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DESTAQUES
Em seis meses, Brasil já registra 130% mais mortes por dengue
Brasil registra mais de 18 mil casos de covid em 24h e média cresce pelo 7º dia
Goiânia amplia vacinação contra a influenza para toda população
Goiás confirma 2.747 novos casos de covid-19 em 24 horas
Cofen e Coren-SP vão apurar vazamento de dados sigilosos de Klara Castanho
Lei coloca religiosidade como política pública no tratamento de dependentes químicos
Fãs de Joelma e Virgínia Fonseca procuram entender o que ocasionou inchaço nas famosas
Maioria dos brasileiros têm a percepção que saúde piorou devido a Covid-19
Taxa de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 dobrou nos últimos meses
Menos de 50% dos bebês receberam sete das nove vacinas de rotina em Goiás, diz secretaria
AGÊNCIA ESTADO
Em seis meses, Brasil já registra 130% mais mortes por dengue
Em menos de seis meses, o Brasil já registrou bem mais que o dobro de mortes por dengue do que em todo o ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na sexta-feira (24/6). Foram 585 óbitos de janeiro a 20 de junho de 2022, ante 246 nos 12 meses de 2021, aumento superior a 130%. O número já é maior também do que em todo o ano de 2020, quando a dengue matou 574 pessoas. Em 2019, houve 840 mortes.
O número de casos este ano aumentou 196% em relação a igual período do ano passado, chegando a 1.143.041 em todo o País. A incidência é de 550 casos por 100 mil habitantes. A doença é transmitida pela picada do Aedes aegypti.
O Estado de São Paulo lidera em número de mortes, com 200 óbitos, segundo o ministério – a Secretaria de Saúde do Estado aponta 198. O número é quatro vezes maior que os 52 óbitos registrados no mesmo período do ano passado e quase o triplo do total de mortes em 2021, quando houve 71. São Paulo já teve 225 mil casos de dengue este ano. No mesmo período do ano passado, houve 130 mil, segundo a pasta estadual. Já o ministério aponta 297 mil casos em território paulista, incidência de 550 relatos por 100 mil habitantes. A pasta federal considera os casos prováveis de dengue, enquanto a paulista divulga aqueles já confirmados.
Segundo Estado em número de mortes, Santa Catarina teve 66 registros. Por região, o Centro-Oeste tem a maior incidência, com 1.585,2 casos por 100 mil habitantes, seguido pela Região Sul, com 968,4 casos por 100 mil pessoas. O Estado de São Paulo tem o município com maior incidência de dengue no Brasil: Araraquara, com 13.765 casos, taxa de 5.722 casos por 100 mil habitantes. Com 240 mil habitantes, Araraquara já registrou 17 mortes por dengue este ano.
De acordo com o InfoDengue, sistema de monitoramento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a cidade está em alerta vermelho. A alta incidência levou a prefeitura a criar um centro de atendimento exclusivo para essa doença no Hospital de Campanha, que funciona diariamente, incluindo fins de semana e feriados, das 7 às 19 horas. Também foi criada uma sala de situação para acompanhar diariamente a evolução dos casos e traçar ações de combate ao mosquito transmissor.
Em média, os agentes de combate a endemias visitam 30 mil casas por mês, em busca de criadouros. Também são feitos fumacês, nebulizações, além de mutirões para a retirada de entulhos e material inservível. Equipes de educação do Controle de Vetores e da Vigilância em Saúde realizam ações educativas em escolas públicas e privadas, com palestras e exposições sobre a dengue. Todas as unidades de saúde estão focadas na identificação e tratamento dos casos, segundo a prefeitura.
Prevenção
Ainda segundo a pasta, o enfrentamento ao mosquito é uma tarefa contínua e coletiva. As principais medidas de prevenção são: deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente; retirar dos quintais objetos que acumulam água; cuidar do lixo, mantendo materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto; eliminar pratos de vaso de planta ou usar um pratinho que seja mais bem ajustado ao vaso; descartar pneus usados em postos de coleta da Prefeitura.
Conforme diretriz do Sistema Único de Saúde (SUS), o trabalho de campo para combate ao mosquito transmissor de dengue compete primordialmente aos municípios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Brasil registra mais de 18 mil casos de covid em 24h e média cresce pelo 7º dia
O Brasil registrou 18.074 novos casos de covid-19 neste domingo (26/6), conforme dados do consórcio de veículos de imprensa. A média móvel de testes positivos, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 53.798. Acima de 50 mil há três dias, o número cresce pelo sétimo dia consecutivo.
Em duas semanas, houve aumento de 18%. Desde meados de maio, o País vive nova alta de casos puxada pelas subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron. O País também notificou 41 novas mortes pelo coronavírus neste domingo, enquanto a média móvel de óbitos ficou em 193. Em duas semanas, houve aumento de 20,6%. No total, o Brasil acumula 670.459 vítimas e 32.076.972 casos da doença.
Na sexta-feira, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 60.384 novos casos e mais 334 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 32.023.166 pessoas infectadas e 670.229 óbitos. A pasta não atualizou os dados no final de semana. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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A REDAÇÃO
Goiânia amplia vacinação contra a influenza para toda população
Goiânia – A Prefeitura de Goiânia amplia, a partir desta segunda-feira (27/6), a vacinação contra a influenza para toda a população a partir dos seis meses de idade. A iniciativa ocorre das 8h às 17h, nas 71 salas de rotina e também na Van da VacinAção.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), a campanha vai continuar enquanto houver vacinas disponíveis. O número de doses ainda está sendo levantado pela pasta.
A ampliação do público-alvo é uma recomendação do Ministério da Saúde, já que a cobertura durante a campanha aos grupos prioritários atingiu 53,5%, ou seja, pouco mais da metade da população brasileira vacinável.
Em Aparecida de Goiânia, a ampliação do público-alvo também começa nesta nesta segunda-feira (27/6).
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Goiás confirma 2.747 novos casos de covid-19 em 24 horas
Goiânia – Goiás registrou 2.747 novos casos de covid-19 e uma morte provocada pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde deste domingo (26/6). Com as atualizações, o Estado chega a 1.475.179 infecções e 26.824 óbitos ligados ao novo coronavírus desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, são apurados em Goiás 824.310 casos e 274 óbitos para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,82%.
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JORNAL OPÇÃO
Cofen e Coren-SP vão apurar vazamento de dados sigilosos de Klara Castanho
Por Eduardo Marques
Na noite de sábado, 25, a atriz fez carta aberta falando ter sido alvo de ameaça de uma enfermeira depois de engravidar por estupro
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) anunciaram neste domingo, 26, que vão apurar a denúncia da atriz Klara Castanho de que uma enfermeira teria a abordada e ameaçado divulgar para a imprensa informações sobre a entrega para adoção de bebê fruto de um estupro.
A atriz, de 21 anos, publicou um relato em suas redes sociais e revelou que foi estuprada, engravidou e decidiu entregar o bebê diretamente para adoção. Ele escreveu uma carta aberta, na noite do sábado, 25, repudiando o vazamento da história.
No comunicado, o Cofen “manifesta profunda solidariedade à atriz Klara Castanho, que, após ser vítima de violência sexual, teve o seu direito à privacidade violado, durante processo de entrega voluntária para adoção, conforme assegura o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”.
Informa também que, diante dos fatos, determinou a apuração da ocorrência e “tomará todas as providências que lhe couber para a identificação dos responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas pertinentes ao caso”.
“Casos assim devem ser rigorosamente punidos, para que não mais se repitam. Da mesma forma, devem ser execrados comunicadores que deturpam a função social do jornalismo para destruir a vida das pessoas. Vida privada não é assunto público”, afirma.
Também em nota, o Coren-SP ressalta que compete ao conselho investigar situações em que haja infração ética praticada por profissional de enfermagem e adotar as medidas previstas no Código de Processo Ético dos Conselhos de Enfermagem.
O comunicado complementa que “seguirá os ritos e adotará os procedimentos necessários para a devida investigação, como ocorre em toda denúncia sobre o exercício profissional. Assim, o Coren-SP ressalta a cautela necessária sejam tomadas as medidas corretas para a apuração dos fatos” e manifesta sua solidariedade à atriz”, destaca.
O hospital em que Klara ficou internada, na região metropolitana de São Paulo, informou, por nota, que será aberta uma sindicância interna para investigar a denúncia feita pela atriz. No texto, divulgado neste domingo, 26, a instituição diz que “tem como princípio preservar a privacidade de seus pacientes bem como o sigilo das informações do prontuário médico. O hospital se solidariza com a paciente e familiares e informa que abriu uma sindicância interna para a apuração desse fato”.
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O HOJE
Lei coloca religiosidade como política pública no tratamento de dependentes químicos
Por: Thauany Melo
O governador Ronaldo Caiado sancionou uma lei que torna a religiosidade uma política pública no tratamento de dependentes químicos em Goiás. Conforme o texto, o assistido deverá ser consultado sobre qual religião ele se identifica e, então, será contatada uma das entidades religiosas cadastradas para que promova o acompanhamento religioso.
O texto estabelece que “os órgãos e entidades responsáveis pelo atendimento aos dependentes químicos deverão cadastrar as entidades religiosas interessadas em prestar o atendimento religioso”.
A proposta foi de autoria do deputado estadual e cristão Henrique César (PSC). O parlamentar alegou que “a frequência constante a uma igreja, templo ou a prática dos conceitos propostos por uma religião e a importância dada à religião e à educação religiosa na infância são possíveis fatores protetores do consumo de drogas”. Na justificativa, ele citou “estudiosos” para corroborar com a narrativa, sem, no entanto, especificar quais são os estudos.
Psicóloga e professora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG), Larissa Arbués ressaltou que ficou impactada ao ver que a lei foi sancionada. De acordo com a especialista, é necessário atentar-se para o fato de que a medida abre portas para financiamento de centros religiosos, além de incentivar o uso deles nas instituições públicas.
“O problema não é a afirmação que a religiosidade ou espiritualidade sejam elementos que contribuem na reabilitação de pessoas que fazem uso de drogas ou tenham qualquer outra demanda de saúde mental. É uma dimensão que quando faz sentido para a pessoa pode sim ajudar. A questão é que ao se tornar uma política pública abre-se portas para financiamento de unidades de caráter religioso (o que na verdade já existe) e estímulo ao seu uso dentro de instituições públicas, que devem manter seu caráter laico”, explicou Arbués.
A especialista pontuou que a maioria das religiões atribuem princípios morais à dependência química, o que não é efetivo no tratamento. “A visão da maioria das religiões e do suposto tratamento religioso que existem hoje atribuem um caráter moral ao uso e ao usuário. Portanto, do tratamento. E isso sim sabemos que não funciona. O uso abusivo, ou disfuncional, de drogas é um fenômeno complexo e multideterminado, seja individual ou como questão social. A perspectiva moral é reducionista e geralmente tem uma abordagem culpabilizante do usuário”, afirmou.
Coordenadora do Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Noroeste, que atende usuários de álcool e outras drogas, Sueli Neves reforçou que a religião pode colaborar no tratamento da dependência química, porém, é uma doença e como tal deve ser tratada em uma unidade de saúde. Além disso, ela chamou atenção para a necessidade de investimentos na rede de atenção psicossocial.
“O aspecto religioso pode contribuir no tratamento da dependência de álcool e outras drogas. No entanto, não como política pública. Primeiro por compreender que a dependência é uma doença. E por ser doença, trata-se em uma unidade de saúde”, disse. “Não enxergo a religiosidade como política pública no tratamento de dependência ao álcool e outras drogas. Pelo contrário, o que vejo como efetivo em saúde mental é o trabalho desenvolvido pela Rede de Saúde Mental de cada município. O que precisamos é investimento público nos Caps, Pronto Socorro, Gerartes, Residências Terapêuticas, Ambulatórios de Psiquiatria, Unidades de Acolhimento, dentre outros”, completou.
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Fãs de Joelma e Virgínia Fonseca procuram entender o que ocasionou inchaço nas famosas
Recentemente a cantora Joelma virou notícia por sua aparência estar diferente do que os fãs estão acostumados. Com o rosto inchado, especularam que ela sofria de Edema Transitório Intermitente Persistente (ETIP) causado pelo Covid-19. A intercorrência trata-se de uma reação a preenchedores com ácido hialurônico, que tem grande afinidade com moléculas de água; ou seja, é capaz de puxar o líquido para os tecidos onde foi injetado. Outra vítima do problema foi a influenciadora Virginia Fonseca, que em 2021 acordou com seu lábio inchado.
Hoje, muitas pessoas buscam nos preenchimentos faciais uma harmonização das nuances do rosto, mas é importante entender quais as consequências que podem surgir. A farmacêutica especialista em estética avançada Ludmila Garcez relembra episódios como os da cantora Joelma e da influenciadora digital Virginia Fonseca para trazer o assunto à tona. “De antemão é importante falar que é ETIP é uma situação rara e transitória. Por isso não tenham medo de fazer procedimentos com ácido hialurônico”, diz Ludmila.
A especialista começa explicando como o Edema Transitório Intermitente Persistente (ETIP) se comporta no nosso organismo. O ETIP consiste em episódios recorrentes de edema no local da injeção do ácido hialurônico, que apresentam períodos curtos ou longos de remissão, sem evidência de nódulos palpáveis definidos. É uma reação adversa tardia ao preenchedor. “Os profissionais devem estar sempre aprimorando seus conhecimentos para conseguirem gerenciar as complicações, além de compreender as reações causadas pelo produto”, alerta.
A explicação para o ETIP, é que, ao criar anticorpos contra algum quadro infeccioso, nosso corpo gera uma reação cruzada com ácido hialurônico. “Ou seja, o anticorpo produzido para agredir o microrganismo que causou algum quadro infeccioso, principalmente respiratório, como sinusite e problemas virais, reconhece a molécula do ácido hialurônico como se também fosse um agente agressor, desencadeando o edema”, explica Ludmila. Ela ainda ressalta que esse processo não é uma rejeição, para a tranquilidade dos usuários.
E caso você esteja passando pela intercorrência ou talvez venha a acontecer, a farmacêutica dá dicas de como amenizar os sintomas. “O tratamento é feito com medicamentos como anti-inflamatório não esteroide e anti-histamínico oral. Pode-se considerar a utilização de corticosteroide oral, antibioticoterapia e hialuronidase para a ação reversa do problema e gelo no local também ajuda”, revela a especialista. Tendo sempre o acompanhamento de um profissional competente no procedimento e no pós.
Para iniciar o tratamento do edema, é necessária a avaliação de um profissional de estética especializado, ele deve investigar o que ocorreu para causar o início do ETIP, para indicar o tratamento ideal. “Ciente da individualidade e limitações de cada caso, o profissional deve realizar o melhor procedimento e tratamento, a fim de aliviar os desconfortos do paciente”, finaliza a farmacêutica especialista em estética avançada Ludmila Garcez. Casos como estes alertam os pacientes para importância de se atentarem às essas novas tendências estéticas.
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Maioria dos brasileiros têm a percepção que saúde piorou devido a Covid-19
A pandemia da Covid-19 gerou vários impactos no âmbito social, sejam eles econômicos, na educação, no saneamento básico, na política, no mercado de trabalho, mas principalmente na saúde dos brasileiros. Segundo uma pesquisa do Covitel, inquérito de vigilância sobre doenças crônicas não transmissíveis, entre o período pré-pandemia (2019) e o primeiro trimestre de 2022, a quantidade de brasileiros que avaliam negativamente o próprio estado de saúde aumentou 91,8%, o avaliando como ruim ou muito ruim.
A saúde está interligada com vários outros fatores como bons hábitos alimentares, prática de exercícios físicos e cuidados mentais. Em relação ao consumo de legumes e verduras, houve queda de 12,5% na população em geral, e a prática de atividade física sofreu redução de 21,4% na proporção de pessoas que cumprem o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme o levantamento.
Um fator fortemente impactado em decorrência da pandemia foi a saúde mental. Foi observado pela pesquisa que a Covid-19 gerou um aumento no diagnóstico de depressão entre os adultos brasileiros. Além disso, paralelamente ao aumento de casos de depressão, foi observada a estagnação de índices que vinham melhorando nos últimos anos, como por exemplo o tabagismo.
A pesquisa aponta no indicador de saúde mental que, entre o período analisado, o diagnóstico médico de depressão aumentou 41%, sendo que, entre mulheres, houve aumento de 39,3%, e em pessoas com maior escolaridade, ou seja, 12 anos ou mais de estudo, sofreu crescimento de 53,8%.
No que se refere a doenças crônicas, o levantamento aponta que, no Brasil, cerca de 70% das mortes são causadas por consequências das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e seus agravos. De acordo com Pedro Hallal, professor titular da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e um dos coordenadores da pesquisa, o inquérito mostrou que a pandemia atrapalhou no enfrentamento dessas doenças, aumentando comportamentos de risco, citando como exemplo a inatividade física.
A problemática apontada por Hallal está atrelada à diminuição da prática de atividade física e à piora de hábitos alimentares. “A redução da prática de pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana aconteceu ao mesmo tempo em que os hábitos alimentares pioraram, com a diminuição do consumo de verduras e legumes, por exemplo. O único destaque positivo com relação a alimentação foi a redução de consumo de refrigerantes e sucos artificiais, que caiu 25,4% no Brasil”, afirma.
Apesar de não terem sofrido aumento estatisticamente significativo, os indicadores da prevalência de diagnóstico médico confirmado para hipertensão e diabetes chamam atenção. De acordo com a análise de Luciana Sardinha, Assessora Técnica de Saúde Pública e Epidemiologia da Vital Stategies e uma das coordenadoras do estudo, a estabilidade pode estar vinculada ao menor acesso a diagnóstico médico no período de isolamento social, “quando as pessoas deixaram de procurar os serviços de saúde, prejudicando, consequentemente, os tratamentos oportunos para essas importantes questões de saúde.
De acordo com Pedro de Paula, Diretor Executivo da Vital Strategies, as doenças crônicas não transmissíveis podem ser evitadas. O diretor explica que, dados como os trazidos pelo Covitel são fundamentais para a vigilância em saúde, “orientando as prioridades, o planejamento e ações relacionadas às políticas públicas de saúde”
Desigualdades em saúde
O inquérito avaliou ainda indicativos de como a pandemia agravou as desigualdades em saúde, conforme publicado, apontando que o grupo de pessoas que perdeu o trabalho durante a pandemia teve o pior resultado em oito dos doze indicadores que tiveram mudanças significativas estatisticamente, no Brasil.
Em relação ao esquema vacinal, no primeiro trimestre de 2022, haviam completado o esquema vacinal 94,4% das pessoas com maior escolaridade, enquanto apenas 76,9% daqueles com menor escolaridade, ou seja, de 0 a 8 anos de estudo, haviam recebido todas as doses recomendadas. Segundo Pedro de Paula, é necessário que haja investimento em “uma agenda baseada em dados, trabalho conjunto, enfrentamento de desigualdades e, claro, combate às doenças crônicas não transmissíveis”. Além disso, ele explica que, com inteligência em saúde pública, “prevenimos doenças, promovemos a qualidade de vida e, principalmente, salvamos vidas”, sendo benéfico uma vez que, “ao mesmo tempo que otimizamos recursos, reduzimos os custos destinados a tratamentos e consequências da perda da produtividade de uma população adoecida”, afirma o diretor executivo.
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Taxa de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 dobrou nos últimos meses
Por: Mariana Fernandes
A taxa de ocupação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dobrou desde março nas unidades da rede estadual. Naquele mês, o percentual girava em torno de 39% e atualmente está em 86%. O aumento de casos da doença se deve ao retorno de eventos e shows, além das temperaturas baixas, apontam especialistas. O cenário fez com que o número de leitos fossem ampliados peo Estado.
Na semana de 6 a 12 de junho, Goiás atingiu recorde no número de casos em somente uma semana, com mais de 11 mil casos da doença. No último dia 6, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) anunciou o acréscimo de 101 leitos na rede estadual para pacientes com Covid-19 – 66 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 35 de enfermaria.
Com a mudança de perfil de leitos gerais para suportes específicos para pacientes com Covid-19 e a abertura de novos, o Estado passou a oferecer 176 leitos destinados ao enfrentamento da doença – sendo 116 leitos de UTI e 60 de enfermaria. Os novos leitos serão implantados nos próximos dias.
De acordo com a secretaria, a ampliação é uma estratégia diante do atual cenário epidemiológico, com alta sazonal do número de casos da Covid-19, influenciada pelo clima frio, e também pelo aumento do número de solicitações de internações para casos suspeitos da doença, que necessitam de isolamento. “Serão 20 novas vagas de UTI Covid em unidades da rede estadual em Itumbiara, 20 em Uruaçu, 16 em Goiânia e 10 em Nerópolis. Já os leitos de enfermaria para o tratamento da doença terão acréscimo de 15 novas vagas em Nerópolis, 10 em Goiânia e 10 em Uruaçu”, explica.
O superintendente de vigilância, Yves Mauro
Ternes explica que a retomada de eventos e as baixas temperaturas contribuem para aumento de casos confirmados. Com isso, a aglomeração com ambientes propícios à propagação do vírus aumentam a cadeia de transmissão.
Atualmente, a maior preocupação gira em torno do aumento da média da taxa de internações no município. Para amenizar os casos, a população deve se conscientizar, avalia o superintendente. A orientação é reduzir a transmissão com o uso de máscaras em ambientes onde não é possível manter o isolamento social.
Doses em atraso
A SES repassa aos municípios goianos a recomendação de vacinar a segunda dose de reforço contra Covid-19 para pessoas com 40 anos ou mais de idade. As orientações foram repassadas pelo Ministério da Saúde nas Notas Técnicas 176 e 177.
A SES ainda alerta as pessoas que estão com doses em atraso e os 652 mil goianos que ainda não tomaram nenhuma dose da vacina. Os dados mostram casos em alta e elevação das taxas de internação na rede pública estadual.
Devem procurar os postos de saúde para receber a segunda dose de reforço as pessoas com 40 anos ou mais que receberam o primeiro reforço há pelo menos quatro meses. Estão indicadas para o primeiro e segundo reforços as vacinas Cominarty/Pfizer, Covishield/Astrazeneca ou Janssen, independentemente do imunizante administrado nas primeiras e segundas doses.
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PORTAL G1
Menos de 50% dos bebês receberam sete das nove vacinas de rotina em Goiás, diz secretaria
Superintendente afirma que doenças já erradicadas podem voltar se comportamento não mudar. Pasta também aponta baixa adesão na imunização contra gripe e sarampo.
Por Vanessa Martins, g1 Goiás
Dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) apontam que a cobertura vacinal (parte da população que está imunizada) está abaixo de 50% em sete de nove imunizações de rotina previstas pelo Ministério da Saúde para bebês com menos de 2 anos completos. A meta do órgão nacional de imunização contra essas doenças varia de 90% a 95% (confira tabela abaixo).
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, os dados são atualizados mensalmente e são referentes ao último dia 20 de junho.
Flúcia avalia que esses números são resultado de um comportamento dos pais que teria começado por volta de 2016. A especialista acredita que, por não verem mais casos das doenças, muitos não acham que é necessário proteger os filhos contra elas.
“Não se preocupam porque acham que não precisam, porque não veem mais casos, mas doenças que já estavam erradicadas no Brasil estão voltando a aparecer por causa desse comportamento. O sarampo é uma delas. Em Goiás, este ano, tivemos um caso de difteria. Antes disso, o último registrado foi em 1998”, exemplificou.
Flúvia comentou que não deveria ser necessário que pessoas voltassem a sofrer com doenças que já podem ser prevenidas por vacinas para que só então a população ficasse em alerta.
“Esse pai que hoje não leva os filhos foi vacinado porque os pais dele o levaram para vacinar. Eles foram protegidos, mas não estão protegendo os filhos”, completou.
Cobertura vacinal do calendário de crianças com menos de 2 anos – A tabela acima mostra a cobertura vacinal de bebês com menos de 2 anos de vida, até 20 de junho deste ano, contra nove doenças. Entre elas, o menor índice de vacinação é o da febre amarela – 44%. O maior é da vacina contra BCG (que protege contra a tuberculose) – 53%.
Questionada sobre qual índice é o mais preocupante, Flúvia disse que todos são igualmente perigosos para a saúde pública.
“A gente precisa voltar [ao entendimento que existia há cerca de dez anos], quando as campanhas de vacinação eram tratadas como algo tão essencial quanto levar o filho ao pediatra, por exemplo. Era rotina dos pais, isso precisa voltar a acontecer”, comentou.
Ainda de acordo com ela, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já emitiu uma recomendação para que os profissionais de saúde no Brasil recebem treinamento para identificar casos de polio, que causa paralisia infantil.
“Por causa da baixa cobertura vacinal, a OMS já considera um risco alto da volta desta doença no Brasil, que teve o último caso registrado em 1989 na Paraíba”, completou.
Gripe e sarampo
A superintendente mostrou que a falta de adesão à vacinação também é vista nos índices de imunização contra gripe e sarampo, cujas campanhas terminaram no sábado (25). Segundo índices do ministério da Saúde, 38% das crianças foram imunizadas contra o sarampo e 45% contra a gripe.
“A adesão foi muito baxa, tanto para gripe quanto para sarampo. Goiás tem um dos melhores índices a nível nacional, mas ainda é muito ruim. A faixa de idosos, por exemplo, não conseguimos a meta de 90%, ficamos em 58%. Isso significa que temos muitas pessoas que poderia estar protegidas e não estão”, disse.
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Assessoria de Comunicação