Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/02 A 01/03/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Anápolis consegue 10 novos leitos de UTI para coronavírus

Goiás tem 200 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas

Rogério Cruz: “Disponibilidade de leitos não é garantia de sobrevivência”

Cidades da Grande Goiânia vão manter apenas serviços essenciais por 7 dias

Pesquisa brasileira avalia estresse em pacientes com covid-19

Hapvida e Notre Dame Intermédíca vão combinar negócios

Tratamentos contra covid-19 avançam em ritmo mais lento do que vacinas

Em Uruaçu, PC realiza prisão de homem que se passava por médico oftalmologista

TV ANHANGUERA

Anápolis consegue 10 novos leitos de UTI para coronavírus

globoplay.globo.com/v/9307965/

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A REDAÇÃO

Goiás tem 200 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas

Goiânia – A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou, na tarde deste domingo (28/2), que foram registrados 200 novos casos de covid-19 no Estado nas últimas 24 horas. Já são quase 396 mil pessoas confirmadas com a doença desde o início da pandemia. Além disso, o novo boletim informou que o total de mortes em Goiás chegou a 8.517 óbitos – 7 a mais do que o número indicado no relatório publicado no sábado (27/2). Entretanto, no Painel Covid-19 do Governo de Goiás, os dados atualizados às 16h30 já indicavam total de 8.520 mortes. 

De acordo com a secretaria, na tarde deste domingo, a ocupação de leitos na rede estadual de saúde estava em 97,3% das UTIs e 84,97% das enfermarias. Em hospitais públicos e privados, o painel da SES-GO indicou que 92% dos leitos de UTI destinados à pacientes com covid-19 estão ocupados, assim como 69,85% das enfermarias. 

Vacinação 
De acordo com o boletim da SES-GO, 229.256 doses das vacinas de prevenção contra a covid-19 já foram aplicadas em todo o Estado até o momento. Dados preliminares do órgão indicam que, referente à primeira dose, foram aplicadas 188.108 doses das vacinas contra a covid-19. Em relação à segunda dose, foram vacinadas 41.148 pessoas.

Em relação ao recebimento e distribuição de vacinas, a secretaria informou que o Estado de Goiás já recebeu  438.480 doses, sendo 319.480 da CoronaVac e 119.000 da AstraZeneca. Destas, foram distribuídas 423.334 doses, sendo 304.334 da CoronaVac e 119.000 da AstraZeneca.

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Rogério Cruz: “Disponibilidade de leitos não é garantia de sobrevivência”

Adriana Marinelli

Goiânia – “A disponibilidade de leitos de enfermaria e UTI não é garantia de sobrevivência”. O alerta é do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, que fez uma publicação nas redes sociais para destacar a necessidade de medidas mais duras na capital e em cidades da região metropolitana no sentido de tentar conter o avanço da covid-19. 

“Fizemos um grande esforço ao convidar os prefeitos da Região Metropolitana, o Fórum Empresarial e o governador Ronaldo Caiado para definir novas regras de combate à Covid-19 e que visam a preservação de vidas”, escreveu, na noite de sexta-feira (26/2), após reunião que deliberou sobre o fechamento de várias atividades na Grande Goiânia a partir de segunda-feira (1º/3). Conforme foi informado em entrevista coletiva após o encontro realizado no Paço Municipal, apenas serviços essenciais devem ser mantidos por um período inicial de sete dias. 

O decreto com a relação de atividades que poderão funcionar deve ser divulgado no início da tarde deste sábado (27). “Entendemos que o momento é difícil para todos, mas a nova onda da doença, que alcançou o país todo, também atingiu em cheio a nossa cidade e Estado”, pontuou Rogério. “Por isto, precisamos ser enérgicos para conter o avanço desta doença (…) Tenha consciência e fuja de aglomerações. A vida vale mais”, concluiu. 

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Cidades da Grande Goiânia vão manter apenas serviços essenciais por 7 dias

Adriana Marinelli

Goiânia – A partir de segunda-feira (1º/3), apenas atividades consideradas essenciais poderão funcionar em Goiânia e nas cidades da região metropolitana. De acordo com anúncio oficial feito na tarde deste sábado (27/2) pelos prefeitos da capital, Rogério Cruz, de Aparecida, Gustavo Mendanha, e pelo governador Ronaldo Caiado, a medida vale inicialmente por sete dias, mas o prazo pode ser prorrogado. O foco é conter o avanço da covid-19 e desafogar os hospitais que atendem casos da doença. Conforme foi anunciado, as medidas só devem ser flexibilizadas quando a taxa de ocupação dos hospitais, que ultrapassa atualmente 90%, permanecer abaixo de 70% por pelo menos cinco dias. 

Integram  a relação de serviços considerados essenciais e que poderão manter as atividades: farmácias, supermercados, postos de combustíveis, distribuidoras de gás, indústrias de insumos considerados essenciais e borracharias. A lista completa de atividades liberadas e as regras a serem seguidas vão constar nos decretos que devem ser divulgadas ainda neste sábado pelas prefeituras. 

As restrições valem para a capital e outras 19 cidades da região metropolitana: Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade. A prefeitura de Senador Canedo chegou a informar, durante a manhã, que não seguiria a medida, mas recuou. 

“Estamos pagando a conta do carnaval”
Durante entrevista coletiva, o governador Ronaldo Caiado afirmou que o aumento dos casos da covid-19 é resultado, entre outras coisas, da aglomeração do carnaval. Não concedemos feriado, mas não conseguimos sensibilizar as pessoas. E a conta veio rápido. Estamos atuando em parceria com os prefeitos, todos unidos, para não deixar faltar leito a nenhum cidadão que precise de atendimento médico.

“O pedido que eu faço: que atendam os decretos que estão sendo assinados hoje pelos prefeitos da região metropolitana. Tudo isso respaldado pelo governo do Estado”, completou Caiado. 

Também em entrevista coletiva, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, fez um agradecimento ao setor produtivo, que apoiou a decisão de endurecer as regras na capital e também em outras cidades. Também voltou a destacar que a abertura de novos leitos não é suficiente para combater a propagação do vírus. 

“Quero agradecer a todos do setor produtivo, que concordando com as deciões de cada um dos prefeitos e também do governador. Essa aceitação nos faz entender que estamos no caminnho certo”, afirmou. “Não adianta aumentar leitos. É bom lembrar que a cada dez pessoas que chegam à UTI [com covid-19], cinco perdem a vida (…) Contamos com o apoio da população para que possam fortalecer nosso pedido”, acrescentou ao destacar o endurecimento das medidas.

Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia, se disse assustado com o atual cenário. “Desconfortável ter que tomar essa decisão [novas restrições], mas pelo momento crítico que vivemos, nos reunimos aqui pra dar uma paralisação nesse crescimento de pessoas contaminadas e que estão precisando de UTI. “Do jeito que as coisas estão, pode ser que não tenhamos mais UTI em Aparecida até segunda-feira”, acrescentou o prefeito ao citar que a taxa de ocupação na cidade ultrapassa a casa dos 90%.
 

Apoio

Representantes do setor produtivo apoiam a decisão. De acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, houve o entendimento da necessidade de agir dessa forma nesse momento, principalmente em razão da ocupação dos leitos de UTI para casos de covid-19. “Fica aqui o meu apelo para que as pessoas mantenham o distanciamento, usem máscara, álcool, porque, se não fizemos isso, o vírus vai, cada vez mais, nos trazer mais dificuldades”, afirmou.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, também se manifestou a favor do fechamento das atividades consideradas não essenciais por entender, conforme pontuou, que passamos por um momento crítico da pandemia. “Infelizmente essas medidas são necessárias. A rede hospitalar colapsou. Os números apresentados são terríveis e temos um índice de infecção muito alto”, destacou.

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) divulgou nota de posicionamento afirmando que apoia a decisão de fechar estabelecimentos comerciais e reduzir a circulação de pessoas por sete dias com o intuito de combater o alto número de casos de doença.

De acordo com a nota assinada pelo presidente da Federação, Sandro Mabel, as indústrias consideradas serviços essenciais estão sendo orientadas a providenciar transporte seguro a seus colaboradores, assim como a fornecer kits com máscaras, álcool em gel e demais elementos de proteção individual para os trabalhadores. “Os setores administrativos devem atuar, sempre que possível, no modelo home-office e reforçar os protocolos de segurança, como aferição de temperatura, revezamento de horários de entrada, saída e das refeições, que já estavam sendo adotados.”

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AGÊNCIA BRASIL

Pesquisa brasileira avalia estresse em pacientes com covid-19

Pesquisadores da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) realizaram uma pesquisa para avaliar os efeitos do estresse oxidativo em pacientes com quadro grave de covid-19. Após analisarem 77 pessoas, o estudo concluiu que a gravidade da doença não é fator determinante para provocar mudanças no sistema de defesa antioxidante.

Segundo a PUC, a pesquisa é a primeira a apontar para essa conclusão. No entanto, o posicionamento não é definitivo, pois outras pesquisas sugerem que o estresse oxidativo pode sim agravar várias doenças.

Durante a pesquisa, os pacientes, que estavam internados em um hospital em Curitiba, foram divididos entre os grupos com quadro de saúde moderado e com situação grave. No período avaliado concluiu-se que as pessoas com alta contagem de leucócitos e altos índices de PCR (Proteína C-reativa) permaneceram internados por mais tempo. Contudo, não foi encontrada relação entre a gravidade do quadro e o nível de estresse oxidativo.

O estresse oxidativo ocorre a partir do desequilíbrio entre a formação de radicais livres, moléculas responsáveis por enfermidades, e a capacidade antioxidante (proteção) das células. Dessa forma, são formados mais radicais do que antioxidantes, causado danos às células e provocando o desenvolvimento e o agravamento de várias doenças.

Os radicais livres também são necessários para as células e são produzidos naturalmente pelo organismo. No entanto, infecções podem aumentar a produção dos radicais.

O estudo foi publicado revista científica internacional Free Radical Biology & Medicine.

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CORREIO DA BAHIA

Hapvida e Notre Dame Intermédíca vão combinar negócios

SAÚDE A Hapvida e a Notre Dame Intermédíca anunciaram na noite de sábado (27/2) que chegaram a um Acordo de Associação com os termos para a combinação dos negócios, o que criará o maior conglomerado de saúde no País com um valor de mercado na faixa dos RS 120 bilhões. As informações sobre o acordo foram confirmadas em Fatos Relevantes publicados peças duas empresas.

De acordo com o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cada acionista da Notre Dame receberá 5,2490 ações ordinárias da Hapvida por papel da empresa, além do valor de R$ 6,45, o que resultará na empresa combinada em que acionistas da Hapvida passariam a deter 53,6% do capital social enquanto os da Intermédíca vão ter 46,4%.

Com a combinação entre as empresas, o novo conglomerado passará a ter 84 hospitais, 280 clínicas e 257 unidades de diagnóstico por imagem. Além disso, a empresa passará a contar com mais de 13,6 milhões de usuários ativos.

Ambas as empresas de saúde convocaram Assembléias Gerais Extraordinárias (AGEs) para o próximo dia 29 de março para deliberarem sobre o assunto, que dependerá de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Irlau Machado Filho, atual diretor presidente da Notre Dame, e Jorge Pinheiro, diretor presidente da Hapvida, atuarão como co-CEOs na nova empresa combinada. O Conselho de Administração será ampliado para, no mínimo, nove membros, sendo dois indicados pelo atual Conselho de Notre Dame, cinco pela Hapvida (incluindo o presidente do colegiado) e dois independentes.

Os custos estimados serão de aproximadamente R$ 116 milhões, os quais incluem assessoria financeira, avaliações, setor jurídico e demais assessorias para implementação da operação, publicações e demais despesas relacionadas.

Os bancos BTG Pactuai e Itaú BBA atuaram como assessores financeiros da Hapvida, e o JPMorgan e o Citi pela Notre Dame. O escritório Pinheiro Neto é o assessor legal da Hapvida; e Souza, Mello e Torres coordena pelo lado da Notre Dame, juntamente com Lefosse e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga.

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O ESTADO DE S.PAULO

Tratamentos contra covid-19 avançam em ritmo mais lento do que vacinas

Giovana Girardi

No primeiro ano da pandemia, pesquisadores se debruçaram sobre remédios já existentes para outras doenças, mas nenhum deles se mostrou realmente eficaz para barrar o coronavírus. Agora, eles se voltam para o desenvolvimento de novos fármacos, do zero

No começo de fevereiro, um grupo de pesquisadores da Universidade de Toronto divulgou um estudo com um medicamento antiviral experimental que foi capaz de acelerar a recuperação de pacientes com covid-19. O trabalho, publicado na revista Lancet Respiratory Medicine, teve como objetivo testar a droga em pessoas infectadas que não tinham sido hospitalizadas.

Pacientes que receberam uma única injeção de peginterferon-lambda tiveram mais de quatro vezes mais chances de terem a infecção curada em sete dias, quando comparados a um grupo tratado com placebo.

O trabalho trouxe uma nova esperança de que seja possível ter um tratamento que consiga conter a dispersão do Sars-CoV-2.

Não é a primeira vez, porém, que surge essa sensação. Em um ano da pandemia de covid19, a ciência foi capaz de desenvolver, de modo recorde, pelo menos meia dúzia de boas vacinas contra o coronavírus, mas por mais que estejam sendo feitos centenas de estudos com remédios â em sua maioria já usados para outras doenças â, ainda nenhum se mostrou eficaz para barrar o vírus.

A expectativa agora se volta para que a ciência inove e passe a desenvolver novos fármacos, do zero: moléculas desenvolvidas para ter como alvo específico proteínas do coronavírus.

Ao longo do ano, algumas drogas se mostraram úteis para reduzir os danos da doença, aliviar os sintomas e principalmente reduzir tempo de internação dos casos mais graves, mas ainda não existe um tratamento de fato para a covid-19. Muito menos um que seja precoce.

Não foram poucos os remédios já conhecidos que acabaram noticiados como promissores após se mostrarem eficazes in vitro contra o vírus ou em experimentos iniciais com poucas pessoas. Mas quando submetidos a estudos clínicos robustos, randomizados e com muitos voluntários, a maioria acabou descartada. Talvez o exemplo mais marcante disso seja o da hidroxicloroquina.

Existem agora muitas evidências de que a hidroxicloroquina e a cloroquina não funcionam contra a covid. Mas ainda há 179 ensaios clínicos nos Estados Unidos com 169.370 pacientes que estão recebendo o medicamento, segundo o Covid Registry of Off-Label & New Agentes, na Universidade da Pensilvânia. No Brasil, de acordo com o último balanço da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Ministério da Saúde, ainda há 27 estudos com as drogas em andamento.

Diretrizes internacionais.

Atualmente entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) indicam como diretriz de tratamento o uso de remédios como o remdesivir, anticorpos monoclonais e corticoides â como a dexametasona â, que têm um papel importante principalmente nos casos mais graves, hospitalizados e entubados.

Eles ajudaram a reduzir o tempo de internação e as mortes.

Mas, como ressaltou reportagem do The New York Times de meados de fevereiro sobre a falta de tratamentos, essas drogas não são “um santo remédio” nem servem para todos.

A OMS alerta que a dexametasona, por exemplo, é recomendada somente para pacientes severos e criticamente doentes com covid-19 sob supervisão médica. Estudo randomizado feito com 7 mil pacientes mostrou que houve redução da mortalidade no grupo que tomou o remédio, na comparação com o grupo que tomou placebo. Mas não é recomendado para pacientes leves e moderados porque o medicamento pode aumentar o risco de complicações ou efeitos adversos â lembrando que este corticoide não ataca o vírus em si, mas o efeito inflamatório que ele causa no corpo, a chamada tempestade de citocinas.

Já o remdesivir, que impede o vírus de se replicar dentro das células, consegue reduzir modestamente o tempo que o paciente precisa para se recuperar, mas não tem nenhum efeito sobre a mortalidade. Outro problema é que ele é injetável e muito caro â tanto que nem está disponível no Brasil. Os anticorpos monoclonais, que impedem o vírus de entrar nas células, podem ser muito potentes, mas apenas quando administrados antes de as pessoas adoecerem a ponto de serem hospitalizadas.

Derrotas. Especialistas ouvidos pelo Estadão explicam que, por um lado, a falta de avanço no tratamento não é inesperada.

Primeiramente porque os maiores esforços científicos foram para as vacinas â o que faz sentido seguindo o princípio mais básico do “é melhor prevenir do que remediar”. Por outro lado, os vírus, em geral, são mais difíceis de lidar com medicamentos do que bactérias, por exemplo.

“A nossa história contra vírus é feita de derrotas há anos. Todo mundo fala da covid-19, mas também lutamos contra ebola, dengue, hepatite, rubéola, febre amarela. São todos vírus, mas para quais deles temos tratamento eficaz? Para alguns temos vacina, outros a gente controla, como a aids. Agora temos um remédio que erradica a hepatite C do organismo. Mas, em geral, perdemos feio, não só contra a covid”, disse ao Estadão a pesquisadora Flávia Machado, professora de Medicina Intensiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Flávia faz parte da Coalizão Covid-19 Brasil, aliança formada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo, pelo Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).

O grupo vem realizando ensaios clínicos para avaliar a eficácia e a segurança de potenciais terapias para pacientes com covid-19. “Infelizmente o que mais vimos até agora é o que não funciona”, diz.

A pesquisadora explica o desafio: “Vírus não é bactéria. As bactérias são organismos com parede celular. Um mesmo antibiótico pode servir para combater várias bactérias, porque as parede celulares (por onde o remédio entra) são parecidas. Já o vírus é uma partícula, quase não é um ser vivo. Ele só vive dentro das nossas células. Só ali consegue se reproduzir, mas isso também os deixa mais protegidos”.

A coalizão começou agora em fevereiro uma nova linha de pesquisa que deve alcançar mil pacientes. O estudo Revolution vai avaliar se drogas antivirais isoladas e/ou em combinação entre si são efetivas para tratar casos de covid-19 hospitalizados com doença moderada. Serão testados os remédios atazanavir, daclatasvir e daclatasvir associados a sofosbuvir. / COM NYT

Os caminhos da ciência contra o coronavírus

l Estrutura O vírus é uma partícula que vive dentro das nossas células, quase não é um ser vivo, diz a pesquisadora Flávia Machado. Por isso é mais difícil desenvolver drogas.

l Estudos iniciais No primeiro momento da pandemia, os pesquisadores apostaram em medicamentos já existentes para outras doenças, mas o resultado foi parcial.

l Rapidez A estratégia fazia sentido porque, sendo promissores nesta primeira etapa, eles poderiam já passar aos testes com humanos, pois eram sabidos como seguros.

l Nova estratégia Como o uso de drogas conhecidas não foi realmente eficaz, os pesquisadores se voltam agora para o desenvolvimento de um fármaco novo.

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JORNAL DO VALE

Em Uruaçu, PC realiza prisão de homem que se passava por médico oftalmologista

A Polícia Civil (PC) de Uruaçu, realizou a prisão de um homem que se passava por médico oftalmologista. Conforme a PC, houve uma denúncia anônima e em seguida os policiais dirigiram até o local indicado e constataram o fato.

Também, conforme o delegado Peterson disse que vai fechar “qualquer tipo de estabelecimento sem o devido profissional habilitado”.

Os envolvidos não são de Uruaçu e residem em cidades vizinhas do município e não tiveram os nomes divulgados.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação