Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25/09/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Médicos residentes param atividades
• Coluna Spot – Coração
• Dor pela perda, alegria pela ajuda
• Artigo – "Eu quero sumir daqui!"
• Artigo – O profissional do cuidado
• Como estimular a inovação em hospitais?

O HOJE

Médicos residentes param atividades

Médicos residentes que trabalham no Sistema Único de Saúde (SUS) fizeram hoje (24) uma paralisação em várias cidades do país. Organizada pela Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), a paralisação foi feita em todos os estados, mas pelo menos 30% dosresidentes mantêm as atividades para garantir o atendimento nas emergências.
Em Brasília, a manifestação ocorreu em frente ao Ministério da Educação (MEC), onde os participantes reivindicaram melhores condições de trabalho e ensino. Para a residente em ginecologia Luciana Viana, do Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB), falta material para melhor aprendizagem.
"Nós buscamos principalmente melhores condições de trabalho e ensino. Faltam materiais básicos e disponibilidade dos preceptores para ensinar aos residentes. Há pessoas para nos auxiliar, mas não há material para a melhor instrução." Luciana disse ainda que falta fiscalização do MEC nos programas de residência médica.
O ministério informou que se reuniu com representantes da ANMR na última sexta-feira (18). Ficou acertada a realização de três reuniões para discutir as diferentes reivindicações da categoria. As duas primeiras estão previstas para outubro e a terceira, para novembro. O MEC também já apresentou à associação sua posição sobre cada um dos pontos reivindicados. A associação concordou em analisar o assunto e retomar os temas durante as reuniões marcadas.
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O POPULAR

Coluna Spot – Coração
O médico Ary Timermn, do Instituto Dante Pazzanese, de São Paulo, fará palestra hoje no encerramento da 1ª Semana do Coração do Hospital Anis Rassi.

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Dor pela perda, alegria pela ajuda
Em homenagem feita pelo Hugo, pai de doadores e receptor relatam experiências que tiveram

Eduardo Pinheiro

Um carro atravessou a vida do encarregado de produção Nylton Carlos Ferreira, de 65 anos. No final de maio deste ano, os dois filhos, Hugo Ribeiro Pereira, de 17 anos, e Tiago Ribeiro Pereira, de 16, foram atropelados enquanto andavam de bicicleta, em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia. O motorista, que havia acabado de praticar um assalto, fugiu do local. Os dois morreram. A morte deles, no entanto, salvou seis vidas.
Em meio ao turbilhão que a tragédia provocou em Nylton, ele conseguiu manter uma brecha de lucidez. “Quando morava na roça não entendia o que era doar órgãos. Achava que os médicos iriam me deixar morrer para pegá-los”, diz. Com a morte dos filhos foi diferente. Não pensou duas vezes. Sentiu a dor, mas pensou nos outros. “A dor da perda é imensa, mas foi fácil. Eu mesmo fui atrás dos médicos querendo fazer a doação”, afirma.
Com o pedido de Nylton, seis pessoas foram salvas e tiveram melhora na qualidade de vida: foram doadas duas córneas, dois rins, coração e fígado. A diferença entre o período que vivia na roça e o do ato de doar é só uma: a informação. Nesse período ficou sabendo que o método não deixa o corpo deformado e que é preciso se comunicar. “Sabia que estava perdendo a carne deles, mas que poderia ajudar outras pessoas”.
Nylton não sabe bem quem recebeu os órgãos dos filhos, mas gostaria muito de saber. No relatório que possui, consta que foram para Brasília, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Durante homenagem ontem no Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo), para ele e outros doadores de órgãos, reviveu boa parte do processo de perda e alegria de doar. Subiu ao palco tímido e orgulhoso. “A emoção é forte, me lembro de cada detalhe tudo de novo”, disse, entre lágrimas.
Matéria publicada pelo POPULAR em 20 de agosto mostrou que o número de doações de órgãos no Estado dobrou este ano em relação ao ano passado. Até julho, a Central de Transplante da Secretaria Estadual de Saúde (SES) recebeu 23 doações de múltiplos órgãos, contra 11 no ano passado. Em todo o ano passado, foram 26 doações.
Quase morte
O aposentado Paulo César de Gouvêa, de 65 anos, sabe muito bem o que é estar do outro lado. Em 2009 foi diagnosticado com cirrose hepática grave e só poderia ser salvo com um transplante. Em poucos meses passou de um quadro que parecia saudável para quase morte. Foi internado e teve ir às pressas para São Paulo, pois Goiás ainda não realiza transplantes de fígado. Por lá, passou por cirurgia rapidamente e foi transplantado.
O aposentado relata que depois disso sua vida mudou. “A angústia da espera na fila de transplantes atrapalha”, afirma. No entanto, nunca desistiu ou se deixou abater. “Foi uma luz. Sempre tive a esperança de tudo dar certo e isso me deu forças.” Morador de Pires do Rio, Paulo anda a cavalo e segue uma vida normal graças à doação de órgãos. No final da cerimônia ontem no Hugo, Nylton e Paulo se encontraram e pareciam se conhecer muito bem, sem nunca terem se visto. A doação de órgãos pode unir muito mais do que separar.

Recusa de familiares é grande e aumentou neste ano, segundo Hugo

Apesar das histórias de Nylton e Paulo, a recusa das famílias para a doação de órgãos ainda é alta. De acordo com dados da Central de Transplantes do Hugo, o índice de famílias que não autorizavam a doação era de 65,9% e subiu para 70,8% neste ano. Das 91 famílias procuradas de maio a dezembro de 2014, 60 se recusaram a doar. De janeiro a agosto de 2015, das 79 abordadas, 56 não quiseram doar os órgãos de familiares.
Segundo o gerente da central de transplantes, Luciano Leão Bernardino, a recusa é preocupante e pode ser sanada com informação. Ele salienta, porém, que há alguns obstáculos a serem vencidos para que a doação de transplantes em Goiás e no Brasil cresça substancialmente.
Um deles é o preparo dos hospitais e das equipes médicas. É necessário, ressalta ele, haver condições físicas e estruturais para a instituição realizar os testes neurológicos e os exames que constatam a morte encefálica. “É preciso esse trabalho de estruturação da rede pública de saúde, dos hospitais com UTI, que envolve ação dos governantes; depois, de conscientização e informação das famílias”, argumenta.
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Artigo – "Eu quero sumir daqui!"

A cena mais lancinante da semana não partiu do Planalto, nem do Congresso, nem das Bolsas, nem do mercado de câmbio, mas de um hospital público da Capital da República, onde um médico negou atendimento a um moribundo, recebeu voz de prisão de um bombeiro e entrou em surto, gritando desesperadamente: "Estou estressado. Tá faltando tudo, tá faltando tudo. Eu quero sumir daqui!".
Pois foi nesta mesma semana que a presidente Dilma Rousseff jogou o Ministério da Saúde para as hienas do PMDB na Câmara. O vice-presidente Michel Temer, o deputado Eduardo Cunha e o senador Renan Calheiros vazaram para a imprensa a versão de que tinham se recusado a sugerir nomes para a reforma ministerial de Dilma. Ato contínuo, o partido se jogou de corpo e alma no festim para devorar nacos de poder enquanto o governo ainda respira.
O ex-presidente Lula tenta negar, mas ele defendeu esse troca-troca numa reunião com Dilma e o núcleo duro petista do governo e usou até uma versão mais objetiva do conhecido "vão-se os anéis, salvam-se os dedos". Segundo Lula, "é melhor perder ministérios do que a Presidência". Mas logo o Ministério da Saúde?!
Para piorar, os nomes apresentados pelo PMDB à presidente são chocantes. O deputado Manoel Júnior votou em Aécio Neves em 2014 e acaba de defender a renúncia de Dilma. O deputado Celso Pansera é aquele que o doleiro Alberto Youssef chama de "pau mandado do Eduardo Cunha". E vai por aí afora.
Sem contar a intrigante escolha do ministério que, no butim, vai caber ao PMDB do Senado. Dilma ofereceu a cabeça do ministro Armando Monteiro, ops!, ofereceu o Desenvolvimento, mas a bancada do partido preferiu Integração Nacional, que distribui verbas para os governadores. E quem é governador? O filho do presidente do Senado, Renan Calheiros, aquele que "se recusou a indicar nomes…"
Nada poderia ser mais dramaticamente sintomático da perda de poder político de Dilma Rousseff, que não consegue nem o básico: fechar o Orçamento, equilibrar as contas, aprovar o coração do ajuste fiscal, concluir a reforma ministerial e anunciar o tão prometido corte de pastas. Ela está totalmente nas mãos do PMDB. E que PMDB!
No programa que foi ao ar ontem à noite na TV, o principal partido da base aliada usou imagens quase sombrias e um tom de oposição emcampanha eleitoral. O recado foi claro: o fim do "estrelismo". E o foco foi em cima de Temer, o substituto natural e constitucional de Dilma em caso de vacância de poder.
Tem-se, assim, que Dilma entrega anéis e ministérios, mas nem por isso garante que vá salvar os dedos e a Presidência. O Congresso lhe deu uma vitória ao manter 26 dos 32 vetos presidenciais e está a caminho de aprovar os restantes, mas essas votações têm uma dinâmica própria, pois evitam implodir de vez as contas públicas. E agora? Dilma vai de fato conquistar os votos do PMDB? Ela tem condições de aprovar a criação da CPMF, coração do pacote fiscal? Consegue impedir a abertura do processo de impeachment?
E mais: a presidente só tem 7% a 8% de aprovação, as greves pipocam por toda a parte, o MTST põe as manguinhas de fora e lê-se que até o líder do PT já grita como oposição. Dar a Saúde para o "baixo clero" do PMDB não assegura a lealdade do partido nas decisões de vida ou morte e, ainda por cima, tende a tirar ainda mais apoio de Dilma na opinião pública e na sua base social.
A boa notícia para o Planalto é que, se as cenas dantescas dos peemedebistas devorando a carniça no Planalto são péssimas para Dilma, não se pode dizer que sejam animadoras para o PMDB. Elas não apenas destroem o que resta de popularidade do atual governo como esgarçam de véspera a esperança num eventual governo de transição com Michel Temer. Com esse PMDB? Com Cunha? Com Renan? Com um Manoel Júnior na Saúde?
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Artigo – O profissional do cuidado

Todos os medicamentos, mesmo os aparentemente inofensivos, podem provocar efeitos indesejados, quando usados sem orientação. A diferença entre a cura e a morte pode estar apenas na dose.
Os últimos dados divulgados, em 2012, pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox/Fiocruz) mostram que os casos de intoxicação por medicamentos, naquele ano, passaram dos 27 mil, em todo país. Em Goiânia, foram 1.342 casos de intoxicação e 13 mortes registradas em decorrência do uso irracional de medicamentos.
Os efeitos negativos do uso de medicamentos sem orientação atingem, não só a saúde do cidadão, mas também a área financeira dos sistemas privado e público de saúde. Direta ou indiretamente, 40% dos pacientes atendidos, nas emergências dos hospitais, precisam ser hospitalizados em decorrência do uso de fármacos sem a devida orientação.
A presença do farmacêutico nas unidades de saúde, sejam públicas ou privadas, contribui para racionalizar o uso de medicamentos, padronizar condutas terapêuticas, facilitar o fluxo de informações entre a farmácia e o usuário e evitar perdas desnecessárias.
Nos últimos três anos, a farmácia brasileira vem passando por profundas e significativas transformações. Em 2013, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou a resolução de nº 585, que trata das atribuições clínicas do farmacêutico, e a de nº 586, que dispõe sobre a prescrição farmacêutica.
As normativas tornam oficiais serviços que grande parte dos farmacêuticos já prestava à população. Em resumo, eles normatizam os serviços, o cuidado e a atenção que o farmacêutico pode prestar à comunidade. O farmacêutico deixou de ser apenas o profissional que está do lado de dentro do balcão das farmácias.
E as farmácias já não são meros estabelecimentos comerciais. Em 2014, foi sancionada, pelo governo federal, a Lei 13.021 que determina que as farmácias e drogarias são unidades de saúde. Ela obriga as farmácias a assumirem aquilo que sempre foi de sua natureza: a assistência farmacêutica e o compromisso com as questões sanitárias e, ainda, resgata o papel do farmacêutico como profissional da saúde.
O farmacêutico é essencial tanto na orientação e serviços clínicos que pode prestar nas farmácias, e em dezenas de outras áreas, quanto na organização e desoneração dos sistemas de saúde. Estamos resgatando o papel de profissional do cuidado. Em qualquer pequena manifestação de dor ou enfermidade, nós somos os primeiros profissionais procurados pela população. Nesse ato de atender e zelar pela saúde do próximo, está a nossa missão.

Ernestina Rocha é presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás.
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SAÚDE BUSINESS

Como estimular a inovação em hospitais?
 

Incremental ou disruptiva, a inovação é buscada por gestores de todos os setores da economia, dentro ou fora da saúde, já que com ela surgem novas oportunidades de negócios e melhorias para redução de custos e aumento da produtividade. A dificuldade está em fomentá-la em meio a processos, metas, métricas e o dia a dia corrido, especialmente em ambientes hospitalares. Para o superintendente do Hospital Brasília e Maternidade Brasília, Erickson Blun, que será palestrante do Hospital Innovation Summit, mesmo nesse ambiente sério e atribulado, é possível envolver as pessoas e levá-las a contribuir com sugestões inovadoras para melhorar a produtividade dos hospitais. Leia a entrevista.

Saúde Business: Hospitais costumam ser vistos como ambientes sisudos, com muitos protocolos e regras. Como estimular a inovação nesse cenário?

Erickson Blun: Na saúde, há um mantra que relaciona inovação à tecnologia e isso é levado muito a sério. A inovação, porém, está nas pessoas. É ótimo investir em TI e tecnologias assistenciais, mas são as pessoas que fazem a diferença na inovação e na produtividade. Para estimulá-las, é preciso que elas se sintam parte da empresa e da estratégia. Se o sentimento do colaborador for de que ele é só mais um funcionário no processo, ele não vai querer inovar. Outro ponto para estimular a criatividade é trabalhar com os sentidos. A inovação é sensorial: envolve tato, olfato, audição, paladar, visão e, nessa época que vivemos hoje, conexão.

SB: Por favor, cite exemplos ou cases de inovação que aumentaram a produtividade em hospitais.

Blun: Fora do ambiente de saúde, temos os exemplos do Google e Facebook, com seus ambientes abertos e criativos. Na Saúde, precisamos tirar as pessoas de suas zonas de conforto. No Paraná, eu levava os colaboradores para reuniões na praia. Aqui em Brasília, periodicamente temos o lanche com o diretor, em que as pessoas se sentam na grama, sem os sapatos, e apenas as equipes da ponta participam, sem os supervisores, justamente para que não se sintam tolhidos. É open minded, para que a pessoa que está no dia a dia de um determinado processo ou procedimento nos conte o que ela acha que funciona melhor ou não. Com isso, já conseguimos melhorar a comunicação interna e externa, e aprimoramos diversos processos, com novas medidas simples e práticas.
Outro caminho para a inovação é ouvir os demais players do setor. Convidamos executivos de operadoras, por exemplo, para fins de semana em hotéis-fazenda, em que a simples mudança de ambiente e o relacionamento mais próximo permitem que as pessoas saiam da caixa, se libertem e passem a dar suas sugestões, porque sentem que realmente fazem parte da estratégia.

SB: Inovações costumam encontrar resistências, por tirar as pessoas de situações conhecidas e de suas zonas de conforto. Como superar isso?

Blun: Isso depende muito da cultura da empresa e do que é feito pelos líderes. O líder precisa ser acessível. Se é sisudo e distante e muda de uma hora para outra, soa falso. Esse executivo precisa estar no front, saber os nomes das pessoas, conhecer suas histórias pessoais. Quando o colaborador sente que tanto ele quanto o diretor fazem parte do mesmo time, que formam uma família, se estabelece uma relação de confiança e amizade, ele sabe que vai ser ouvido. Aí a produtividade brota, as pessoas se libertam e fazem a inovação acontecer.

Serviço – A Live Healthcare Media convida você a participar desse debate no Hospital Innovation Summit, que acontecerá dentro do Hospital Innovation Show.
O quê: Hospital Innovation Summit
Onde: Hospital Innovation Show – Centro de Convenções Rebouças (Av. Rebouças, 600 – Pinheiros, São Paulo – SP – CEP 05402-000)
Quando: 28 e 29 de setembro de 2015
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação