ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
SAÚDE WEB
Anvisa lança sistema de notificação de segurança do paciente
Medida faz parte do cumprimento das RDCs 36/2013 e 53/2013. Guia pode ser visualizado no site da Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou na terça-feira (25) a receber dados de notificação de eventos adversos relacionados à assistência à saúde, conforme previsto na resolução 36/2013, que cria a obrigatoriedade de implantação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), e a 53/2013, que definiu o prazo para o início da notificação mensal.
A notificação pode ser feita no sistema Notivisa, módulo Eventos Adversos Relacionados à Assistência à Saúde. Segundo o diretor-presidente da Agência, Dirceu Barbano, os incidentes e eventos de segurança cobertos pelo módulo incluem quedas, úlceras por pressão, problemas na cirurgia, problemas relacionados ao diagnóstico laboratorial e de imagem e falhas na identificação do paciente, entre outros.
Eventos adversos envolvendo medicamentos, produtos e equipamentos para saúde e sangue / hemoderivados também serão notificados pelo Sistema Notivisa, porém em formulários específicos.
Foi disponibilizado um Guia rápido com orientações para o cadastro do NSP e a notificação de eventos adversos no Notivisa. Cidadãos e usuários podem também notificar os eventos adversos ocorridos durante a assistência à saúde a partir deste formulário.
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O POPULAR
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE GOIÁS (CREMEGO)
CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL A RODRIGO DOMINGUES CAIXETA – CRM/GO 12399
O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE GOIÁS, no uso de suas atribuições legais, que lhe são conferidas pela Lei 3.268 de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045 de 19 de julho de 1958, considerando a decisão proferida em Sessão de Julgamento do Conselho Federal de Medicina, torna público que na presente data está sendo aplicada ao médico RODRIGO DOMINGUES CAIXETA – CRM/GO 12399, por infração aos artigos 45 e 142 do Código de Ética Médica (Resolução CFM n.º 1.246/88, DOU 26/01/1988) cujos fatos também estão previstos nos artigos 17 e 18 do Código de Ética Médica (Resolução CFM n.º 1.931/09, DOU 13/10/2009), a pena de“Censura Pública em Publicação Oficial”, prevista na alínea “C” do artigo 22, da Lei 3.268/57.
Goiânia-GO, 27 de fevereiro de 2014.
DR. ERSO GUIMARÃES
Presidente do CREMEGO
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DIÁRIO DA MANHÃ
Aposentada grávida há 40 anos
Gravidez de sete meses, caso da aposentada Joaquina Costa Leite, de Natividade (TO), desafia a Medicina
ANTÉRO SÓTER
O fato é raro. A literatura médica mundial relata pouquíssimos casos semelhantes. Em Natividade, uma pequena cidade no Estado do Tocantins, uma aposentada de 84 anos descobriu, no final do ano passado, que carrega em seu abdômen um feto de sete meses por longos 40 anos. Ela só descobriu que continua grávida depois de sentir dores no estômago e sua nora a levou a um posto de saúde. Ao ser examinada, a médica praticamente não acreditou no que estaria para diagnosticar e pediu exames mais aprofundados. Feito o raio X constatou-se a gravidez de quatro décadas.
Esta é a história da aposentada Joaquina Costa Leite que desafia a Medicina. Ela tem, comprovadamente, um bebê de sete meses na barriga. As imagens não mentem e mostram o feto com todos os ossos formados. Através do exame dá para ver um bracinho, uma perninha, costelas e até a cabecinha do bebê.
A gravidez da idosa é rara e, segundo os especialistas, chama “bebê de pedra”. Joaquina é tataravó e seu primeiro filho, Silvio, já têm 74 anos. O segundo filho morreu com dois anos de idade. Quando Silvio era adolescente, a idosa ficou grávida pela terceira vez.
No entanto, desta vez a gestação foi sofrida porque o bebê cresceu fora do útero, perto do intestino. Este tipo de gestação é considerado raro já que, no abdômen, o feto não tem as condições ideais para se desenvolver. Isso significa que as chances de sobrevivência são quase nulas.
Quando uma gravidez fora do útero ocorre, em geral, os médicos costumam orientar que as pacientes interrompam a gravidez, pelo grande risco que elas correm. Muitos fetos não chegam ao desenvolvimento completo e morrem por falta de suprimento de sangue.
Por volta dos sete meses de gestação, a aposentada Joaquina se sentiu muito doente e isso aconteceu provavelmente na época que o feto morreu. Como na cidade não existia hospital, o atendimento foi feito por um curandeiro que receitou uma bebida a base de ervas e raízes. Joaquina ficou três meses na cama entre a vida e a morte.
Joaquina melhorou, mas o feto permaneceu onde estava. Ela nunca consultou um ginecologista e só agora o desconforto na região abdominal voltou. “Eu só fui fazer uma consulta por causa da dor no estômago”, diz a aposentada.
Dona Joaquina foi encaminhada a um hospital de Palmas, capital tocantinense, para dar sequência aos exames. Os médicos entendem que ela deve passar por uma cirurgia para a retirada do feto petrificado, uma vez que, devido à calcificação, o bebê pode perfurar órgãos internos e, com isso, levar a aposentada à morte. Ela, no entanto, resiste e diz que, assim como viveu os últimos 40 anos com o “bebê de pedra” na barriga, “posso continuar do jeito que está”.
Um perigo
Normalmente, uma gravidez ectópica, de acordo com a literatura médica, vai significar a ocorrência de uma gravidez tubária, mas em poucos casos a gravidez realmente ocorre dentro da cavidade abdominal – por exemplo, no meio do intestino, ovário ou até mesmo na aorta. Estes últimos casos são muito mais raros, e podem ser perigosos.
Em outros casos, o feto se desenvolve até certo tamanho, e se torna grande demais para ser absorvido pelo próprio organismo. O feto e a bolsa amniótica começam a, lentamente, se calcificarem, transformando-se em uma verdadeira pedra. Isso ocorre porque o organismo quer proteger o corpo da mulher de uma infecção provocada pelo apodrecimento na decomposição. Como o corpo da mãe não reconhece aquela massa endurecida como “estrangeira”, complicações não ocorrem e ele pode, basicamente, ficar no local depositado por toda a vida.
Mitologia
Bebês de pedra são extremamente raros e existem até mitologia em torno deles. Um artigo publicado em 1996 no Journal of the Royal Society of Medicine, mostrou que apenas 290 casos de litopédio foram documentados pela literatura médica mundial. Aparentemente, o primeiro caso ocorreu em com uma mulher francesa chamada Madama Colombe Chatri, de 68 anos. O fato só foi descoberto após sua morte em 1582 quando os médicos realizaram uma autópsia. Ela sentia fortes dores e seu abdômen era duro. Ela carregava um bebê de pedra por mais de 28 anos.
Marrocos
Uma mulher do Marrocos, país do Norte da África, que ficou grávida em 1955, deu à luz a seu bebê literalmente petrificado, meio século após ficar grávida. Durante todo esse tempo, manteve o feto calcificado dentro de seu corpo. A origem dessa história incrível remonta a 1955, quando Zahra Aboitalib sentiu as dores do parto. Foi levada a um hospital, mas ao ver uma mulher morrer na mesa de operações durante uma cesárea, fugiu aterrorizada e regressou a sua pequena cidade.
Após as dores desaparecerem e o bebê parar de mexer, Zahra começou a considerar o filho como um “bebê dormido”. Segundo a crença popular marroquina, há bebês que podem viver dentro do ventre da mulher para proteger sua honra. Com 75 anos, as dores regressaram, pelo que decidiu voltar ao hospital. Os médicos realizaram um exame de ultrassom e descobriram que o “bebê dormido” foi em realidade uma gravidez ectópica, isto é, fora do útero.
Depois de meio século de espera, uma operação de quase cinco horas conseguiu extrair com sucesso o feto calcificado de Zahra. O mais surpreendente é como Zahra conseguiu sobreviver levando dentro de seu corpo um feto morto e como ele não foi recusado pelo organismo. Segundo a revista da Sociedade Real de Medicina, não se trata do primeiro caso desse tipo.
Huang Yijun
Outro caso ocorreu e foi registrado na China com a dona Huang Yijun, no sul do país. Em sua barriga, o feto tornou-se um litopédio – em outras palavras, um “bebê de pedra”, literalmente. Este é um fenômeno extremamente raro que ocorre quando existe uma grave falha durante a gravidez e o feto começa um processo de calcificação.
A duração média de uma “gravidez de pedra” é de 22 anos e o caso da chinesa Huang Yijun foi um marco porque ela ultrapassou os 50 anos de gestação. Em muitos casos, a falta de dinheiro e de recursos de saúde pública em alguns países, faz com que as pessoas não procurem ajuda médica pelos enormes custos financeiros.
Huang Yijun disse que os médicos informaram em 1948 que ela tinha um bebê de pedra, mas ela simplesmente ignorou os avisos porque não tinha dinheiro para fazer uma cirurgia de retirada.
Até o momento foram registrados 210 casos, incluindo aí o caso da aposentada tocantinense Joaquina Costa Leite, de bebês de “pedra”, assim chamados de lithopedions. (Com R7 e Jornal Ciência)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação