Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 25 A 27/09/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

MP-SP aguarda documentos da CPI da Covid para usar na investigação contra Prevent por homicídio de pacientes

Agência Brasil explica uso de diferentes vacinas contra a covid-19

‘Se digo, tenho que praticar’, diz Garcia após demissão por desinformar

Brasil registra 238 mortes por Covid em 24 h; média móvel de óbitos está acima de 500

Caiado anuncia concurso com vagas para professores na UEG de Itumbiara

Covid-19: Goiás registra 819 novos casos e 3 mortes em 24 horas

PORTAL G1

MP-SP aguarda documentos da CPI da Covid para usar na investigação contra Prevent por homicídio de pacientes

Ministério Público de São Paulo espera documentos a partir desta segunda (27). Força-tarefa apura com Polícia Civil denúncia de que Prevent Senior deu ‘kit Covid’ a pessoas que morreram após tomarem medicamentos ineficazes contra doença. Promotoria da Saúde vai propor acordo à empresa para suspender distribuição e uso dos remédios sem comprovação científica.

O Ministério Público de São Paulo aguarda, a partir desta segunda-feira (27), a chegada dos documentos que a CPI da Covid, em Brasília, ficou de enviar para a força-tarefa usar na investigação que apura se a Prevent Senior cometeu crime de homicídio contra seus pacientes.

Essas pessoas estavam com coronavírus e morreram após fazerem o ‘tratamento precoce’ oferecido pela rede de planos de saúde, com sede na capital paulista. A força-tarefa do MP-SP apura se elas faleceram ao tomar medicamentos sem comprovação científica. A Prevent é suspeita de oferecer o ‘kit Covid’ com a falsa ideia de que ele previne e trata a doença. Inclusive sem avisar familiares dos pacientes.

O alvo da investigação do grupo de trabalho do Ministério Público estadual são diretores e médicos da Prevent. Eles poderão responder por crime contra vida, caso a apuração comprove que deram flutamida, cloroquina, azitromicina e ivermectina, remédios ineficazes contra Covid, aos doentes.

A Promotoria de Direitos Humanos e Saúde Pública do MP-SP irá propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) à Prevent para que ela suspenda a distribuição do ‘kit Covid’ a seus pacientes (saiba mais abaixo).

Documentos da CPI

Na semana passada, quando criou o grupo de trabalho do Ministério Público estadual, o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, também pediu ao Senado os relatórios da Comissão Parlamentar de Inquérito. O senador Renan Calheiros (MDB), relator da CPI, confirmou que iria enviá-los.

“Não há uma data prevista. A expectativa é de que venha esta semana, mas não é certeza. Depende do Congresso’, falou ao g1 Everton Zanella, um dos cinco promotores do Tribunal do Júri de São Paulo, que apuram crimes dolosos contra a vida, e que integram à força-tarefa do MP de SP.

“Não há uma data prevista. A expectativa é de que venha esta semana, mas não é certeza. Depende do Congresso’, falou ao g1 Everton Zanella, um dos cinco promotores do Tribunal do Júri de São Paulo, que apuram crimes dolosos contra a vida, e que integram à força-tarefa do MP de SP.

Além de Zanella, Fernando Pereira, Nelson dos Santos Pereira Júnior, Neudival Mascarenhas Filho e Rodolfo Bruno Palazzi investigam a denúncia de que pessoas que receberam o ‘kit Covid’ da rede Prevent Senior morreram. Ele foi distribuído pela operadora do plano de saúde a pacientes, a maioria do Hospital Sancta Maggiore, na capital paulista.

‘Nós pretendemos fazer um pente fino na documentação, para separar o que é relevante para a investigação’, falou à reportagem o promotor Neudival Mascarenhas Filho sobre os dados que a CPI deverá enviar pela internet para o grupo.

‘Nós pretendemos fazer um pente fino na documentação, para separar o que é relevante para a investigação’, falou à reportagem o promotor Neudival Mascarenhas Filho sobre os dados que a CPI deverá enviar pela internet para o grupo.

Caso de polícia

Os promotores vão acompanhar e auxiliar a Polícia Civil de São Paulo na investigação sobre o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes por pacientes na prevenção e tratamento do coronavírus.

O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) instaurou inquérito na semana passada para investigar o caso envolvendo a Prevent Senior. Por envolver dados pessoais de pacientes, ele segue sob sigilo.

‘Pretendemos também marcar uma reunião com os delegados do DHPP, para otimizar o trabalho em conjunto’, falou à reportagem o promotor Neudival Mascarenhas Filho.

‘Pretendemos também marcar uma reunião com os delegados do DHPP, para otimizar o trabalho em conjunto’, falou à reportagem o promotor Neudival Mascarenhas Filho.

A força-tarefa do MP de SP pretende se reunir nesta semana com os delegados do DHPP que estão à frente das investigações.

‘Para fazer uma investigação conjunta’, reforçou o promotor Everton Zanella. ‘O foco principal é investigar se houve homicídio. Se tiver homicídio pode ser doloso ou culposo. Doloso é assumir o risco quando não se importa com o resultado. Ou culposo: por negligência ou imprudência, ou imperícia.’

Falsidade ideológica, pela suspeita de que a Prevent Senior possa ter adulterado prontuários médicos de pacientes, também será mais um crime a investigado. ‘Se existirem outros crimes também apuraremos’, disse Zanella.

Somente após analisar os documentos da CPI é que o grupo de trabalho do Ministério Público estadual pretende ouvir depoimentos de diretores e médicos da Prevent Senior. Também prestarão depoimento as famílias de pacientes que morreram e ex-pacientes que sobreviveram.

Por meio de nota enviada ao g1, a Prevent Senior negou quaisquer denúncias ou suspeitas de irregularidades, mas informou que irá colaborar com a apuração feita pelo Ministério Público de São Paulo (leia abaixo a íntegra do comunicado).

MP vai propor suspensão do ‘kit Covid’

Além dessa investigação do MP contra a Prevent Senior na esfera criminal, há uma outra no âmbito cível. Aberto em abril deste ano, ele investiga a operadora de saúde num inquérito civil para saber se ‘tratamento precoce’ é adequado ou inadequado.

A apuração é feita pela Promotoria de Direitos Humanos e Saúde Pública do MP-SP. O órgão investiga, entre outras coisas, a suspeita de que a rede de planos Prevent prejudicou diversas pessoas ao adotar o ‘kit Covid’. Ela também aguarda os documentos da CPI da Covid para incluir no seu inquérito contra a Prevent.

‘Primeiro, nós estamos aguardando o documento que vem da CPI, me parece importante. Segundo, eu pedi uma série de informações à Associação Paulista de Medicina e ela vai me responder. São informações técnicas’, falou o promotor Arthur Pinto Filho, de Direitos Humanos e Saúde.

Na semana que vem a Promotoria irá propor um acordo à Prevent para suspender a distribuição e uso dos medicamentos ineficazes contra a Covid nas suas unidades hospitalares.

A proposta se chama Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Caso concorde com ela, a Prevent não será alvo de uma ação de indenização por dano moral coletivo contra a sociedade. Se discordar do TAC, o Ministério Público vai dar continuidade a ação na Justiça.

‘Antes de entrar com a ação é normal o Ministério Público fazer uma proposta de TAC. Podem aceitar ou não. Se aceitar não tem ação. Se aceitar uma parte e não aceitar outra, entra com ação da parte que não aceitaram. A ideia é essa: é propor um TAC’, disse o promotor Arthur Pinto Filho.

‘Antes de entrar com a ação é normal o Ministério Público fazer uma proposta de TAC. Podem aceitar ou não. Se aceitar não tem ação. Se aceitar uma parte e não aceitar outra, entra com ação da parte que não aceitaram. A ideia é essa: é propor um TAC’, disse o promotor Arthur Pinto Filho.

Os proprietários da Prevent deverão ser ouvidos pelo MP na semana que vem, quando serão informados da proposta do TAC.

De acordo com a Promotoria, a empresa usou uma série de remédios off label contra a Covid. Off label é uma expressão para informar o uso de medicamentos sem bula sendo aplicados de forma diferente do que foram aprovados anteriormente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

‘Tem a questão das pesquisas, que foram pesquisas absolutamente ilegais, irregulares, completamente fora do padrão. E tem a questão do dano moral coletivo que atingiu a sociedade como um todo, que pagou um preço caro pela ação deles’, falou o promotor Arthur.

Ele se refere ao fato de que o plano de saúde Prevent Senior ocultou mortes de pacientes que participaram de um estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, para tratar a Covid.

A informação consta de um dossiê ao qual a GloboNews teve acesso. A pesquisa foi divulgada e enaltecida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), como exemplo de sucesso do uso da hidroxicloroquina. Ele postou resultados do estudo e não mencionou as mortes de pacientes que tomaram o medicamento.

Segundo Arthur, cada beneficiário do plano poderá entrar com uma ação individual contra a Prevent pelo uso do ‘kit Covid’ pedindo indenização. ‘O que nos permite discutir, que a lei nos permite, é dano moral coletivo porque a ação deles atingiu a sociedade como um todo e muita gente foi prejudicada’, falou o promotor.

Denúncias contra Prevent

As primeiras denúncias contra o plano de saúde começaram em abril, quando médicos que trabalharam na linha de frente da Covid na Prevent Senior relataram sofrer assédio moral constante para prescrever medicações que sabiam que não funcionavam contra a Covid e que podem agravar o quadro de saúde dos pacientes.

Desde então, o plano de saúde Prevent Senior passou a ser investigado pela CPI da Covid no Senado por uma série de suspeitas de irregularidades.

O que diz a Prevent Senior

Por meio de nota, a Prevent Senior informou que irá colaborar com a apuração feita pelo Ministério Público de São Paulo.

‘A Prevent Senior prestará todos as informações ao MP e entende que as apurações esclarecerão a verdade dos fatos.

A Prevent Senior nega e repudia denúncias sistemáticas e mentirosas levadas anonimamente à CPI da Covid e à imprensa. Por isso, a empresa pediu nesta segunda-feira (20 de setembro) que a Procuradoria Geral da República investigue as denúncias infundadas e anônimas levadas à CPI por um suposto grupo de médicos.

Estranhamente, antes de as acusações serem levadas à comissão do Senado, uma advogada que representa esse grupo de médicos insinuou que as denúncias não seriam encaminhadas à CPI se um acordo fosse celebrado.

Devido à estranheza da abordagem, a Prevent Senior tomará todas as medidas judiciais cabíveis para esclarecer os fatos e reparar os danos a sua imagem.’

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AGÊNCIA BRASIL

Agência Brasil explica uso de diferentes vacinas contra a covid-19

Algumas cidades e estados passaram a aplicar, recentemente, vacinas contra a covid-19 de marcas diferentes na segunda dose, o que é chamado tecnicamente de ‘intercambialidade’. As medidas geraram discussão sobre a segurança, eficácia e validade da estratégias. A Agência Brasil consultou autoridades de saúde e especialistas para fazer avaliações, falar estudos e orientações.

O Ministério da Saúde recomenda a intercambialidade de vacinas para o combate à covid-19 somente no caso de gestantes que tomaram a Oxford/AstraZeneca na primeira dose e precisam completar o esquema vacinal.

Diante do caso de uma gestante carioca que faleceu após a vacinação com esse imunizante, o ministério suspendeu a recomendação de uso da marca para esse público e para puérperas. ‘Além disso, em excepcionalidades, como o caso em que não for possível administrar a segunda dose com imunizante do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência do imunizante no país’, respondeu o ministério, em nota à Agência Brasil.

O governo de São Paulo, um dos que fizeram uso da aplicação da segunda dose de Pfizer/BioNTech para quem havia recebido a primeira de Oxford/AstraZeneca, argumentou, em comunicado no dia 10 de setembro, que a medida tinha caráter emergencial. Acrescentou que se devia à falta de doses da Oxford/AstraZeneca e que a medida havia sido chancelada pelo Comitê Científico do governo do estado.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que atua em parceria com o consórcio Oxford/AstraZeneca para a fabricação de vacinas contra a covid-19 no Brasil, recomenda a intercambialidade somente ‘em caso de emergência’.

Segundo a instituição, não há dados sobre a duração da resposta imune com o uso de dois imunizantes diferentes. Sobre a demora para o recebimento da segunda dose, a fundação diz que estudo da Universidade de Oxford, publicado no periódico The Lancet, indicou que a primeira dose proveria eficácia de 80% por até dez meses, com a segunda dose ampliando essa proteção quando ministrada.

OMS e sociedades médicas

De acordo com a médica pediatra e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações – e que integra grupos de trabalho sobre imunização do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro -, Flávia Bravo, a Organização Mundial da Saúde e sociedades médicas admitem essa possibilidade diante de limitações na disponibilidade de doses.

Um documento da OMS, divulgado em agosto deste ano, sobre intercambialidade lembra que a orientação geral é de repetição das marcas na primeira e segunda doses, mas que cabe aos governos avaliarem as estratégias mais adequadas.

No texto, o grupo de experts (Sage) diz que em um cenário de dificuldade de suprimento de vacinas e diante do desafio de ampliar a imunização da população, as autoridades de saúde podem avaliar a implementação da intercambialidade.

O texto da OMS cita um estudo de dois pesquisadores de Oxford, publicado em junho deste ano, que encontrou uma resposta imunológica positiva na combinação de Oxford/AstraZeneca na primeira dose com Pfizer na segunda.

Para Flávia Bravo, esses dados sugerem que a tática pode ser sim considerada. ‘O posicionamento atual no meio científico, a ser considerada pelos países, sim. É claro que mais dados virão, isso chega o tempo todo. O que nós temos até agora já permitiu essa avaliação. Mas, se eu faço com as gestantes por que não faço com o restante da população?’, indaga, mencionando a recomendação do Ministério da Saúde.

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UOL TV

‘Se digo, tenho que praticar’, diz Garcia após demissão por desinformar

O jornalista Alexandre Garcia disse que “tem que praticar” aquilo que ele diz aos alunos em um vídeo justificando sua saída da CNN Brasil. Garcia foi demitido na sexta-feira (24) após defender um suposto tratamento precoce contra a covid-19 – mas que não tem nenhuma eficácia comprovada contra a doença – e ser desmentido pela própria emissora em seguida.

O ex-Globo e agora ex-CNN publicou um novo vídeo ontem falando sobre a saída e criticou professores, a quem acusou de “lavagem cerebral” sem apresentar exemplo ou provas. Ele continua produzindo conteúdo para seu canal no YouTube.

Ele leu o comunicado publicado pela CNN e comentou:

Me perguntaram na sexta sobre a CPI da covid, vacinação e tratamento. Não podia decepcionar aqueles que foram meus alunos ao longo de todos os anos. Se eu digo uma coisa eu tenho que praticar e digo: não aluguem a sua cabeça, pensem, que seu cérebro não seja abduzido, não permitam que professores façam lavagem cerebral, que o medo dos colegas te encolha e não tenha pensamento próprio. Você pode até me contrariar, cada um tem seu pensamento. O que não pode ser normal é que a pessoa seja num rebanho, acéfalo. Alexandre Garcia

O jornalista comandou até a última semana o quadro “Liberdade de Opinião”, cujo nome lembra o direito de todo cidadão brasileiro de expressar seu posicionamento, articulado após coletar dados e informações. Mas estas precisam ser verdadeiras, fundadas na realidade e que respeitem as pessoas e as garantias constitucionais do país.

Não foi a primeira vez que Alexandre foi rebatido pelo próprio canal por desinformar sobre a pandemia: em outubro, ele sugeriu que jovens não precisavam se vacinar contra a doença – as vacinas, cientificamente comprovado, reduzem as possibilidades de um quadro se agravar e chegar a óbito, de acordo com suas eficácias.

Ontem, Garcia disse que jornalistas devem confiar “nos olhos” e sugeriu que a visão é uma fonte confiável de uma maneira geral. Ele não citou que o jornalismo deve apurar relatos e dados e contextualizar os fatos.

A gente quando pega um limão é um presente por que sai uma limonada. O presente é mais importante porque constrói o futuro, muito mais importante que o passado. E para os jornalistas, o importante são os fatos. Não posso contrariar aquilo que estou vendo, acompanhando, aquilo que vem da fonte primária. Isso que nós jornalistas devemos fazer. Acreditar em nossos olhos. Alexandre Garcia

Garcia ainda citou a manifestação com cunho golpista do dia 7 de setembro na avenida Paulista, que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para ele, apenas a visão já serviria para estipular o número de manifestantes.

A Secretaria de Segurança Pública do estado estimou 125 mil pessoas através de cálculos.

Na sexta-feira (240, a CNN divulgou uma nota na noite de hoje deixando bem claro que a rescisão foi tomada especificamente pelas posições do comentarista no último ano, que vão contra a ciência. Vale ressaltar que não há medicações com eficácia cientificamente comprovadas para estágios iniciais da covid-19.

O que é o tratamento precoce

O CFM (Conselho Federal de Medicina) aprovou um parecer no ano passado dando autonomia aos médicos que queiram receitar as medicações, desde que os pacientes tenham ciência de possíveis efeitos colaterais. No entanto, o conselho não recomenda o suposto “tratamento precoce”.

A hidroxicloroquina, uma das medicações mais citadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é contraindicada em casos de covid pela OMS (Organização Mundial da Saúde), pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela maioria dos fabricantes brasileiros.

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O POPULAR

Queiroga vive pior momento e se agarra ao cargo com acenos ao bolsonarismo

Seis meses à frente do Ministério da Saúde, ciclo que completou isolado em Nova York para cumprir quarentena da Covid-19, o médico Marcelo Queiroga vive seu pior momento no governo federal.

O ministro promove uma série de agrados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para se agarrar ao cargo, ainda que contrarie técnicos da própria pasta e desgaste a relação com os gestores do SUS (Sistema Único de Saúde).

Os acenos ao bolsonarismo ofuscam avanços na campanha de vacinação e a queda das internações na pandemia.

Escolhido para assumir a Saúde no auge da crise sanitária e substituir o general Eduardo Pazuello, Queiroga foi apresentado como técnico. Ele abriu a gestão defendendo máscara e vacina, mas passou a concentrar esforços nas pautas sensíveis ao bolsonarismo.

Para agradar ao presidente, o médico autorizou estudos sobre desobrigar o uso das máscaras, afastou da Saúde nomes vetados por apoiadores do governo e usou argumentos frágeis ao tentar impedir a vacinação de adolescentes sem comorbidade.

Queiroga também fez gestos obscenos e mostrou o dedo do meio na segunda-feira (20), nos Estados Unidos, a manifestantes que protestavam contra Bolsonaro.

No dia seguinte, recebeu diagnóstico positivo para Covid-19 e gerou constrangimento à comitiva brasileira, que havia se reunido com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, entre outras autoridades.

O médico ainda evita questionar a defesa de Bolsonaro sobre o uso de medicamentos sem eficácia para a Covid, como a cloroquina, e mantém na pasta defensores deste tratamento, como a secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.

Apesar dos afagos ao presidente, o ministro teve derrotas em tentativas de nomear os próprios comandados e aceitou imposições do Planalto.

Queiroga entrou para lista de investigados da CPI da Covid e deve depor aos senadores quando deixar a quarentena.

Em nota, o Ministério da Saúde destacou avanço na campanha de vacinação da Covid na gestão Queiroga, com mais de 280 milhões de doses entregues, além da nova estratégia de testagem e a redução dos casos e óbitos.

A pasta não respondeu sobre os acenos do ministro a Bolsonaro e dificuldades para montar equipe, entre outros pontos.

“Estou satisfeito com os resultados que temos demonstrado nesses seis meses e vamos trabalhar mais para levar atendimento de qualidade, humanizado e universal a todos os brasileiros”, disse Queiroga, por meio da assessoria.

Foi a mudança às pressas no plano de vacinação dos adolescentes que mais esgarçou a relação com gestores do SUS.

Ao lado de Bolsonaro, o ministro da Saúde falou grosso e fez um apelo para as mães não levarem jovens aos postos de imunização, mas secretários locais de saúde rejeitaram as recomendações.

“Porque ainda é necessário mais evidências para consolidar essa indicação”, disse o ministro no dia 16. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já havia autorizado o uso da dose da Pfizer no grupo de 12 a 17 anos.

Uma semana mais tarde, o governo Bolsonaro mudou o tom e recuou. Coube ao ministro substituto, o secretário-executivo Rodrigo Cruz, anunciar que os jovens sem comorbidade voltaram à lista de prioridades.

Bolsonaro e aliados haviam pressionado Queiroga a mudar as regras para vacinar adolescentes, mas o ministro nega interferência do Planalto.

“Sempre achei que a gente poderia perder esse patrimônio diante de tudo isso que aconteceu no combate à pandemia, mas não [por gesto] vindo de um ministro da Saúde”, afirmou o presidente do Conass (conselho dos secretários estaduais), Carlos Lula, à Folha no dia 16.

Outra das crises no horizonte de Queiroga envolve desobrigar o uso de máscaras, um pedido de Bolsonaro que o médico tenta postergar, mas não nega.

Em um canal bolsonarista investigado por disseminar fake news, o ministro disse ser contra obrigar o uso da proteção, mas não afirmou que o equipamento é inútil, como já pregou o presidente.

Em agosto, Queiroga também cedeu a apoiadores de Bolsonaro e cancelou homologação de texto do CNS (Conselho Nacional de Saúde) que falava em “garantir o direito ao aborto legal” às mulheres.

O ministro ainda causou constrangimento no governo por levar em aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) seus parentes e de outras autoridades, como mostrou a Folha.

Com tudo somado, integrantes do governo veem Queiroga sem força até para mudar peças no seu entorno.

Como exemplo, interlocutores do ministro citam que ele tentou, mas não conseguiu demitir nomes que agradam à base bolsonarista, como o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti. Trata-se de médico defensor do chamado “kit Covid” que participou de viagem do governo a Israel para conhecer o spray nasal contra a Covid.

Também não há substituto da ex-coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunização), que deixou o posto no fim de junho. Servidora de carreira, Francieli Fantinato disse à Folha que declarações de Bolsonaro atrapalham a campanha de vacinação.

As decisões sobre a imunização estão sendo tomadas pela secretária extraordinária de Enfrentamento da Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo.

Ela não foi a primeira opção ao cargo. Queiroga tentou, mas também não conseguiu emplacar a médica Luana Araújo, anunciada em maio para o órgão e dispensada dez dias depois.

Queiroga tomou posse no governo em 23 de março. Ele deixou a presidência da Sociedade Brasileira de Cardiologia para se tornar o quarto ministro da Saúde na pandemia.

O médico tem visão diferente do presidente sobre como conduzir a pandemia. Ele defende que o caminho correto é a vacinação da população.

O presidente ainda não se vacinou contra a Covid. O mandatário foi o único dos líderes do G20 (composto pelas 19 principais economias mais a União Europeia) que declarou que não iria tomar a vacina para acompanhar a Assembleia-Geral da ONU, na semana passada, quando Queiroga se infectou.

O ministro também nunca disse ser a favor do uso da cloroquina e da ivermectina para o tratamento precoce da Covid, uma bandeira de Bolsonaro. Queiroga segue o discurso do CFM (Conselho Federal de Medicina) de que o médico tem autonomia na prescrição, desde que haja aval do paciente.

Em nota, a Saúde disse que Queiroga cumpre a tarefa de realizar a maior campanha de vacinação da história do Brasil.

Também destaca a ideia de distribuir 60 milhões de testes de antígeno para massificar os diagnósticos da Covid, além de investimentos na atenção primária.

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FOLHA DE S.PAULO

Brasil registra 238 mortes por Covid em 24 h; média móvel de óbitos está acima de 500

Dados aos domingos, segundas e feriados são menores, por atrasos de notificação

O Brasil registrou 238 mortes por Covid e 8.621 casos da doença, neste domingo (26). Com isso, o país chegou a 594.484 vidas perdidas e 21.349.397 pessoas infectadas desde o início da pandemia.

Aos domingos, segundas e feriados, os dados da Covid costumam ser menores, por atrasos de notificação nas secretarias de saúde.

As médias móveis se encontram em estabilidade. A média de óbitos agora é de 528 mortes por dia, aumento de 13% em relação ao dado de duas semanas atrás. A média de casos é de 16.091, aumento de 5%.

Recentemente, os números da pandemia no Brasil, principalmente o de casos, apresentou instabilidades. Uma atualização no sistema do Ministério da Saúde levou ao registro de milhares de casos dos últimos meses que não haviam sido contabilizados, além de outros problemas. Na última semana, a média chegou a ficar, novamente, acima de 30 mil casos por dia.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19, também coletados pelo consórcio, foram atualizados em 20 estados e no Distrito Federal.?

O Brasil registrou 502.926 doses de vacinas contra Covid-19, neste domingo. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 162.302 primeiras doses e 282.618 segundas. Também foram registradas 1.257 doses únicas e 56.749 doses de reforço.

Ao todo, 144.536.919 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil -82.500.817 delas já receberam a segunda dose do imunizante.

Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 86.692.704 pessoas com esquema vacinal completo no país.?

Com isso, 91,76% da população com mais de 18 anos já recebeu ao menos uma dose (nesse caso, a 1ª dose de alguma vacina ou o imunizante de dose única) e 53,48% (também com mais de 18 anos) recebeu as duas doses recebidas ou a dose única da Janssen.

Mesmo quem completou o esquema vacinal com as duas doses deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

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A REDAÇÃO

Caiado anuncia concurso com vagas para professores na UEG de Itumbiara

Processo seletivo será aberto ainda em 2021 


Adriana Marinelli

Goiânia – O governador Ronaldo Caiado anunciou, nesta segunda-feira (27/9), um concurso público ainda este ano para contratação de 94 docentes para o campus de Itumbiara da Universidade Estadual de Goiás (UEG). “Educação é prioridade em nosso governo. Depois de dar o maior orçamento da história da UEG (R$ 304 milhões), já incluí no orçamento de 2022 a progressão salarial aos seus docentes e técnicos”, completou o governador em uma publicação nas redes sociais.

Ainda na postagem, Caiado afirmou que a gestão anterior criou o curso de Medicina em Itumbiara “com apenas três professores e sem qualquer hospital para os alunos aprenderem”. De acordo com o governador, a situação foi “corrigida” quando o governo estadual assumiu, já na atual gestão, o Hospital São Marcos.

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Covid-19: Goiás registra 819 novos casos e 3 mortes em 24 horas

Goiás registrou 819 novos casos da covid-19 e 3 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta segunda-feira (27/9). O mais recente boletim mostra que os dados seguem com tendência de queda no Estado. 

Com as atualizações, o Estado chega a 858.196 casos e 23.365 óbitos confirmados. De acordo com a SES-GO, Goiás, soma 825.312 pessoas que tiveram covid-19 e estão recuperadas. No Estado, há 619.572 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 315.417 casos.

Além dos 23.365 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,73%, há 515 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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Assessoria de Comunicação