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DIÁRIO DA MANHÃ
Coluna Evidência
O Cebrom, referência no tratamento de pacientes com câncer, inaugura hoje, às 19 horas, o Cebrom Kids, especializado no atendimento a criança, que irá funcionar anexo à unidade-mãe, no Setor Leste Universitário.
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Tabu familiar
Nem todo tumor cerebral pode ser considerado câncer, mas todo câncer cerebral é um tumor, apontam médicos, descoberta é um baque na família
KARLA C. MARQUES
As estruturas familiares se abalam quando há descoberta de um caso de câncer entre um dos seus membros. A expectativa de vida da pessoa se resume apenas ao antes e depois do diagnóstico da estrutura tumoral. Os familiares evitam falar sobre o assunto e a moléstia se transforma em um tabu. Infelizmente, é o que a maioria das pessoas imagina. O jogador de basquete Oscar Schmidt teve uma notícia este ano que deixou a todos entristecidos, ele estaria com um tumor no cérebro, passados exames, foi feita a cirurgia e o início do tratamento envolvendo quimioterapia. O câncer retornou com um grau de agressividade maior que da primeira vez, a segunda cirurgia foi feita e as chances de cura do maior cestinha brasileiro decresceram. O tumor cerebral nem sempre é um câncer, mas o câncer na região do cérebro requer um pouco mais de cuidado devido à localização do tecido afetado e seu estágio.
De acordo com o dr. Paulo Porto de Melo, médico neurocirurgião e colaborador do Departamento de Neurocirurgia da Universidade de Saint Louis, introdutor e pioneiro da neurocirurgia robótica no Brasil, “desde que o ex-jogador Oscar Schmidt, maior figura do basquete brasileiro, foi operado de um tumor maligno no cérebro, em abril deste ano, muito tem se falado sobre o assunto. Oscar foi diagnosticado com um tipo de câncer chamado glioma, localizado na parte frontal esquerda do cérebro. A escala de agressividade desse tumor vai de 1 a 4, sendo o primeiro benigno e o quarto, o mais grave. No entanto, embora um diagnóstico de tumor cerebral pareça sempre assustador, é preciso ficar claro: nem todo tumor no cérebro é câncer”.
Todos os dias o corpo humano substitui milhares de células, elas se recompõem todos os dias, são diferentes na sua estrutura e especificidade, as únicas células que não são repostas, são as do tecido nervoso, os neurônio e gliócitos. Quando ocorre o aparecimento de uma célula cancerígena (modificada no processo de formação), o próprio sistema imunológico se encarrega de eliminar o corpo estranho, mas às vezes essas migram se ramificam, principalmente, em outras células glandulares, causando uma infestação pelo corpo está feito o processo de metástase, quando o câncer se espalha por todo o corpo. Antes da metástase o diagnóstico prévio auxilia no processo da cura, já quando este é tardio, pode ser tarde também para o paciente.
Em algumas localidades anatômicas do corpo humano o crescimento de um tumor, não causa sintomas – entre os órgãos da região abdominal, pois há expansão dos órgãos para que o tumor cresça, principalmente, nas mulheres nos casos de câncer de útero – e o câncer só é diagnosticado quando seu estágio de desenvolvimento é grande, ou seja, já houve ramificação. No caso dos tumores cerebrais, eles podem ser definidos em dois grupos: tumor cerebral primário, onde um grupo (massa) de células anormais se iniciou no cérebro, e tumor cerebral metastático, por um câncer que começou em outras partes do corpo e se espalhou para o cérebro. Eles são classificados de acordo com sua localização exata, tipo de tecido envolvido, se não são cancerosos (benignos) ou cancerosos (malignos).
O tumor cerebral é o crescimento anormal de células dentro do crânio que leva à compressão e lesão de células normais do cérebro. “Eles são mais perigosos porque, com o crescimento do tumor, outras estruturas do cérebro vão sendo comprimidas e com isso pode-se perder funções, como mover as pernas, ou ter a sensibilidade de um lado do corpo prejudicada”, explica o neurocirurgião.
É necessário esclarecer que o diagnóstico de um tumor cerebral não é uma condenação, e sim uma constatação. O dr. Paulo esclarece: “Em Medicina o termo ‘tumor’ pode determinar quase qualquer coisa. Se formos analisar com rigor, até uma espinha é um tumor porque apresenta um aumento de volume, ou seja, uma tumoração, em uma área que não deveria haver. Sendo assim, fica claro que tumor não é necessariamente câncer.”.
Tem-se a comprovação do diagnóstico através do exame neurológico realizado pelo médico (clínico) e por exames complementares, a ressonância magnética (localiza a posição da célula cancerígena) e a tomografia computadorizada, sem ou com contraste – na maioria dos casos o contrate é de iodo, permite maior visualização dos tecidos nervosos.
Melo explica que os sinais e sintomas dos tumores cerebrais são muito variados e dependem, principalmente, do local da lesão. Podem incluir dor de cabeça, convulsões, fraqueza ou dormência em um dos lados do corpo, alterações da fala e da consciência. Geralmente, os sinais e sintomas se desenvolvem lentamente, mas costumam ser progressivos, ou seja, vão piorando com o passar do tempo. “Às vezes pode haver nenhum sintoma com tumores que crescem lentamente, muitas vezes durante anos. Eventualmente, o tumor começa a exercer pressão sobre o cérebro e isso leva a dores de cabeça e convulsões.”
Mesmos que os tumores cerebrais não “evoluam” para o câncer, o crânio sendo uma “caixa fechada”, mesmo os tumores benignos do Sistema Nervoso Central (SNC) podem ser muito graves, pois comprimem estruturas vitais do cérebro.
“A palavra tumor assusta qualquer pessoa. Assusta mais ainda quando é no cérebro. Mas, felizmente, nos dias de hoje, o avanço da tecnologia e os conhecimentos desta doença trouxeram mais esperança para os pacientes e seus familiares”, garante Paulo Porto de Melo. “A melhor solução é procurar um neurocirurgião de sua confiança, ou referenciado por alguém que lhe inspire confiança, para que uma avaliação criteriosa seja feita e a história natural da lesão e opções de tratamento sejam claramente discutidas”, completa.
De qualquer forma as orações e as mensagens de motivação e superação para o honroso Oscar Schmidt são válidas e bem recebidas, um País inteiro que reza pela melhora e cura do grande jogador – na forma literária da palavra – e formidável homem.
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Careca tem cura?
Método promete acabar com problemas que atingem não só as cabeças de homens e mulheres. Barbas masculinas que possuem falhas podem mudar
JOAQUIM MUNDURUCA
A micropigmentação capilar fio a fio 3D é uma técnica revolucionária que promete ser a cura definitiva da calvície (alopecia androgênica) e da “pelada” (alopecia barbae) dois dramas estéticos que afligem a população masculina e que podem causar transtornos psicológicos importantes e baixa autoestima. A técnica que está literalmente fazendo a cabeça, a barba e o bigode de carecas, calvos e barbeados consiste na aplicação de uma tinta suave da cor do cabelo diretamente na região afetada com o auxílio de uma máquina semelhante àquela utilizada nas tatuagens convencionais. O resultado é fazer parecer existir cabelo onde não há sequer um único fio.
Ao contrário do cabelo, comum a homens e mulheres, a barba é um elemento natural diferenciador dos gêneros e em algumas culturas é denotativa de sabedoria, potência sexual, respeito, status social, excentricidade, pertencimento a certas religiões, a exemplo do islamismo, do judaísmo ortodoxo ou do hinduísmo, mas também falta de higiene. E entre os jovens tornou-se moda utilizá-la para invocar certa rebeldia contida ou como arma de sedução.
Diferentemente da queda total de cabelo e de pelos no corpo (alopecia totalis), a alopecia areata ou “pelada” ocorre em áreas arredondadas ou ovais bem delimitadas do couro cabeludo ou dos pêlos dos cílios, das sobrancelhas e da barba, por exemplo, acompanhadas em alguns casos de prurido ou queimação, além de placas no local afetado. Segundo especialistas, ela acomete 1% a 2% da população e afeta igualmente homens e mulheres de todos os grupos raciais e de todas as idades. 60% dos seus portadores são adolescentes. E quando a calvície se instala antes dos dois anos de idade, 55% das crianças evoluem para alopecia totalis. Ainda de acordo com os especialistas, os fatores genéticos responderiam por 10% a 42% dos casos. Outros 20% a 30% estariam associados à enfermidades de natureza imunológica, como tireoidites, diabetes, lúpus e vitiligo. Rinites e outras condições alérgicas seriam responsáveis por 40% dos casos, enquanto o restante derivaria do estresse ou da presença de microorganismos que inibem a formação ou lesam o folículo piloso (raiz do pelo).
De acordo com a dermatologista Maria Cláudia Trombin Ribeiro, o tratamento da alopecia areata é semelhante ao do vitiligo (despigmentação da pele), uma vez que ambas doenças têm as mesmas causas. “Ela pode ter causa fisiológica natural, genética, ou seja, o indivíduo tem menos ou mais pelos na barba e onde não há folículo piloso, não vai nascer pelo. Ou ser uma doença, e nesse caso não há uma causa definida e não há cura”, comentou a dermatologista. O tratamento nem sempre é recomendado pelos dermatologistas uma vez que há casos em que a doença tende a regredir espontaneamente ou a perda de cabelos e pelos torna-se irreversível.
Tratamento
Ainda de acordo com a dermatologista, para aqueles que sofreram queda de 55% dos pelos, há aplicações de injeções locais de derivados da cortisona repetidas a cada quatro ou seis semanas, uso tópico de cremes contendo corticosteróides (menos eficaz que a injeção, mas bastante empregada, especialmente em crianças), de soluções de minoxidil (que estimula a síntese de DNA e tem eficácia de 20% a 45% dos casos), de creme de antralina, de sensibilizadores de contato como o DNCB e o SADBE que podem estimular o crescimento do fio de cabelo e têm 80% de eficácia comprovada. O tempo de resposta do tratamento pode variar de três ou quatro semanas, até oito dependendo de cada paciente. Nos pacientes que tiveram queda rápida de cabelo, em área extensa e por longo tempo, excedendo seis meses de duração, o tratamento deve ser interrompido por apresentar resultado pouco satisfatório.
A alopécia barbae é um tipo de alopécia areata e consiste na perda de pelos súbita e temporária na barba. As causas permanecem desconhecidas para a medicina, contudo há teorias que assossiam o problema a doenças auto-imunes (produzidas pelo próprio corpo humano), ou por estresse e por traumas, apesar da falta de evidência científica. A esteticista Vanessa Silveira, diretora do Instituto Vanessa Silveira, de São Paulo, explica que com um procedimento similar ao da micropigmentação da careca é possível camuflar as falhas da barba com a implantação de pigmentos específicos na camada epidérmica da pele para obter uma sombra que irá se misturar com o cabelo do paciente. “Para aqueles que ainda possuem pelos, a proposta é simular a uma penugem e, para os muito calvos na barba, criar um efeito de barba raspada”, afirma a especialista.
O tratamento prevê a aplicação de anestesia local e traçado dos fios em 3D no tom do cabelo do paciente para se obter um resultado natural. Todo o procedimento tem duração de uma a duas horas por sessão e a cicatrização dura em média 30 dias. Ela lembra que o tratamento não tem efeitos colaterais que possam ir além de uma pequena sensação de formigamento, dada a sensibilidade do local. “Não importa o estágio de calvície da barba em que o homem se encontre, mesmo naqueles sem pelos, a micropigmentação capilar é sempre eficaz” afirma Vanessa Silveira. Pessoas alérgicas a substâncias, hemofílicas e diabéticas devem procurar um médico antes de iniciar o tratamento.
Tatuagem
Alguns especialistas, contudo, ainda veem o tratamento estético da micropigmentação com algumas reservas. “Não indico a micropigmentação da barba para os meus pacientes. O implante de cabelo na barba não é usual e o resultado estético não é bom, uma vez que a tintura aplicada nesta região dá um aspecto artificial de tatuagem, parecendo que foi pintada. Nas sobrancelhas, além de ser mais comum, o resultado é muito melhor”, afirmou a dermatologista Maria Cláudia Trombin Ribeiro.
O príncipe dos cabeleireiros de Goiânia, Ruimar Ferreira disse ao Diário da Manhã que não conhecia a técnica, e que a barba é diferente do cabelo, e que portanto tem cuidados específicos. “Cabelo você deixa crescer, corta e pinta. Dá pra fazer muitas coisas. No caso da barba é mais difícil. Ela está no rosto e é a primeira coisa que se nota no homem. Se ela é falhada, se os pelos caem, não há paliativos. O melhor é se barbear com uma boa lâmina a cada uma ou duas semanas ou deixá-la o mais curta possível”, opinou.
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Como evitar amputação
Hospital público mostra tratamento de excelência: trabalho visionário e humano
Da assessoria
“Cheguei de chinelos. Arrastando os pés. E agora posso calçar um sapato”, diz, emocionado, o aposentado Adealdo Pereira dos Santos. Ele conta como recobrou a esperança de cura de uma enfermidade na pele que foi tratada por equipe multidisciplinar do Hospital de Dermatologia Sanitária (HDS), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).
Com diagnóstico de uma úlcera ocasionada por complicações vasculares, Adealdo sofreu por anos com uma ferida que não cicatrizava.
Já Zita Meireles Mendes, dona de casa, que chegou ao hospital com diagnóstico de amputação recebeu alta com apenas dois meses de tratamento. “Foi Deus Quem iluminou essa equipe e hoje estou sarada”, comemora Zitao fim de uma história de sofrimento.
Feridas, machucaduras que não cicatrizam em decorrência do diabetes, complicações vasculares e úlceras são as maiores causas de amputação de membros no mundo, segundo o doutor em epidemiologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Ivan Maciel.
Médico titular do HDS, uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde, Ivan diz que credita os casos de sucesso da unidade ao tratamento diferenciado oferecido aos pacientes.
“O que temos aqui é obediência a protocolos internacionais preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Sociedade Brasileira de Tratamento Avançado de Feridas (Sobratafe)”, explica.
O histórico de pacientes desenganados que chegamao HDS fadados à amputação é relevante. Assim como a reversão desse quadro onde muitos são curados de feridas muito profundas. “Utilizamos aqui curativos modernos, medicamentos de ponta, além de treinamento técnico específico. Condição indispensável para o êxito do tratamento”, explica Ivan.
Pacientes de outros Estados, inclusive, têm procurado o HDS como último recurso para alcançar a cura de suas enfermidades. “Fazemos um trabalho especializado porque usamos insumos de alta qualidade”, explica Ivan.
O especialista relata que o custo benefício desse procedimento e excelente haja vista que pacientes que passam anos, até mais de 30, em tratamento dessas doenças com produtos ineficazes, podem curar-se em trinta dias, com um bom produto de mercado. “A nossa próxima etapa será a busca por curativos à vácuo e uso de Câmara Hiperbárica (que trata a ferida com emissão de oxigênio)”, explica.
Esse tratamento, conhecido como oxigenioterapia utiliza o oxigênio sob pressão como medicamento. Uma vez melhor tratadas com oxigênio, as células chamadas fibroblastos voltam a ter a sua função normalizada, com consequente estímulo na formação de novos capilares sanguíneos, aumento da ação bactericida e bacteriostática dos antibióticos, e formação de células responsáveis pela estrutura da pele.
Isso culmina com a aceleração de cicatrizações e melhora o combate as infecções, além de aumentar a eficácia de determinados antibióticos.
Desta forma, o equipamento pode auxiliar a reduzir ou até mesmo evitar procedimentos cirúrgicos mutilantes e excessivos, proporcionando uma recuperação mais rápida e com melhores resultados clínicos.
“Estamos em busca, também, de parcerias para cirurgias de enxerto que reduzem o tempo de resolução da ferida de 6 meses para 40 dias. Além da internação aqui no HDS de pacientes mais graves que precisam de acompanhamento terapêutico regular”, diz.
Todo esse cuidado tem como principal objetivo aliviar a angústia de pacientes que muitas vezes já se encontravam esquecidos. A equipe do HDS é formada por especialistas em Endocrinologia; Oftalmologia; Cardiologia; Geriatria; Ortopedia; Psiquiatria; Cirurgia Geral; Psicologia e Serviço Social.
ARTE SUPERA
DORES sofridas
Arte em cores, amparo psicológico e técnicas avançadas em tratamento de feridas dermatológicas são ferramentas poderosas na cura de doenças
O uso das cores e da arte como meio para superar processos dolorosos foi o caminho encontrado pelo pintor e artista plástico, Tadeu de Oliveira, 44, para vencer as sequelas deixadas pela hanseníase.
Morador da antiga Colônia Santa Marta, em Goiânia, Tadeu, cujo destino seria a reclusão para tratar a doença, encontrou na Casa Viva – unidade Terapêutica do Hospital de Dermatologia Sanitária Santa Marta (HDS) da Secretaria de Estado da Saúde (SES) – um alento para as dores que sofria com os curativos e autoestima para driblar o preconceito que ainda resistia em relação à enfermidade.
“Antigamente a internação para quem tinha ‘hansen’ era compulsória. Você não tinha escolha. Era obrigado a isolar-se nas colônias para tratamento. Cheguei aqui sem rumo. Mas foi com os pincéis e telas que retomei minha dignidade e descobri uma profissão”, diz.
Atualmente, pacientes que são acometidas por essa enfermidade podem ser tratadas em casa. Isso porque a pessoa que está em tratamento não corre o risco de contaminar outras.
O espaço terapêutico Casa Viva conta com trabalho de reabilitação de pacientes que já foram amputados em consequência da enfermidade e com pacientes de outros tipos deferimentos no HDS. Na terapia psicológica e ocupacional usa-se muita guache, tinta a óleo, itens de decoração e tapeçaria, que dão o tom do lugar.
Tadeu trabalha com arte e retira dela o sustento para casa. Pinta com talento e cores vivas retratos e outras obras. “Tenho influência do artista Paul Cezanne, gosto da geometria dele”, diz. Já o expressionismo de Salvador Dali pode ser reconhecido em sua arte com as pinceladas de cores vivas.
Foi na Casa Viva que Tadeu e outros pacientes venceram o medo da incapacidade e as dores provocadas pelo tratamento. “Fazer os curativos era doloroso. Mas o envolvimento com meu trabalho tirava de mim “o foco” daquela ferida e me ajudava a vencer a doença.
Para o grupo de psicólogos que trabalham há mais de 20 anos no HDS a terapia em grupo traz ao paciente um outro significado para a vida. Isso porque ele canaliza energia para a arte. E o prazer em criar algo novo os ajuda a suportar melhor a dor do tratamento que pode levar dias ou até meses.
“Se esse paciente recebe uma massagem terapêutica e participa, nas reuniões,da dor do outro, ele adquire força eesperança em cicatrizar a doença que o aflige”, diz a psicóloga Margareth de Morais, terapeuta de grupo.
Para o psicólogo, Lindomar Tomé Lopes, a terapia por meio da arte permite que o paciente encontre equilíbrio emocional para vencer as dores e poder chegar ao final do tratamento com sucesso. “Também trabalhamos a respiração como forma de alívio desse sofrimento. Quanto mais relaxada a pessoa fica, mais equilíbrio terá para suportar a dor”, explica.
A terapia com arte ou “Arteterapia” tem como base a crença de que o processo criativo envolvido na atividade artística é terapêutico e enriquecedor da qualidade de vida das pessoas.
Por meio do criar em arte o indivíduo aumentar a autoestima, lida melhor com sintomas, estresse e experiências traumáticas, além de desenvolver recursos físicos, cognitivos, emocionais para desfrutar do prazer vitalizador do fazer artístico.
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O HOJE
Consumo de drogas psicoativas aumentou mais de 50%
O uso de novas substâncias psicoativas aumentou mais de 50% entre os anos de 2009 e 2012
Enquanto o consumo de drogas ilícitas se mantém estável em todo o mundo, o uso de novas substâncias psicoativas aumentou mais de 50% entre os anos de 2009 e 2012, informa relatório mundial sobre drogas divulgado hoje (26) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).
Na América Latina, o uso das novas substâncias psicoativas, substâncias manipuladas recentemente ou já existentes mas consumidas de forma diferenciada, ainda é menor que na América do Norte e na Europa.
O Brasil registrou o surgimento de três tipos dessas substâncias em seu mercado, informa o relatório. O documento acrescenta que o consumo no Brasil de substâncias à base de plantas, metanfetaminas, medicamentos com propriedades analgésicas e anestésicas, tomadas em doses elevadas, tem efeito alucinógeno.
O representante do Unodc, Rafael Franzini, alertou que essas substâncias psicoativas surgem com grande velocidade e são vistas por muitos como pouco prejudiciais. “Essas novas substâncias psicoativas são consumidas de forma pura ou preparadas e representam ameaça à saúde pública. Diz-se que o consumo dessas substâncias é seguro, mas a realidade é muito diferente”, disse.
O coordenador-geral de Repressão a Drogas da Polícia Federal, Cézar Luiz Busto, disse que a Polícia Federal tem identificado novas substâncias psicoativas antes mesmo de sua chegada ao Brasil por meio da troca informações com polícias da Europa, o que permite uma melhor prevenção à entrada no país. Segundo ele, essas substâncias têm sido incluídas na lista de elemento de entrada proibida.
Enquanto o uso da cocaína diminuiu ou se manteve estável em muitos países sul-americanos, no Brasil houve aumento, segundo o relatório da Unodc. O país também foi apontado no texto como ponto de trânsito para remessa de cocaína a países da África e Europa em decorrência das fronteiras com grandes produtores de cocaína com Peru, Bolívia e Colômbia.
O titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça, Vitori Maximiano, explicou que o crescimento do consumo de cocaína é motivado pelo crack e lembrou que o governo brasileiro tem um programa, o Crack É Possível Vencer, para buscar combater o problema. “Temos realizado políticas consistentes em parceria com estados, municípios e sociedade civil para combater esses índices negativos do uso da cocaína. E temos ações estratégicas na área de segurança que deverão produzir os resultados que desejamos”.
Cézar Luiz relatou que o Brasil tem acordos de cooperação com os países citados, mais o Paraguai, para investigação e combate ao tráfico de cocaína que já resultou na apreensão de traficantes. “Somente com ações integradas e confiança entre governos e instituições policiais é possível avançar no combate à oferta de drogas”, considerou.
No caso da maconha, o número de casos de apreensão da droga no Brasil foi praticamente o mesmo em 2010 e 2011 com 885 e 878 casos, respectivamente. A quantidade, no entanto, cresceu, passando de 155 toneladas em 2010 para 174 toneladas em 2011.
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JORNAL OPÇÃO
Entidades médicas defendem a sanção do Ato Médico
Para o presidente do Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) e coordenador da Comissão Nacional de Defesa da Regulamentação da Medicina, Salomão Rodrigues Filho, a aprovação do projeto de lei que regulamenta o exercício da medicina no Brasil, popularmente conhecido por Ato Médico, representa uma vitória da classe médica, que ao longo dos últimos anos esteve mobilizada em prol da regulamentação da profissão, e uma conquista da sociedade, que agora saberá com clareza a competência de cada profissional de saúde.
A medicina é a única das 15 profissões da área da saúde ainda não regulamentada. O Ato Médico, aprovado pelo Plenário do Senado no dia 18 de junho, tramitava no Congresso Nacional desde 2002 e foi amplamente debatido com representantes da classe médica, das outras profissões da área da saúde, com parlamentares e com a sociedade.
“O texto beneficia os médicos, a população e foi aprovado consensualmente e sem afetar as outras profissões”, afirma Salomão Rodrigues Filho. A senadora goiana Lúcia Vânia (PSDB), relatora do projeto, afirma que “o texto foi finalizado com a participação de especialistas encaminhados por todos os conselhos federais, discutindo-se palavra por palavra e vírgula por vírgula”.
As entidades médicas esperam, agora, a sanção do projeto aprovado no Senado e que define quais são as atividades exclusivas dos médicos.
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"O Ato Médico trata de vidas, e não de agradar a alguém”, diz Lúcia Vânia
A senadora, presidente da Comissão de Assuntos Sociais e relatora do projeto que regulamenta a atividade médica no país, fala sobre o Projeto de Lei nº 268
Caroline Almeida
Aprovado pelo plenário do Senado no dia 17 de junho, o Projeto de Lei nº 268, de 2002 (nº 7.703, de 2006, na Câmara dos Deputados), popularmente chamado de Ato Médico, ainda causa polêmica. O texto, que regulamenta o exercício da Medicina e estabelece atividades que serão privativas dos médicos e as que poderão ser executadas por outros profissionais de saúde, tem sido alvo de muitos manifestantes nos últimos protestos realizados Brasil afora.
Relatora do projeto, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) falou ao Opção Online sobre a proposta, que há quase 12 anos tramitava pela Casa. Segundo a peessedebista, que também é presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o atual texto conta com um trabalho de dois anos de estudo sobre as necessidades das 14 profissões que abrange: assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física, psicólogo, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia, além dos próprios médicos.
Devido ao tempo de movimentação entre Câmara e Senado, o projeto sofreu diversas modificações desde seu início. Muitas delas na intenção de retornar à sua forma original, que muito se aproxima do texto final aprovado pela CAS na última semana.
Tendo assumido a relatoria da CAS, a qual preside, a tucana não considera uma conquista individual a obtenção da aprovação, mesmo após muito tempo em trâmite. “Não vejo a aprovação como realização pessoal. Vejo apenas como mais uma de minhas funções”. E completa: “Existem pontos delicados, pois se trata de vidas, de pacientes. Não se trata de agradar alguém”.
Abordada sobre os questionamentos vindos dos demais profissionais da saúde, como psicólogos e fisioterapeutas, de que o Projeto de Lei representaria a criação de reserva de mercado, Lúcia Vânia declarou que a intenção é, na verdade, resguardar as funções e regulamentar a atuação médica, sem influenciar nas demais áreas. Alguns dos procedimentos reclamados por outras áreas, diz a tucana, não são devidas às mesmas, segundo seus próprios regulamentos. Exemplo disso, completa, é a formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição terapêutica, constantes como atividades privativas do médico no inciso I do artigo 4º.
Para a senadora, o fato causador das polêmicas ao redor do tema é a desinformação, tanto pela ausência de leitura do texto quanto pela falta de compreensão, ocasionada pelo seu caráter técnico. Um dos pontos destacáveis e que está sendo ignorado pela população, para a relatora, é o aspecto multidisciplinar da ação, que não quer isolar os profissionais, mas, sim, interligar suas características.
A senadora se posicionou de forma neutra quanto às suas expectativas em relação à resposta da presidente Dilma Rousseff (PT). “Embora o Ministério da Saúde tenha participado das audiências, pode haver alguma questão que a presidente ache pertinente vetar”.
O projeto obteve aprovação quase unânime, exceto pela contrariedade do senador Aloysio Nunes Ferreira, de São Paulo, copartidário de Lúcia Vânia. O Ato Médico deverá passar por sanção presidencial dentro de 15 dias, contando desde a data da aprovação, no último dia 17.
A leitura, na íntegra, do Projeto de Lei pode ser realizada na página de tramitações do Senado (cliqueaqui).
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SAÚDE BUSINESS WEB
Leandro Reis Tavares é reconduzido à diretoria da ANS
Na tarde de terça-feira (25/06) o médico cardiologista Leandro Reis Tavares tomou posse como diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Leandro Reis Tavares foi reconduzido à Diretoria Colegiada da Agência, para exercer mandato de três anos, por meio de decreto assinado pela presidente da República, Dilma Roussef, publicado no Diário Oficial da União.
Em 22/05/2013, sua indicação foi aprovada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado e em 5/06/2013 aprovada também no Plenário do Senado.
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Governo vai criar 35 mil vagas para médicos no SUS
Até 2015, serão criadas 35 mil vagas para médicos no Sistema Único de Saúde (SUS), informou nesta terça-feira (25/06) o Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, os postos serão abertos com investimentos do Ministério da Saúde. O número pode crescer com as verbas na área aplicadas pelos estados e municípios para ampliar a rede de atendimento.
Para preencher as vagas, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que é preciso formar mais médicos no país e também citou a contratação de médicos estrangeiros como alternativa. “O Brasil precisa de mais médicos, e mais médicos especialistas como pediatras, psiquiatras, anestesiologistas”, disse. Em entrevista coletiva, o ministro anunciou a abertura de 12 mil vagas de residência médica até 2017.
O ministro divulgou também um balanço do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que estimula a ida de médicos para o interior do país e tem, atualmente, 3,5 mil profissionais atuando na atenção básica à saúde. O programa destinou 39% dos profissionais para a periferia das capitais e regiões metropolitanas, 28% para zonas rurais e com índices de pobreza intermediária e elevada, 10% para municípios com mais de 100 mil habitantes e 22% para a periferia de cidades do interior de porte médio.
O Provab terá uma nova chamada para mil enfermeiros e 500 dentistas. No caso dos enfermeiros, a prioridade será para capitais e regiões metropolitanas com população superior a 100 mil habitantes. No caso dos dentistas, a prioridade será as áreas com níveis de pobreza intermediária e elevada e com população na zona rural.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação