Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/03/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR
Drogas
Grupo quer mais políticas municipais de combate
Segundo GEED, dos 246 municípios goianos, apenas 10 possuem conselhos temáticos. Prefeitos reconhecem dificuldades na área
Cleomar Almeida

O Grupo Executivo de Enfrentamento às Drogas (GEED) apresentou ontem videoconferência do lançamento do programa federal Crack, É Possível Vencer, com o intuito de estimular as prefeituras a desenvolverem políticas de enfrentamento ao problema. O evento foi realizado no Auditório do Conselho Regional de Contabilidade, no Setor Sul.
Ao defender a execução do programa federal, a presidente do GEED, Ivânia Alves Fernandes, disse que o governo do Estado também faz planejamento com ações a médio e longo prazo. Entre elas, ressaltou, está o Centro de Recuperação e Excelência em Dependência Química (Credeq), cuja primeira unidade, em Aparecida de Goiânia, ainda não foi entregue à população.
Apesar da deficiência, Ivânia destacou que, até o final de abril, 25 comunidades terapêuticas vão receber R$ 50 mil, cada uma, para fazer adequações em sua estrutura e prestar atendimento aos dependentes químicos. “À medida que essas instituições se adequarem, elas terão capacidade de ampliar a quantidade de vagas”, acredita a presidente do GEED.
O problema é que o repasse ainda não foi aprovado pela Assembleia Legislativa e o projeto de lei nem tem previsão de entrar na pauta de votação da Casa.
Por outro lado, Ivânia garante que o GEED vai auxiliar os municípios a estruturar a rede básica de atendimento, conforme orientação do Ministério da Saúde. Segundo ela, dos 246 municípios goianos, apenas 10 possuem, por exemplo, conselhos municipais de enfrentamento às drogas.
Diretor da Associação Goiana dos Municípios (AGM), Leonardo Brito, também prefeito de Firminópolis, disse que entidade vai estimular os gestores municipais a “agir contra o mal do século”, referindo-se ao crack. “Temos dificuldade muito grande para conseguir profissionais adequados”, reconhece ele.
Comunidades Terapêuticas
Veja instituições com documentação em análise para convênio
■ Associação Missionária Evangélica Vida – Missão Vida (Anápolis)
■ Comunidade Terapêutica Ebenezer Bom Pastor (Aparecida de Goiânia)
■ Comunidade Terapêutica Paulo de Tarso – Acampi (Castelândia)
■ Obras Sociais da Diocese de Goiás – Casa de Recuperação (Cidade de Goiás)
■ Associação de Promoção Humana Fazenda do Senhor Jesus – Assoproh (Damolândia)
■ Comunidade Terapêutica Projeto Luz que Liberta – Luz da Vida (Goiânia)
■ Associação Servos de Deus – Comunidade Maria de Nazaré (Goiânia)
■ Centro de Recuperação Vida Nova (Goiânia)
■ Ministério Filantrópico Terra Fértil (Goiânia)
■ Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo (Goiânia)
■ Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental (Goiânia)
■ Associação Movimento Amor Exigente (Goiânia)
■ Instituto de Prevenção e Tratamento ao Uso de Drogas – Gente Livre (Goiânia)
■ Movimento Jovens Livres (Goiânia)
■ Obras Sociais do Grupo Espírita Regeneração – Lar Mãe Zeferina (Guapó)
■ Centro de Recuperação Monte das Oliveiras (Inhumas)
■ Associação Espírita Casa do Caminho (Inhumas)
■ União Jussarense de Promoção do Menor e do Adolescente carente e Abandonado e de Defesa da Vida (Jussara)
■ Associação do Co-redentores – Fazenda Nossa Senhora da Assunção (Luziânia)
■ Associação Santa Teresa Davila (Morrinhos)
■ Grupo Maná (Porangatu)
■ Obras Sociais da Diocese de Jataí
■ Associação Nova Esperança (Santa Helena)
■ Desafio Jovem Ebenezer (São Luis de Montes Belos)
■ Projeto Resgate – Projetando e Resgatando Vidas (São Miguel do Passa Quatro)
■ Associação Beneficente Ágape (Trindade)

Consumo de coca volta com força em Anápolis
Paulo Nunes Gonçalves

O consumo de cocaína voltou com força em 2013, assumindo o lugar do crack na preferência dos usuários anapolinos. A conclusão é do delegado Alex Vasconcelos, do Grupo de Combate e Repressão aos Narcóticos (Genarc), diante dos quantitativos apreendidos nos três primeiros meses de 2013. De acordo com o delegado, o Genarc apreendeu mais de 15 quilos de cocaína e somente dois quilos de crack neste ano.
“O que vem acontecendo é que, anteriormente, as maiores apreensões eram basicamente de crack e de maconha – as quantidades apreendidas de cocaína eram pequenas”, relatou Alex Vasconcelos, acrescentando que além do tráfico de cocaína ter aumentado, os traficantes estão também diversificando as drogas. “Temos realizado apreensões de ecstasy, LSD e lança-perfume, com destaque para este, que no mês passado tiramos 1,4 mil tubos de circulação”, relatou o delegado.
Alex Vasconcelos acredita que os traficantes estão preferindo a cocaína devido ao perfil socioeconômico do usuário, que nesse caso pertence às classes média e alta – já o consumo do crack acontece primordialmente por usuários das classes mais pobres. O crack, segundo o delegado, é mais difícil de ser apreendido, pois para o traficante é mais fácil escondê-lo, devido à sua constituição.
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Saúde
Teleconsulta atende 33% menos
Quase 40 mil agendamentos não foram feitos em comparação ao ano passado. Secretaria culpa a dengue
Vandré Abreu

A população de Goiânia tem sofrido para conseguir marcar uma consulta com pelo Teleconsulta da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Até as 16h40 de ontem, 117.081 consultas foram marcadas para os goianienses, número 33,12% menor que as 155.861 marcadas nos três primeiros meses de 2012. Levado em conta a estimativa de consultas a serem marcadas até o final deste mês de março, o percentual diminui para 28,72%. Segundo a SMS, a queda ocorre porque desde janeiro houve diminuição de 20% na grade de oferta de consultas pelo serviço.
Os dados foram repassados pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), responsável pelo atendimento aos pacientes pelo telefone e marcação das consultas. Segundo a assessoria de imprensa do Idtech, neste período de um ano, não houve qualquer problema com o serviço, que tem funcionado normalmente, de acordo com as vagas oferecidas pela Prefeitura de Goiânia.
A auxiliar de serviços gerais, Eliane Cristina Ferreira Silva Ribeiro, de 37 anos, afirma nunca ter tido a sorte de conseguir marcar uma consulta pelo serviço da Prefeitura. “Sempre tentei, ano passado, neste ano, e nunca consegui marcar nenhuma, nem para ginecologista e nem para pediatria. Quando tinha qualquer vaga era muito longe da minha casa”, conta. Eliane revela que atualmente nem tenta mais marcar qualquer consulta, por já ter desistido. Desta forma, sobra a ela o atendimento de emergência no próprio Cais, como fazia ontem na unidade do Setor Vila Nova.
Segundo o diretor de Atenção à Saúde da SMS, o médico Sandro Rodrigues, todo o problema tem como causa a dengue. Rodrigues explica que por causa da epidemia de dengue em Goiânia foi necessário realocar algumas consultas para pacientes com sintomas da doença. “Não diminuímos o número de consultas realizadas, o que diminuímos foi o número agendamentos via Teleconsulta.” De acordo com o diretor, os médicos especialistas, como clínicos, pediatras e obstetras, têm atendido seus pacientes com suspeita de dengue.
Sandro Rodrigues relata que a diminuição de 20% da grade de consultas via telefone ocorre desde o dia 15 de janeiro, quando a epidemia de dengue na cidade passou a ser preocupante. No mesmo mês, explica ele, há também o problema no qual vários médicos entram de férias ao mesmo tempo em que há um aumento na demanda, pois vários pacientes usam o mês para realizarem exames clínicos. No entanto, era de se esperar que a queda no número de consultas marcadas em janeiro fosse menor que estes 20% de diminuição, já que ocorreu apenas na metade do mês. Mas, em janeiro, a diferença em relação a 2012 foi de 21,20%.
Já em fevereiro, a diferença entre o número de consultas marcadas em 2012 e em 2013 chegou a 28,63%, bem acima dos 20% de diminuição de oferta de consultas revelada pela SMS. Se comparado todo o mês de março de 2012 com os 26 dias corridos até ontem, às 16h40, a diminuição chega a 50,85%. O Idtech estima ainda que, até o próximo dia 31, ocorra ainda a marcação de mais 4 mil consultas, o que mudaria esta diferença entre o mesmo período do ano passado e deste ano para 36,30%;
MÉDICOS
O diretor da SMS, Sandro Rodrigues, nega que o déficit de médicos nos quadros da secretaria tenha relação com a queda no número de agendamentos. “Os médicos continuam atendendo normalmente, não é este o problema.” Segundo explica, o déficit é de 12,86%, número comum a todo início de ano, quando vários profissionais se desligam da SMS para fazer residência ou saem de férias. “No ano passado também tínhamos este problema, mas não havia epidemia de dengue e, então, não se sentiu a queda no número de consultas marcadas.”
De acordo com Rodrigues, a diminuição de oferta de consultas pelo Teleconsulta deve continuar até que ocorra a queda no número de atendimentos por dengue, em meados de abril. “Agora o número de casos de dengue começou a diminuir, mas essa queda é lenta e gradual, não tem como a gente prever até quando podemos dar esse tratamento especial à dengue”, revela.

Usuários dependem da sorte para agendamento

A reportagem do POPULAR tentou por três vezes marcar uma consulta pelo serviço de Teleconsulta da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Por duas vezes a tentativa foi com um clínico geral e em outra com um ginecologista. A primeira vez foi bem sucedida e a consulta seria feita às 8h30 de hoje, no Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais) de Campinas. No entanto, pediu outro horário ou dia e não havia qualquer outra opção.
Na segunda tentativa, 30 minutos depois, já não havia qualquer vaga em uma unidade de saúde da capital para os próximos sete dias. Ou seja, a vaga no Cais Campinas já havia sido preenchida. Cerca de uma hora depois houve a tentativa de marcar a consulta com um ginecologista e não havia qualquer vaga em toda a cidade até o meio da próxima semana. Não é possível marcar consultas com antecedência, ou seja, o período máximo para se conseguir uma vaga é de 7 dias.
As atendentes do Teleconsulta afirmaram, em todas as três ligações da reportagem, que o usuário deveria continuar ligando para o serviço até que consiga uma vaga. O serviço feito pelo 0800-646-1560 funciona das 7 às 19 horas todos os dias da semana, inclusive feriados. Pelo Teleconsulta seria possível marcar consultas com clínico geral, obstetra, ginecologista ou pediatra. Segundo as atendentes, a existência de vagas é aleatória, podendo surgir a qualquer horário, já que uma consulta pode ser cancelada em qualquer tempo. Assim, cabe ao usuário tentar a sorte.
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Campanha
Vacina contra gripe será de 15 a 26 de abril

Brasília – A campanha de vacinação contra a gripe será realizada neste ano entre os dias 15 e 26 de abril, com o dia de mobilização nacional marcado para o dia 20. Devem ser vacinados crianças de 6 meses a 2 anos, pessoas com 60 anos ou mais, indígenas, profissionais da saúde, presos, grávidas, mulheres até 45 dias após o parto e doentes crônicos.
A única contra-indicação é para pessoas que têm alergia severa a ovo. A novidade deste ano é a facilitação do acesso à vacina para os doentes crônicos. Até o ano passado, a orientação do Ministério da Saúde era para que o grupo se dirigisse a centros especializados de vacinação. A partir desta campanha, a vacina será oferecida aos doentes crônicos em todos os postos de saúde.
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Dengue
Números caem, mas alerta continua
Maria José Silva

Os números de casos de dengue continuam em queda na capital. Conforme dados do Informe Técnico Semanal de Dengue, divulgado ontem pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na semana 12, entre os dias 20 e 26 de março, foram feitas 3.233 notificações da doença em Goiânia. O quantitativo é 16,2% menor que o da semana 11, quando foram registrados 3.860 casos.
O declínio dos casos de dengue já era esperado pelas autoridades da área de saúde. A diretora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Flúvia Amorim, destaca que a diminuição de notificações da doença está relacionada à mudança climática, sobretudo ao fato de a temperatura estar mais amena nos últimos dias. Estudos revelam que os ovos do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença, eclodem com mais intensidade quando a água e a temperatura atingem a média de 25 graus centígrados. “Com as noites mais frias e as temperaturas mais baixas, diminui a possibilidade de eclosão dos ovos”, sublinha.
Flúvia Amorim acentua que as ações de combate ao aedes aegypti vão continuar a todo vapor, mesmo com a diminuição dos casos. “Durante toda a Semana Santa vamos fazer o combate ao inseto por meio das bombas Ultra Baixo Volume”, assinala. Ela chama a atenção da população para a manutenção de cuidados básicos que previnem a proliferação do mosquito transmissor da doença inclusive no frio e no período da seca.
Conforme Flúvia Amorim, durante a época chuvosa, o mosquito se prolifera mais facilmente no lixo, nos criadouros espalhados pelos quintais e em calhas. Na seca, o transmissor procura meios alternativos para se manter e disseminar-se, entre os quais caixas d’água, cisternas e até mesmo ralos de banheiro e pequenas poças de água do ar-condicionado.
O Informe Técnico Semanal de Dengue também revela que só neste ano foram notificados 39.673 casos da doença. O acumulado nos três primeiros meses é 204% maior que o total de notificações realizadas durante todo o ano passado. Flúvia Amorim acentua que esta situação era esperada devido à introdução do vírus 4 no Estado. Pelo fato de este sorotipo ter circulado pela primeira vez no território goiano e, especificamente na capital, praticamente toda a população está sujeita a contrair a doença.
Ontem, o Comitê Estadual contra a Dengue se reuniu, no auditório do Batalhão de Salvamento de Emergência do Corpo de Bombeiros, no Setor Aeroporto, em Goiânia. O grupo promove reuniões mensais com o objetivo de articular, acompanhar e avaliar as ações de educação em saúde e de mobilização social para o combate à dengue em todo o Estado de Goiás.
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O HOJE
Despreparo de municípios agrava epidemia de dengue
Enquanto passa pela maior epidemia da história, Estado tem dificuldade em agir no combate à doença em alguns municípios
CATHERINE MORAES

Em situação de epidemia pior que a registrada no ano de 2010, Goiás vive um dilema: precisa auxiliar o interior do Estado, mas não pode interferir nas administrações municipais. Infelizmente, ausência de insumos – como soro e paracetamol –, falta de classificação de risco para pacientes e atendimento precário são constatações quando o assunto é tratamento de dengue no interior. O assunto foi discutido ontem durante reunião do Comitê Estadual de Mobilização contra a Dengue, mas a resolução ainda é um ideal distante.
Marcela Alvarenga, que atua na Secretaria Estadual de Saúde (SES), explica que o tempo perdido em atendimento de urgência e emergência no interior é muito demorado. “Como recomendado pelo Ministério da Saúde, nós usamos em hospitais uma classificação de risco para os pacientes, facilitando não só o rápido atendimento, mas também a vida do paciente. Fizemos visitas em várias cidades e percebemos que eles não utilizam esse protocolo”, completou.
Já foram visitados pela SES os municípios de Águas Lindas, Itumbiara, Senador Canedo, Santo Antônio do Descoberto, Ceres, Barro Alto, Luziânia, Alto Paraíso, Uruaçu, Porangatu, Rialma, Jataí, Anápolis, Trindade, Piracanjuba e São Miguel do Araguaia. Entre as próximas visitas estão Novo Gama e Valparaíso, que devem ocorrer na próxima semana. Enquanto o problema se agrava, alguns municípios rejeitam o apoio da secretaria, que, para atuar, precisa ser acionada.
“Nós disponibilizamos cartazes explicando o atendimento em níveis de gravidade e também cartões de dengue, que facilitam o atendimento a pacientes. O problema é que as unidades de saúde precisam solicitar o que desejam. Estamos também distribuindo os insumos para os municípios que desejarem, mas precisamos de colaboração. Em algumas cidades falta até soro caseiro”, afirma Marcela Alvarenga.
Casos registrados
Goiás sofre hoje a maior epidemia da história de dengue. De acordo com o último boletim, divulgado em 16 de março, os casos no Estado já somam 75.567 em menos de três meses de 2013. O aumento é de 682,91% se comparado ao ano de 2012. A capital segue recordista de números absolutos no Estado, com 36.045 casos, até levantamento feito até o dia 16 de março.
Destes casos, já foram confirmadas sete mortes sendo apenas uma em Goiânia e seis no interior: Porangatu (1), Rialma (1), Campinorte (1), Trindade (1), Santo Antônio do Descoberto (1) e Piracanjuba (1). No entanto, há ainda mais de 45 casos sendo investigados.
Entorno
Dos 247 municípios goianos, 143 estão com classificação de alto risco e 236 tiveram notificações de dengue. No Entorno de Brasília, a situação também se complica e os hospitais do Distrito Federal ficam superlotados devido ao atendimento precário das pequenas cidades. Em Águas Lindas, por exemplo, 425 casos foram registrados apenas neste ano. Com hospitais lotados e filas de espera em mais de sete horas, os pacientes estavam buscando hospitais da capital federal.
Segundo Marcela, uma parceria firmada entre a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás e a do Distrito Federal previa o envio de agentes para limpeza de ruas e residências do Entorno, na tentativa de diminuir a incidência e, consequentemente, a lotação dos hospitais. “Algumas cidades já foram visitadas, mas tivemos município, por exemplo, que encaminhou ofício dizendo que não necessitava do nosso auxílio”, lamentou.
Capacitação
“No ano passado, conseguimos trazer o doutor Carlos Brito, médico renomado de Recife para palestrar aos municípios goianos. No total, 94 prefeitos ou representantes de cidades que tinham casos mais graves foram convidados, porém compareceram apenas quatro deles”, informou. Outro problema apontado por ela é a falta de interação entre agentes de saúde e agentes de endemias: “Eles não querem atuar no trabalho do outro, mas uma capacitação realizada pela secretaria prevê esta interação”, pontua.
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TV SERRA DOURADA
Parlamentares querem ouvir presidente do CFM sobre aborto

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d'Ávila, deve ser convidado para dar explicações no Senado sobre a posição do órgão, divulgada na semana passada, de defender que mulheres até a 12ª semana de gestação não sejam criminalizadas, caso decidam interromper a gestação. Essa é uma das propostas previstas na ampliação das possibilidades de aborto, em discussão na reforma do Código Penal Brasileiro, desde ano passado no Senado.
“Somos a favor da vida, mas queremos respeitar a autonomia da mulher que, até a 12ª semana, já tomou a decisão de praticar a interrupção da gravidez”, disse o presidente do CFM Roberto Luiz d'Ávila, na semana passada. Ele esclareceu que a posição foi tomada por maioria pelo CFM e também pelos 27 conselhos regionais de medicina (CRMs), no 1° Encontro Nacional de Conselhos de Medicina 2013.
O senador Magno Malta (PR-ES), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Família Brasileira repudiou a manifestação do CFM. “Nós somos terminantemente contra. Somos a favor da vida. A concepção já é a vida e com três meses você vai tirar um feto aos pedaços para jogar no lixo. Nós não podemos conviver e nem aplaudir uma atitude como essa”, disse.
O senador também questionou a unanimidade da decisão do CFM, “a reação de médicos contra [o aborto] no Brasil é muito grande. É possível que esse congresso não tenha tido muita representatividade ou que não represente os médicos do Brasil, mas isso nós queremos discutir aqui na Casa”.
Malta disse ainda que vai enviar um ofício em nome da Frente pedindo a presença do presidente do CFM para participar de audiências públicas para discutir o tema tanto na Comissão Especial de senadores que analisa as mudanças no Código Penal, como na Comissão de Direitos Humanos do Senado.
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DIÁRIO DA MANHÃ

Ambulâncias às moscas
Município conta com 93 viaturas, 13 paradas em galpão de oficina mecânica. Faltam veículos e contingente de funcionários é deficitário

NAYARA REIS

Cerca de 13 ambulâncias estão paradas em Goiânia para conserto ou manutenção. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, atualmente existem 5 veículos no conserto. Além destes a média diária é de 8 ambulâncias em manutenção. No total a população conta com 39 ambulâncias sanitárias tipo A, ou seja, veículos que realizam o transporte eletivo (pacientes não graves). Desse total, 29 carros são de frota própria e, 10, locados.
A situação é caótica tendo em vista que as ambulâncias não atendem apenas as unidades de saúde, mas também buscam, para consultas e exames, pacientes idosos, pessoas que fazem hemodiálise e quimioterapia. Além do estado de conservação das ambulâncias, o número de veículos para atender a toda essa demanda é insuficiente.
Além da população, os motoristas das ambulâncias também estão reclamando quanto às suas condições de trabalho e situação dos veículos dirigidos por eles. Para os profissionais, o número de motoristas trabalhando não é suficiente o que causa excesso de trabalho e sobrecarga. Um dos motoristas da SMS que levaram a situação das ambulância a público e que preferiu não ser identificado relata a respeito. Para ele, o problema vai além do mau estado de conservação dos veículos. “Temos de fazer o dobro da correria, quando voltamos para o Cais, já existem seis pessoas esperando por nós, não paranos porque só existe uma ambulância” afirma. Para ele o trabalho fica ainda pior quando não há acompanhantes com os pacientes. “Ficamos conversando e ainda tenho que dar atenção aos pacientes e prestar atenção no trânsito, quando nossa função é dirigir.”
Segundo o motorista, a conservação dos veículos não ajuda em nada. “Eles têm uns oito anos de uso, lataria em péssimas condições, giroflex e sirene não funcionam. Tenho quase dois metros de altura e dentro de um carro com banco quebrado, me sinto um caco ao final do dia”, ressalta. Segundo ele, os consertos poderiam ser mais ágeis. “Se o pessoal quisesse mesmo, arrumava essas ambulâncias para amanhã”, diz.
O motorista ainda conta que enquanto as ambulâncias estão no conserto os motoristas não trabalham. “Para cada ambulância na oficina existe, por trás desse fato, quatro motoristas parados, a R$ 100 por dia que eles (SMS) pagam ao motorista parado, então se colocarmos os prejuízos no final do mês seria suficiente para comprar outras ambulâncias”, diz.
Quando os veículos estragam a informação é passada por eles à Central da SMS. “O procedimento, quando o veículo estraga, é ligarmos para a  Central da secretaria e eles mandam a divisão de transportes buscar ou o levamos até a oficina nós mesmos”, esclarece.
A responsável pela Divisão de Transportes da Secretaria Municipal de Saúde, Maxilânia Clemente Costa, discorre as prováveis soluções para o problema. “Nossa frota própria é constituida por 9 veículos ano 2005 –  oito anos de uso –  20 deles ano 2008,  – cinco anos de uso, – outras 10, terceirizadas, que quando estragam são substituídas solucionando o problema. O maior problema é o tempo de uso dos veículos”, diz.
Maxilânia explicou que há ainda dois veículos batidos em avaliação para definir se irão ou não ao conserto.” Talvez com o valor da manutenção a melhor opção não seja restaurar as duas ambulâncias, não compensa.”
Segundo Maxilânia, os motoristas são responsáveis por avisar a necessidade de consertos das ambulâncias, além de levá-las à oficina quando possível. “Avisam a Central, ela atende, aquilo que pedem para ser consertado é realizado, no entanto muita das vezes quando vão retirar o veículo não o conferem. Nem sempre aquele que entrega o veículo é quem busca, alguns carros ficam parados lá. Eles deveriam acompanhar o processo, se não foi executado o conserto, eles são avisados: não se pode retirar o veículo novamente”, explica. 
Em relação aos motoristas que ficam à espera do concerto das viaturas, ela explica que não é bem assim como afirmam:  “Na verdade isso acontecia antes, solicitavam algum conserto, pediam para ficar na unidade de saúde, com isso, de dez consertos diários passamos a 20”. Agora, segundo ela, quando a ambulância está no conserto, os motoristas são remanejados para outras unidades ou até mesmo para a divisão de transportes para cobrir férias ou licença de outros que não estejam trabalhando. “É por isso que eles estão reclamando”, ressalta.
Para ela, o quadro deve melhorar caso seja levado adiante o processo de licitação que prevê locação de  40 ambulâncias substituindo as atuais, antigas, que precisam de manutenção com grande frequência.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação