicos em unidades 24 horas, obrigando pacientes a voltar para casa ou procurar outros locais, filas de espera por resultados de exames e insatisfação com atendimentos “relâmpagos”; funcionários reclamam de falta de remédios e ambulância

A 30 minutos de deixar o plantão, o único médico que atendia no Cais Cândida de Morais, no setor de mesmo nome, avisou a uma técnica de enfermagem que não atenderia mais na terça-feira, 20. Na recepção da unidade, cerca de 20 pessoas aguardavam, ainda sem terem passado pela triagem. Caberia aos pacientes esperar o próximo plantão, às 19 horas.
Gente com dor de cabeça, enjoo, tontura e outros incômodos conversava amenidades, às vezes espiando o corredor e o entra e sai de alguns técnicos de enfermagem e enfermeiros. “Acho que hoje vai ter médico”, apostou Rosilda Oliveira, de 59 anos. Ela acompanhava uma vizinha que havia desmaiado na porta de casa após o almoço. Mesmo se sentindo bem, a viúva sem filhos Laudiceia Moura, de 74, aceitou ir ao posto, desde que fosse atendida no Cândida de Morais.
Um comunicado assinado pela coordenadora técnica do Cais fixado no quadro de plantão anunciava o nome dos quatro médicos previstos para aquela noite, mas, por volta das 19h50, nenhum havia aparecido ainda.
A recepção já estava lotada e um grupo exigia explicações a um desorientado funcionário. Depois de sumir porta adentro, ele voltou acompanhado de uma assistente social da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) um pouco nervosa que, sem rodeios, anunciava que a unidade não teria médico no Cais que deveria durante toda a noite.
A assistente social tentou justificar. “Entramos em contato com a secretaria, mas não conseguiram um médico para substituir. Por enquanto o que eu sei é que o Bairro Goiá tem três clínicos. Vocês encontram médicos no Curitiba e no Urias Magalhães”, informou a funcionária.
Os protestos de Valdete Pereira, de 51 anos, acompanhante da nora, Alana Marques, de 19, não adiantaram. Enfermeiras que se amontoavam na mesa de triagem fecharam o portão que separa a recepção do corredor que dá para a Emergência do Cândida de Morais, provocando ainda mais irritação nas pessoas.
Valdete chegou ao Cais às 18 horas em busca de atendimento para Alana que, com fortes dores nas pernas, não consegue trabalhar há dias. “Eu não consigo entender como pagamos tantos impostos e recebemos a porta literalmente em nossa cara”, reclamou Valdete.
A expectativa da mulher era de que um médico assumisse o plantão, por isso esperou. Sem outra opção, decidiu voltar para casa com a nora, mas deixa um recado: “Não me esperem nas urnas para votar nessa cambada”. Alana endossa a revolta: “Bastaria um encaminhamento, mas nem um médico eles conseguem manter no Cais”.
Rosilda, Laudiceia, Valdete e Alana voltaram para casa, desapontadas. O Cais Cândida de Morais foi o primeiro em que o repórter e o fotógrafo do jornal compareceram a partir das 17 horas do último 20 de fevereiro até 1 hora da madrugada do dia seguinte. Em uma jornada de oito horas, os repórteres flagraram a falta integral ou número insuficiente de médicos em unidades que deveriam atender 24 horas. Com isso, pacientes se viram obrigados a voltar para casa ou procurar outros locais.
Foi possível conversar com quem esperava não menos de duas horas por resultados de exames, principalmente hemograma. Para alguns pacientes, a única solução seria dormir nas calçadas adjacentes. Foi o caso de duas mulheres — uma gestante e a mãe de um menino de 4 anos, no Cais Campinas.
Sob o relento da noite que anunciava o frio da semana, o menino, com um “caroço” no pescoço, reclamava de fome. Sem dinheiro, a mãe aproveitou-se do colchão improvisado como cama por um grupo em situação de rua. “Já fiz amizade com eles por causa de outras situações. Com eles, eu e meu filho não ficamos desamparados”, disse, sob anonimato. “É que tenho problemas com a Justiça e não quero expor meu filho”, justifica-se.

Falta de medicamentos e diagnóstico suspeito

Depois de vencer horas de espera, pacientes saem meneando cabeças, insatisfeitos com atendimentos “relâmpagos”, com “diagnósticos suspeitos”. Foi o caso de Raimunda Miranda de Oliveira, de 68 anos.
Pela terceira vez em cinco dias ela voltava ao Cais Finsocial. O corpo trêmulo, pressão anormal e tonteira. “O médico teve a cara de pau de, em menos de três minutos, dizer que estou com ansiedade. É revoltante”, protestou a idosa acompanhada por uma amiga, que relutou de voltar ao Cais. “Deixei uma irmã deficiente visual em casa para eu procurar ajuda. Nem cuidar dela estou conseguindo.”
Para piorar, Raimunda voltou para casa sem qualquer solução para os desconfortos que vêm sentindo. “O remédio que o doutor me passou é quase 50 reais. Não tenho condições de pagar. O jeito é esperar a ajuda Divina.”
Mesmo em unidades com seu quadro técnico completo, há ou¬tros motivos para reclamações. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Maria Pires Perillo, no Jardim Curitiba, o problema era a falta de medicamentos. “A gente conta com morfina, gazes, dipironas. Mas não é o suficiente”, contou, enquanto fumava, um dos funcionários da unidade.
Conforme ele, a ambulância que estacionou em frente à unidade era a única disponível naquela terça-feira. “A idosa demorou horas na espera. Não sabemos a quem atender primeiro”, disse.
Dois médicos, naquela plantão, aceitaram falar com o repórter, desde que não fossem identificados, nem o local em que trabalham. Eles reclamam da falta de remédios e farmácias nas unidades, o que deixa pacientes sem medicamento porque normalmente o preço é alto, sobretudo nas redondezas dos centros de saúde.
“Já tirei do meu bolso para comprar dipirona semanas atrás. A criancinha chorava muito, mas pouco ou nada conseguimos fazer. Pior é que as pessoas nos culpam, nos veem como preguiçosos”, relatou um deles, da janela do consultório.
Sobrecarga
A falta de pediatras é uma reclamação recorrente em várias unidades. Em apenas dois locais, Cais de Campinas e Novo Mundo, é oferecida a especialidade. Durante as duas horas em que o jornal permaneceu no Cais Campinas, pais, com crianças chorando, contaram histórias em bancos e corredores.
Indignada, uma mulher aguardava a aplicação de soro no filho de 5 anos. Há seis dias ela e o menino percorrem unidades de saúde em busca de um diagnóstico que, até aquela noite, ainda não chegara para aliviar o coração da mãe, que já enterrou outro filho, no interior mineiro. “Vim para cá para esquecer, mas o descaso é generalizado”, diz a professora, em contrato com a Secretaria de Educação de Goiânia, que prefere não se identificar. “Me sinto desmembrada desde que meu filho morreu em um posto, sem atendimento”.
Roseni José Santos, 35 anos, ouve a mulher. Quer opinar, mas engasga nas palavras e não consegue dizer o tamanho da sua revolta. A filha dela, Lucy, de 6 anos, corrobora a mãe: “Estou com muita dor de garganta, febre”, reclama a menina.
A mãe, finalmente, esboça uma frase. Chama o repórter para o centro do saguão de espera do Cais de Campinas e diz em alto e bom som: “Eles [a Prefeitura] deveriam entender que é um direito da criança. É um direito de todos nós termos uma saúde digna. Pagamos para isso [atendimento médico]”, protesta. l
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O HOJE

Prefeito de Aparecida de Goiânia recebe embaixador de Cuba

Rolando González esteve na cidade, acompanhado de comitiva, para conhecer instalações e conversar com profissionais do programa Mais Médicos, do governo federal

O prefeito Gustavo Mendanha e o secretário de saúde Edgar Tollini receberam na manhã deste sábado (24), o embaixador de Cuba, Rolando González, acompanhado de sua comitiva. O grupo veio conhecer cidade e conversar com profissionais cubanos do Programa Mais Médicos, que atuam em Aparecida e outros municípios como Buriti Alegre, Pires do Rio, Caldazinha, Cromínia e outros. Cerca de 45 médicos participarem do encontro, realizado na sede do AparecidaPrev. Em Aparecida de Goiânia, 10 médicos cubanos atendem na Atenção Básica pelo programa federal.
O Programa Mais Médicos foi iniciado em Aparecida no final de 2013 e uma série de profissionais já passarem pelas Unidades Básicas de Saúde. “Essa união é muito importante para todos os municípios brasileiros. O programa completa este ano cinco anos. Eles são formados em cuba e vem para o Brasil prestar o serviço, e é a população que se beneficia com essa cooperação com um atendimento médico de qualidade e humanizado. Cuba exporta médicos para mais de 100 países”, salientou o secretário de Saúde Edgar Tollini.
Mais Médicos
O Programa Mais Médicos (PMM) é parte de um amplo esforço do Governo Federal, com apoio de estados e municípios, para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Além de levar mais médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais, o programa prevê, ainda, mais investimentos para construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de novas vagas de graduação, e residência médica para qualificar a formação desses profissionais.
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FOLHA DE S. PAULO

Atestados falhos escondem causas de mortes por lipo , diz estudo

Apenas 7% das certidões de óbito de pessoas que morreram após lipoaspiração, uma das cirurgias estéticas mais realizadas no país, são preenchidas corretamente. Em 93% delas, há imprecisões ou lacunas que dificultam saber a causa da morte.
Esse cenário apontado em pesquisa de doutorado defendida na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) dificulta a detecção (e a punição) de eventuais erros e a adoção de medidas que poderiam preveni-los.
O estudo traçou o perfil das mortes após lipoaspiração noticiadas pela imprensa brasileira entre janeiro de 1987 e setembro de 2015. Nesse período, o dermatologista Érico Pampado Di Santi, autor da tese, identificou 102 casos.
É o maior número já relatado na literatura médica, mas tem limitação: só uma parcela das mortes chega ao conhecimento da imprensa. Ao buscar as certidões de óbitos desses casos nos cartórios, ele encontrou 86: 98% das vítimas eram mulheres, a maioria jovens. Entre 2016 e 2017, foram noticiadas outras 16 mortes relacionadas à lipoaspiração- não incluídas na tese. Em 2015, foram feitas no Brasil 182.765 cirurgias.
A morte de pessoas saudáveis em uma cirurgia cosmética e, por definição, eletiva, requer atenção das autoridades em saúdepública , diz Di Santi, que teve ajuda de um patologista para analisar as certidões de óbito.
Quase metade dessas mortes (44,11%) ocorreu no mesmo dia da cirurgia e dentro de hospitais (54%). A literatura médica aponta que o maior risco de morte está ligado ao volume de gordura aspirado, ao número de regiões tratadas e à agressão ao organismo durante a cirurgia-como perda de sangue maior que um litro.
Não há dados oficiais sobre mortes por lipoaspiração ou por outra cirurgia estética no país. O Ministério da Saúde dispõe do Sistema de Informação sobre Mortalidade, mas esse óbito entra no rol das causas externas .
O trabalho inspirou a elaboração de um projeto de lei que pretende tornar obrigatória no país a notificação de mortes ligadas à cirurgia.
[A tese] foi um trabalho hercúleo e pouco comum. Pode contribuir para deixar as causas de morte mais claras e minimizar o risco nessas cirurgias , afirma Mauro Enokihara, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e que fez parte da banca examinadora.
Nas declarações dos médicos que fizeram as cirurgias, muitas mortes são atribuídas a paradas cardiorrespiratórias (modo como todo mundo morre) e à fatalidade .
Fatalidade, nesses casos, significa imperícia, imprudência e negligência e isso é crime previsto em lei. É inadmissível que se dê um atestado de óbito escrito fatalidade , diz a patologista Helena Muller, professora-adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa.
Entre as causas de morte conhecidas que constam nas certidões de óbito, tromboembolismo pulmonar lidera (17,44%), seguido de perfuração (13,95%) e infecção (9,3%). Quase metade dos óbitos (44%), porém, têm causas indeterminadas.
A médica Rosylane Rocha, do CFM (Conselho Federal de Medicina), afirma que o estudo serve de alerta para os conselhos médicos. Precisamos entender por que um documento [atestado de óbito] tão importante tem tantas falhas de preenchimento , diz.
Segundo ela, os médicos dispõem de manual elaborado pelo CFM e Ministério da Saúde que ensina o preenchimento dos atestados e de cursos dados pelos conselhos.
A pesquisa mostra que 12 médicos (13,64% do total) ligados às mortes por lipoaspiração estão envolvidos em mais de um caso -um deles, em cinco. O estudo não revelou o nome dos profissionais e nem as eventuais punições.
Outro fato grave: quase 12% dos médicos que assinaram o atestado de óbito foram responsáveis pelas cirurgias, contrariando norma legal.
Casos de morte suspeita deveriam ser estudados pelos peritos do Instituto Médico Legal. Exames complementares podem ser a chave para elucidação da causa da morte e isso pode significar prevenção de acidentes cirúrgicos futuros , diz Di Santi.
O caso da modelo Pâmela Baris Nascimento, morta em 2012 em São Paulo após lipoaspiração, exemplifica o que isso significa na prática.
O médico que fez cirurgia assinou a declaração de óbito e atribuiu a morte a complicações do pós-operatório. Não foi feito BO ou necropsia.
Dez dias depois da morte, a família suspeitou de erro médico, procurou a polícia e a exumação do corpo confirmou que ela sofrera perfuração do fígado, hemorragia e parada respiratória. Médico, hospital e seguradora de saúde foram condenados a indenizar a família.
Segundo a deputada federal Pollyana Gama (PPS-SP), o projeto que prevê a notificação de mortes por lipo será registrado até o fim do mês na Câmara. Depois, segue para avaliação das comissões.
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DIÁRIO DA MANHÃ

"É preciso levar atendimento médico ao interior de Goiás", diz Caiado

Senador Ronaldo Caiado (Democratas) debateu com a Associação Médica de Ceres as soluções para otimizar e sanar as questões da Saúde no Estado
pelo senador Ronaldo Caiado (Democratas) e representantes da Associação Médica de Ceres, que elogiou o empenho do parlamentar no Congresso Nacional na área. No encontro, Ronaldo Caiado defendeu a urgência de medidas para que os pacientes do interior não fiquem mais na dependência de ir até Goiânia para conseguir cirurgias e atendimentos por especialistas.
"Se chegar ao governo, uma luta que enfrentarei é para construir hospitais de campanha e desafogar a espera por cirurgias em Goiás. A demanda reprimida é enorme e os pacientes não têm condições de esperar na fila dos hospitais", garantiu.
Ronaldo Caiado lembrou que levantamento do Conselho Regional de Medicina (CRM) mostrou que a saúde em Goiás é centralizada em Goiânia, que não consegue atender a demanda de todo o Estado. Para garantir a presença de médicos no interior, ele afirma que o Governo precisa fornecer o incentivo.
"Também estou disposto a enfrentar o debate para que os hospitais privados credenciados possam receber um complemento para atender os pacientes do sistema público de saúde", explicou.
Hoje tramita no Congresso Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do senador Ronaldo Caiado, que cria a carreira de estado para os médicos atuarem no interior.A proposta iria oferecer uma carreira com dedicação exclusiva, determinação de um piso salarial mínimo, estabilidade e aposentadoria.
Como uma solução para diminuir outros custos na área da saúde, o senador defendeu a ideia de um segundo diagnóstico antes da decisão de operar o paciente. Segundo ele, muitas vezes uma cirurgia é feita sem necessidade pela ausência de um segundo diagnóstico.
Elogios
O médico Hélio Albino, membro da Associação, elogiou a atuação do senador em prol da saúde e pediu ajuda para que Ceres se consolide ainda mais como polo na área de Medicina.
"Conheço sua trajetória e sei dos seus serviços prestados na saúde. O senhor fez um ótimo trabalho, por exemplo, para que o governo voltasse a realizar mamografia em mulheres com menos de 50 anos", lembrou.
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Gustavo Mendanha e embaixador de Cuba avaliam programa "Mais Médicos"

O prefeito Gustavo Mendanha e o secretário de Saúde, EdgarTollini, receberam o embaixador de Cuba, Rolando González, acompanhado de sua comitiva. O grupo veio conhecer de perto a cidade e conversar com os profissionais cubanos do Programa Mais Médicos, que atuam em Aparecida e outros municípios como Buriti Alegre, Pires do Rio, Caldazinha, Cromínia. Cerca de 45 médicos participaram do encontro, realizado na sede do AparecidaPrev. Em Aparecida, 10 médicos cubanos atendem na Atenção Básica pelo programa federal.
O Programa Mais Médicos foi iniciado em Aparecida no final de 2013. Vários profissionais já passaram pelas Unidades Básicas de Saúde e a população tem dado um feedback positivo à gestão em relação aos médicos cubanos e outros intercambistas.
ENCONTRO
O coordenador de Estratégia de Saúde da Família, Gustavo Assunção, organizou o encontro e, por acompanhar o trabalho deles de perto nas unidades, fez questão de avaliar de forma positiva o desempenho dos médicos. "Os profissionais cubanos são integrantes fundamentais na atenção primária de Aparecida. Eles promovem com excelência a prevenção de doenças, solucionam os possíveis casos de agravos e direcionam os casos graves para outras especialidades médicas'."
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George Morais leva clínica móvel de saúde a Rio Verde

A clínica móvel de saúde do Dr. George Morais, uma das mais completas unidades, com exames médicos preventivos total mente gratuitos, esteve novamente em Rio Verde. O programa é uma iniciativa do médico George Morais e equipe, e com o apoio do deputado estadual Lissauer Vieira (PSB) e da deputada federal Flavia Morais (PDT), e atendeu no Centro Comunitário Menino Jesus, no Bairro Promissão, realizando ao longo do dia os exames de ultrassonografias pélvicas, tireoide, próstata, mamária, bolsa escrotal, eletrocardiograma, obstetrícia e endovaginal.
Esta é a segunda vez que o deputado Lissauer Vieira faz questão de apoiar e trazer a clínica do médico George Morais a Rio Verde. "É uma oportunidade para as famílias fazerem exames preventivos de graça. Parabenizo o Dr. George e equipe que faz esse trabalho com amor e dedicação em várias cidades, oferecendo oportunidade paia muitas pessoas que não tem condições de pagar por um exame"," reforçou Lissauer.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação