Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25 A 27/04/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Cirurgião se recupera de Covid-19 em Goiânia
Covid-19: gestores relatam falta de especialistas para novas vagas de UTI
Anvisa divulga lista com produtos que podem substituir o álcool 70%
Para combater fake news, Anvisa esclarece pesquisas sobre covid-19
Lixo hospitalar do coronavírus cresce pelo menos quatro vezes e vira bomba-relógio da doença
Em UTI, pacientes sem ar e profissionais com medo
Telemedicina será adotada até quando durar a situação de emergência em saúde pública no Brasil
Goiás registra 67 novos casos de coronavírus em 24 horas
TCE-GO suspende licitação do Ipasgo no valor de R$ 125 milhões
Ipasgo volta a realizar consultas e cirurgias eletivas
Apresentador 'Seu Waldemar' se emociona ao ganhar 'festa' na saída de hospital após se recuperar da Covid-19
Engenheiro cria cabine de desinfecção para ajudar no combate ao coronavírus em Goiás

TV ANHANGUERA
Cirurgião se recupera de Covid-19 em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/8512600/programa/
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BOL
Covid-19: gestores relatam falta de especialistas para novas vagas de UTI

A corrida dos gestores da saúde para criar leitos de terapia intensiva, para o tratamento de pacientes diagnosticados com a covid-19 , encontra uma dificuldade alertada há anos por entidades médicas no Brasil: a falta de profissionais especializados, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A principal lacuna ocorre na ocupação de vagas para os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Vários estados abriram editais emergenciais e formaram médicos antes mesmo da conclusão do curso, para atender a demanda. No caso do Pará, na falta de profissionais locais, o governo anunciou a contratação de médicos cubanos sem diploma revalidado , mas que ficaram no Brasil após o rompimento do contrato do governo brasileiro com o do país caribenho.
Para tentar suprir a carência, autoridades e hospitais estão realizando treinamentos a toque de caixa para habilitar profissionais, mesmo sem especialidade na área, para tratarem especificamente de pacientes com o novo coronavírus .
A maior preocupação está na falta de médicos. Segundo o portal do CFM (Conselho Federal de Medicina), existem atualmente 4.512 profissionais ativos com habilitação para medicina intensiva. De acordo com o Ministério da Saúde, são 30 mil leitos de UTI adulto disponíveis para tratar a covid-19, fora os outros leitos, como os de doenças cardíacas e pediátricas. Além disso, é preciso levar em conta as folgas das escalas de trabalho e o adoecimento desses profissionais durante a pandemia.
Segundo regulamentação do Ministério da Saúde, um médico deve tomar conta de no máximo 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ao mesmo tempo. A proporção é a mesma para enfermeiro e fisioterapeuta. Já um técnico de enfermagem é indicado para cada dois leitos.
Esse número vale para situações normais. No caso da covid-19, temos que levar em conta que o agente [coronavírus] é extremamente contagioso, e leva-se muito tempo para paramentação e desparamentação ao manipular cada paciente. Ou seja, pode ser que necessitemos de mais profissionais por cada UTI em algum momento , alerta o intensivista Frederico Ribeiro, chefe de UTI do Hospital dos Servidores do Estado, no Recife.
Além do cálculo médico por leito não fechar, a falta de especialistas pode ser agravada caso profissionais adoeçam, precisando de substituição. No caso da covid-19, o tempo médio de afastamento é de 21 dias.
De acordo com a vice-presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), Bernadete Perez, tem sido comum, nas novas frentes de trabalho abertas para os leitos de UTI, a contratação de profissionais sem formação específica de intensivista. Para ela, todos precisam treinar antes de atuar.
A formação para esses profissionais – enfermaria e leitos de UTI – tem sido por capacitações breves. Essas capacitações são treinamentos rápidos, que têm relação com paramentação, com a caraterística do vírus, [entender] o que é SRAG [Síndrome Respiratória Aguda Grave], quais os sinais de alerta, qual é a hora de sair da enfermaria e ir para a UTI, como higienizar todo o material de proteção individual, a intubação… , explica.
É o que está acontecendo muito mais frequentemente no Brasil, promovido pelos próprios hospitais e pelas demandas dos próprios estados e municípios. É importante tentar compor escalas com profissionais com maior experiência. Isso tem ajudado no cotidiano dos serviços , completa Perez.
O presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), Lincoln Ferreira, afirma que será inevitável, no caso de um agravamento da crise e de lotação nos hospitais, usar profissionais de outras especialidades que possam atuar no caso específico da covid-19.
Não temos dúvida de que é profundamente necessário. Não se forma especialista em curto espaço, mas para lidar com uma situação específica você tem como treinar de forma rápida. É o caso dos anestesistas, que têm toda expertise de intubação, por exemplo , pontua Ferreira.
Estado com a terceira maior taxa de letalidade para covid-19, Pernambuco pretende abrir 1.000 leitos (600 de UTI) para o tratamento da doença. Segundo o secretário estadual de Saúde, André Longo, já há uma dificuldade na contratação de profissionais de medicina intensiva.
É uma área em que não temos muitos profissionais disponíveis com formação específica. Não é uma área de residência com grande número de vagas. Mas temos diversas especialidades que também têm conhecimento na área de terapia intensiva e que podem ser aproveitadas para fazer esse trabalho , diz.
Na última semana, o estado publicou edital convocando 1.164 médicos, sendo 72 idosos para atendimento domiciliar . Eles estavam em outros setores, mas vão atuar na linha de frente da covid-19, em substituição aos profissionais que adoeceram em decorrência do novo coronavírus.
A doutora em Ciências da Saúde da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Aracele Cavalcanti, chama a atenção para a necessidade de treinamentos, para evitar um verdadeiro surto de contaminações. Em Pernambuco, até a última semana, 1.353 profissionais de saúde foram afastados por covid-19.
Meu medo é que metade desses profissionais adoeça por falta de técnica, além da falta de EPI [equipamento de proteção individual]. Os hospitais precisam preparar a equipe fazendo simulação, que nessa área é tudo, porque habilita para a prática. Se não treinar, na hora da agonia vai ser contaminação atrás de contaminação , pondera Cavalcanti.
Na área particular, o vice-presidente da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), Henrique Neves, afirma que também há preocupação com a falta de especialistas.
Você não consegue aumentar a oferta desses profissionais de uma hora para outra. São formações de dois ou três anos , explica Neves, citando que o movimento que ocorreu nos hospitais foi o aumento da carga de trabalho. Eles [profissionais de medicina intensiva] vão ter que se desdobrar: vão ter mais trabalho, será mais intenso.
Para o porta-voz da Anahp, a maior dificuldade dos hospitais hoje é ter estoques de EPIs, o que pode ocasionar problemas pontuais de falta de profissionais. Se a gente não tiver esses equipamentos, vamos perder profissionais infectados; e nessa hora eles são fundamentais para a resposta que precisamos dar , finaliza.
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa divulga lista com produtos que podem substituir o álcool 70%

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nessa quinta-feira, 23, uma lista de produtos que podem substituir o álcool 70% na desinfecção de objetos e superfícies para conter e limitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19). A recomendação dos produtos tem por objetivo fornecer alternativas ao uso de produtos à base de álcool "diante do aumento da procura por esses itens no mercado."
A Anvisa informa que a maioria dos produtos recomendados, como sabão, água sanitária e alvejante, leva de cinco a dez minutos para agir contra o vírus, e que após a aplicação do produto, é necessário esperar esse tempo para que faça efeito. "Estudos mostram que desinfetantes domésticos comuns, incluindo sabão ou uma solução diluída de alvejante, podem desativar o coronavírus em superfícies, uma vez que o vírus tem uma camada protetora de gordura que é destruída por esses produtos", explicou a Anvisa.
A lista dos produtos recomendados pela Anvisa que podem ser uma altera-tiva ao álcool 70% e que podem ser utilizados para desinfecção de objetos e superfícies:
– Hipoclorito de sódio a 0,5%;
– Alvejantes contendo hipoclorito (de sódio, de cálcio) a 2-3,9%;
– Iodopovidona (1 %);
– Peróxido de hidrogênio 0,5%;
– Ácido peracético 0,5%;
– Quaternários de amônio como cloreto de benzalcônio 0,05%;
– Compostos fenólicos;
– Desinfetantes de uso geral com ação contra vírus.
Em caso de utilização da água sanitária, o produto deve ser usado imediatamente após a diluição em água, pois sua ação é desativada pela luz. A proporção de diluição é de um copo com capacidade de 250 ml de água sanitária em um litro de água, e um copo de 200 ml de alvejante comum em um litro de água.
Vassouras e esfregões
A Anvisa recomenda que não se deve usar vassouras e esfregões secos; nebulizadores e termonebulizadores; frascos de spray com propelente para desinfetar superfícies e objetos. A agência informa ainda que o uso de toalhas com desinfetante não é muito útil contra o coronavírus, uma vez que a superfície higienizada não permanece molhada por mais do que alguns segundos.
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Para combater fake news, Anvisa esclarece pesquisas sobre covid-19

Iniciativa foi tomada após o aumento nas informações a respeito de possíveis medicamentos contra o vírus

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota com esclarecimentos sobre as pesquisas clínicas sobre o novo coronavírus (covid-19). Segundo a Anvisa, a iniciativa foi tomada após o aumento nas informações a respeito de possíveis medicamentos contra o vírus e visa combater notícias falsas, as chamadas fake news, sobre o tema.
Na nota, publicada nessa sexta-feira (24), a Anvisa cita o medicamento hidroxicloroquina e ressalta que, mesmo conhecido no mercado, há a necessidade de pesquisas clínicas, com testes em seres humanos, para comprovar se o medicamento é eficaz.
"No caso da hidroxicloroquina, por exemplo, os pesquisadores precisam testar sua eficácia e segurança para o tratamento da covid-19. Até então, seu uso é indicado para outras doenças, como lúpus eritematoso, malária e artrite reumatoide", informa a Anvisa.
A Agência diz ainda que não existe nenhuma pesquisa concluída sobre a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento do coronavírus. "Se a pesquisa clínica for bem-sucedida, o medicamento pode ser registrado na Anvisa e receberá nova indicação em bula".
Sobre o uso de medicamentos experimentais, aqueles ainda não aprovados pela Agência e registrados no Brasil, a Anvisa informa a utilização pode ser feita, desde que prescrita por profissionais de saúde. Esse uso ocorre por meio de programas específicos, desde que o protocolo da medicação seja aprovado pela Agência antes de sua administração no paciente.
"Esses programas disponibilizam medicamentos inovadores e promissores a pacientes portadores de doenças debilitantes graves para as quais não existe medicamento ou cujo tratamento disponível é insuficiente", diz a Anvisa.
De acordo com a Agência, todas as pesquisas têm o acompanhamento de comitês de ética, em especial os Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) responsáveis por estabelecer as diretrizes e normas para a proteção dos participantes de pesquisas. O acompanhamento visa "salvaguardar a integridade física e psíquica dos sujeitos envolvidos."
O ensaio clínico é um estudo sistemático de medicamentos em voluntários humanos. Dito de outra forma: são testes realizados em seres humanos após a execução dos chamados testes in vitro e in vivo, que são aqueles preliminares desenvolvidos em ambientes controlados, nos laboratórios, com células e animais.
Os ensaios clínicos são conduzidos para definir a segurança e a eficácia de um medicamento, ou seja, para verificar se o produto investigado trata, conforme o esperado, a doença. Além disso, buscam analisar os efeitos e as reações adversas, bem como a toxicidade do produto e as dosagens adequadas para cada tratamento.
Não. Somente os ensaios ou pesquisas clínicas conduzidos no país para fins regulatórios, ou seja, com o objetivo de obter o registro de um produto para posterior comercialização, devem ser aprovados pela Agência antes do início dos estudos. As pesquisas que não têm essa finalidade – aquelas realizadas, exclusivamente, em caráter científico ou acadêmico – estão dispensadas da autorização da Anvisa, porém, precisam da aprovação da instância ética.
Sim, os ensaios clínicos também são realizados para avaliar novas indicações para um medicamento que já é comercializado para outro fim. No caso da hidroxicloroquina, por exemplo, os pesquisadores precisam testar sua eficácia e segurança para o tratamento da covid-19. Até então, seu uso é indicado para outras doenças, como lúpus eritematoso, malária e artrite reumatoide. Não existe ainda nenhum ensaio clínico concluído que comprove os benefícios da hidroxicloroquina no caso da Covid-19. Se a pesquisa clínica for bem-sucedida, o medicamento pode ser registrado na Anvisa e receber a nova indicação em bula.
Todos os ensaios clínicos deferidos, ou seja, cuja realização é autorizada pela Anvisa, são publicados no Diário Oficial da União em formato de Resoluções Específicas (REs) e também aqui, no portal.
A avaliação dos aspectos éticos é de responsabilidade dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, a Conep, que está diretamente ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS). A Comissão é formada por representantes de diferentes áreas, como Biomédicas, Ciências Humanas e Ciências Sociais. É a Conep que elabora e atualiza as diretrizes e normas para a proteção dos participantes de pesquisas.
Sim. Há aspectos éticos envolvidos em todos os ensaios clínicos, mesmo aqueles de caráter científico ou acadêmico, que, necessariamente, precisam ser avaliados e aprovados antes do início dos estudos. O objetivo é salvaguardar a integridade física e psíquica dos sujeitos envolvidos.
O chamado medicamento experimental, aquele ainda não aprovado e registrado no Brasil, pode ser prescrito por profissionais de saúde por meio de três programas específicos: programa de uso compassivo de medicamentos, acesso expandido de medicamentos e fornecimento de medicamento pós-estudo. Esses programas disponibilizam medicamentos inovadores e promissores a pacientes portadores de doenças debilitantes graves para as quais não existe medicamento ou cujo tratamento disponível é insuficiente. Nesses casos, o protocolo de uso do produto deve ser aprovado pela Anvisa antes de sua administração, conforme definido pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 38/2013.
A Nota Técnica 14/2020, publicada em 22/4, reúne uma série de orientações a patrocinadores, centros de pesquisa e investigadores envolvidos na condução de ensaios clínicos e estudos de bioequivalência. O documento, uma atualização da Nota Técnica 3/2020, tem como objetivo viabilizar de forma mais rápida a condução das pesquisas, garantindo a segurança dos participantes e os princípios de boas práticas, além de minimizar os riscos à integridade dos estudos realizados nesse período.
Por conta da criação do Comitê de Avaliação de Estudos Clínicos, Registro e Pós-registro de medicamentos para prevenção ou tratamento da covid-19, tem sido possível dar respostas às requisições de anuência dos estudos clínicos no prazo médio de 72 horas após a submissão formal do protocolo. É importante observar que o prazo foi reduzido devido à força-tarefa composta por um grupo de especialistas que se dedicam somente a essas análises.
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ESTADO DE S.PAULO
Lixo hospitalar do coronavírus cresce pelo menos quatro vezes e vira bomba-relógio da doença

Anualmente, Brasil produz cerca de 253 mil toneladas desse tipo de resíduo; multiplicação desse volume deixaria um passivo enorme de material contaminante sem tratamento no curto prazo
BRASÍLIA – O volume de resíduos hospitalares gerados pelo coronavírus vai ampliar em pelo menos quatro vezes a quantidade atual desses materiais produzida em todo o País, uma situação que ameaça travar completamente a capacidade de tratamento desse lixo contaminado. O alerta da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos ( Abren ) foi enviado ao Ministério da Saúde na última quinta-feira, 23, por meio de um relatório técnico que analisa os desdobramentos da covid-19 no setor.
Hoje, o Brasil tem capacidade de processar, anualmente, 480 mil toneladas de lixo hospitalar , material conhecido como "resíduos de serviços de saúde". Todos os anos, hospitais, clínicas e laboratórios produzem cerca de 253 mil toneladas desse lixo. A multiplicação desse volume por quatro, portanto, deixaria um passivo enorme de material contaminante sem tratamento no curto prazo.
O problema ganha dimensões ainda mais alarmantes quando considerado que, atualmente, milhares de toneladas de lixo contaminado com vírus da covid-19 são produzidas em casas por todo o País, onde pacientes da doença estão isolados, em tratamento. Sobre a dimensão desse lixo, sequer há estimativas aproximadas de quantidade, uma vez que não se sabe, afinal, quantas pessoas contaminadas pelo coronavírus estão em suas casas.
"Qualquer hospital, laboratório ou clínica do País segue um protocolo rígido de recolhimento, tratamento e descarte desse lixo. Sobre esse aspecto, há uma preocupação com a capacidade de processamento do País. De outro lado, nossa preocupação é com a parte domiciliar, que simplesmente não se sabe como está essa questão do lixo, não há um protocolo sendo aplicado", diz o especialista Walfrido Ávila Ataíde, membro da Abren.
Pesquisas apontam que o novo coronavírus pode sobreviver por cerca de 72 horas em superfícies. Um lixo produzido por uma pessoa contaminada, em sua residência, tem potencial de se espalhar por todo lixo onde esse material for alocado. No caminho até os aterros, passa pelas mãos de garis e, em muitos casos, coletores de reciclagem , sendo manuseados por pessoas.
Em um hospital, a média de lixo hospitalar gerada por cada leito é de cerca de meio quilo por dia. Em uma residência, esse volume pode ser ainda maior, por casa do contato com mais produtos e embalagens.
"Imagine que isso pode se espalhar por esses trabalhadores e, no limite, chegar a comprometer o recolhimento de lixo das cidades se houver uma propagação entre essas pessoas que seguem trabalhando para atender a população", comentou Ataíde. "É preciso que haja ação do governo nessa área, uma orientação à população, que deve ficar mais atento a essas questões."
A Organização Mundial de Saúde recomenda que os resíduos hospitalares sejam eliminados por meio de incineração, sendo o método mais seguro de tratamento e que, inclusive, pode se transformar em geração de energia, bandeira que é defendida pela Abren.
"A internação doméstica de pacientes acometidos pela Covid-19, por sua vez, exige os mesmos cuidados dispensados aos pacientes hospitalizados, principalmente no tocante à prevenção do contato com seus familiares e demais pessoas que residem ou que frequentam o mesmo ambiente e a prática de procedimentos sanitários, principalmente no cuidado com os resíduos gerados na residência", afirma o presidente-executivo e fundador da Abren, Yuri Schmitke Belchior, no documento enviado ao Ministério da Justiça .
O desconhecimento e o não cumprimento de regras específicas para o manejo dos resíduos domiciliares eventualmente contaminados, diz ele, podem trazer sérias consequências para quem não toma as devidas precauções e cuidados.
A estrutura dos municípios para lidar com os resíduos de serviços hospitalares ainda é insuficiente. Pelo menos 36% dos municípios brasileiros ainda não fazem a destinação adequada desse lixo contaminado, ou seja, o material acaba em lixões, aterros comuns ou valas sépticas, em vez de serem incinerados.
Algumas orientações para quem está com covid-19 em casa ou convive com algum paciente da doença
Uma dica para colocar objetos pontiagudos , como coletores e agulhas, é utilizar caixinhas de leite vazias , que servem para acondicionar esse tipo de material e protegem as pessoas de se machucarem com esses objetos.
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Em UTI, pacientes sem ar e profissionais com medo

Das 30 pessoas que estavam internadas na sexta-feira, 24, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, primeiro centro médico paulista a lotar por causa do coronavírus, sete tiveram falência renal e precisam de hemodiálise, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. O esforço para respirar é tanto que os rins ou o sistema digestivo podem parar de funcionar, de modo que respiradores são apenas um dos equipamentos vitais para sobreviver à doença.
A técnica de hemodiálise Eva Betânia Fiori, de 50 anos, começa a detalhar isso ao Estado. Mas logo mareja os olhos e sai totalmente do tema. O mais difícil é perder tanta gente , conta. Ela perdeu um amigo há alguns dias, enfermeiro do Hospital Heliópolis que contraiu coronavírus. Também tem visto a morte de pacientes. E relata sentir medo de contrair a covid-19 e mais ainda de infectar marido, filhos, nora e neto.
Mesmo os pacientes que estão na enfermaria, menos graves, chegam ao Emílio Ribas seriamente debilitados por causa da dificuldade de respirar. A fraqueza decorrente do esforço para tomar ar faz com que não se alimentem. Não têm força para mastigar. Alguns chegam em jejum , conta a chefe da nutrição clínica Miriam Barcha Schlesinger, de 48 anos. No passado, no Emílio Ribas, os nutricionistas sentavam ao lado do paciente, os entrevistavam e definiam a dieta. Agora, dada a facilidade da propagação da doença, a equipe evita entrar nos quartos e escolhe o cardápio com base nos prontuários. Precisamos economizar os EPIs (equipamentos de proteção individual). Às vezes, conseguimos ligar para o paciente e tirar alguma dúvida , afirma Miriam. Como não conseguem digerir e estão fracos, os pacientes em geral recebem suplementos alimentares fáceis de engolir e hipercalóricos.
A falta de ar traz um dilema. De um lado, há a necessidade dos respiradores, vitais para ajudar o corpo a receber oxigênio e fazer as trocas de gases que mantêm o organismo funcionando. De outro, se forem usados durante muito tempo, enfraquecem a musculatura dos pulmões. Por isso, os pacientes também precisam de fisioterapia. Eles recebem fisioterapia tanto na UTI quanto na enfermaria , diz Graziela Ultramari Domingos, chefe dos fisioterapeutas. É quando saem da UTI que o trabalho é vital, explica.
Hospital
O Emílio Ribas é uma instituição centenária – existe desde 1880 – que sempre recebeu pacientes de doenças infecciosas. Tratou varíola, gripe espanhola, meningite, aids. É o lugar do Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo que serve de barreira para doenças que podem se espalhar.
A auxiliar de enfermagem Monica Cordeiro, de 45 anos, 22 de Emílio, já estava no centro médico no combate ao último grande surto, de H1N1, de 2009. A diferença é que, agora, perdemos muito mais gente , disse a auxiliar, também marejando os olhos. Os pacientes morrem mais. Havia para a H1N1 o remédio Tamiflu. Antes da crise, os pacientes, na maioria, tinham aids, e a preocupação era evitar que os internados se contaminassem com doenças trazidas pelos enfermeiros. Antes, era a gente que tinha de tomar cuidado para não levar nenhuma doença para eles , conta Monica. Agora, a preocupação é não se contaminar.
Os funcionários estão trabalhando mais. Têm mais funções, mais gente para cuidar. Parte da razão de o Emílio ter lotado tão rápido é a pouca quantidade de vagas. São 40 leitos de UTI – 10 abertos anteontem -, e antes da crise eram apenas 12. O hospital passa por reforma desde 2013, o que reduzia seu atendimento. Há um mês, dois dos nove andares estavam fechados. Agora, as obras aceleraram. O oitavo andar, que havia sido projetado para ser enfermaria, foi adaptado para virar uma das novas UTIs. Cada quarto tem dois leitos, com os equipamentos necessários a uma terapia intensiva. Na UTI antiga, do terceiro andar, os quartos são câmaras de vidro, individuais.
No térreo, o aspecto de prédio em reforma é mais claro. UTIs e enfermarias são alas com aspectos parecidos com locais da rede privada, mas no térreo há chão de concreto cru e paredes sem reboco. É no térreo que fica o pronto-socorro, que nesta segunda-feira passará a ser portas abertas – ou seja, atenderá pessoas sem encaminhamento prévio para atendimento da covid-19. O paciente fará a ficha na recepção, e mostrará documentos pelo vidro, sem que a atendente pegue. Depois, aguardará na espera pela triagem , explica a auxiliar de enfermagem Antonilma Argolo, de 53 anos, funcionária do Emílio Ribas há 15. Ele pode ser orientado para ir embora ou ser encaminhado para o terceiro andar, onde fica a enfermaria.
Nilma, como se apresenta, detalha que a mudança deve afetar outros pacientes. Ontem (quinta), veio aqui um paciente com HIV, que estava com uma ferida na região genital. Nós tivemos de encaminhá-lo para outro hospital , conta.
UTI
Com 40 leitos de UTI em operação e mais 10 a caminho, os funcionários esperam que a nova infraestrutura se mantenha após a crise do coronavírus. O Emílio Ribas deverá ser o último hospital a ser desmobilizado , disse o infectologista Ralcyon Teixeira, diretor da divisão médica do hospital. Teixeira conversou dentro da UTI do terceiro andar, na frente de um dos quartos.
Dentro dele, havia um homem de 52 anos, ora acordado, ora de olhos fechados. O corpo resiste ao respirador , conta o infectologista, o que faz com que os pacientes fiquem muitas vezes sedados. A observação na UTI é se o paciente consegue ficar acordado sem o aparelho. É o indicativo de que pode ir para o quarto. Metade dos pacientes tem menos de 60 anos, idade que faz a fronteira entre o grupo de risco do coronavírus e o restante da população.
Quando (os pacientes) estão na enfermaria, querem saber se terão de ir para a UTI , diz. O resultado é uma diferença entre sentimentos: esperança vinda dos pacientes intensivos, temor dos que estão na enfermaria, segundo o médico.
Nem os pacientes na enfermaria recebem visitas sob os atuais protocolos do Emílio Ribas. O contato é feito por intermédio dos médicos. Até a semana passada, os familiares tinham de se dirigir ao hospital para receber informações. A partir desta semana, graças à doação de celulares de uma empresa varejista, os médicos deverão fazer chamadas de vídeo para conversar com os parentes no momento da visita.
Médicos se isolam
Na linha de frente do combate aos casos graves da covid-19, profissionais de saúde de um dos mais conceituados hospitais privados do Rio também estão sucumbindo. A despeito das mais estritas regras de segurança, a doença já atingiu de 15% a 20% da equipe, revelando uma faceta cruel da pandemia.
O Copa Star é considerado top de linha, do ponto de vista de tecnologia e de pessoal. São 60 médicos e 300 auxiliares, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. Atualmente está com 65 pacientes, grande parte entubada. Um lado cruel é o isolamento de pacientes e médicos; muitos optaram por sair de casa , contou o diretor médico do hospital, Bruno Celoria, de 35 anos. O impacto é grande; tivemos perda de mão de obra, recepcionistas, médicos, enfermeiros.
Um dos coordenadores das UTIs, Márcio Ananias, de 53 anos, desenvolveu a forma grave da doença e teve de ficar dez dias internado na unidade em que trabalha. Achei que ia morrer, cheguei a ligar para o seguro de vida e para a gerente do banco. Para impedir a circulação do vírus, pacientes da covid-19 ficam internados em unidades isoladas do restante do hospital e não recebem visitas. Me sentia solitário, deprimido, fiquei mal da cabeça.
O Copa Star tem 14 leitos de pressão negativa – quartos com antecâmara e uma espécie de filtro que impede a saída do vírus. Num primeiro momento, o diretor do hospital, João Pantoja, achou que seriam suficientes. Mas já abriu três unidades exclusivas para covid-19 e planeja uma quarta.
Boa parte da transmissão ocorre quando o paciente não apresentou sintomas. Ananias, por exemplo, pegou a doença de uma paciente particular que tratava uma diverticulite e nem sabia que tinha covid-19. O coordenador das unidades de terapia intensiva do hospital, Fábio Miranda, de 63 anos, apresentou sintomas leves e se recupera em casa. Quando começaram a chegar os primeiros pacientes, há sete, oito semanas, fui para um hotel , diz. Depois consegui convencer a família toda a ir para a casa de Teresópolis.
Nem todos podem fazer isso. Minha mulher também é médica e temos cinco filhos, não tem como sair de casa , diz o intensivista Maximiliano Dutra, de 46 anos, supervisor de um dos covidários (como médicos chamam unidades exclusivas para a covid-19). Tomamos todas as precauções, mas os riscos existem.
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SAGRES
Telemedicina será adotada até quando durar a situação de emergência em saúde pública no Brasil

Com a epidemia do novo coronavírus no Brasil, o isolamento social tem sido a saída adotada na tentativa de evitar uma maior propagação do vírus. Para auxiliar nesse isolamento e, ao mesmo tempo, manter o atendimento à saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a prática da telemedicina no país, em caráter excepcional, enquanto durar a situação de emergência em saúde pública no país.
Telemedicina é o exercício da medicina a distância, com médico e paciente se comunicando por vídeo-ligações de aplicativos como Whatsapp e Skype. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), quem quiser ser atendido dessa forma, deve procurar a sua operadora de plano de saúde. O planto de saúde deverá oferecer uma opção para o usuário.
Caso o cidadão tenha preferência por um estabelecimento de saúde específico e esse não realize o atendimento a distância, cabe à operadora indicar um profissional ou estabelecimento habilitado na rede credenciada do plano para este tipo de atendimento.
"Para ser atendido remotamente, o beneficiário deve entrar em contato com a operadora do seu plano de saúde, que lhe informará quais prestadores de serviços estão credenciados para realizar esse tipo de atendimento".
De acordo com a ANS, os hospitais e clínicas não são obrigados a oferecer a opção da telemedicina, mas a operadora de plano de saúde deve ter alguma instituição em sua rede para oferecer essa modalidade de atendimento.
Independente do método e tipo de tecnologia utilizado, a ANS destaca que devem ser observadas a segurança e a privacidade dos dados de saúde dos beneficiários. Segundo a agência, essas são informações protegidas por legislação especial.
Em relação à autorização que o plano de saúde dá aos hospitais e clínicas para realizar quaisquer procedimentos, a ANS adequou o Padrão de Troca de Informações na Saúde Suplementar (TISS), com a inclusão da telemedicina, para não causar transtornos para o usuário. "Em relação aos procedimentos de elegibilidade e autorização, destacamos a já existência no padrão TISS de código de validação apto para ser utilizado nas situações de telessaúde. Nesses casos, o beneficiário recebe o código emitido por sua operadora".
A telemedicina também pode ser usada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Por meio das consultas remotas, haverá ampliação do acesso à saúde, evitando a exposição da população nas unidades de saúde, onde há possível circulaçao do [novo] coronavírus", disse o ministério, em nota.
O Ministério da Saúde orienta o cidadão que desejar o atendimento à distância a entrar em contato diretamente com o posto de saúde.
O ministério também autorizou médicos a emitir atestados e receitas médicas eletronicamente. E caso o médico determine o isolamento do paciente, ele deverá comunicar o médico sobre quem mora com ele ou assinar uma declaração contendo a relação das pessoas que residam no mesmo endereço.
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Goiás registra 67 novos casos de coronavírus em 24 horas
Adriana Marinelli

Goiânia – Goiás registrou 67 novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 573 pessoas infectadas no Estado. É o que aponta boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde na tarde deste domingo (26/4). O número de mortes por covid-19 em Goiás é de 25.

No Estado, há 7.203 casos suspeitos em investigação. Outros 2.297 já foram descartados. No Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) há 144 amostras em análise.

As 25 mortes pela doença foram registradas nos municípios de Aparecida de Goiânia (2), Goiandira (1), Goianésia (2), Goiânia (11), Luziânia (2), Paraúna (1), Planaltina de Goiás (1), Pires do Rio (1), Professor Jamil (1), Rio Verde (1) e Valparaíso de Goiás (1). Há um (1) óbito confirmado em investigação quanto a cidade de residência da pessoa.

O número de pessoas curadas não foi informado pela SES-GO.
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TCE-GO suspende licitação do Ipasgo no valor de R$ 125 milhões
Pregão seria realizado dia 30 de abril

Goiânia – O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) determinou nesta sexta-feira (24/4) a suspensão do pregão eletrônico que seria realizado pelo Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) para contratação de software de gestão de plano de saúde por um valor estimado em R$ 124.905.514,12.  O pregão iria ser realizado no dia 30 de abril.

A medida cautelar, expedida pelo conselheiro Edson Ferrari, determina que o presidente da autarquia, Silvio Antônio Fernandes, apresente justificativa para os indícios de desconformidades constatadas no edital de licitação.

O conselheiro determina ainda que a pregoeira do Ipasgo e o responsável pela elaboração do documento de convocação para o certame também apresentem justificativas para as desconformidades detectadas. O secretário de Estado de Administração, Bruno Magalhães d’Abadia, também terá de apresentar justificativas.

Consta da lista de possíveis irregularidades a terceirização de funções estreitamente ligadas às atividades fim da autarquia, que deveriam ser realizadas exclusivamente por servidores de carreira, inexistência de detalhamento dos serviços a serem executados e seus custos unitários, hipótese de subcontratação do objeto sem especificação dos limites, inexistência de medidas preventivas à descontinuidade dos serviços contratados, remuneração dos serviços não vinculada a resultados ou a atendimento de níveis de serviço e critério de habilitação exigindo declaração de propriedade de software próprio sem possibilidade de comprovação do item por meio de contrato de direito de uso ou licenciamento.

Segundo o TCE-GO, inicialmente, seria realizada sessão pública para contratação do serviço, pela modalidade técnica e preço em 21 de fevereiro deste ano ao custo estimado de R$ 174.645.894,30. À época, as unidades técnicas representaram pela cautelar e o relator determinou a apresentação de defesa por parte da autarquia. O certame foi suspenso e novo edital foi publicado, desta vez com redução do valor em aproximadamente R$ 40 milhões e alteração para pregão eletrônico. Contudo, de acordo com entendimento do Tribunal, grande parte das inconformidades detectadas no primeiro edital foram mantidas no atual.

IPASGO
Segundo o Ipasgo, o processo de licitação proposto pelo Instituto é acompanhado desde o início pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO). "Ao longo do período, as orientações estão sendo acolhidas de modo a ampliar a transparência da nova contratação, que tem como objetivo implantar uma nova plataforma para modernizar os processos, reduzir fraudes e aumentar o controle das ações", diz nota divulgada pelo Ipasgo.

Por meio da nota, o Ipasgo alegou que a decisão do conselheiro surpreende a atual gestão do Instituto. "Isso porque o edital de licitação apresentado, já avaliado anteriormente pela CGE, TCE-GO e Ministério Público, não prevê a terceirização de serviços, mas sim a aquisição de ferramentas para a organização dos sistemas de auditoria do órgão, que atualmente funciona praticamente de forma manual", diz a nota.

O Ipasgo ainda afirmou que os questionamentos enviados anteriormente pelo conselheiro, que são similares aos apontados hoje, foram respondidos e incluídos no novo edital do pregão eletrônico, divulgado no dia 15 de abril.

O presidente do Ipasgo, Sílvio Fernandes, explicou que a situação atual do plano de assistência é preocupante porque os controles são falhos e ainda há brechas para fraudes. “Ainda gastamos de forma indevida porque não há como controlar e acompanhar todos os atos. O sistema antigo foi construído para facilitar desvios. Agora, estamos trabalhando arduamente para corrigir isso”, disse.

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
A Secretaria da Administração também se manifestou por meio de nota. Segundo a pasta, a Superintendência Central de Compras Governamentais e Logística é a unidade responsável por analisar todas as compras que ultrapassem o montante de R$ 500 mil por meio de avaliação técnica e pesquisas.

"Na aquisição em questão, por tratar-se de um aparato tecnológico, o regramento estadual designa à Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação as prerrogativas de avalizar, por meio de análises técnicas e consulta de valores de mercado, os benefícios para efetivação da contratação do software. Dentro das conformidades apontadas pelo órgão, coube ao titular da Secretaria da Administração legitimar os estudos e dar andamento ao processo", diz a nota.
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MAIS GOIÁS

Ipasgo volta a realizar consultas e cirurgias eletivas
Unidades de saúde credenciadas, no entanto, têm que tomar medidas sanitárias para evitar Covid-19

Consultas e cirurgias eletivas realizadas pelo Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) estão liberadas a partir desta segunda-feira (27). A retomada das consultas vale para toda a rede credenciada. No entanto, as unidades de saúde, exceto as de tratamento exclusivamente estético, podem reabrir desde que apliquem as regras de segurança estabelecidas pelo governo estadual.
Mesmo liberadas, as consultas e cirurgias eletivas estão sob um regime especial. É preciso seguir o protocolo de agendamento por horário e evitar aglomerações como medida de contenção da disseminação do coronavírus. Por isso, o governo estadual estabeleceu a obrigatoriedade do uso de máscaras, não somente para os profissionais de saúde, mas também para o usuário e paciente. Quem não estiver com o equipamento, não poderá ser atendido.
Uma das ideias é de que a própria unidade de saúde forneça a máscara para o cliente não tenha o equipamento. Além disso, é necessário oferecer álcool para higienização das mãos,  garantir a distância mínima de dois metros entre as pessoas; intensificar a limpeza dos ambientes de trabalho, com desinfecção de várias vezes ao dia com álcool em equipamentos e locais como computadores, telefones, maçanetas e interruptores.
Para liberação dos procedimentos cirúrgicos e de terapias, será necessária a inclusão de termo de consentimento informado assinado pelo profissional de saúde e paciente. O documento é obrigatório para a análise dos pedidos pelo plano de assistência. A suspensão temporária não afetou as cirurgias de urgência e emergência.
Leitos
As cirurgias eletivas já marcadas, ainda antes do decreto estadual que determinou medidas de isolamento social e sanitárias para os estabelecimentos comerciais e de saúde em Goiás, foram em sua maioria ou realizadas, ou remarcadas para datas posteriores.
O Ipasgo, no entanto, estabeleceu junto às entidades de classe de profissionais de saúde que haja bom senso no momento de liberar cirurgias eletivas, para não superlotar as unidades de saúde, como ocorre em outros estados. É preciso que haja reserva de leitos para eventual demanda de pacientes de Covid-19.
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G1/GOIÁS

Apresentador 'Seu Waldemar' se emociona ao ganhar 'festa' na saída de hospital após se recuperar da Covid-19

Ele ficou por 32 dias internado na UTI, sendo a maior parte do tempo em estado grave, em Goiânia. Na saída, artista não segurou o choro e comemorou: 'Estou voltando para casa'.
Por Sílvio Túlio, G1 GO
O apresentador da TV Anhanguera Waldemar Neto, conhecido como “Seu Waldemar”, de 33 anos, deixou o hospital nesta segunda-feira (27), após se recuperar da Covid-19. Ele ficou internado por mais de um mês na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de uma unidade de saúde particular, em Goiânia. Na saída, ele se emocionou ao ser recebido com "festa" por parentes e amigos, que seguravam balões e o aplaudiam (veja o vídeo acima).
Waldemar, que apresenta o programa semanal "No Balaio", ao lado da Ana Clara Paim, estava em uma cadeira de rodas ao deixar o hospital e foi chamado várias vezes de "guerreiro". Do lado de fora, ainda chorando, ele agradeceu ao carinho e disse:
"Galera, estou indo embora. Beijo para todo mundo aí".
Já dentro do carro, junto com o irmão, João Pedro, ele voltou a se emocionar e afirmou: "Estou voltando para casa".
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Engenheiro cria cabine de desinfecção para ajudar no combate ao coronavírus em Goiás

Outras iniciativas estão sendo testadas com o mesmo propósito e podem até receber incentivo do governo; veja como inscrever sua startup na seleção.
Por Vanessa Martins, G1 GO
Pesquisadores e profissionais de várias áreas têm trabalhado para desenvolver equipamentos que ajudam no combate ao coronavírus em Goiás. O engenheiro civil Alaor Júnior, por exemplo, desenvolveu uma cabine para desinfectar roupas e equipamentos de proteção, em Goiânia. As ideias podem concorrer até a incentivos do governo.
“Como tenho pessoas na família na área da saúde, são duas áreas que hoje enfrentam problemas. Imaginei que poderíamos achar um tipo de equipamento que ajudasse as duas”, explicou.
A cabine tem o tamanho aproximado de uma geladeira e, por dentro, 60 pequenos jatos por todos os lados que borrifam uma solução de água sanitária e água comum em todo o corpo da pessoa por 15 segundos.
Alaor contou que a proposta é desinfectar a maior área possível de todo o corpo da pessoa. A máquina é controlada por um computador.
O usuário entra, um sensor avisa quando detecta a pessoa no equipamento, fecha as portas e começa o processo de desinfecção. Segundos depois, a pessoa é liberada para sair do outro lado da cabine.
“A ideia é utiliza-la também em lugares para ajudar a reabrir o comércio, shoppings. Se a pessoa estiver usando máscara e óculos e passa no equipamento, vai sair desinfectado, então pode transitar, por exemplo, em um comércio”, completou.
Segundo o desenvolvedor do equipamento, a cabine já passou por mais de 2 mil testes, que mostraram que os jatos cobrem toda a superfície da pessoa que está lá dentro.
"Fizemos testes em um laboratório particular em Goiânia e com o hipoclorito [água sanitária diluída em água] o equipamento matou todas as bactérias e vírus colocados em um manequim. […] O equipamento faz a correta aplicação dele na superfície que está exposta lá dentro.
Oportunidade
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Inovação de Goiás (Sedi) informou que quer incentivar ideias inovadoras nesta área. Para isso, eles criaram um formulário de inscrições para startups em qualquer estágio mostrarem o que têm feito e terem seus projetos avaliados.
“A gente faz uma seleção e identifica se realmente é uma solução que tem potencial de apoio e para financiamento. Às vezes, o governo não é o ponto final da linha e essas soluções ficam visíveis e disponíveis para o mercado”, explicou o secretário da pasta, Adriano da Rocha Lima.
Os interessados podem fazer o cadastro e buscar outras informações do programa pelo site da Sedi.
Raios UV
Uma proposta que está sendo desenvolvida por uma startup em Goiás é a de um equipamento que desinfecta ambientes e superfícies usando raios ultravioleta (UV).
A ideia surgiu em uma empresa que faz parte da incubadora da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e está também começando a testar o produto em Anápolis, a 55 km da capital.
Dono da empresa que desenvolveu o equipamento, Claudio Feliciano de Oliveira disse que os testes já mostram uma eficiência de 99% na desinfecção de ambientes.
“Já fizemos alguns ensaios, tivemos ótimos resultados, mas queremos uma certificação maior para o equipamento”, afirmou.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação