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TV ANHANGUERA (clique no link para acessar a matéria)
Mais da metade dos municípios se inscrevem no programa 'Mais Médicos', em Goiás
http://g1.globo.com/videos/goias/bom-dia-go/t/edicoes/v/mais-da-metade-dos-municipios-se-inscrevem-no-programa-mais-medicos-em-goias/2716420/
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O POPULAR
FGTS
Aliados querem derrubar veto que mantém multa
Contribuição rende R$ 3 bi por ano à União; Dilma diz que proposta não indica medidas compensatórias
Brasília – Em mais uma reação ao Palácio do Planalto, líderes de partidos da base aliada defenderam ontem que o Congresso derrube o veto integral da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que acabava com a multa adicional de 10% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pago pelas empresas nos casos de demissão sem justa causa.
Na justificativa do veto, o governo federal sustenta que a extinção da multa adicional retiraria R$ 3 bilhões por ano das contas do FGTS sem que houvesse medidas para compensar o impacto financeiro, uma das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Planalto argumenta ainda que a sanção do texto levaria à redução de investimentos em programas sociais, tendo forte impacto no desenvolvimento do Minha Casa, Minha Vida.
Parlamentares aliados, contudo, querem que o texto do projeto seja restabelecido pelo Congresso, em votação secreta marcada para o dia 20 de agosto. Desde o início do mês, os congressistas mudaram o rito de análise dos vetos presidenciais e decidiram que têm de ser apreciados em até 30 dias, sob pena de trancarem a pauta do Legislativo. A mudança tem potencial para causar rombos bilionários para o caixa do governo. Para derrubar um veto, é necessário o apoio de pelo menos 257 deputados e 41 senadores.
“A gente vai colocar todo o empenho para derrubar o veto”, afirmou o líder do PSD na Câmara, Eduardo Sciarra (PR). “A multa já cumpriu sua missão”, completou o líder do PR, Anthony Garotinho (RJ).
PROPÓSITO
A multa adicional foi criada em 2001 como uma forma de zerar o rombo decorrente de decisões judiciais que obrigaram o governo a compensar o fundo pelas perdas relativas aos Planos Verão, no governo Sarney, e Collor I. O déficit foi coberto em julho de 2012 e, desde então, os recursos seguiam para o cofre da União, contribuindo para o superávit primário.
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que tem atuado fortemente no Congresso para extinguir a cobrança, lamentou o veto presidencial. Um levantamento feito pela entidade no balanço do FGTS mostra que, de julho de 2012 a abril de 2013, “mais de R$ 2,7 bilhões foram desembolsados de forma indevida pelo setor privado”.
“Com a extinção do tributo, os recursos que deixarão de ser gastos com a contribuição poderão ser direcionados para investimentos na ampliação da capacidade produtiva, na qualificação profissional e em inovação”, disse o comunicado da CNI.
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Salários
Pisos têm reajuste menor do que o mínimo em 2012, revela o Dieese
São Paulo – O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informou ontem que 98% dos pisos salariais monitorados pelo departamento no ano passado obtiveram reajuste acima da inflação – tiveram aumento real. Foram acompanhadas ao todo 696 negociações salariais.
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve de base para os acordos sindicais, foi de 5,84% no ano passado. Segundo o Dieese, os pisos aumentaram em média 5,62% acima da inflação.
O reajuste, embora elevado, ficou abaixo do aumento real do salário mínimo, de 7,5% no ano passado.
O técnico do Dieese Luis Ribeiro da Costa ressalta que o reajuste do salário mínimo obedece uma regra criada pelo governo federal, que leva em consideração o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dois anos antes e a inflação do ano anterior. Já o aumento dos pisos depende de negociações entre sindicatos e patrões.
“O salário mínimo tem se valorizado mais do que as categorias conseguem obter nas negociações”, disse Costa. Ele acrescenta que os pisos conseguiram reajuste acima dos demais salários da economia, o que corrobora para uma avaliação positiva das negociações.
Segundo levantamento do Dieese divulgado em março, os reajustes salariais do conjunto de categorias que ganham acima do piso salarial foram em média de 1,96% acima da inflação em 2012.
VALORES
Segundo o Dieese, 7% dos pisos equivaliam em 2012 ao salário mínimo (R$ 622). E 50% tinham valores de até R$ 729,70. O valor médio dos pisos em 2012 foi de R$ 802,89.
No ano de 2011, o departamento de pesquisas monitorou 671 negociações salariais e, neste grupo, 92% conseguiram reajuste acima da inflação. O resultado de 2012, portanto, indica melhora nos acordos feitos pelos sindicatos. Entretanto, o Dieese faz a ressalva de que nem todas as categorias e reajustes monitorados a cada ano são as mesmos, o que torna a comparação pouco precisa.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação