Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25/11/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES
• Número de cesáreas é menor que a média nacional
• Caso é o único fora do Nordeste
• Maior incidência de dengue em todo o País
• A cura da aids pode começar pelo alcoolismo


O HOJE
Número de cesáreas é menor que a média nacional
  
O Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), considerado referência em parto humanizado no Brasil, tem conseguido desde sua reinauguração, em 2012, reduzir o percentual de cesarianas em sua rotina. Em contrapartida aos índices observados no país, a unidade de saúde tem alcançado o valor que se aproxima ao indicado como ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 15% de partos cesáreos. Durante o mês de outubro de 2015, a maternidade atingiu a taxa de 28,2% de cesarianas, melhor índice até o momento.
Assim como o HMDI, a Maternidade Nascer Cidadão, localizada na região Noroeste da capital, também é referência nacional em parto humanizado. O modelo desenvolvido nas duas maternidades municipais será o adotado pelo segundo Hospital da Mulher e Maternidade Oeste, que tem inauguração prevista para 2016 objetivando aumentar os leitos de assistência à mulher e materno-infantil da rede pública municipal goianiense.
Para o diretor do HMDI, Maurício Viggiano, a cada ano, a Maternidade tem diminuído em 3% o índice de cesáreas. Desde a sua reinauguração em junho de 2012, o Hospital não havia alcançado um índice tão bom como o observado durante outubro de 2015. “É fantástico, pois são 72% de partos normais”, comemora o médico. Dos 351 partos realizados na unidade de saúde em outubro deste ano, 252 foram partos normais e apenas 99 cesarianas. A média acumulada alcançada pelo HMDI desde 2012 é de 39,2% de partos cesáreos. “A tendência, ao considerar a trajetória dos anos anteriores, é de que a Maternidade atinja o preconizado pela OMS até 2017”, observa Maurício.
A quantidade de partos naturais só não é menor devido à necessidade da unidade de saúde municipal em realizar procedimentos de média e alta complexidade ao receber mulheres em situações clínicas que exigem cirurgias cesáreas. A Maternidade recebe essas pacientes que apresentam problemas como hipertensão arterial e hemorragias. Para instituições que atendam estas situações, a Organização Mundial de Saúde admite como ideais taxas de cesáreas de até 25% – o que coloca o HMDI, nessas circunstâncias, apenas 3% atrás do preconizado.
Epidemia
“O país vive uma epidemia de cesarianas”. Foi essa a conclusão de um alerta divulgado pela OMS no início de 2015. O levantamento apontou que, no Brasil, mais da metade dos nascimentos são feitos por meio de procedimento cirúrgicos (53,7%). Preocupados com as altas percentagens de cesáreas no Brasil, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde (ANS) têm desenvolvido ações para estimular o parto normal e reduzir os índices de intervenções desnecessárias em todo o território nacional, já que estudos internacionais demonstram os riscos das elevadas taxas de cesarianas tanto para a saúde da mãe quanto para a do bebê.
Segundo dados da ANS, o número de cesáreas na rede de saúde privada brasileira é de 84%, enquanto que no Sistema Único de Saúde, o SUS, 40% das mulheres fazem esse procedimento cirúrgico. Apesar de menor, o número de partos cesáreos ainda não está de acordo com o indicado pela Organização Mundial de Saúde.
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O POPULAR
Caso é o único fora do Nordeste
Ministério diz que divulgará nome de cidade só após exames confirmarem ocorrência da doença
Cristiane Lima
Goiás tem um caso de microcefalia investigado pelo Ministério da Saúde (MS) por possível relação com o vírus zika. O estado é o único fora do Nordeste brasileiro com a suspeita. Ao todo, 739 casos são apurados em 160 cidades brasileiras. O registro goiano teria sido em Rio Verde, a 232 quilômetros de Goiânia, mas as autoridades sanitárias do município desconhecem a informação. Superintendente executivo da Secretaria Estadual de Saúde, Halim Antônio Girade, destaca que Goiás não tem nenhum caso de zika confirmado, mas que a partir de hoje o monitoramento de possíveis casos da doença terão atenção redobrada.
Girade adianta que todos os municípios, secretário de saúde e hospitais serão notificados a partir de hoje. Eles serão alertados para a importância de se notificar e acompanhar todos os casos suspeitos da doença viral, assim como os registros de microcefalia. “O Brasil está em alerta e definimos hoje (ontem) em reunião sobre o que deverá ser feito a partir dessa quarta-feira. Também estamos em alerta.” O superintendente destaca que o controle do vetor da dengue também será cobrado com mais intensidade dos municípios. “Não deixaremos que a doença se espalhe em Goiás.”
Em Rio Verde, o secretário de saúde, Leonardo Tangerino Melo, disse que a pasta não recebeu qualquer notificação sobre a investigação. Ele destaca que providenciará investigação para saber se houve o registro por parte do Ministério da Saúde. “Independente dessa confirmação, a cidade já vem desenvolvendo ações no combate ao mosquito da dengue.” O Ministério da Saúde informou que só vai confirmar o nome da cidade após os exames de comprovação. Mas a assessoria de imprensa do órgão federal informou que o risco está em todo País.
Risco de surto
O ministro da saúde, Marcelo Castro, concedeu entrevista coletiva ontem à tarde para falar sobre o assunto. Ele disse que o ministério já trabalha com a possibilidade de que o surto de microcefalia, que causa a má-formação no cérebro de bebês no período de gestação, possa se espalhará para outros Estados do Brasil. O motivo da afirmação, segundo explica, é que os pesquisadores encontram base na provável de 90% de certeza de ligação da microcefalia com o zika. O ministério já comunicou o problema à Organização Mundial da Saúde(OMS) e à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), conforme os protocolos internacionais de notificação de doenças.
Durante a entrevista, o ministro confirma que os casos confirmados de zika estão restritos ao Nordeste do País. “Mas o que todos os infectologistas dizem, ou pelo menos os que eu tenho conversado, é que não ficará restrito ao Nordeste. Se é um vírus que está causando a microcefalia e este vírus está espalhado por outros Estados do Brasil, ele vai causar em todos os outros Estados. E mais, devido à mobilização que tem hoje no mundo, ele vai se espalhar por outros países”, declarou Castro.
Exames de laboratório já constataram a presença do genoma do vírus zika em amostras de duas gestantes da Paraíba. Os dois fetos foram confirmados com microcefalia em exames de ultrassonografia. O vírus, no entanto, foi detectado em amostras de líquido amniótico. O ministro da Saúde destaca que tudo que se observa no Brasil é novo e nunca registrado na literatura médica até agora. “No mundo todo, não há um caso de epidemia de zika nem de surto de microcefalia como está acontecendo no Brasil.”

Ligação com o zika ainda não está confirmada

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou por nota que, até o momento, existem 18 estados brasileiros com casos confirmados de zika vírus e Goiás não está entre eles. Além disso, pontuou que o sistema de informação da pasta registra uma média de três casos de microcefalia no Estado nos últimos anos. Sobre o caso de microcefalia de um paciente de Goiás, divulgado pelo Ministério da Saúde, a SES informou que o caso está em investigação e não há nenhuma confirmação até o momento que correlacione a microcefalia da criança ao zika vírus.
Em 2014, três casos foram registrados em Goiás. No ano anterior, foram dois registros e em 2012, três casos. O superintendente executivo da SES, Halim Girade aponta que essa quantidade é aceitável e que as causas podem ser diversas, entre elas uso de álcool ou drogas.
Para as gestantes e mulheres que desejam engravidar, a gerente de vigilância epidemiológica Magna Maria de Carvalho destaca que é importante ter atenção às recomendações do Ministério da Saúde, como evitar contato com pessoas com febre ou infecções, sair de casa sempre cobertas o máximo possível, mesmo que usando roupas leves e, no caso do uso de repelentes, que seja, indicados pelo médico. Instalar telas em janelas também pode evitar o contato com o mosquito transmissor. “Os cuidados são basicamente os mesmos que se deve ter com a dengue.”
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Maior incidência de dengue em todo o País

Goiás registrou a maior incidência de dengue no País, com 2.314 casos por 100 mil habitantes, seguido por São Paulo, com 1.615 casos por 100 mil habitantes, e Pernambuco, com incidência de 901 casos por 100 mil habitantes. O dado preocupa, já que o Aedes Aegypti também transmite a febre chikungunya e o vírus zika. Por isso a Secretaria Estadual de Saúde (SES) retomará ações, como a presença do “Síndico Dengueiro” nos prédios públicos, onde uma pessoa fica responsável por eliminar possíveis criadouros do mosquito. A pasta apoia a aprovação de projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa que prevê multa para quem tiver criadouros do mosquito em casa ou no comércio.
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DIÁRIO DA MANHÃ

A cura da aids pode começar pelo alcoolismo
Medicamento usado para tratar viciados em álcool teria propriedades para identificar o vírus HIV

A revelação do ator Charlie Sheen de que é portador do vírus da aids na última semana repercutiu mais pelo fato dele ser quem é do que pela letalidade do vírus – que a cada pesquisa divulgada mais é minimizado. Mas que fique claro: pesquisas otimistas não significam o fim da doença. E sim uma longa caminhada em uma das mais selvagens disputas entre homens e micróbios – tudo mediado, claro, pelo interesse econômico.
Peste do século XX, a aids tornou-se referência e estigma para as pessoas que contraíram o vírus. Logo no final da primeira década da doença, era uma ‘vergonha’ ter aids. O cantor Cazuza negou que tivesse a doença até que sua própria imagem  sinalizasse a presença do vírus. O vocalista Renato Russo, líder da Legião Urbana, evitou falar do HIV. Para um jornalista, ele disse que a pergunta “se estava com aids” era “idiota”. E não era: justo em um momento em que pouco se sabia da doença ele resolveu ignorar publicamente o assunto.
Três décadas depois, a doença é ainda um risco. Mas a ciência começa a mostrar que é possível enfrentá-la. A rápida morte de Renato se deve a ações como evitar tomar o coquetel AZT, na época a única arma para prolongar a vida dos doentes. Hoje é possível viver muito mais.  E ter expectativa de cura caso as pesquisas sejam levadas à sério.
Na última semana, por ironia um medicamento que faria bem a Renato Russo por duas razões (para tratar seus abusos de álcool e a própria aids) foi anunciado como adequado para o enfrentamento da doença. A “The Lancet HIV”, especializada nas investigações da doença, trouxe a boa nova: um remédio contra alcoolismo poderia eliminar o vírus da aids.
A aids é uma das doenças que mais matam a humanidade: ocorreram 34 milhões de óbitos até hoje. Na atualidade existem  36,9 milhões de pessoas que vivem com o HIV. A ONU afirma que os números da aids aumentaram 11% no Brasil. E Goiás apresentou leve aumento nos últimos oito anos. Se em 2005 foram notificados 515 casos, em 2013 o estado teve o registro de 1.044.
Por isso nunca é demais confiar na estratégia da ciência. O medicamento disulfiram teria como imediata ação acordar o vírus adormecido no organismo infectado. E ao acordá-lo seria, em tese, possível identificá-lo e destruí-lo – e sem efeitos colaterais para os pacientes.
Na atualidade o tratamento é realizado por meio do antirretroviral (ART). Trata-se de um coquetel de medicamentos, batizado de terapia tripla, que mantém o vírus em uma espécie de cativeiro. Seu mecanismo já é conhecido de todos: ele mantém em controle os pacientes soropositivos. Mas sem extirpar o vírus do corpo.
Como o vírus fica escondido, torna-se difícil o cientista identifica-lo e destruí-lo. A novidade publicada na semana passada é exatamente esta possibilidade de acordar o vírus e erradicá-lo. Ao lado do artigo assinado por Julian Elliot, diretor de pesquisa clínica no departamento de doenças infecciosas no Hospital Alfred de Melbourne (Austrália), segue um comentário de outro pesquisador que diz estar distante o dia em que existirá uma cura para a aids. Ou seja, na mesma moeda que estampa a cara do otimismo surge uma opinião que revela ser ainda difícil o controle da doença. Qual lado valorar faz parte da liberdade de cada leitor e paciente.
Os otimistas acreditam que a primeira fase para descoberta da cura está  encerrada e com sucesso: a identificação e o despertar do vírus. Antes, os medicamentos que tentavam esta proeza intoxicavam as pessoas.  Mas o disulfiram tem sido eficaz.
O primeiro erro, da imprensa em geral, foi acreditar que o disulfiram erradica a doença. Na verdade, ele ajuda a desmascarar o HIV e assim preparar o alvo da futura destruição. Na pesquisa realizada com 30 pessoas, em três dias foi possível, a partir do uso do remédio contra alcoolismo, fazer com que os vírus ficassem à mostra, sem provocar toxidade nos pacientes.
Interesses
Nos bastidores existe uma outra discussão: o jogo de interesses. Um médico infectologista consultado pelo DM, que pede anonimato, afirma que é comum a “cura” de uma doença ser descoberta, mas demorar décadas para chegar até à população. “Afinal, os grandes investidores não precisam disso.
Se alguém da família necessitar, eles contratam produtores especializados em fazer o medicamento. O que existe é um silêncio. Tenta-se negociar um negócio de bilhões de dólares. Até que esse negócio seja fechado, o que pode demorar décadas, se seguram, por exemplo, vacinas que agiriam em massa.
Afinal, a saúde é a maior indústria do capitalismo, maior do que a automobilística”, diz o médico. Para ele, nem sempre o anúncio da cura interessa às grandes indústrias e holdings de medicamentos.  O pesquisador australiano Sharon Lewin matou a charada: menos de 1% do financiamento (global) para a aids é para a investigação de uma cura. Ou seja, vender remédio parece ainda muito lucrativo.
O que é aids

Trata-se do estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. Causada pelo vírus HIV, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ocorre quando o micróbio ataca as células de defesa do corpo.
O resultado disso é: organismo mais vulnerável a diversas doenças. E de um simples resfriado podem surgir infecções mais graves – caso da tuberculose ou mesmo do câncer.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação