Justiça condena defensores do ‘kit covid’ a pagar R$ 55 milhões por danos coletivos e à saúde
Polícia investiga médicos suspeitos de receberem dinheiro do SUS para realizarem procedimentos e ainda cobrarem dos pacientes
Nova onda de covid-19 na China pode chegar a 65 milhões de casos por semana
Descaso: superlotação em Santa Casa de Anápolis provoca morte de recém-nascido
Caso recente de tétano em Goiás traz alerta para a importância da vacinação
Superlotação: Santa Casa de Anápolis fecha UTI’s
PORTAL G1
Justiça condena defensores do ‘kit covid’ a pagar R$ 55 milhões por danos coletivos e à saúde
A Justiça Federal do Rio Grande do Sul condenou defensores do chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19 a pagar indenizações no valor R$ 55 milhões por danos morais coletivos e à saúde. A decisão foi divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta quinta-feira (25).
Segundo a denúncia, os acusados divulgaram um material publicitário que estimulava o consumo de medicamentos para o tratamento ineficaz contra a Covid-19, que também ficou conhecido como “kit covid”.
A publicidade foi intitulada como “Manifesto Pela Vida” e foi assinada por um grupo chamado “Médicos do Tratamento Precoce Brasil”. No comunicado, os representantes defendiam o uso de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina.
No entanto, estudos científicos comprovaram a ineficácia desses remédios contra a Covid-19.
Segundo o MPF, a recomendação dos medicamentos no informe publicitário não indicava os possíveis efeitos adversos, além de estimular a automedicação.
A Justiça Federal condenou em duas ações a Médicos Pela Vida (Associação Dignidade Médica de Pernambuco) e as empresas Vitamedic Indústria Farmacêutica, Centro Educacional Alves Faria (Unialfa) e o Grupo José Alves (GJA Participações).
O g1 tenta localizar as defesas dos condenados.
A Vitamedic é fabricante de ivermectina e foi alvo da CPI da Covid, no Senado. De acordo com o MPF, a empresa financiou a publicidade irregular, com investimento de R$ 717 mil.
Cruzando dados fornecidos pela própria farmacêutica à CPI, o faturamento da Vitamedic com a venda de caixas de ivermectina em 2020 foi de cerca de R$ 469,4 milhões. O valor é 2.925% superior ao faturamento de 2019 informado pela empresa, de R$ 15,5 milhões.
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Polícia investiga médicos suspeitos de receberem dinheiro do SUS para realizarem procedimentos e ainda cobrarem dos pacientes
Policiais cumprem oito mandados de busca e apreensão em Goiânia. Segundo a polícia, os crimes aconteceram de 2014 a 2017 e foram ouvidas 216 vítimas.
Por Michel Gomes, g1 Goiás
A Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira (26) uma operação que investiga médicos suspeitos de receberem dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizarem procedimentos e ainda cobrarem dos pacientes. Os policiais cumprem oito mandados de busca e apreensão em Goiânia.
Segundo a polícia, os crimes aconteceram de 2014 a 2017 e foram ouvidas 216 vítimas. Um vídeo divulgado pela corporação mostra uma mala e uma caixa cheias de dinheiro (assista acima).
Os médicos foram autuados por corrupção e falsidade ideológica e são investigados por concussão, falsidade ideológica e associação criminosa, conforme divulgado pela corporação.
Segundo a polícia, os médicos trabalhavam em um hospital já extinto na região noroeste da capital. A operação, chamada de Operação Puerperium, é feita pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção.
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AGÊNCIA ESTADO
Nova onda de covid-19 na China pode chegar a 65 milhões de casos por semana
São Paulo – A China está enfrentando uma nova onda de infecções causada pela covid-19 e o quadro pode chegar a 65 milhões de casos por semana. O aumento, divulgado nesta quinta-feira (25/5), ocorre quase seis meses depois que o país acabou com a política de tolerância zero à covid-19, que incluía quarentenas severas e testes em massas.
A variante da Ômicron, XBB, alimentou o ressurgimento da doença no país. Enquanto isso, o governo chinês tem resposta moderada diante do surto, já que desde o fim da sua política anti-covid, Pequim tenta reativar sua economia e voltar os negócios com países estrangeiros.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) aprovou o antiviral oral Paxlovid, da Pfizer, para o tratamento da doença em adultos com risco de progressão para casos graves, incluindo hospitalização ou morte.
“A aprovação demonstra que Paxlovid atendeu aos rigorosos padrões de segurança e eficácia da agência”, disse Patrizia Cavazzoni, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA. O benefício do Paxlovid foi observado em pacientes com imunidade prévia ao vírus que causa a covid.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Descaso: superlotação em Santa Casa de Anápolis provoca morte de recém-nascido
Vídeo gravado por um funcionário da instituição mostra situação caótica
GREGORY RODRIGUES
A situação de superlotação da Santa Casa de Misericórdia localizada na cidade de Anápolis/GO, levou a óbito um recém-nascido que necessitava de atendimento na Unidade de Terapia Intensiva – UTI. Um funcionário da hospital gravou um vídeo que retrata a completa situação de calamidade em que se encontra o local.
De acordo com a unidade hospitalar, o bebê que morreu, estava internado há apenas um dia na UTI e era portador de uma cardiopatia congênita grave, o que é considerado causador de alto índice de mortalidade. A gestão da Santa Casa informou que tentou criar outros quatro leitos extras dentro da unidade com vistas a redução da superlotação.
“Infelizmente tivemos três emergências obstétricas, que nasceram três bebês prematuros, praticamente ao mesmo tempo, e concomitante a falta de vagas na UTI no momento” afirmou a coordenadora da UTI neonatal e pediátrica, Greice Guedes.
Em nota a Santa Casa informou que a entidade mantenedora da instituição segue operando com um déficit mensal de R$ 1,5 milhão de reais por mês, oque teria motivado o processo movido por ela contra a Prefeitura de Anápolis e o Governo de Goiás. A entidade requer que governo assuma a responsabilidade por parte do custeio necessário para o pleno funcionamento do hospital, tendo em vista que a única fonte de recursos recebidos até o momento é oriunda do Governo Federal.
A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás se posicionou por meio de nota, que possui junto o município de Anápolis um plano de cofinanciamento para a Santa Casa de Anápolis e que repassa financeiramente valores para o município que visam custear serviços diversos realizados na instituição. De acordo com a SES, a prefeitura é a responsável pelo repasse direto a unidade hospitalar.
Veja a íntegra da nota da SES:
“A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) esclarece que possui junto ao município de Anápolis um plano de fortalecimento (cofinanciamento) para a Santa Casa de Anápolis. A SES repassa financeiramente valores para o município, para diversos serviços realizados na instituição, conforme precificação da produção e serviços ofertados. O município é responsável pelo repasse à Santa Casa.
A SES informa ainda que os repasses estão atualizados e em dia, e neste ano, já foram repassados R$4.567.597,69 para o Fundo Municipal de Saúde de Anápolis, para custeio da unidade hospitalar, sendo o último repasse realizado em 23 de maio de 2023 no valor de R$864.738,05.
A pasta esclarece ainda que os repasses destinados para a Santa Casa de Anápolis tem como objetivo fortalecer a Atenção Regionalizada, ampliando os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde na Região de Saúde Pireneus, composta por 10 municípios. A SES-GO também conta com outras dois hospitais próprios na região, sendo o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo e o Hospital Estadual de Pirenópolis Ernestina Lopes Jaime, destinados aos atendimentos em média e alta complexidade.
Por fim, a SES-GO informa que o acesso aos hospitais da rede estadual acontece por meio do Complexo Regulador Estadual e, caso haja necessidade de transferência de pacientes, a SMS deverá fazer a solicitação no sistema de regulação de vagas.”
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GAZETA DO ESTADO
Caso recente de tétano em Goiás traz alerta para a importância da vacinação
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça à população a importância de fazer o esquema vacinal completo em adultos e crianças. O alerta vem de um caso de tétano grave de um morador de São Luís de Montes Belos. Após pisar em um prego enferrujado, o homem evoluiu com sintomas e está internado em estado grave na UTI do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad, em Goiânia. De 2018 até abril de 2023, foram registrados 28 casos de tétano acidental em Goiás, sendo que 6 casos evoluíram para óbito.
O tétano pode ser evitado por meio de vacina, com aplicação de reforço de 10 em 10 anos, mesmo com esquema completo na infância. No caso do paciente contaminado, é provável que o esquema vacinal não estivesse completo ou que doses de reforço tenham sido aplicadas fora do prazo. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde para cobertura da pentavalente em Goiás (tétano, difteria, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b) é de 95%, mas o ano de 2022 registrou cobertura de 74,4%.
Médico infectologista da Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis da SES, João Alves de Araújo Filho explica que a vacina é essencial. “Se o esquema vacinal está incompleto significa que na prática a pessoa não está vacinada. Se a vacina está desatualizada, ao ter o acidente, ela tem o risco de desenvolver o tétano. Se eu tenho dúvida do meu status vacinal, é preciso procurar a unidade de saúde. O tétano é uma doença grave, com letalidade de 30%, mas prevenível por vacinação para todas as faixas etárias”, reforça o infectologista.
Tétano acidental
Segundo o Ministério da Saúde, o tétano acidental é uma infecção causada pela bactéria Clostridium tetani encontrada na natureza e não é contagiosa. Entre os sinais e sintomas estão contraturas musculares, rigidez de membros (braços e pernas), rigidez abdominal, dificuldade de abrir a boca, dores nas costas e nos membros (braços e pernas). Em caso de ferimentos graves ou gestação, deve-se antecipar a dose de reforço caso a última dose tenha sido há mais de 5 anos.
Tétano Neonatal
O tétano neonatal é uma doença infecciosa aguda, grave, não contagiosa, que acomete o recém-nascido (RN), nos primeiros 28 dias de vida, tendo como manifestação clínica inicial a dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. A doença é causada também pela bactéria Clostridium tetani. A imunidade do recém-nascido é conferida pela vacinação adequada da mãe. Os filhos de mães vacinadas nos últimos cinco anos com três doses da vacina apresentam imunidade passiva e transitória até dois meses de vida.
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TV ANHANGUERA
Superlotação: Santa Casa de Anápolis fecha UTI’s
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Assessoria de Comunicação