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DESTAQUES
Gerente de reabilitação do Crer tira dúvidas sobre lesões por esforço repetitivo
Mulher sofre a espera de especialista em rins, em Goiânia
Artigo – Pacientes renais crônicos
Hospitais lidam com abandonos de idosos
Ação do MP investiga empresa goiana de gestão de UTIs por desvio de verbas
CAO Saúde realiza reunião para acompanhar regulação de pacientes de Aparecida de Goiânia e Anápolis
Deputado cria projeto que proíbe médicos de privilegiarem pacientes particulares
Estudo analisa desempenho hospitalar e fontes de pagamento
TV ANHANGUERA/ GOIÁS
Gerente de reabilitação do Crer tira dúvidas sobre lesões por esforço repetitivo
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/gerente-de-reabilitacao-do-crer-tira-duvidas-sobre-lesoes-por-esforco-repetitivo/5261806/
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Mulher sofre a espera de especialista em rins, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/mulher-sofre-a-espera-de-especialista-em-rins-em-goiania/5261468/
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O POPULAR
Artigo – Pacientes renais crônicos
A Hemodiálise é um método que filtra o sangue por meio de uma máquina, quando os rins do paciente não conseguem fazê-lo. Estes órgãos são responsáveis por retirar do corpo os resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos e também controlam a pressão arterial e ajudam o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, ureia e creatinina. Os pacientes que necessitam da hemodiálise, passam de três a quatro horas numa maca, enquanto seu sangue é filtrado por um aparelho que substitui as funções renais. O procedimento precisa ser repetido de três a quatro vezes por semana e o tratamento pode durar toda a vida.
A dificuldade dos pacientes renais crônicos é enorme. A doença acarreta inúmeros obstáculos. Entretanto, o acesso ao tratamento, a má qualidade do atendimento e a falta de medicamentos, de exames, de transporte e de equipamentos de hemodiálise no Estado atrapalham ainda mais a vida de quem depende do procedimento para sobreviver. A Sociedade Brasileira de Nefrologia estima que em torno de 120 mil pessoas fazem hemodiálise no País, sendo que 85% dos atendimentos são via SUS. Um dado alarmante é que nos últimos 10 anos o número de pacientes cresceu cerca de 70%, enquanto o número de unidades de diálise aumentou apenas 15%.
Em Aparecida de Goiânia, uma unidade localizada de saúde, na Vila Brasília, realiza a hemodiálise. São atendidos 170 pacientes. Os demais precisam se deslocar para Goiânia e, em alguns casos, falta até dinheiro para o transporte. Estas pessoas carecem de assistência humanizada, de entidades que, de fato, as representem e de assistência judiciária, para que consigam se aposentar.
Os pacientes têm dificuldades para conseguir os medicamentos, que são de alto custo. Os doentes renais crônicos necessitam, em praticamente todos os casos, fazer a angioplastia, ou seja, uma cirurgia para reparar o vaso sanguíneo, que fica deformado em decorrência dos procedimentos contínuos, estreitado ou dilatado a veia. Tal cirurgia poderia ser realizada em Aparecida, no entanto, não há profissionais para realizar o procedimento na cidade, tendo os pacientes que recorrer à capital e aguardar longas filas de espera.
Os doentes têm dificuldades para conseguir consultas. Não bastasse a luta pela sobrevivência, ainda sofrem com problemas sociais. Não são raros os casos de crônicos renais que passam fome. É necessária a conscientização das autoridades políticas e da própria população em oferecer ajuda a este grupo de pacientes que, em alguns casos, acabam falecendo por motivos que poderiam ser sanáveis.
Cláudia Ferreira
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DIÁRIO DA MANHÃ
Ação do MP investiga empresa goiana de gestão de UTIs por desvio de verbas
Desvios são referentes à Câmara Legislativa do Distrito Federal
POR YANA MAIA
Uma operação coordenada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) com apoio do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deflagrada na manhã desta quinta-feira, 25, por meio de equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Centro de Inteligência do MP-GO, cumpre mandados judiciais em uma empresa que presta serviços de administração de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em Goiânia.
A ação apura o pagamento de propina e desvio de recursos de emendas parlamentares da Câmara Legislativa do DF que seriam usados para pagar contratos de gestão de UTIs.
Os mandados são cumpridos na empresa Intensicare, localizada na Vila São João, na capital. Equipes da polícia chegaram ao local ainda pela manhã.
O MP-DF informou que não pode divulgar nenhum detalhe sobre a operação, pois o processo segue em sigilo. O objetivo é não atrapalhar as investigações.
A assessoria de comunicação da empresa investigada, informou que o caso está sendo acompanhado e só se pronunciará na medida em que a ação do MP seja integralmente cumprida na Intensicare.
Esta é a segunda fase da operação, que teve início da terça-feira, 23, pela Polícia Civil e cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e oito de condução coercitiva na Câmara Legislativa do DF.
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O HOJE
Hospitais lidam com abandonos de idosos
Casos representam grande problema para unidades de saúde e pacientes sem lar
Devid Souza
Unidades de saúde em Goiás lidam com um drama frequentemente: encontrar abrigo para idosos que são abandonados pela família ou que não possuem familiares. No Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), só em 2014 foram 10 casos de pacientes que receberam alta médica, mas continuaram na unidade até intervenção do serviço social.
Com o aumento da população idosa no País, o problema pode se agravar. Atualmente, 12,5% da população tem 60 anos ou mais, mas a metade do século esse percentual deve subir para 30%. Em 2014, 2.385 pacientes do Hugo eram idosos. Apesar de conseguir dados apenas do Hugo, outras unidades de saúde confirmaram o mesmo problema ao HOJE.
O assunto foi tema de um trabalho de conclusão de residência em serviço social. A assistente social, Andressa Karoline Martins da Silva, apurou que a maioria dos casos é de homens que geralmente têm problemas com álcool e outras drogas. “Eu apurei que foram dez casos. Apesar do número ser pequeno, o impacto é muito grande para o idoso e para a instituição”, relata.
O trabalho de Karoline foi apresentado na 6ª Mostra Científica Individual do Hugo. Dos casos estudados pela assistente social, um idoso chegou a aguardar dez dias após receber a alta social. A equipe procurava um abrigo para o mesmo neste período.
No Hugo, para impedir os traumas que este público pode vir a sofrer, a equipe médica trabalha em conjunto com o Serviço Social para que a alta médica e a social sejam emitidas simultaneamente.
“A partir do momento que o idoso vai fechando o quadro e o médico vai dando o diagnóstico que não haverá recuperação ou haverá sequelas graves, a família tende a se afastar do idoso”, explica a coordenadora do Serviço Social do Hugo, Solange Generosa.
Existem casos em que o paciente chega à unidade de saúde sem documentos. A partir daí, é feito um trabalho de investigação para descobrir a identidade do idoso e localizar os familiares. Generosa esclarece que a partir do momento em que percebe um distanciamento entre o idoso e a família, seu trabalho é tentar sensibilizar e oferecer alternativas como o programa do Sistema Único de Saúde ‘Médico em Casa. “Nosso foco é buscar essa família e tentar restabelecer esses vínculos, mas nem sempre a gente tem sucesso”, completa.
Vagas
Representantes de outras unidades de saúde também relataram dificuldade em conseguir abrigo para os idosos. O motivo é porque não há estrutura pública atender à demanda. Nós procuramos a Secretaria Cidadã que afirmou que a assistência municipal cabe aos municípios.
Em Goiânia, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) é a responsável por prover as vagas. A Semas informou que não possui estrutura própria, mas que atende aos eventuais pedidos por meio de convênios. As instituições São Vicente de Paulo, Casa Nossos Pais, Grupo Fraterno e Solar Colombino possuem termo de cooperação com a pasta que faz repasses financeiros para que haja a oferta de vagas.
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
CAO Saúde realiza reunião para acompanhar regulação de pacientes de Aparecida de Goiânia e Anápolis
Promotores dos municípios questionaram sobre casos específicos
Reunião realizada no dia 22, no edifício-sede do Ministério Público de Goiás, discutiu questões específicas da regulação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de Anápolis e Aparecida de Goiânia. O encontro foi organizado pelo promotor de Justiça Érico de Pina Cabral, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO Saúde), junto aos promotores de Justiça José Augusto de Figueiredo Falcão e Marcelo Henrique dos Santos, das Promotorias de Justiça de Aparecida de Goiânia e de Anápolis, respectivamente.
Além dos promotores, participaram representantes das regulações das Secretarias Municipais de Saúde de Goiânia e Anápolis e de órgãos da Secretaria Estadual de Saúde, como a Superintendência de Controle, Avaliação e Gerenciamento das Unidades de Saúde. Juntos, eles discutiram quadros específicos de pacientes, bem como a forma que cada um tem atuado na regulação.
Aparecida de Goiânia
Na reunião, o promotor de Justiça José Augusto Falcão, da 4ª Promotoria, apresentou o caso do paciente Jones Rodrigues Borges, que segue internado há mais de 70 dias no Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa) à espera de uma cirurgia no quadril. O paciente já utilizava uma prótese no local, tendo o quadro se agravado após um acidente de moto.
De acordo com informações da SMS de Aparecida de Goiânia, Jones chegou a ser avaliado no Hospital Ortopédico de Goiânia, sendo apresentados alguns orçamentos. Já a SMS de Goiânia se dispôs a providenciar tanto a unidade de saúde quanto o médico para a cirurgia, cabendo ao município de Aparecida a disponibilização da prótese. O município se comprometeu, então, a adiantar o processo de compra. Para isso, a regulação de Goiânia solicitará novo relatório médico com o objetivo de especificar o equipamento a ser comprado.
Anápolis
Já a regulação de Anápolis debateu, junto com o promotor Marcelo Henrique, o caso da paciente Isabel Cristina de Moura, que sofre com crises epiléticas constantes, necessitando de um estimulador do nervo vagal para controle das crises. O equipamento é de alto custo e de fornecimento exclusivo de uma empresa. Tendo o CAO Saúde questionado sobre um tratamento alternativo, a regulação de Goiânia se dispôs a analisar o caso da paciente no Hospital Neurológico da capital. O promotor informou, então, que após comprovado o encaminhamento, solicitará a suspensão do processo judicial.
Também foi levantado questionamento sobre o grande número de solicitações de embolizações de carótida, tendo o promotor Marcelo Henrique informado que o assunto já é pauta de ação civil pública. Foi acordado também que o MP-GO entrará em contato com o Ministério Público Federal para estudo do caso de reabertura da hemodinâmica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás.
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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE GOIÁS
Deputado cria projeto que proíbe médicos de privilegiarem pacientes particulares
O projeto de lei nº 1515/16, que tem o deputado Humberto Aidar (PT) como autor, proíbe médicos, enfermeiros, clínicas e hospitais a atenderem de forma privilegiada ou prioritária pacientes que optam por se consultarem ou realizarem exames particulares, e não custeados por planos de saúde.
A adoção de agendas e prazos diferenciados configura prática abusiva, ilegal e discriminatória, na opinião do parlamentar, já que o objetivo da demora na marcação de procedimentos realizados através dos planos de saúde seria coagir os pacientes, tirando proveito da urgência de suas necessidades.
Relatório
Responsável por analisar a legalidade da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), o deputado Jean (PHS) se manifestou favorável a ela. Em seu relatório, que foi aprovado pelos demais parlamentares que compõem a comissão, Jean apresentou artigo do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece como direito básico do consumidor a proteção contra métodos comerciais coercitivos ou desleais.
O deputado também destacou que “uma vez que o fornecedor decida conveniar-se como prestador de serviços a determinado plano ou seguro de saúde, deve arcar com os custos desse sistema […] Nota-se que em contrapartida a eventual menor valor recebido, o profissional aumenta o fluxo de clientes em decorrência do convênio, o que lhe é proveitoso”.
Jean ainda sugeriu sanções aos que desrespeitarem a lei, caso seja sancionada. As punições, previstas no CDC, variariam de multa a interdição do local e cassação da licença de trabalho.
Tramitação
Já aprovado na CCJ, o parecer favorável ao projeto de lei nº 1515/16 deve ser apreciado, em breve, na sessão plenária. Ele já encontra-se na Ordem do Dia, apto à votação.
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FIOCRUZ
Estudo analisa desempenho hospitalar e fontes de pagamento
No Brasil, a convivência público-privado, no âmbito do financiamento e da prestação dos cuidados em saúde, ganha nítidos contornos na assistência hospitalar. Se por um lado é histórica a dependência do sistema público de saúde do cuidado hospitalar prestado por organizações privadas, com ou sem fins lucrativos, por outro, a consolidação do mercado de planos de saúde privados ampliou a área de atuação do prestador privado. As possíveis combinações entre as fontes de pagamento de internações adotadas pelos hospitais brasileiros, denominadas arranjos de financiamento, podem afetar os resultados do cuidado. Alguns estudos buscam associar a razão de mortalidade hospitalar padronizada (RMHP) a melhorias na qualidade. Pensando nisso, os pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Iuri da Costa Leite e Monica Martins, em parceria com a pesquisadora da Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS) Juliana Pires Machado, elaboraram o artigo Variação do desempenho hospitalar segundo fontes de pagamento nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, Brasil. A pesquisa aponta iniquidades no resultado do cuidado e destaca o fato de que os esforços voltados para a melhoria da qualidade de serviços hospitalares, independentemente das fontes de pagamento, são prementes.
Publicado no volume 32, número 7, da revista Cadernos de Saúde Pública, o artigo teve como objetivo analisar a razão de mortalidade hospitalar padronizada (RMHP) segundo fonte de pagamento da internação e arranjo de financiamento do hospital. Foram analisados dados secundários e causas responsáveis por 80% dos óbitos hospitalares. De acordo com os autores, a RMHP foi calculada para cada hospital e fonte de pagamento. Conforme apontaram os resultados, os hospitais com desempenho pior que o esperado foram majoritariamente públicos de maior porte. Além disso, a razão de mortalidade hospitalar padronizada nas internações SUS foi superior, inclusive entre internações no mesmo hospital. “Mesmo com os limites, os resultados desse estudo indicam riscos diferenciados na RMHP em função da fonte de pagamento da internação (SUS ou Não SUS), com desvantagens para os pacientes do SUS, agregando complexidade às análises sobre o tema”, reforçaram.
Para os autores, a sobreposição das redes pública e privada e as diferenças de oferta e acesso da população, conforme fontes de pagamento, constituem um fenômeno específico do sistema de saúde brasileiro, cujos efeitos sobre a qualidade demandam debates não apenas à luz dos métodos de pesquisa em avaliação, mas também de aspectos políticos, econômicos e sociais que o condicionam. “A categorização dos hospitais em arranjos de financiamento proposta para esse estudo tem importância para as análises sobre o tema, especialmente porque as iniquidades mais graves parecem ocorrer dentro dos hospitais, quais sejam, naqueles de arranjo misto”, avaliaram Iuri, Monica e Juliana.
Rede hospitalar e qualidade dos cuidados
De acordo com os pesquisadores, esforços devem ser feitos para tornar o acesso à rede hospitalar e à qualidade do cuidado mais equânimes no país, baseando-se na necessidade de saúde, independentemente da fonte de pagamento. Além do alinhamento de esforços públicos e privados às necessidades da população, o monitoramento regular da qualidade desses serviços deve fazer parte do arcabouço de informações usadas no direcionamento de políticas e regulamentações na área da atenção hospitalar no Brasil, aproximando o planejamento em saúde e a prática do cuidado das discussões teóricas e científicas sobre a qualidade dos serviços, em prol de ganhos para a sociedade e o país.
“É consenso entre pesquisadores e gestores que atingir determinado padrão de qualidade no sistema de saúde é fundamental não apenas do ponto de vista clínico ou da gestão, mas também para sua legitimação perante a população. Desse modo, o papel da avaliação e de estratégias de melhoria da qualidade da assistência vem ao encontro das preocupações com equidade, acesso, adequação, efetividade e segurança no cuidado, constituindo parte importante no projeto de implantação do sistema de saúde desejado para o Brasil”, defenderam os autores.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação