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DESTAQUES
• Medicina goiana perde referência profissional
• Artigo – Governos federal e municipais deixam de repassar verbas para o SUS e promovem falência de hospitais conveniados
• Hospital recupera imperfeições faciais graves
• Cremego e Unimed lamentam a morte do médico Joffre Marcondes de Rezende
• Luto – Morre aos 93 anos Joffre de Rezende
DIÁRIO DA MANHÃ
Medicina goiana perde referência profissional
Médico gastroenterologista Joffre Marcondes trabalhou na criação dos cursos de Medicina da UFG e da UnB
Na manhã de ontem faleceu o gastroenterologista Joffre Marcondes de Rezende, aos 93 anos, em decorrência de insuficiência respiratória que acarretou a falência múltipla dos órgãos.
Joffre estava internado no Hospital Anis Rassi situado no Setor Oeste, na Capital. O velório foi iniciado na tarde de ontem no Cemitério Jardim das Palmeiras, local onde será sepultado hoje às 12h.
Especializado em gastroenterologia, Joffre se formou na na Faculdade Nacional de Medicina da extinta Universidade do Brasil. O médico dedicou-se aos estudos focados no sistema digestivo e na doença de Chagas. O estudioso fundou e editou a revista Goiana de Medicina por cerca de 35 anos. Nos anos de 1993, 1995 e 2002 integrou as bancas examinadoras de doutorado e de concursos para professores da Universidade de Brasília (UnB).
O especialista em gastroenterologia ainda foi um dos homenageados pela mais rara honraria concedida pela UnB, que é o título de Professor Honoris Causa. Este reconhecimento é dado a docentes ou cientistas ilustres, não pertencentes à UnB, mas que tenham prestado relevantes serviços à universidade.
O médico também contribuiu para fundar a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, a Academia Goiana de Medicina, a Sociedade Goiana de Gastroenterologia, a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e a Sociedade Brasileira de História da Medicina.
Joffre atuou na fundação da Universidade Federal de Goiás (UFG) e integrou a equipe de professores da instituição. Na UFG trabalhou por cerca de 30 anos no desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre a doença de Chagas em parceira com o Núcleo de Medicina Tropical. Contribuiu para viabilizar a instalação da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, onde também ministrou aulas. Além de ter trabalhado com diversas instituições nacionais e internacionais como a London School of Tropical Medicine.
Ele ainda se dedicou a escrita de livros e de vários artigos para a área médica, que foram publicados no Brasil e no exterior. Além de ser autor dos livros Linguagem Médica, Vertentes da Medicina, À sombra do plátano e Seara de Asclépio – Uma Visão Diacrônica da Medicina que foi lançado no ano de 2013.
Nota de Pesar do Cremego
Seu trabalho sério e grande dedicação à profissão lhe renderam inúmeras homenagens, inclusive do Cremego e do Conselho Federal de Medicina (CFM), e o reconhecimento de pacientes, amigos e colegas.
O Cremego, que em 2005 teve a satisfação de homenagear Joffre Marcondes de Rezende com a Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico, lamenta profundamente sua morte e manifesta toda gratidão a tudo o que ele fez pela medicina goiana e por tudo o que ensinou à classe médica.
Muito obrigado, professor Joffre Marcondes de Rezende!
A morte do médico Joffre Marcondes de Rezende deixou a medicina e o cooperativismo de trabalho médico goianos enlutados.
Perdemos um grande médico, um amigo, um professor, um cooperado, um incentivador, um verdadeiro mestre que ajudou a construir e a contar a história da medicina em Goiás e no Brasil.
Sua presença, sua alegria e sua dedicação à medicina vão fazer muita falta.
Ficamos com nossa saudade, mas, principalmente, com o seu exemplo de vida e de amor à profissão. Descanse em paz, professor Joffre Marcondes de Rezende!
Unimed Cerrado
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Artigo – Governos federal e municipais deixam de repassar verbas para o SUS e promovem falência de hospitais conveniados
Reportagem do Diário da Manhã deste sábado, 24.01.15, mostra que a Associação de Hospitais de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) está se mobilizando energicamente, contundentemente, contra o não-pagamento da produção hospitalar do SUS feita pelos governos. Suspensão de atendimento, judicialização intensiva, denúncia ao Ministério Público, pelo que entendi, podem estar na sua pauta de atuação. É intrigante que associações com mais membros, ou mais poderosas, como, por exemplo, a Associação dos Hospitais do Estado de Goiás, ou mesmo a Federação Brasileira dos Hospitais, parecem optar por não confrontarem os governos assim tão de frente. A FBH soltou uma notinha de indignação (as entidades médicas brasileiras adoram notinhas) no final do ano, mas parece ter ficado só nisso. A Associação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos parecem nem existir, e daqui uns dias, com a falência de todos seus associados, não vão existir mesmo. Grande parte de seus membros está falindo ou desaparecendo e, muito estranhamente, não se nota atitudes enérgicas por parte delas. Se fosse diretor de um grande hospital, e não de um muito pequeno e pobre, até tentaria pular fora do barco enquanto é tempo, afiliando-me a uma associação que, de fato, lutasse por nossos direitos. O atraso do SUS já chega a quase quatro meses e compromete gravemente todas as nossas finanças, além de 20 anos que já se escoam sem reajuste real da tabela do SUS. A Santa Casa de SP, p.ex., está demitindo quase 2.000 funcionários, e tem uma dívida de quase 1 bilhão. Grande parte dos hospitais que atendem SUS estão quebrando pelo País. O Brasil perde uma média de 15 leitos do SUS por dia, por causa desta política “hospitalocida” do governo. São leitos para pacientes pobres, que não reclamam, “morrem em silêncio”; o governo, como manobra de camuflagem, joga a culpa em planos de saúde, nos “donos de hospitais”, ou simplesmente nos médicos. Nós, cidadãos comuns, não podemos atrasar nem um dia nossos pagamentos que somos duramente penalizados. Já o governo, aparentemente com o beneplácito e vistas-grossas das instituições (jurídicas, MP, Legislativo, etc), pode dar o calote em todo mundo, e para isso muda até a Constituição (vide a jogada de Dilma no Congresso, “comprando” deputados para acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal).
O jogo de empurra não tem fim: o Governo Federal diz que já depositou o dinheiro do pagamento do SUS, osgovernos municipais dizem que não. O Governo Federal diz que as prefeituras estão retendo pagamentos para quitar dívidas próprias (leia-se : “Cevar o curral de cabos eleitorais cabides de empregos”). A verdade é uma só : os sucessivos governos do PT afrouxaram as políticas de responsabilidade fiscal, de modo que, hoje em dia, toda prefeitura deste País, inclusive a de Goiânia, sente-se no direito de aplicar a “política esquerdista-petista”: inchar a máquina pública de apaniguados, funcionários, “concurseiros dependentes do governo”. Com uma base ideológica frágil, cujos líderes estão quase todos presos ou indiciados por roubo, o funcionário público é o “último curral eleitoral” que sobrou ao governo, daí sua “necessidade visceral” de mais contratações e mais “benefícios sociais”. As prefeituras, vendo que a União faz isdo, simplesmente “copia a chefe”. Aí não sobra dinheiro para mais nada, inclusive para a saúde; são governos que vivem apenas para alimentar-se a si mesmos, e não prestar serviços. Uma outra política do Governo Federal , hoje amplamente copiada por muitas prefeituras (tanto do PT quanto não-PT), é a do desprezo , e mesmo “ataque”, a toda instituição de saúde não-estatal. Para as estatais as benesses e as tolerâncias são totais. O claro objetivo petista é a estatização completa do sistema médico-hospitalar. Dentro desta filosofia, um “hospital não-estatal a mais, outro a menos”, não faz diferença – mesmo que tais hospitais prestem serviços ao SUS.
(Marcelo Caixeta, médico psiquiatra)
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Hospital recupera imperfeições faciais graves
Instituição diz que sobram vagas para atender pacientes com deformidades graves ou congênitas
Quem dera se o serviço de saúde pública, em Goiás, e no restante do País fosse sempre assim: ágil e sobrassem vagas para os pacientes. Conforme o Hospital Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG), o Programa de Tratamento de Deformidades Faciais (Proface) zerou a fila de pacientes que possuem deformidades, má-formação ou imperfeições faciais graves, congênitas ou mesmo adquiridas. É isso mesmo: o hospital espera ansiosamente por novos pacientes. O atendimento grátis tem modificado a vida de diversas pessoas com deformidades.
Por causa de uma infecção dentária e devido a perpétua busca de tratamento desde 1989, Fábio Sousa Santos, 40 anos, teve o rosto deformado e ficou assim por quase três décadas. Fábio perdeu todo o maxilar e parte do rosto.
Só agora conseguiu atenção e deverá passar por cirurgia em breve. Ele relata que em função do problema de saúde foi obrigado a se aposentar e que sempre foi muito difícil conviver com a deformidade.
Máscara
“Você não vive dessa forma. Já fui discriminado em inúmeros lugares, dentro de ônibus e até mesmo dentro de hospitais. As pessoas não se sentam ao seu lado, não tomam água em um bebedouro onde você tomou porque têm medo de se contaminarem. Na rua, mesmo de máscara, você anda de cabeça baixa, sempre. Quero voltar a andar de cabeça erguida e eu sei que vai dar certo”, relata ele.
Segundo o cirurgião-dentista Fernando Henrique Almas de Carvalho, a multidisciplinaridade e o trabalho em equipe são os diferenciais do programa.
Ele esclarece que o tratamento não tem apenas caráter curativo, mas sim voltado para aquilo que ele chama de resolutividade em termos de inserção e reinserção social. Isso é feito, segundo ele, por meio de um atendimento multidisciplinar oferecido pelo programa, e que é prestado por psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e cirurgiões aos pacientes. A reinserção desse paciente é feita a partir do atendimento prestado por esse ciclo de profissionais.
consultas
O programa que oferece, mensalmente, 200 consultas, numa média de 50 por semana, atende pacientes acima dos 12 anos e é integral e inteiramente gratuito.
O Proface surgiu a partir de um termo de cooperação assinado por representantes do Ministério Público de Goiás, Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech) e Associação de Combate às Deformidades Faciais (Reface). O programa atende, entre outros, problemas relacionados a lábios leporinos e diversas deformidades graves nos maxilares, entre elas problemas relacionados ao encaixe das partes de cima com a de baixo do rosto e fissuras labiopalatais.
PERFIL DO PACIENTE
– Conforme o cirurgião Fernando Almas, o cansaço e a desesperança traçam um perfil muito comum a esses pacientes. “São pessoas muito calejadas e marcadas por uma vida de discriminações e muito sofrimento. A maioria delas não acredita, geralmente, que reverter esse quadro seja possível”.
– O cirurgião afirma que o objetivo do hospital é buscar o paciente “porque ele existe e está excluso e recluso na sociedade”. Conforme o hospital, o paciente mutilado ou deformado não tem vida social, às vezes, nem mesmo uma vida familiar, e a nossa intenção é dar esperança e resgatar esse paciente”
– Fernando Almas diz que existe uma quantidade enorme de vagas sobrando no hospital goiano.
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O HOJE
Cremego e Unimed lamentam a morte do médico Joffre Marcondes de Rezende
Gastroenterologista, escritor e professor será sepultado na terça no Cemitério Jardim das Palmeiras
Alice Orth
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e a Unimed Cerrado emitiram notas de pesar pela morte do médico, professor e escritor Joffre Marcondes de Rezende, que faleceu no início da tarde desta segunda-feira (26) em Goiânia, aos 93 anos. O corpo será velado no Cemitério Jardim das Palmeiras, onde será sepultado nesta terça (27), às 12h.
“A morte do médico Joffre Marcondes de Rezende deixou a medicina e o cooperativismo de trabalho médico goianos enlutados. Perdemos um grande médico, um amigo, um professor, um cooperado, um incentivador, um verdadeiro mestre que ajudou a construir e a contar a história da medicina em Goiás e no Brasil”, lamentou a Unimed Cerrado.
Em nota, o Conselho afirmou que “o Cremego, que em 2005 teve a satisfação de homenagear Joffre Marcondes de Rezende com a Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico, lamenta profundamente sua morte e manifesta toda gratidão a tudo o que ele fez pela medicina goiana e por tudo o que ensinou à classe médica”.
Gastroenterologista, Joffre de Rezende exerceu a profissão por 64 anos, durantes os quais participou da fundação da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, da Academia Goiana de Medicina, da Sociedade Goiana de Gastroenterologia, da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e da Sociedade Brasileira de História da Medicina.
É autor dos livros “Linguagem Médica”, “Vertentes da Medicina” e “Seara de Asclépio – Uma Visão Diacrônica da Medicina”, sendo o último lançado em 2013. Mudou-se para Goiânia em 1954, e foi responsável por pesquisas inovadoras sobre a Doença de Chagas.
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O POPULAR
Luto
Morre aos 93 anos Joffre de Rezende
Eduardo Pinheiro
O gastroenterologista Joffre Marcondes de Rezende, de 93 anos, morreu ontem no Hospital Anis Rassi, no Setor Oeste, em Goiânia. Um dos mais importantes e respeitados médicos de Goiás, Joffre morreu após ser encaminhado ao hospital, onde teve insuficiência respiratória e falência múltipla dos órgãos. O corpo foi velado no Cemitério Jardim das Palmeiras, e será sepultado hoje, às 12 horas.
Joffre de Rezende exerceu a profissão de médico, especializado em gastroenterologista, por 64 anos. Formou-se em São Paulo e veio para Goiânia em 1954. Ele ajudou a fundar a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde foi professor e vice-diretor. Também participou da fundação da Academia Goiana de Medicina. Além de ser responsável por pesquisas sobre a Doença de Chagas.
É autor de vários livros. Em nota o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) lamentou a morte de Joffre. A nota diz que teve a satisfação de homenageá-lo em 2005, com a Comenda Honra ao Mérito Profissional Médica. O médico deixou quatro filhos e nove netos.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação