CLIPPING SINDHOESG 24 A 26/03/18

26 de março de 2018

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Setor herda órfãos de planos de saúde
Cuidado e aceitação
Paciente denuncia internação indevida
Endometriose: doença que pode causar infertilidade em mais de três milhões de brasileiras
O dinheiro que o Brasil perde com a diabetes
Armadilha par a Dengue
Medicamento três em um
Aplicativo de mensagem instantânea pode desencadear depressão
Pacientes reclamam de falta de funcionários e demora no atendimento
Casos de dengue aumentam 12% em Goiás
Goiás lidera transplante de córnea
Não há surto de H1N1 em Goiás, diz secretária
Funcionário denuncia más condições de trabalho em Cais de Goiânia
Problemas continuam nas unidades de saúde de Goiânia
Mulher morre de pneumonia após esperar UTI por 2 semanas, em Goiânia
Após surto de H1N1, doações para o Hospital Vila São Cottolengo caem 70% e estoque tem 'situação crítica'
MP instaura inquérito para apurar irregularidades no gerenciamento de leitos de UTI do SUS

TV SERRA DOURADA

Funcionário denuncia más condições de trabalho em Cais de Goiânia
https://www.youtube.com/watch?v=yu9CFGrZQCA
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Problemas continuam nas unidades de saúde de Goiânia
https://www.youtube.com/watch?v=RNkFmGb-rW4
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TV ANHANGUERA
Mulher morre de pneumonia após esperar UTI por 2 semanas, em Goiânia
https://g1.globo.com/go/goias/edicao/2018/03/26/videos-bom-dia-goias-de-segunda-feira-26-de-marco.ghtml#video-6609582-id
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O POPULAR
Setor herda órfãos de planos de saúde
Clínicas Populares com preços mais acessíveis do que os cobrados por hospitais convencionais, unidades são alternativa para quem não é assegurado; região metropolitana de Goiânia já conta com 15
O número de clínicas populares, que oferecem atendimento médico com preços mais acessíveis, inclusive com a possibilidade de pagamento parcelado, está crescendo no Estado. Goiânia e região metropolitana já contam com 15 estabelecimentos que oferecem consultas, exames e outros procedimentos médicos e deve ganhar cerca de 50 novas unidades até 2022. Elas estão sendo consideradas uma alternativa para os problemas do acesso à saúde no País, diante do alto custo dos planos de saúde e das deficiências do serviço público.
Com a crise econômica, os planos de saúde ficaram mais inacessíveis por causa do aumento do desemprego e da queda na renda da população. As clínicas populares estão ocupando es te espaço, na visão do médico Jaime Ferreira, diretor comercial da Clínica Popular Dr&Cia, que está há 1,5 ano no mercado e conta com duas unidades: uma no Setor Pedro Ludovico e outra no Finsocial, em Goiânia.
Uma outra unidade será inaugura, em breve, no Setor Pedro Ludovico, para procedimentos e exames. Mais duas unidades serão construídas: uma no Jardim Mariliza, na capital, e outra em Aparecida de Goiânia.
Nelas, o paciente encontra várias especialidades, procedimentos e exames médicos. Jaime informa que as consultas e exames saem por um terço do preço das clínicas convencionais. Além disso, o paciente pode parcelar o pagamento em até 10 vezes sem juros no cartão de crédito. Cerca de 2,3 mil pessoas, de várias classes sociais, são atendidas por mês.
Segundo o médico, estatísticas do Ministério da Saúde apontam que 110 milhões de brasileiros não acessam os serviços dos SUS e nem têm plano de saúde. Ele explica que uma parceria com o Sicredi possibilita que os médicos possam adquirir cotas da clínica, entrando como sócios, em 48 vezes com taxa de 1,2% ao mês. Dos 80 médicos que participam da rede, 45 são sócios.
A Clínica Vittá conta com duas unidades em Goiânia, onde 90 médicos de várias especialidades atendem 4,1 mil pacientes por mês. As cônsul Las custam entre R$ 70 e R$ 120 e os pacientes pagam a partir de R$ 9 pelos exames. Dependendo do valor, o pagamento pode ser parcelado em até seis vezes. A médica Lara Caiado, sócia da clínica, conta que a meta é abrir mais três unidades este ano.
Sem plano de saúde no momento, a recepcionista Luciana Alves está utilizando os serviços médicos de uma clínica popular. "Eles têm bons médicos e funcionários e ainda posso parcelar em até 10 vezes no cartão", enumera. Além disso, ela considera os valores pagos menores que os custos de um plano de saúde. "Paguei R$ 14 por um hemograma, bem mais barato do que se fosse em um laboratório convencional".
Serviço é limitado, diz FenaSaúde
Para o diretor executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), José Cechin, com o aumento do desemprego e redução da renda, a população acaba procurando produtos de saúde mais baratos. Entretanto, segundo ele, esse serviço, geral mente, se limita a consultas e exames simples, bem aquém da gama dos serviços cobertos pelos planos de assistência médica.Em 2016, foram realizados mais de 1,5 bilhão de procedimentos médicos ao custo crescente de R$135 bilhões. "Segundo pesquisa Ibope, plano de saúde é o terceiro bem mais desejado e tido como necessário pela população, atrás apenas de educação e casa própria. Os planos são um bem seguro e valioso para o consumidor", diz. Segundo ele, no início do ano, houve um aumento tímido do número de beneficiários de planos, junto com o melhoria nos indicadores econômicos.
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Cuidado e aceitação

BEM-ESTAR Caracterizado por manchas pelo corpo, vitiligo exige dos portadores atenção especial e habilidade para lidar com o estigma
Ao oferecer o lápis emprestado para o coleguinha de pré escola, a modelo e musicista Eliane Medeiros, 21 anos, sentiu pela primeira vez a rejeição social, um dos maiores problemas enfrentados por quem vive com vitiligo. "Ao entrar para a escola, percebi que as outras crianças tinham medo de ficar perto de mim", conta. Ao 5 anos, surgiu a primeira mancha na região os olhos. Os pais a levaram ao médico e o diagnóstico foi o da doença não contagiosa e autoimune, causada pelo ataque das defesas do próprio organismo aos melanócitos, células que produzem a melanina, que dá cor à pele.
Em meses, as manchas brancas se alastraram pelo corpo da criança que cresceu aprendendo a lidar com o estigma da doença. O vitiligo acomete cerca de 2% da população mundial e é diagnosticado pela presença de manchas brancas bem delimita-das, em qualquer área da pele. A causa da doença ainda é desconhecida. "O diagnóstico é principalmente clínico, pois as manchas sem cor possuem localização característica. A biópsia para estudo histológico também pode ser realizada, observando-se ausência de melanócitos", explica o dermatologista Luiz Fernando Fróes FleuryJr.
De acordo com ele, é importante consultar um dermatologista para diagnóstico e tratamento precoce. "O maior desafio no tratamento é conseguir envolver o paciente e fazê-lo compreender que o tempo, a quantidade e a qualidade da resposta é individual". Cinicamente, na maior parte dos casos, o vitiligo não causa nenhum sintoma nem nenhuma alteração da pele. Como a pele atingida fica sem pigmento, a resistência à ação dos raios solares diminui acentuadamente. Em consequência, a pessoa deve evitar exposição à luz solar.
É impossível, por exemplo, prever a extensão da doença ou o quanto a pessoa perderá da cor da pele. Vitiligo pode afetar pessoas de todos os tipos de pele, mas costuma ser mais perceptível em pessoas de pele mais escura. A condi -cão não é contagiosa e nem representa risco quem possui. "Acho que quanto mais informações as pessoas tiverem, menor será o preconceito", defende Eliane Medeiros.
Nascida em Palmas, radicada em GOIÂNIA desde os 10 anos, Eliane virou notícia ao ser convidada, em 2016, para fotografar para um catálogo de moda da marca C&A. No ensino médio, por influência de tuna amiga, começou a fazer fotos de moda. Quando recebeu o convite da marca, ficou surpresa. "Na hora, não acreditei e minha família ficou com pé atrás. Mas foi maravilhoso". Apesar de lidar bem com as manchas e saber que sua história pode servir de inspiração para pessoas que vivem com a doença, a modelo explica que esconder ou assumir o vitiligo é uma decisão pessoal.
"No início da adolescência conclui que o vitiligo era uma característica minha e não tinha por que esconder. Mas isso foi um longo processo. Não há como chegar em alguém e dizer que ela precisa aceitar", explica. Para o dermatologista Luiz Fernando Fróes Fleury Jr, quanto mais as pessoas falaram sobre o tema, melhor. "A paciente consegue lidar com o preconceito e desmistifica a doença. "
Causas desconhecidas
As causas de vitiligo ainda são desconhecidas. Evidências médicas sugerem que possa estar relacionado à herança genética ou fatores externos, como exposição excessiva ao sol, a situações de estresse e a produtos químicos. Foi após um longo tratamento com corticoides que a maquiadora Larissa Almeida, de 22 anos, percebeu o surgimento de mancha branca bem pequena no ombro. Na época, ela sofria com uma urticária crônica.
"O primeiro dermatologista falou que não era vitiligo. Mas as manchas evoluíram muito rápido e todo dia aparecia em um lugar diferente. Foi muito difícil, não queria acreditar", conta. Lidar com uma doença de pele estigmatizante, que muitas noites de medo e de choro até começar a lidar melhor com o problema. "O fato de ser maquiadora agravou um pouco. Eu me maquio, mas onde a pele perdeu pigmentação é muito sensível, dói e arde quando passo o pincel. Não é sempre que posso me maquiar".
Após procurar diversos tratamentos convencionais e pesquisar sobre promessas de cura, Larissa decidiu aceitar melhor o vitiligo. Aceitar uma doença dermatológica é o primeiro passo para enfrentar o preconceito decorrente dela. Atualmente ela está em um processo de desintoxicação e é adepta de terapias naturais. Vaidosa, coleciona likes em fotos nas redes sociais provando que a beleza e a autoestima, no caso dela, são imunes à doença.
As manchas evoluíram muito rápido e todo dia aparecia em um lugar diferente. Foi muito difícil não queria acreditar. Aceitará o primeiro passo"
Larissa Almeida, 22 anos, maquiadora causa rejeição, discriminação e isolamento social, foi o primeiro desafio. Foram
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Paciente denuncia internação indevida
A sessão de ontem da CEI da Saúde também foi marcada pela presença do aposentado João Paulo Costa da Silva, de 59 anos, que denunciou ter sido mantido em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) supostamente sem necessidade. Segundo ele, o caso aconteceu em setembro do ano passado no Hospital e Maternidade Santa Bárbara, no Jardim Europa.
João Paulo contou que tbi levado à unidade por sua esposa por conta das dores que sentia no joelho. Lá foi atendido pelo plano de saúde do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), do qual sua esposa é titular. "Chegando lá o médico me examinou, passou remédio para tirar a dor e fez alguns exames, entre eles um eletrocardiograma e um raio X do tórax. A suspeita era pneumonia, mas eu não tinha nenhum sintoma. Não estava com tosse", afirmou.
Sem querer discutir os procedimentos adotados pelos médicos, João se manteve no leito de UTI por quatro dias. "No primeiro dia de UTI, reuniram os médicos e disseram que eu estava livre de suspeita. Então eu perguntei qual era o motivo de eu permanecer lá e eles disseram que iriam aguardar o ortopedista para fazer análise do meu joelho", relatou.
João Paulo contou que ficou mais três dias no leito à espera do especialista, até que, no quarto, disse ter se cansado e exigido ir para um quarto convencional. "Eu tenho conhecimento da falta de UTI em Goiânia. Olhava aquele tanto de máquina para deixar uma pessoa viva e eu não precisava", pontuou. Ele revelou ter ficado mais quatro dias em um apartamento, até que um ortopedista, enfim, o liberou sem realizar qualquer procedimento.
Posteriormente, ele procurou um especialista que o diagnosticou com inchaço causado pelo acúmulo de líquido sinovial, conhecido por "água no joelho", e teria resolvido o problema com uma agulha, ainda no consultório, sem necessidade de internação.
João Paulo disse ter resolvido fazer o relato na comissão em busca de explicações sobre o acontecido. "Por que me mantiveram lá? É uma coisa que eu queria que a CEI respondesse. Eu não sei. Não consegui entender".
OUTRO LADO
Ao POPULAR, a diretora técnica do Hospital e Maternidade Santa Bárbara, Bárbara Teodoro, confirmou que João Paulo foi mantido na UTI da unidade entre os dias 21 e 25 daquele mês e, posteriormente, ficou internado na enfermaria entre os dias 25 e 28. "Ele realmente deu entrada no pronto atendimento com dor articular, mas ele tem outras doenças crônicas. As dores dele são em decorrência de outras doenças crônicas, que eu não posso detalhar, senão feriria o código de ética", explica Bárbara.
De acordo com ela, as dores das quais João reclamava são secundárias ao diagnostico principal. "Ele não foi à UTI por conta das dores articulares. Tem exames que comprovam a necessidade dele estar na UTI. Ele tinha outros sintomas", disse. A diretora garantiu que o paciente tinha problemas muito graves e que ele nunca procurou o hospital para buscar esclarecimentos sobre sua internação ou mesmo a cópia de seu prontuário.
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JORNAL OPÇÃO
Endometriose: doença que pode causar infertilidade em mais de três milhões de brasileiras

Em 60% dos casos da doença, a gravidez só é possível através de técnicas de reprodução assistida
A endometriose é uma doença que afeta mulheres e que além de muita dor, pode causar também a infertilidade. Não é atoa que o mês de março é dedicado ao comabte da doença que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, atinge cerca de seis bilhões de brasileiras.
A endometriose nada mais é que o desprendimento do tecido que reveste o útero e que passa a se localizar em outros órgãos, como as trompas e ovários. Quando o tecido gruda em outros órgãos, ele causa nódulos que geralmente são dolorosos.
"Quando a mulher sente dor durante as menstruações e durante a relação sexual ou ás vezes até fora disso e quando ela tenta engravidar e não consegue, tem que se pensar na endometriose", afirma o  vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), dr. Aldair Novato Silva.
Dr. Aldair Novato Silva, que é médico ginecologista e obstetra conta que esses nódulos causam tanta dor que ás vezes podem ser evidenciados em um simples exame clínico.
"Mas temos também a ultrasom que tem evoluído muito nesse sentido, apesar de a imagem do cisto não ser tão frequentemente avistada. Para o diagnóstico se usa também a ressonância nuclear magnética e a videolaparoscopia, onde se examina toda a pelve".
O médico diz que mulheres entre 30 e 40 anos são as maiores afetadas pela doença e, geralmente, as que mais sofrem com os sintomas e com a infertilidade.
Classificada de acordo com os graus de apresentação, mínima, moderada e grave, a endometriose nem sempre compromete completamente a reprodução. De acordo com o ginecologista, em torno de 40% dos casos são resolvidos clinicamente.
Entretanto, nos outros 60% a gravidez só é possível com as técnicas de reprodução assistida,  os chamados bebê de proveta.
"Mesmo nos casos em que a infertilidade é resolvida, a paciente continua sentindo dores. Muitas vezes, essa dor só é melhorada com cirurgia definitiva de retirada do útero", finaliza o médico.
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DIÁRIO DA MANHÃ
O dinheiro que o Brasil perde com a diabetes
O avanço da diabetes no Brasil pode fazer com que os custos diretos e indiretos da doença dobrem até 2030, aponta pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela universidade britânica King's College, em parceria com a Universidade de Gottingen (Alemanha). O estudo, que levantou dados de 180 países, levou em conta tanto despesas com o tratamento médico da diabetes quanto os impactos na atividade econômica – como a perda de produtividade de trabalhadores e as mortes prematuras decorrentes da doença e de males associados, como problemas cardíacos.
Segundo o levantamento, os gastos do Brasil com a diabetes foram de US$ 57,7 bilhões (R$ 190 bilhões, em valores atuais) em 2015. Até 2030, essas despesas podem subir para US$ 97 bilhões, segundo estimativas mais conservadoras, ou US$ 123 bilhões (R$ 406 bilhões), no pior dos cenários avaliados pelo estudo europeu.
É um dos custos mais altos do mundo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), diz à BBC Brasil Justine Davies, coautora do estudo e professora do Centro de Saúde Global do King's College. "A doença tem sido vista como a próxima epidemia global, tem aumentado na maioria dos países e ninguém tem conseguido enfrentá-la", acrescenta. Isso é grave porque a diabetes é uma importante causadora de cegueira, falência renal, problemas cardíacos, derrames e amputações, aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O que fazer?
Davies diz que não estudou especificamente o caso brasileiro, mas aponta que o avanço da diabetes provavelmente está ligado ao sobrepeso da população – segundo dados de 2016 do Ministério da Saúde, 20 em cada 100 brasileiros sofrem de obesidade. E isso está intimamente ligado ao consumo excessivo de comida pouco saudável, como fast-food e alimentos ultraprocessados – bolachas, refrigerantes, salgadinhos e similares –, a despeito da crescente conscientização acerca do que é uma alimentação saudável.
"É difícil mudar isso", admite Davies. "As pessoas têm mais conhecimento atualmente. Mas se você coloca um pacote de batatinhas na minha frente, provavelmente vou comê-las. Existe uma tensão entre o que sabemos que nos faz bem ou mal e o que o ambiente nos oferece. E o ambiente tem favorecido as comidas rápidas e os deslocamentos em carros (que estimulam o sedentarismo)."
Outro problema é a associação entre o aumento no padrão de vida da população e o maior consumo de itens processados, em detrimento de comidas in natura. "À medida que as pessoas ganham mais dinheiro, elas querem comer mais, como um sinal de prosperidade."
Para resolver isso em uma escala nacional e global, Davies acha necessário haver um "compromisso político". A pesquisadora cita exemplos bem-sucedidos do México, que elevou a taxação sobre bebidas açucaradas (medida que reduziu o consumo de refrigerantes e similares em 5,5% e 9,7% em 2015 e 2016, primeiros anos em que vigorou), e de Londres. A capital britânica tem estimulado a população a caminhar e andar de bicicleta com a difusão de rotas ciclísticas e a taxação de carros que circulam em áreas centrais da cidade.
Impacto global e na América Latina
A ameaça da diabetes ao Brasil é excepcionalmente grave, mas não é única no mundo: segundo Davies, nenhum dos países estudados tem conseguido resultados particularmente positivos no combate à doença. "Nos EUA, provavelmente o país mais obeso do mundo, as taxas (de diabetes) estão se estabilizando – um dos poucos países onde isso aconteceu", diz a pesquisadora. No entanto, o país enfrenta a perspectiva de gastar até US$ 680 bilhões em decorrência da doença em 2030. Na China, a projeção é de que os gastos relacionados à diabetes praticamente tripliquem na próxima década, passando de US$ 222 bilhões a US$ 631 bilhões.
No mundo inteiro, a perspectiva é de que gaste-se US$ 2,5 trilhões direta e indiretamente com a diabetes, o dobro dos custos atuais. E a América Latina deve ficar com o maior fardo, se analisada a proporção em relação ao tamanho de seu PIB. Um dos fatores por trás disso, segundo Davies, é a estrutura populacional latino-americana: cresceu a prevalência de diabetes em uma população ainda relativamente jovem, em idade produtiva. No Brasil, estimativas apontam que entre 7% e 10% da população pode ser diabética – boa parte dela sem nem sequer ter sido diagnosticada. Segundo o estudo de Davies, essa porcentagem pode chegar a 14% em 2030, no pior dos cenários.
Dados da OMS apontam que a prevalência global de diabetes entre adultos acima de 18 anos dobrou entre 1980 e 2014 no mundo – alcançando 422 milhões de pessoas. O maior crescimento tem sido registrado em países de renda baixa e média. Em 2015, os dados mais recentes disponíveis, 1,6 milhões de mortes foram diretamente causadas pela diabetes no globo.
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Armadilha para a Dengue
Uma liminar da 20ª Vara da Justiça Federal em Brasília liberou a comercialização de insetos Aedes aegypti geneticamente modificados. A Anvisa vinha analisando a regulação do Organismo Geneticamente Modificado (OGM) OX513A, mas a análise foi suspensa pela ordem judicial. O OX513A é produzido pela empresa Oxitec.
A ação foi movida pela Oxitec contra a Anvisa. No pedido, a empresa argumentou que a agência não tem competência para a regulação comercial do mosquito, uma vez que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) declarou, em 2014, a inexistência de perigo para a saúde humana, animal ou ambiental em sua circulação. Na decisão, o juiz federal Renato Borelli afirmou que “a CNTBio possui competência para emitir decisão técnica sobre a biossegurança de OGM” e que “tal decisão vincula os demais órgãos e entidades da administração”. A Anvisa, conforme o magistrado, “deveria ter observado a decisão técnica da CNTBio e promovido o registro do produto”.
“A documentação trazida aos autos dá conta de processo administrativo que se desenrola desde 2014 e que discutiu até o momento, basicamente, a competência da Anvisa para análise do feito, reclamando a situação intervenção judicial em face dos danos causados ao livre exercício da atividade profissional. Diante do exposto, defiro a tutela de urgência para que seja determinado à Anvisa que suspenda o processo administrativo de registro e autorização de comercialização do Organismo Geneticamente Modificado – OGM OX 513A, ficando autorizada a comercialização do produto pela parte autora, até nova ordem judicial”, diz a decisão.
Os insetos geneticamente modificados são sempre machos e, ao copularem com as fêmeas, transmitem um gene que impede que seus descendentes cheguem à fase adulta. A empresa, que já produz os insetos em fábricas instaladas no Brasil, espera utilizá-los para reduzir a população selvagem do Aedes transmissor do vírus causador da dengue, zika e chickungunya.
Segundo informações oficiais da Oxitec, mosquitos foram liberados em cinco locais, incluindo as cidades brasileiras de Juazeiro (BA), Jacobina (BA) e Piracicaba (SP), obtendo, como resultado, redução da população de Aedes aegypti selvagem de 82% a 99% em algumas áreas afetadas.
O juiz federal Renato Borelli escreveu na decisão que “diligenciando por meio de pesquisa à rede mundial de computadores, acessei diversas publicações que mencionam o sucesso da liberação planejada dos mosquitos transgênicos na cidade de Piracicaba. Ainda, não encontrei menção à ocorrência de danos, como já previa o parecer do CTNBio acerca do assunto”.
Procurada pela Agência Brasil, a Anvisa informou que ainda não foi notificada da referida decisão e que, assim que isso ocorrer, analisará as medidas judiciais cabíveis. A questão vem sendo analisado pela agência desde 2014. A expectativa, conforme nota divulgada em 2016, era de regularizar a utilização desse mosquito em pesquisas no território nacional que produzam as evidências científicas necessárias sobre sua segurança e eficácia e, só então, avaliar a concessão do registro dos produtos.
Precaução
A liberação da comercialização foi criticada pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Segundo a professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (UPE), pesquisadora aposentada da Fiocruz e membro do Grupo de Trabalho Saúde e Ambiente da Abrasco, Lia Giraldo da Silva Augusto, “essa liberação não tem sustentação técnico-cientifica”.
Ela afirma que “não existem estudos de campo suficientes para garantir a segurança dessa tecnologia. E, além disso, você tem uso de antibióticos na própria produção do mosquito transgênico. Então, não há como dizer que há riscos prováveis à saúde, mas a empresa também não tem como dizer que eles existem. Deveria ser considerado o princípio da precaução”.
A pesquisadora integrava a CNTBio nos anos de 2016 e 2017 e participou da elaboração de nota técnica da Abrasco que criticou a liberação de testes sem estudos que assegurassem proteção e efetividade. A organização apontou que a análise se deu sem dados suficientes, com ausência de dispositivo de biossegurança e de forma rápida.
Além desses problemas, Lia Giraldo destaca que a tecnologia mantém o foco no combate ao mosquito, ao passo “se você for verificar, toda a problemática das arboviroses está relacionada com as questões ambientais, por questões de organização e falta de estrutura, como saneamento básico. Nós temos um descontrole da população de aedes por questões ambientais. O que se vem fazendo é focar no mosquito e não nas condições que propiciam a propagação do mosquito”, criticou.
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Medicamento três em um
Um novo medicamento para tratar tuberculose deve chegar à rede pública de saúde brasileira em maio. Trata-se de nova apresentação do medicamento isoniazida, de 300 miligramas (mg), que permitirá a substituição de três comprimidos por apenas um. A expectativa é que a mudança garanta mais conforto aos pacientes.
Segundo o Ministério da Saúde, foram adquiridas 5 mil caixas do remédio, que correspondem a 2,5 milhões de comprimidos. Para o acompanhamento da implantação da isoniazida 300 mg, será financiada uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Os estudos terão apoio de pesquisadores externos nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e no Distrito Federal, que receberão, inicialmente, o medicamento.
Mais adesão
O ministério espera que também ocorra ampliação da adesão ao tratamento. “Nosso objetivo é garantir o que há de mais inovador no tratamento da doença. Estamos investindo na cura, mas precisamos garantir que o paciente inicie e conclua o tratamento. Com a nova apresentação, vamos facilitar a vida do paciente que precisará tomar apenas um comprimido por dia”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson Cavalcante.
Em 2017, foram registrados 69,5 mil novos casos e 13.347 casos de abandono do tratamento de tuberculose. No mesmo ano, o percentual de cura de casos novos foi 73%, sendo que os estados do Acre (84,2%), de São Paulo (81,6%) e do Amapá (81,7%) alcançaram os maiores percentuais de cura.
Para estimular o tratamento da doença, neste sábado (24) Dia Mundial de Combate à Tuberculose, o ministério lança a campanha Tuberculose Tem Cura. Todos juntos contra a tuberculose. A campanha vai ao ar entre os dias 23 e 30 de março e visa a conscientizar as pessoas a procurarem unidades de saúde para o diagnóstico, e os pacientes a realizarem o tratamento completo para atingir a cura.
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Aplicativo de mensagem instantânea pode desencadear depressão
Quantas vezes você pega o celular para checar mensagens por dia? Com quantos grupos de amigos, familiares e colegas de trabalho conversa diariamente? Qual é a sua tolerância na espera para receber uma reposta? As mensagens acumuladas esperando resposta no seu celular te deixam angustiado?
Aplicativos de mensagens instantâneas se disseminaram rapidamente no Brasil e no mundo, em nome da velocidade, custos mais baixos e praticidade na comunicação – mas o outro lado da moeda na crescente dependência social desses apps é a ansiedade produzida pela sensação de estar ligado, e em dívida, o tempo todo, alertam especialistas.
"O que está acontecendo basicamente é que as pessoas ficam de plantão o dia inteiro, e claro que isso é maléfico. Elas não descansam, não têm um momento de parar. Isso gera estresse, que pode desencadear quadros como depressão e ansiedade", adverte o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina (Apal).
O submundo dos vídeos que humilham e expõem crianças no YouTube
'Evito as redes sociais pela mesma razão que evito as drogas', diz o criador da realidade virtual
Segundo um estudo feito pelo Datafolha em 2017, o WhatsApp é o aplicativo de mensagem preferido por 89% dos brasileiros. A empresa, que pertence ao Facebook, tem 120 milhões de usuários no Brasil. O número equivale a mais da metade da população do país, e corresponde a 10% do 1,2 bilhão de usuários globais do app.
Vício portátil
A possibilidade de ter conversas em tempo real pela internet já era conhecida de frequentadores de grupos de chat, usuários do MSN Messenger, ou viciados em Blackberry nos idos dos anos 2000. Mas a ferramenta se tornou muito mais interessante quando de repente "todo mundo" tinha acesso a ela de forma portátil, com a popularização dos smartphones e maior acesso a planos de dados ou Wi-Fi.
"O MSN funcionava no computador, então você tinha que estar parado em um lugar. Se você fosse um viciado em tecnologia, ficava em casa preso no computador. Com o smartphone não, você passa a carregar esse vício para onde você vai. Fica logado 24 horas", diz a psicóloga Andréa Jotta, do Laboratório de Estudos de Psicologia e Tecnologias da Informação e Comunicação (Janus) da PUC-SP.
Uma "conversa" pressupõe uma resposta imediata, "pá-pum". E os comunicadores instantâneos de fato permitem que as interações se sucedam quase como se os interlocutores estivessem face a face. Permitem até saber se uma resposta está em construção, com as reticências que aparecem quando outra pessoa está escrevendo, ou já foi lida, com as setinhas azuis que acendem no indicador de leitura.
O problema é que os comunicadores são "instantâneos" para quem os manda, mas não necessariamente para quem os recebe, diz Jotta.
Como seu glitter no Carnaval chega aos peixes no Oceano
"As pessoas não estão disponíveis para você 100% do tempo. Mesmo que o aplicativo indique que esteja online, não necessariamente ela pode responder. E não dá para achar que aquela 'não resposta' é direcionada a você."
Mas é justamente o que acontece muitas vezes, com relatos de reações de insegurança, ciúme, ansiedade, "porque alguém leu a mensagem mas demorou para responder" – o que, dependendo da relação, pode gerar uma interpretação excessiva de lacunas de silêncio; ou da hesitação ao escrever e reescrever uma resposta, como se fossem gestos a se atribuírem significados.
Tanto a expectativa de que o interlocutor responda instantaneamente quanto a vontade de responder rapidamente a todas as mensagens que chegam alimentam a ansiedade, diz Jotta – ainda mais quando avisos sonoros estão ativos e o celular fica apitando, pedindo atenção.
Quem é ansioso para responder rapidamente fica com aquele pensamento ocupando a mente até conseguir. E quem é desorganizado e dado ao acúmulo de tarefas se sente ainda mais sobrecarregado. "Ficam na demanda constante, eu tenho que dar conta, eu tenho que dar conta", diz a psicóloga.
Uso consciente
Grupo multidisciplinar criado para pesquisar a dependência da tecnologia, o Instituto Delete atende pessoas que sofrem do uso abusivo de tecnologias como redes sociais, telefones celulares e aplicativos de mensagens, recebendo pacientes todas as sextas-feiras, no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na Praia Vermelha, em Botafogo.
De acordo com o coordenador do Instituto, Eduardo Guedes, o uso abusivo de aplicativos de mensagens é bastante comum, mas os casos mais preocupantes são os que configuram uma dependência, e estão associados a transtornos relacionados, como ansiedade, depressão, pânico ou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
O instituto criou um questionário online para avaliar o uso do WhatsApp e ajudar o usuário a avaliar se seu caso chega a níveis de dependência.
"A tecnologia surgiu para encurtar distâncias, otimizar o tempo e nutrir relações humanas. O perigo é quando você começa a substituir a vida real em prol das sensações de prazer geradas pela tecnologia", diz. "A gente estimula o uso consciente, para colocar a tecnologia no lugar e no propósito que ela deve ter."
As queixas são variadas, diz Guedes. Há pessoas que relatam desconforto com grupos de família, dizendo que têm vontade de sair deles, mas não conseguem e, ao mesmo tempo, não sabem como se comportar ali; casos de TOC em que usuários ficam checando compulsivamente se outra pessoa está online; e de pessoas que relatam depender do app para sentirem acompanhadas, e por isso mandam mensagens mesmo quando estão dirigindo, apesar do grande risco que isso acarreta.
Entre as técnicas básicas para o uso comedido e consciente dos comunicadores, Guedes recomenda silenciar notificações de mensagens, parar de usar os aplicativos duas horas antes de ir dormir e, se possível, desabilitar os avisos de recebimento e de leitura – "porque tem gente que não sabe lidar com isso."
Sem limites entre lazer e trabalho
A dependência que os brasileiros têm do WhatsApp no dia a dia ficou evidente nos episódios em que o aplicativo foi temporariamente bloqueado pela Justiça, levando a revolta entre usuários e expondo o quanto o aplicativo é usado tanto para comunicações corriqueiras do dia a dia quanto no trabalho e em serviços, como parte do ganha-pão de muitos brasileiros.
Mas a mistura de trabalho e lazer e a falta de limite de horários para uso colaboram que gerar um estado de atenção e de prontidão constantes, diz Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) e professor de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
"Você confunde esferas da sua vida que costumavam ser separadas. Antes, você falava com seus colegas no horário de trabalho, e com amigos e família nas horas de lazer. Os aplicativos de mensagem misturam tudo e tornam o momento de atenção perene", considera.
"Isso envolve questões jurídicas, com a divisão entre lazer e trabalho se perdendo. Você já tem decisões judiciais considerando que um funcionário estava em horário de trabalho porque estava respondendo mensagens tarde da noite."
Se uma mensagem de trabalho chega às 23h da noite, interfere na vida privada das pessoas e faz com que de repente se vejam ligadas, como se estivessem sempre de prontidão, diz a psicóloga Aline Restano.
"Estabelecer limites entre trabalho e lazer está cada vez mais difícil", diz Restano, pesquisadora do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas (GEAT), grupo de psicólogos e psiquiatras do Rio Grande do Sul que estuda dependência de tecnologia.
Para ela, a mania de se criar grupos reunindo pessoas das origens mais variadas – de amigos e familiares a pais de crianças da escola, grupos da pelada ou do pedal, grupos de colegas de trabalho – contribuiu para que o entusiasmo inicial com o aplicativo fosse vencido por um cansaço com seus excessos.
"No início havia um prazer de receber mensagens, mas hoje em dia os usuários costumam ter tantos grupos e o volume é tão grande que isso gera uma irritabilidade, com tantas pendências sempre para responder", diz a psicóloga.
'Falta tempo para ficar a sós'
Restano diz que o uso prejudicial de comunicadores instantâneos está aumentando, e que recebe relatos de conflitos familiares de pessoas que começam a deixar de fazer programas sociais para ficar em casa se comunicando no celular.
Ela afirma que indivíduos mais ansiosos tendem a exacerbar essa característica no uso dos aplicativos de mensagem, achando que têm que responder imediatamente.
"Na cultura atual, há uma tolerância muito baixa à frustação. As pessoas estão acostumadas a ter acesso a tudo muito rápido, a informações, a respostas, e isso só reforça a ansiedade. Gente com temperamento mais saudável tende a se relacionar com o WhatsApp e outras mídias de forma mais saudável."
Para a psicóloga, o principal malefício de se estar o tempo todo acessível é a "impossibilidade de se ficar sozinho com os próprios pensamentos."
"A capacidade de estar só é muito importante para o nosso desenvolvimento emocional. É quando pensamos dos nossos sonhos, projetos, desejos, medos loucuras", considera. "Hoje estamos o tempo todo nos distraindo, pegando o celular, conferindo o WhatsApp ou outras redes. Não sabemos ainda que efeito isso pode gerar no nosso futuro, de não conseguir lidar com a nossa própria companhia."
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CBN GOIÂNIA
Pacientes reclamam de falta de funcionários e demora no atendimento
A reportagem CBN percorreu alguns cais na manhã deste sábado (24) para ver como estavam os atendimentos e flagrou vários problemas. No Cais Campinas, tinham 3 clínicos e 3 pediatras, mas a coleta de sangue não estava acontecendo por que a funcionaria não tinha ido trabalhar. Duas mães foram embora com os filhos sem fazer o exame. Ouça mais na reportagem de Aldenne Lopes.
https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/pacientes-reclamam-de-falta-de-funcion%C3%A1rios-e-demora-no-atendimento-1.1488353 
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Casos de dengue aumentam 12% em Goiás
As cidades com maior incidência de dengue são Goiânia, Aparecida, Senador Canedo e São Simão. Ouça mais na reportagem de Bárbara Falcão.
https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/casos-de-dengue-aumentam-12-em-goi%C3%A1s-1.1489033
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O HOJE
Goiás lidera transplante de córnea
A doença da córnea pode ter várias causas, desde congênitas, traumáticas até por infecções. É responsabilidade do médico oftalmologista examinar o paciente e avaliar se há a necessidade ou não da realização de transplante. Na maioria dos casos, a indicação do procedimento é feita quando a pessoa tem baixa visual, ou seja, o olho está bem, mas a córnea está doente.
Em Goiás, somente em 2017, foram realizados 1.140 transplantes de córnea. Em novembro do ano passado, o Estado conseguiu zerar a fila de espera pelo procedimento, que já durava dez anos. Na época, a Fundação Banco de Olhos (Fubog) captou a córnea e encaminhou para o médico responsável realizar o transplante, zerando, assim, por completo a espera para uma cirurgia. “Quase 90% dos procedimentos são realizados pela Fundação Banco de Olhos, ultrapassando nossa meta e contribuindo ainda mais para ajudar a nossa população nessa questão de saúde pública", destaca o presidente da Fubog, Zander Campos da Silva.
Dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) mostram que, se for feita a análise do número de transplantes por milhão de pessoas (pmp), Goiás lidera o cenário nacional, com 154,7 por pmp. Em segundo lugar vem o Distrito Federal (123,6) e em terceiro, o estado do Ceará (107,0). Segundo a médica oftalmologista da Fubog, Luciene Barbosa, esse resultado revela que em Goiás existem mais doadores efetivos de córnea. “O Banco de Olhos, juntamente com o apoio da Central de Transplante, tem trabalhado na gestão e treinamento de seus funcionários, que tiveram assim um maior número de conversão das entrevistas, ou seja, de doadores. Tendo mais córnea disponível, a fila de transplante andou mais rápido, chegando a acabar.  Hoje, Goiás disponibiliza córnea para Brasília, que envia para vários estados, de acordo com a lista de espera”, afirma.

Como ter acesso à córnea
De acordo com a oftalmologista Luciene Barbosa, a córnea é disponibilizada pela Central de Transplantes, seguindo uma ordem cronológica de data de inscrição e critérios de urgência.  “Quem consegue a córnea são os agentes responsáveis pela busca de possíveis doadores. Uma vez sendo um possível doador, é feita uma análise do prontuário e se tudo ocorrer bem, procura a família para fazer a ‘entrevista’, solicitando a doação”, diz.  Para garantir a doação e captação de córneas em tempo hábil, a Fundação mantém no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, uma equipe de funcionários em plantão 24 horas. A instituição também possui Centros de Captação de Córneas em Catalão, no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), na Santa Casa, no Hospital Araújo Jorge e em Itumbiara.
Desde 1977, a Fubog faz a enucleação, análise e o armazenamento das córneas destinadas a transplantes no Estado de Goiás. No Centro de Pesquisas de Córneas da Fundação, são realizados exames para avaliação da córnea e a contagem celular do endotélio, antes da mesma ser enviada ao médico para o transplante. A oftalmologista da Fubog explica ainda que se trata de uma cirurgia relativamente simples, mas requer um acompanhamento e cuidados no pós-operatório. “A recuperação visual pode ser lenta, dependendo do tipo de transplante. Precisa usar colírios por um tempo e fazer os retornos com o médico”, acrescenta.
Novos pacientes
Como a fila foi zerada, a Fubog está cadastrando novas pessoas interessadas em fazer o transplante de córnea e que possuem condições para passar pelo procedimento. “O paciente pode solicitar uma avaliação para transplante, entrando no site e enviando os dados para inscrição de avaliação. A Fubog irá agendar um dia para o paciente comparecer no hospital e ser avaliado pela nossa equipe, buscando a indicação de transplante. Se o transplante for indicado, paciente será cadastrado na instituição e encaminhado para a fila”, orienta. (Especial para O Hoje)

Ranking 

1- GO: 154,7
2- DF: 123,6
3- CE: 107,0
4- PE: 102,8
5- SP: 99,6
6- ES: 87,3
7- MS: 82,8
8- PR: 79,1
9- SC: 78,5
10- MT: 74,1
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Não há surto de H1N1 em Goiás, diz secretária
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) confirmou que não há epidemia de H1N1 no Estado e que o surto se restringe somente à Vila Cottolengo, em Trindade. O boletim divulgado pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) confirmou a ocorrência de 17 casos.
Para a coordenadora de doenças imunopreveníveis, respiratórias e hepatites da SES, Gláucia Gama, as suspeitas assustaram no início, mas todas as medidas foram tomadas e não existe risco de um surto no Estado. “No momento, podemos informar que não há epidemia de H1N1 no Estado. O que existe é um surto localizado na Villa São Cottolengo que já está controlado, pois todas as medidas necessárias foram tomadas para resolvermos essa situação”, completou.
Este ano, foram confirmados 17 casos de SRAG por H1N1. Duas ocorrências foram em Aparecida de Goiânia, uma em Anápolis, seis casos em Goiânia, um em Caturaí e os sete de Trindade, na Vila São Cottolengo.
De acordo com ela, os idosos e crianças possuem os maiores fatores de risco. “O vírus do H1N1 circula desde a pandemia de 2009. Na verdade, a gripe é uma doença com evolução benigna, porém nos pacientes que apresentam fator de risco, existe uma chance de complicações muito maior. Foi isso que vimos acontecer com os pacientes da Vila São Cottolengo”, afirmou.
Programação
A Campanha de Vacinação contra a Influenza, que ocorre em âmbito nacional do dia16 de abril a 25 de maio. Este ano as vacinas devem combater a três mutações do vírus, o H1N1 e H3N2 (ambas do vírus influenza A) e um similar ao vírus influenza B.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vacinas quadrivalentes deverão conter um vírus similar ao influenza B mais as outras três já presentes na trivalente.

Sintomas
A gripe H1N1 possui sintomas muito semelhantes à gripe comum. Pode-se sentir a garganta seca, rouquidão, pele quente e úmida, além de olhos lacrimejantes. Nas crianças, a febre pode apresentar com temperaturas mais altas, com quadros de bronquite e sintomas gastrointestinais.
Além desses sintomas, é possível que também ocorra diarreia e vômito na pessoa infectada, mas esses não são tão recorrentes. A recomendação médica é que, ao constatar a frequência desses sintomas, o cidadão procure ajuda médica para se submeter a um exame clínico e, assim, ter certeza do diagnóstico.
Pandemia
Em 2009 um surto de H1N1, que teve início no México, afetou praticamente todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na época que a epidemia era um caso de emergência na saúde pública internacional.
No Brasil, foram mais de mais de 58 mil casos da doença e 2.100 mortes confirmadas. A gripe estava na escala seis de alerta da OMS, em uma escala de 1 a 6. De acordo com a OMS, a gripe H1N1 é uma mutação de diversos vírus incluindo a da gripe espanhola, outras formas de gripe humana, e da gripe aviária. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian).
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G1 GOIÁS
Após surto de H1N1, doações para o Hospital Vila São Cottolengo caem 70% e estoque tem 'situação crítica'
Após o surto de H1N1 no Hospital Vila São Cottolengo, o número de doações caiu 70%, e o estoque da unidade está em situação crítica. Os diretores da unidade acreditam que o motivo é o medo dos doadores de se contaminarem. Apesar desse receio, os administradores afirmam que não há risco. Segundo a administração, a instituição precisa de doações de alimentos a produtos de higiene.
“A situação é crítica em termos de doação. A gente está se mantendo pelo pouco estoque que a gente tinha e com as poucas doações que recebemos nos últimos dias. Apesar disso, graças a Deus, a gente ainda não teve situação de falta do básico”, explicou a enfermeira Lidiane Castro Figueiredo, presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
A Vila São Cottolengo abriga, atualmente, 316 pessoas com comprometimento da saúde mental e motora. De 24 de fevereiro a 5 de março, 57 internos adoeceram, sendo que sete morreram em uma semana. Logo depois, ocorreram mais duas mortes por H1N1.
Outros dois seguem internados em hospitais da capital até este domingo (25). Um deles se trata de um homem de 50 anos que está em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). O paciente está sedado e respira por aparelhos.
Sem risco de contaminação
Lidiane acredita que as doações reduziram de dez para três por dia devido ao medo das pessoas de se contaminarem com H1N1. No entanto, segundo a enfermeira, não há risco.
Os pacientes precisam de alimentos, produtos de higiene pessoal e fraldas descartáveis, preferencialmente, de tamanho G ou GG. Após a redução de doações, Lidiane conta que os internos não recebem, entre outros itens, frutas.
“Não ficaram sem comer, mas houve redução na variedade de alimentos. Eles já são tão limitados, são pacientes com sensibilidade. Então, a gente buscar dar o máximo de qualidade de vida a eles”, ressaltou.
Produtos necessários:
Itens de higiene pessoal:
Higiene Pessoal
Fralda descartável adulto tamanho "G"
Desodorante antitranspirante aerosol
Papel higiênico
Shampoo
Creme sem enxague
Creme dental infantil
Alimentos:
Suco líquido 500ml (Maracujá, Tamarindo, Uva, Manga, Goiaba, Acerola e Caju)
Café moído
Leite condensado
Farinha láctea
Farinha de aveia
Leite integral
Fermento químico
Adoçante líquido com sucralose 80ML
Adoçante culinário com sucralose 400G
Amido de milho
Refrigerante (zero açúcar e normal)
Doce (goiabada)
Ovos
Limpeza e descartáveis
Detergente neutro
Fibra verde limpeza pesada 260 mm x 102 mm
Esponja para vasilhas
Saco de lixo preto de 200 litros reforçado
Saco alvejado 100% algodão para limpar chão 63 cm x 48 cm
Água sanitária
Guardanapo de papel
Colher descartável
Copo descartável 200ml
Marmitex
Canudo plástico dobrável
Papel toalha
Doações em dinheiro
Banco do Brasil
Agência 2738-3
Conta: 55.100-7
Caixa Econômica Federal
Agência: 1241
Conta: 30020-7
Operação: 003
Bradesco
Agência: 1633
Conta: 585-1
Itaú
Agência: 4313
Conta: 00564-9
Sicoob
Agência: 3300
Conta: 1403-6
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GAZETA DO ESTADO
MP instaura inquérito para apurar irregularidades no gerenciamento de leitos de UTI do SUS

A promotora Leila Maria de Oliveira, titular da 50ª Promotoria de Justiça da capital, instaurou inquérito civil público, nesta quinta-feira (22/3), para apurar possíveis irregularidades no gerenciamento de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em Goiânia. A investigação vem em resposta a uma representação feita ao órgão denunciando a seleção indevida de pacientes para o preenchimento de vagas, conforme informações de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) instaurada pela Câmara Municipal. No documento, os representantes relataram que, de acordo com relatório elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde, somente 69,97% dos leitos instalados nas instituições privadas cadastradas no Sistema Único de Saúde (SUS) estavam ocupadas por pacientes do sistema. Foi constatado ainda que prestadores teriam selecionado os pacientes por quadro clínico e maior rentabilidade.
Os integrantes da CEI solicitaram também à Secretaria Municipal de Saúde um relatório de ocupação diária de todos os leitos reservados ao SUS entre agosto de 2016 e agosto de 2017 e verificaram que mais de uma centena permaneceu desocupado e ocioso enquanto pessoas aguardavam vagas nas unidades. O relatório ainda indica que a seleção de pacientes não ocorre apenas nas instituições privadas cadastradas para o atendimento pelo SUS, mas também em hospitais públicos geridos pelas Organizações Sociais (OSs), como o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), o Hospital Materno-Infantil (HMI) e o Hospital de Doenças Tropicais (HDT). Assim, considerando que os leitos cadastrados como SUS no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) devem estar à disposição da Prefeitura 24 horas por dia, e que segundo o Regimento Interno da Secretaria Municipal de Saúde, compete ao Departamento de Regulação, Avaliação, Controle e Auditoria criar e acompanhar os fluxos de serviços e atendimentos de saúde, bem como adequar os fluxos regulató- rios à demanda existente, a promotora instaurou inquérito para apurar as possíveis irregularidades.
Com o procedimento administrativo, será requisitado à Secretaria Municipal de Saúde que se manifeste sobre o conteúdo da portaria, e que, caso queira, apresente documentos sobre o assunto. Além disso, o diretor de Regulação, Avaliação e Controle, Marcelo Netto do Carmo; o presidente da Associação dos Hospitais de Goiás, Fernando Antônio Honorato da Silva e Souza, e o chefe de UTI da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia serão notificados para prestarem declarações ao Ministério Público. Caso as irregularidades sejam confirmadas, os gestores da saúde pú- blica municipal e as instituições que negaram o serviço poderão ser acionados por atos de Improbidade Administrativa, conforme previsto no artigo 11 da Lei nº 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa).
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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação