Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 26/03/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Aborto
Cremego propõe plebiscito
Para conselho goiano de medicina, assunto deve ser definido por meio de votação popular
Maria José Silva

As discussões acerca da reforma do Código Penal Brasileiro estão gerando polêmica entre os representantes das entidades médicas. Componentes do Conselho Regional de Medicina (Cremego) manifestaram-se contrários a uma das deliberações feitas por membros do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a ampliação das situações que não constituem crime nos casos de interrupção da gravidez. Diferente do CFM, o Cremego é contra o item que prevê o aborto até a 12ª semana de gestação, quando houver a vontade da gestante.
Os representantes do CFM e dos 27 Conselhos Regionais de Medicina reuniram-se no dia último 21 para discutir e deliberar os itens que não configuram crime nos casos de interrupção da gravidez. Tais conclusões serão encaminhadas posteriormente à avaliação do Congresso Nacional. Além de destacar a importância da vontade da mulher, os componentes do CFM consideram viável o aborto nos casos de risco à vida ou à saúde da gestante; de gravidez resultante de violência sexual ou de técnica de reprodução assistida sem o conhecimento da mulher e, ainda, nos casos de anencefalia e de anomalias que inviabilizem a vida independente .
Na mesma data, a diretoria do Cremego reuniu-se e manifestou-se contrária à situação em que o aborto é permitido até a 12ª semana, caso haja manifestação de vontade da mulher grávida. O presidente do Cremego, médico psiquiatra Salomão Rodrigues Filho, sugere que a questão, extremamente delicada, seja debatida em todo o País, por meios como o plebiscito. Ele acentua que a religiosidade e a cultura brasileira devem ser levadas em consideração. “Na gestação há um outro ser, outra vida. O aborto no Brasil é considerado crime”, destaca.
MEIOS CONTRACEPTIVOS
Salomão Rodrigues Filho teme que a prevalência pura e simples da vontade da mulher quanto à interrupção da gestação até a 12ª semana transforme-se, ao longo dos anos, em uma espécie de método contraceptivo. Ele avalia que a oficialização do aborto é, ao mesmo tempo, uma medida simplista e economicista.
Para o presidente do Cremego, o governo deve, antes de tudo, difundir, investir e possibilitar às mulheres o acesso aos métodos contraceptivos, entre os quais o anticoncepcional, a laqueadura e a vasectomia. Para que isso ocorra, pondera, seria necessário o avanço e a atuação mais incisiva dos profissionais do programa Estratégia de Saúde da Família, o incremento das ações de educação e saúde e a distribuição mais ampla de medicamentos e preservativos.
O presidente do CFM, Roberto Luiz d´Avila, assinala que a interrupção da gestação se limitaria às situações deliberadas e que os Conselhos de Medicina são contrários ao aborto, que continua a ser crime. “É importante destacar que não se decidiu serem os Conselhos de Medicina favoráveis ao aborto, mas, sim, à autonomia da mulher e do médico. Neste sentido, as entidades médicas concordam com a proposta ainda em análise no âmbito do Congresso Nacional”, esclarece.
A manifestação do Cremego será levada aos membros do CFM numa próxima plenária, a realizar-se em meados de abril. Os componentes do CFM consideraram, ao sugerir as propostas, o fato de o abortamento ser uma importante causa de mortalidade materna no Brasil, sendo evitável em 92% dos casos.
As complicações causadas pelo aborto realizado de forma insegura representam a terceira causa de ocupação dos leitos obstétricos no Brasil. Em 2001, houve 243 mil internações na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) por curetagens pós-abortamento.
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Cirurgias eletivas
Saúde anuncia programa para reduzir fila de espera
Iniciativa das Secretarias Estadual e Municipal da Saúde busca zerar a demanda por procedimentos, a partir da liberação de recursos pelo MS
Malu Longo

Cinco dias depois do POPULAR publicar reportagem destacando a espera de 16 mil pessoas na fila para cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS), as Secretarias de Saúde de Goiânia e do Estado de Goiás anunciaram na manhã de ontem uma iniciativa que visa zerar a demanda. O projeto, de acordo com as pastas, está em elaboração desde setembro do ano passado quando o Ministério da Saúde (MS) colocou à disposição para os Estados recursos destinados às cirurgias de média complexidade acumuladas em Goiás desde 2005. A Secretaria de Saúde Municipal (SMS) conseguiu captar R$ 6 milhões, valor que pode ser duplicado se até julho for comprovado que os recursos foram gastos em sua totalidade visando reduzir a demanda reprimida de cirurgias eletivas, envolvendo as redes pública e conveniada.
A ação começou efetivamente no dia 18 deste mês, no Hospital Geral de Goiânia Alberto Rassi (HGG), quando pacientes que aguardavam na filha passaram a ser convocados para a cirurgia. Foi o caso da dona de casa Tarsila Pereira da Silva, de 65 anos, portadora de uma artrose que provoca fortes dores nos joelhos. “Há cinco anos o médico indicou a cirurgia. Cheguei a fazer exames, a cirurgia foi marcada, mas depois desmarcaram”, conta ela, que desde ontem está internada numa enfermaria do HGG para os exames preparatórios. Ele foi avisada de que a cirurgia será amanhã.
Com uma pedra na vesícula, a operadora de caixa, Dulce Lima de Souza, também foi chamada para realizar os exames preparatórios para a cirurgia que ela aguarda há seis meses. Internada desde sábado no HGG, ela continuava na manhã de ontem sem saber quando o procedimento seria marcado. “Me deixaram aqui, não falaram mais nada. Hoje me trouxeram café da manhã e eu soube que a alimentação estava liberada porque eu não faria a cirurgia hoje”. Segundo o HGG, Dulce será operada hoje porque seus exames pré-cirúgicos já foram feitos.
De acordo com Rafael Nakamura, coordenador de Regulação Assistencial do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), organização social à frente da gestão do HGG, foi necessário realizar um recadastramento das pessoas que aguardam cirurgias. Somente na unidade a demanda reprimida, que chegava a 8 mil cirurgias, caiu para 3,4 mil. “Havia paciente com seis pedidos de cirurgia. Havia casos de óbitos ou de realização do procedimento em outros locais”, afirmou o titular da SMS, Fernando Machado. Segundo Rafael Nakamura, o recadastramento foi comunicado ao Ministério Público Estadual para evitar reclamações. Embora os 3,4 mil usuários tenham sido identificados, o HGG espera que outros pacientes entrem em contato a partir da divulgação do programa batizado de Sua Vez.
Dinheiro para cirurgia
Veja como funcionará o mutirão da SMS e SES:
■ O Ministério da Saúde liberou inicialmente R$ 6 milhões para cirurgias eletivas em Goiás. Esse valor pode ser duplicado se, até julho, for comprovado que foi integralmente gasto com esse fim.
■ O dinheiro será repassado mediante a apresentação do serviço prestado.
■ Os pacientes na fila de espera e com Autorização para Internação Hospitalar (AIH) têm prioridade.
■ A ação começou pelo HGG, mas vai envolver outras unidades como o Hospital das Clínicas da UFG, a Santa Casa de Misericórdia, o Crer, a Fundação Banco de Olhos, o Hospital Araújo Jorge, entre outros.
■ Os procedimentos cirúrgicos serão realizados na rede pública e em mais de 50 hospitais e clínicas da rede privada.
■ Os pacientes que aguardam cirurgias eletivas pelo SUS devem procurar as unidades onde estão registrados para atualizar seus cadastros.
■ O HGG, através do Idtech, montou uma Central de Relacionamento com o Usuário. O paciente que tem Autorização de Internação Hospitalar (AIH) para o HGG e não sabe se vai participar do mutirão de cirurgias pode conferir sua situação por meio do site do Idtech. Caso a AIH tenha sido encaminhada para um prestador de serviço e o procedimento não seja realizado em 90 dias, o usuário deve entrar em contato com a Central.
■ O pós-operatório e a reabilitação do paciente ficarão a cargo da unidade hospitalar onde fará o procedimento
Secretaria quer atrair prestadores
Por causa do projeto, que vai receber recursos extra-teto para a realização de cirurgias de média complexidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) espera atrair um maior número de prestadores de serviços e chegar a um número real de pacientes aguardando procedimentos cirúrgicos. Os 16 mil usuários do SUS na fila de espera por cirurgia identificados pelo POPULAR na semana passada, de acordo com o secretário de Saúde de Goiânia, Fernando Machado, podem ser menos, como comprovou levantamento do HGG.
O maior volume de cirurgias reprimidas, cerca de 50%, é da especialidade de ortopedia. O jovem Lázaro Moreira do Espírito Santo, de 22 anos, morador de Goianápolis, sofreu um acidente de motocicleta há dois anos quando perdeu o braço direito. Desde então, ele aguarda uma cirurgia para amputar sua perna direita, já necrosando. “Ele sente muitas dores e está deprimido”, conta a mãe Ivonete Moreira dos Santos que depois de vários adiamentos da cirurgia decidiu expor a situação do filho para tentar obter ajuda. Ontem ela recebeu uma ligação do Hospital de Urgências de Goiãnia (Hugo) para que o filho seja avaliado amanhã por ortopedistas.
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Remédios
Anvisa quer acelerar registros
São Paulo – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai acelerar o registro de medicamentos. Hoje, de acordo com um levantamento da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), um remédio pode demorar até dois anos para ser avaliado e receber permissão para ser vendido no País. A partir de agora, com a adoção de medidas anunciadas ontem pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esse prazo será de até seis meses.
O anúncio foi feito por Padilha a empresários do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo (SP). De acordo com o ministro, isso será possível com a adoção de algumas medidas, como a criação de uma fila especial para medicamentos que são produtos de inovação tecnológica ou de interesse pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É o caso dos remédios para câncer, hipertensão e diabete.
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Artigo – Por soluções eficazes

No processo constante de desvalorização da medicina e do médico brasileiro, o governo federal agora está criando uma nova maneira. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, integrantes do Ministério da Educação e reitores de universidades brasileiras estão discutindo possibilidade de contratar médicos estrangeiros para o trabalho na área de atenção básica à saúde para regiões do País que sofre com a carência de profissionais.
A Associação Médica de Goiás (AMG) vem a público para informar que nós médicos repudiamos esta proposta governamental por acreditar que esta medida não irá garantir um atendimento de qualidade para a população brasileira. O resultado do último Revalida, processo de revalidação dos diplomas dos médicos estrangeiros mostrou que a formação deles é questionável, já que apenas 14% dos inscritos obtiveram aprovação.
Está comprovado que a defasagem no número de profissionais para atender nas periferias das grandes cidades e em cidades do interior se deve à falta de subsídios e convênios que valorizem o trabalho médico. Não está faltando médicos, o que está faltando é salário digno e condições adequadas de trabalho. Como a maioria das prefeituras não tem condições de pagar os médicos, é preciso que o governo crie o piso salarial e plano de carreira para nossa categoria, com repasses para os municípios carentes. Só dessa forma teremos uma distribuição adequada de médicos por todo o território nacional.
A saúde do País passa por muito mais questões que têm de ser vistas ao microscópio para uma avaliação mais isenta. A saúde pública no Brasil é uma questão que necessita de mais atenção dos órgãos competentes. A realidade nos mostra um País onde as políticas públicas são incoerentes e desrespeitam a sociedade. Nós médicos nos sentimos envergonhados quando nos vemos obrigados a parar nossas atividades para reivindicar do governo melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Estamos diante de uma situação em que nós profissionais e o povo somos as vítimas de um sistema injusto e feito para o bem estar de poucos.
Deparamo-nos cotidianamente com situações imorais envolvendo personalidades públicas e agora vemos estas mesmas pessoas querendo se aproveitar da crise econômica que assola a Europa para importar mão de obra barata e deteriorar ainda mais as condições de vida dos médicos brasileiros, o que irá, consequentemente, refletir na qualidade do já combalido serviço de saúde pública prestado à população. Convocamos os médicos e a se unirem junto à AMG em mais uma batalha, e convidamos igualmente a sociedade goiana a se manifestar nesta caminhada para garantir uma saúde pública que atenda aos anseios e necessidades de todo o povo brasileiro.

Rui Gilberto Ferreira é presidente da Associação Médica de Goiás (AMG)
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O HOJE
Cremego discorda de aborto até 12ª semana
Presidente do Conselho Regional diverge do posicionamento nacional da entidade e defende realização de plebiscito
GALTIERY RODRIGUES

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) discordou, em partes, do posicionamento preliminar do Conselho Federal de Medicina (CFM) quanto à ampliação das possibilidades de aborto, sem que o ato seja considerado crime. Os conselheiros goianos apoiaram a ampliação das excludentes de ilicitude discutidas no novo Código Penal, mas vetaram, por unanimidade, em sessão plenária realizada no último dia 21 de março, o item que permite a interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação. Este foi acrescentado ao esboço da proposta, que será encaminhada ao Congresso Nacional, como uma forma de garantir maior autonomia da mulher ao decidir ou não por ter o filho.
O presidente do Cremego, Salomão Rodrigues, considera temerário transformar tal aspecto em lei, antes de discutir amplamente com a sociedade. Ele sugere até, se necessário, a realização de um plebiscito, dado o potencial de polêmica do assunto. Tornar lícito o aborto até a 12ª semana de gravidez, na interpretação do Conselho Regional, deixaria totalmente abertas as possibilidades de praticá-lo e o colocaria no mesmo patamar de qualquer outro método contraceptivo. Com o acesso às clínicas médicas e a legalidade assegurada em lei, o temor dos conselheiros é que haja certa banalização do ato. “Temos de levar em conta que a autonomia da mulher, neste caso, não seria somente sobre o próprio corpo, mas também sobre uma segunda vida”, diz Salomão.
Os demais itens apresentados pelo CFM foram aprovados pelo Cremego. A plenária entendeu plausível a prática do aborto quando houver risco à vida ou à saúde da gestante, se a gravidez for resultado de um estupro e se for comprovada a anencefalia do feto ou quando o mesmo padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida independente. Neste último caso, as situações precisam ser atestadas por pelo menos dois médicos. Assim como Goiás, os demais Conselhos Regionais terão de apreciar a posição inicial do CFM, que vai ser discutida novamente no pleno federal, no próximo mês. Participarão do debate final os conselheiros federais, sendo que cada Estado tem um representante, e os presidentes das regionais.
Sociedade deve exercer o próprio crivo
A decisão do CFM será encaminhada ao Congresso Nacional para servir de base para a reforma do Código Penal Brasileiro, que está em trâmite. A consulta ao Conselho Federal de Medicina foi feita da mesma forma que outras entidades representativas foram procuradas, para se posicionar e ajudar na discussão de temas que lhes são de competência. Apesar disso, Salomão Rodrigues entende que o aborto é uma questão além do corpo técnico e da categoria profissional. Por isso, não só o item referente à 12ª semana de gravidez, mas todos os demais excludentes de ilicitude devem passar pelo crivo da sociedade.
O presidente do Cremego lembra que é comum o governo federal utilizar o dado estatístico de que de 60 a 80 mil mulheres morrem todos os anos no Brasil por complicações geradas pela prática inadequada do aborto. Segundo ele, tal número é usado para alertar para a urgência de se discutir a legalidade do aborto, em determinadas situações, o que facilitaria o acompanhamento médico e a diminuição de mortes. No entanto, ele é cauteloso quanto à expansão da prática e afirma que tornar o aborto uma solução é um ato simplista perto do que o Estado poderia fazer e propiciar.
“O governo devia investir para garantir o acesso das mulheres de classes mais baixas a métodos contraceptivos. Esse é um momento para a população cobrar, por exemplo, o programa de saúde familiar, que não é praticado e podia servir em favor da orientação e distribuição de elementos necessários para a contracepção. Existem outros métodos para prevenir essa mortandade das mulheres ao invés do aborto”, expõe Salomão Rodrigues. Ele pontua, como prováveis saídas, a laqueadura, que hoje é permitida para mulheres acima dos 25 anos e que tenham no mínimo dois filhos e a vasectomia, no caso dos homens, que não exige nenhum requisito para ser aplicada. Qualquer homem pode fazer.
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Mutirão quer zerar fila de espera no HGG
Hospital quer operar, em quatro meses, 3.395 pacientes que aguardam cirurgia desde 2005. Falta de UTI seria causa da demora
ANGÉLICA QUEIROZ

O aposentado Jaime do Nascimento aguarda por uma cirurgia de próstata há cinco anos. Nesse final de semana, ele finalmente foi internado para o procedimento cirúrgico, que deve ocorrer amanhã. Jaime faz parte dos 3.395 pacientes que possivelmente serão operados nos próximos quatro meses em um mutirão lançado ontem no Hospital Alberto Rassi (HGG) com o objetivo de zerar a fila de espera em que alguns pacientes aguardam desde 2005.
Coordenador de Regulação Assistencial do Idtech, Rafael Nakamura explica que um dos fatores responsáveis pela demora nas cirurgias é a falta de Unidades de Terapias Intensivas (UTIs). Segundo ele, hoje o hospital possui apenas 10 leitos. No entanto, ele lembra que outros 19 devem ser inaugurados no próximo mês, fazendo com que o HGG tenha a maior UTI do Estado, com 29 leitos. “Esperamos que esses novos leitos aliviem esse gargalo para que a fila não volte a crescer,” prevê.
Outro motivador da fila, de acordo com Nakamura, é que o HGG é o único da rede que realiza cirurgias complexas em muitas especialidades. “Nenhuma unidade dá conta de atender à demanda de todo o Estado e ainda de muitos Estados vizinhos que mandam pacientes para cá,” justifica. Segundo ele, o HGG agora tem uma fila decente com o sistema informatizado, o que vai contribuir para que todos os pacientes possam ser atendidos em tempo ágil e sem privilégios para aqueles que têm “contatos”.
“Quero encerrar esse assunto”
Jaime conta que durante o tempo em que ficou aguardando não conseguiu ficar tranquilo. “Felizmente, eu não sentia nada. Mas ficava preocupado porque é caso sério,” relata. Agora, ele mal pode acreditar que vai ser operado. “Tomara que tudo dê certo. Quero encerrar esse assunto,” diz.
Francisca de Assis era outra que estava satisfeita. Seu sobrinho Rodrigo, de 18 anos, foi operado na manhã de ontem após oito meses de espera. Ela lembra que o sobrinho rompeu o ligamento do joelho enquanto praticava uma luta marcial e, enquanto aguardava a cirurgia, não conseguia mais lutar, nem andar. “Ele precisou dar uma parada na vida. Agora, graças a Deus, a vida dele vai voltar ao normal”, afirma. As cirurgias de ortopedia, como o caso de Rodrigo, são as com maior demanda (1.025), seguidas por cirurgia plástica (580) e urologia (499).
Considerando a média mensal de 350 cirurgias realizadas atualmente, sem o mutirão e se não fosse incluído mais nenhum usuário na fila, o HGG gastaria mais de um ano para operar todos esses pacientes em espera.
Quase 50% dos pacientes não foram localizados
No levantamento de pacientes na fila de espera pelas cirurgias, o Idtech catalogou mais de oito mil Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs). Em seguida, agentes ligaram para todos os pacientes para checar a situação de cada um – foram feitas três tentativas de localização em dias e horários alternados. “Foram mais de 17 mil ligações”, observa Nakamura. Segundo ele, mesmo assim, 44% dos pacientes não foram localizados. Outros 5% alegaram não precisar mais da cirurgia, 5% haviam sido operados em outros hospitais da rede, 5% foram operados na rede particular e 1% veio a óbito.
Os cadastros inativos estão armazenados em um arquivo que poderá ser acessado caso os pacientes procurem o hospital. “Esses cadastros poderão ser reativados a qualquer tempo, desde que o paciente seja localizado”, explica Nakamura. Ele ressalta que os pacientes que aguardam cirurgia no HGG e não foram contatados pelos agentes podem checar sua situação no site do Idtech.
Mais de 16 mil aguardam cirurgia em Goiás
A ação “Sua Vez” é fruto de uma parceria entre as secretarias de Saúde municipal e estadual e o Idtech. Graças à união, os pacientes do HGG serão operados não só no HGG como também na rede conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo hospitais particulares. “Esse programa retrata a essência do SUS, que tem por natureza ações coordenadas pelas três esferas de poder: federal, estadual e municipal”, afirma o secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros.
Em Goiás, mais de 16 mil pessoas aguardam por cirurgia eletiva. Essa primeira ação deve servir de modelo para outras, em outros hospitais. Para o secretário municipal de Saúde, Fernando Machado, a ação no HGG marca o início de um projeto maior para que os pacientes da rede pública não aguardem mais de quatro meses pelo seu procedimento. “Com a parceria do Idtech, conseguimos fazer um levantamento real sobre a demanda do HGG e distribuir estes casos na rede”, ressalta.
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PORTAL 730

Cremego apoia parcialmente declarações do Conselho Federal de Medicina sobre liberação do aborto

O Conselho Regional de Medicina em Goiás (Cremego) se declarou contrário à liberação do aborto no Brasil, mas não foi unânime com o Conselho Federal de Medicina (CFM) na decisão de permitir o aborto se for por vontade da gestante até a 12ª semana de gravidez.
O presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, declarou que o item citado deve ser discutido junto com a sociedade. “O médico não pode tomar uma decisão antes de uma ampla discussão com toda a sociedade brasileira sobre esta questão. Envolve questões culturais, religiosa, das mais diversas”, pontua.
Cerca de 60 mil mulheres morrem por ano devido ao aborto no Brasil. De acordo com o presidente Salomão Rodrigues, por não existir ainda um preparo cultural no país, a decisão pela liberação do aborto no Brasil é prematura.
O Cremego apoiou a interrupção da gravidez nas situações em que houver risco à vida da gestante, se for decorrente de uma violência sexual, e se for comprovada a anencefalia ou quando o feto sofrer de uma grave doença que inviabilize a vida dele. O Cremego apenas não apoiou a liberação do aborto caso seja a vontade da gestante de realizar até a 12ª semana de gravidez.
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Associação de hospitais paralisará atendimento a usuários da Unimed por um dia
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) divulgou nesta segunda-feira (25) que irá suspender por 24 horas, no dia 2 de abril, o atendimento aos usuários da Unimed Goiânia.
Segundo a nota, no dia todos os atendimentos hospitalares, como internações e cirurgia eletivas, serão suspensos. Apenas os casos de emergência serão atendidos.
A Ahpaceg tenta pressionar a Unimed Goiânia para reajustar os valores pagos pelas diárias e taxas por consultas nos índices que deseja. A operadora do plano de saúde fez uma proposta, que segundo a associação está muito aquém dos necessários para oferecer um serviço de qualidade.
Segundo a Ahpaceg a paralisação é uma advertência à Unimed, mas garante que está aberta ao diálogo e disposta a fazer um acordo com a operadora.
Em Goiânia, a Unimed tem aproximadamente 300 mil usuários, além de atender pacientes da operação de outras cidades.
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TV ANHANGUERA (Clique no link para acessar a matéria)

Conselho Regional de Medicina de Goiás se posiciona contra mudanças em relação ao aborto
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/conselho-regional-de-medicina-de-goias-se-posiciona-contra-mudancas-em-relacao-ao-aborto/2480113/

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PORTAL GOIASNET
Hospitais podem suspender atendimento aos usuários da Unimed Goiânia

No dia 2 de abril, 15 hospitais de Goiás podem suspender por 24 horas, o atendimento aos cerca de 300 mil usuários da Unimed Goiânia e do intercâmbio (clientes de outras Unimeds atendidos em Goiânia).
A paralisação está sendo deflagrada pela Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), e todos os atendimentos hospitalares, como internações e cirurgias eletivas, serão suspensos nesse dia. Apenas os casos de urgência e emergência serão atendidos nos Hospitais Amparo, Anis Rassi, da Criança, Evangélico de Anápolis, Infantil de Campinas, Hospital e Maternidade Jardim América, Monte Sinai, Samaritano de Goiânia, Santa Helena, Santa Mônica, São Francisco, São Salvador, São Silvestre e IOG – Instituto Ortopédico de Goiânia, instituições associadas da Ahpaceg em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis.
Segundo a Ahpaceg, há quase dois anos, a associação e a Unimed Goiânia estão em negociação para o reajuste dos valores das diárias e taxas pagas aos hospitais associados. "O índice oferecido pela Unimed Goiânia ficou muito aquém do mínimo necessário para a garantia do bom atendimento aos usuários, então, os associados da Ahpaceg rejeitaram o reajuste proposto" diz a Ahpaceg.
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SAÚDE BUSINESS WEB
Hospitais vão suspender o atendimento pela Unimed Goiânia
Os 15 maiores hospitais goianos vão suspender, por 24 horas, o atendimento aos cerca de 300 mil usuários da Unimed Goiânia e do intercâmbio. A paralisação será no dia 2 de abril

Os 15 maiores hospitais goianos vão suspender, por 24 horas, o atendimento aos cerca de 300 mil usuários da Unimed Goiânia e do intercâmbio (clientes de outras Unimeds atendidos em Goiânia). A paralisação será no dia 2 de abril e está sendo deflagrada pela Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
Neste dia, todos os atendimentos hospitalares, como internações e cirurgias eletivas, serão suspensos. Apenas os casos de urgência e emergência serão atendidos nos Hospitais Amparo,
Anis Rassi, da Criança, Evangélico de Anápolis, Infantil de Campinas, Hospital e Maternidade Jardim América, Monte Sinai, Samaritano de Goiânia, Santa Helena, Santa Mônica, São Francisco, São Salvador, São Silvestre e IOG – Instituto Ortopédico de Goiânia, instituições associadas da Ahpaceg em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis.
Em uma carta aberta aos usuários da Unimed Goiânia, a Ahpaceg explica que desde julho do ano passado vem negociando com a cooperativa o reajuste dos valores das diárias e taxas pagas há quase dois anos aos hospitais associados. Mas, após oito meses de negociação e várias reuniões, o índice oferecido pela Unimed Goiânia ficou muito aquém do mínimo necessário para a garantia do bom atendimento aos usuários.
A Associação ressalta que a aceitação da proposta apresentada pela Unimed Goiânia implicaria a redução da qualidade desta assistência e colocaria em risco o funcionamento dos hospitais, fato a Ahpaceg que não admite. “Por isso, mantendo o compromisso de oferecer aos usuários desta operadora de planos de saúde e a toda sociedade uma assistência de qualidade, com segurança e resolutividade, os associados da Ahpaceg rejeitaram o reajuste proposto”, diz a nota.
A Ahpaceg destaca que a paralisação agendada para o dia 2 de abril é uma advertência e que está aberta ao diálogo com a Unimed Goiânia em busca de um acordo que assegure a manutenção do atendimento aos usuários da cooperativa. “Contamos com a compreensão de todos os usuários que confiam na Unimed Goiânia e nos hospitais da Ahpaceg para cuidarem de seu maior bem: a saúde”, encerra a nota.
CONFIRA O TEXTO COMPLETO DA CARTA AOS USUÁRIOS
ASSOCIAÇÃO DOS HOSPITAIS PRIVADOS DE ALTA COMPLEXIDADE DO ESTADO DE GOIÁS (AHPACEG)
CARTA AOS USUÁRIOS DA UNIMED GOIÂNIA
Desde julho de 2012, a Ahpaceg vem negociando com a Unimed Goiânia o reajuste dos valores das diárias e taxas pagas há quase dois anos aos hospitais associados. Esse reajuste é necessário para garantirmos a qualidade e a segurança dos serviços prestados aos cerca de 300 mil usuários da Unimed Goiânia.
Mas, após oito meses de negociação, o índice oferecido pela cooperativa ficou muito aquém do mínimo necessário para a garantia do bom atendimento aos usuários. A aceitação deste percentual implicaria a redução da qualidade desta assistência e colocaria em risco o funcionamento dos hospitais da Ahpaceg, fato que não admitimos.
Por isso, mantendo o compromisso de oferecer aos usuários desta operadora de planos de saúde e a toda sociedade uma assistência de qualidade, com segurança e resolutividade, os associados da Ahpaceg rejeitaram o reajuste proposto.
No dia 2 de abril, os hospitais associados vão suspender por 24 horas o atendimento aos usuários da Unimed Goiânia e intercâmbio. Neste dia, apenas os casos de urgência e emergência serão atendidos.
Informamos que essa é uma paralisação de advertência e que estamos abertos ao diálogo para que possamos continuar oferecendo aos usuários da Unimed Goiânia o atendimento com a qualidade que sempre marcou a assistência prestada pelos hospitais da Ahpaceg.
Contamos com a compreensão de todos os usuários que confiam na Unimed Goiânia e nos hospitais da Ahpaceg para cuidarem de seu maior bem: a saúde.
Hospital de Acidentados
Hospital Amparo
Hospital Anis Rassi
Hospital da Criança
Hospital Evangélico de Anápolis
Hospital Infantil de Campinas
Hospital e Maternidade Jardim América
Hospital Monte Sinai
Hospital Samaritano de Goiânia
Hospital Santa Helena
Hospital Santa Mônica
Hospital São Francisco
Hospital São Salvador
Hospital São Silvestre
IOG – Instituto Ortopédico de Goiânia
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Cremego veda a participação de médicos em sistemas de descontos de honorários
Publicada no dia 21 de março e já em vigor, a nova resolução do Cremego proíbe a participação de médicos em programas de descontos e fidelização, como “cartões fidelidade”, “cartões famílias”, “cartões do assinante” e outros

A Resolução número 87/2013, do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), publicada no dia 21 de março no Diário Oficial do Estado, veda a participação de médicos em programas de descontos de honorários médicos. A nova resolução, já em vigor, considera que no convênio entre médicos e as empresas de cartões de descontos o ato médico está sendo vinculado como prêmio de uma transação comercial, onde terceiros, com o objetivo de lucro, exploram o trabalho médico.
De acordo com a resolução, a participação dos profissionais de medicina neste sistema caracteriza ilícito ético. Essa participação em programas de desconto já tinha sido proibida pelo Conselho Federal de Medicina, através da Resolução número 1649/2002, que vedava a adesão dos médicos aos chamados “cartões de descontos”.
Considerando denúncias recebidas e, principalmente, as fiscalizações realizadas por seu Departamento Fiscal, o Cremego constatou que a prática dos sistemas de descontos e/ou fidelizações dos serviços médicos ainda ocorre com frequência em Goiás. “Diante deste problema, constatamos a necessidade de edição de uma resolução para vedar todas e quaisquer espécies existentes e as que venham a existir, de práticas relacionadas à descontos e/ou fidelização dos serviços médicos”, explicou o presidente do Creme-go, Salomão Rodrigues Filho.
Ele ressaltou que na época da edição da resolução do CFM a expressão “cartão de desconto” era praticamente a única denominação conferida aos sistemas de desconto. Mas, segundo o presidente, com o passar dos tempos, a prática ilícita foi ganhando novas denominações, como cartão fidelidade, cartão saúde, cartão família, cartão do assinante, cartão de benefício, cartão de vanta-gem, cartão parceria, etc. “Denominações que expressam as mesmas práticas de sistemas de descontos vedadas pelo Conselho de Medicina”, afirmou Salomão Rodrigues Filho, que espera que a nova resolução do Cremego ponha fim a essa prática em Goiás.

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JORNAL OPÇÃO
Planos de saúde
Hospitais planejam paralisar atendimento a usuários da Unimed Goiânia
Ahpaceg não chegou a um acordo com a cooperativa sobre um reajuste nas diárias e taxas pagas aos hospitais associados
Thiago Burigato

O atendimento aos cerca de 300 mil usuários da Unimed Goiânia e clientes da cooperativa que são atendidos na capital será paralisado por 24 horas na próxima terça-feira (2/4) em 15 hospitais goianos. Na ocasião, apenas casos de urgência e emergência serão atendidos.
A paralisação será deflagrada pela Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) depois que a tentativa de chegar a um acordo com a cooperativa sobre reajuste de valores fracassou. Participam da paralisação os hospitais: de Acidentados, Amparo, Ani Rassi, da Criança, Evangélico de Anápolis, Infantil de Campinas, Jardim América, Monte Sinai, Samaritano de Goiânia, Santa Helena, Santa Mônica, São Francisco, São Salvador, São Silvestre e o Instituto Ortopédico de Goiânia.
Em carta aberta aos usuários do plano de saúde, a Ahpaceg afirma que desde julho do ano passado negocia com a cooperativa um reajuste nas diárias e taxas pagas aos hospitais associados. Após oito meses de conversa, no entanto, o índice oferecido pela Unimed Goiânia ficou aquém do esperado pela Associação, que diz ser necessário um reajuste de 16% para a garantia de bom atendimento aos usuários e para que o funcionamento dos hospitais não ficasse em risco.
Na carta, a Ahpaceg afirma que a paralisação é uma advertência à Unimed e ressalta que o diálogo com a cooperativa continua aberto em busca de uma solução para o impasse. Caso um acordo não seja firmado, porém, os hospitais associados não descartam o rompimento com a cooperativa.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Presa quadrilha que oferecia aborto pela internet

Quatro dias depois de o Conselho Federal de Medicina (CFM) se posicionar oficialmente a favor do aborto, uma operação deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Minas Gerais resultou na prisão de 24 pessoas em Belo Horizonte, Diadema, São José do Rio Preto e São Paulo, acusadas de montar um esquema para agenciamento deste tipo de procedimento pela internet. Segundo o MPE, já foi comprovado que a quadrilha executou ao menos 70 abortos na capital mineira desde março do ano passado, com preços que variaram entre R$ 3 mil e R$ 6 mil. O grupo contava com a proteção de policiais civis, que ainda estão sendo investigados.
A maior parte das prisões – 18 – ocorreu nos municípios paulistas. Em Minas foram presos dois médicos, três agenciados e um fornecedor de medicamentos abortivos. O MPE não revelou a identidade dos acusados, mas confirmou que ao menos parte dos presos é composta inclusive por profissionais que atuavam em clínica instalada em uma das áreas mais valorizadas de Belo Horizonte. As investigações da 'Operação Vida' tiveram início em março do ano passado e revelaram que a quadrilha agenciava gestantes interessadas em interromper a gravidez por meio de sites.
Os grupos mineiro e paulista atuavam em conjunto, recomendando 'clientes' um para o outro. Os abortos eram feitos por meio quatro métodos, dependendo do tempo de gestação: indução, curetagem, sucção ou com o uso de medicamentos abortivos como o Cytotec, cujo comércio é proibido no País. 'Diante da constatação de que o núcleo da quadrilha atuava no interior de São Paulo, as provas foram encaminhadas ao Ministério Público daquele Estado', informou o MPE mineiro.
De acordo com o órgão, o Ministério Público recebeu representação formal sobre a quadrilha em março, informando sobre sites onde havia números de telefones dos agenciados do esquema. Com autorização judicial, a Promotoria de Combate aos Crimes Cibernéticos fez interceptações telefônicas e conseguiu identificar 26 suspeitos de integrar o grupo, entre médicos, agenciados, funcionários públicos e policiais. O Ministério Público informou também que o funcionamento dos sites já havia sido denunciado pela imprensa em Belo Horizonte e ainda será investigada a possível omissão da Polícia Civil mineira diante do caso.
A legislação brasileira permite o aborto apenas em caso de risco de morte para a mãe ou, com o consentimento da mãe ou de seu responsável legal, quando a gestão é resultado de violência sexual. Segundo o MPE, os acusados presos ontem devem responder por aborto ilegal com o consentimento da gestante, formação de quadrilha e distribuição de medicamentos proscritos. Somadas, as penas podem ultrapassar dez anos de prisão.
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Brasileiros descobrem cura
Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas desenvolvem pomada capaz de curar 100% a verruga genital

Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) desenvolveram uma pomada feita com casca de barbatimão, planta comum no litoral brasileiro, que obteve 100% de cura no tratamento de pacientes com verrugas genitais, um dos sintomas do HPV, o vírus do papiloma humano.
“A casca do barbatimão é um dos produtos mais comercializados no mercado popular de plantas medicinais”, disse ontem à Agência Brasil o professor Luiz Carlos Caetano, do Instituto de Química e Biotecnologia da Ufal, responsável pela parte químico-farmacêutica da pesquisa. “A planta é muito usada para o tratamento de corrimento vaginal, inflamações e cicatrização. Foi com base nesses aspectos e na característica química das cascas que nós chegamos a esse resultado”.
O trabalho começou há 12 anos, quando a proposta  da pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética da Ufal. Os testes da pomada no tratamento da verruga genital foram iniciados com voluntários há dez anos, disse Caetano.  “Para nossa surpresa,  o resultado foi excelente”. Cerca de 50 pessoas, entre  mulheres, inclusive grávidas; homens HIV soropositivos; e crianças vítimas de abuso sexual, diagnosticados com algum tipo vírus do papiloma humano,  foram submetidos aos testes. O tratamento foi todo feito no Hospital Universitário da Ufal.
“Todas elas tiveram 100% de sucesso, sem nenhum efeito colateral. Não houve recidiva [ressurgimento da doença após um espaço de tempo] e as verrugas acabaram totalmente”. Segundo o  professor, a pomada vai ressecando a verruga. No final, fica somente uma película que, quando é retirada, não deixa nenhuma marca. “Fica totalmente cicatrizado por baixo. Não fica marca nenhuma. É uma coisa impressionante”.
A universidade deu entrada no registro da patente da pomada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O processo tem apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio da chamada pública Pro-Inova, de apoio aos núcleos de inovação tecnológica (NITs). Agora, os pesquisadores da Ufal vão tentar obter a patente nos Estados Unidos.
O escritório de patentes da Ufal  está entrando em contato com alguns laboratórios nacionais, visando à comercialização da pomada. “O nosso desejo é que ela seja implantada no Sistema Único de Saúde (SUS). Vai ser uma coisa muito boa”, disse Caetano. O início da fase de comercialização da pomada  vai depender, segundo ele, “de quem quiser fazer a parceria. Tão logo apareça o parceiro, a gente está disponível para começar a comercialização”.
As verrugas genitais são popularmente conhecidas como crista de galo e são tratadas com cauterização, de acordo com informação do Ministério da Saúde.  O professor disse que alguns médicos do Rio de Janeiro e de São Paulo  solicitaram à Ufal amostras da pomada para fazer testes em seus pacientes e dar um laudo sobre o medicamento.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro (Sinmedrj), Jorge Darze,  a descoberta da pomada é um fato que merece ser reconhecido por toda a sociedade. À Agência Brasil, Darze ressaltou que quando a universidade faz uma pesquisa dessa natureza e consegue viabilizar uma pomada com eficácia, “eu acho que isso é altamente benéfico para a população”. Ele espera que o governo brasileiro faça com que o laboratório oficial do Ministério da Saúde (Farmanguinhos) ou outra instituição pública produza a pomada em larga escala para que ela possa ser disponibilizada para todos os brasileiros por meio do SUS. (Agência Brasil)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação