Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/09/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Lula planeja nova versão do Mais Médicos sem participação de cubanos

ANS suspende comercialização de 70 planos de saúde

Goiás chega a 457 casos da varíola dos macacos

Clínicas ameaçam reduzir serviços de diálise no SUS

Cuidados odontológicos na UTI reduzem risco de morte durante internação

O GLOBO

Lula planeja nova versão do Mais Médicos sem participação de cubanos

Programa original, no governo Dilma, foi marcado pela vinda de profissionais estrangeiros. Petista diz que Ciro ‘colhe o que planta’

Em caso de vitória, o PT pretende retomar o Mais Médicos, programa desenhado para suprir a carência de profissionais da saúde em cidades periféricas e no interior do país. Desta vez, porém, a política pública irá priorizar médicos brasileiros, segundo integrantes da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva.

Na primeira versão, em 2013, a ação ficou marcada pela contratação de médicos cubanos. Intermediada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a chegada deles virou alvo de críticas de profissionais que atuavam no país, mas foi fundamental para a existência da política chegaram a responder por 80% da participação.

A avaliação de petistas é de que agora o Brasil possui maior quantidade de médico por habitantes do que em 2013: era 1,9 médico por mil habitantes e, hoje, a média é 2,5.0 entendimento é de que com novos médicos, o país conseguiu assegurar a capacidade de renovar o setor, mas ainda há o desafio de fixar médicos em áreas remotas. Números da campanha mostram maior déficit no Norte e Nordeste.

– O desafio é como fazer com que os médicos brasileiros, que são formados no Brasil, possam ir atender exatamente o povo que mais precisa – diz o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ministro da Saúde à época do programa e aliado de Lula.

– (Temos que) pagar bons salários, garantir que o médico tenha condição razoável e não passe muito tempo no lugar onde as condições de vida não são fáceis. (Vamos analisar) moradia, algum tipo de bônus adicional. Mas isso vamos desdobrar quando for montada equipe de transição – diz o senador Humberto Costa (PT-PE), responsável por organizar os dados da saúde para a campanha.

Onde não for possível preencher com médicos formados no Brasil, o PT pretende procurar profissionais de fora. Segundo o médico Flávio Barreto, da Associação de Médicos Brasileiros Formados no Exterior, cerca de 16 mil profissionais que estudaram fora do país estão dispostos a exercer a profissão no Brasil. Desse total, a maior parte é de médicos brasileiros formados escolas estrangeiras. Outra parcela, menor, é de outros países que estão dispostos a trabalhar no Brasil. Barreto critica o formato do Revalida, aplicado para liberar a prática de quem não é formado no país.

– O objetivo desse exame não é cumprido. É utilizado como excludente. A taxa de aprovação é baixíssima.

Neste sentido, o PT também prevê uma readequação:

– Temos que fazer cumprir um Revalida justo, correto. Seguir o que está na lei que aprovamos no Congresso Nacional, que aconteça pelo menos duas vezes por ano um Revalida justo – diz Padilha.

Em abril, o governo Bolsonaro trocou o programa de nome e lançou o “Médico pelo país”, com alocação de 529 médicos em 24 estados. Na campanha, a equipe de Lula passou a criticar que Bolsonaro “destruiu o Mais Médicos”.

DIÁLOGO COMO PDT

Antes de encontro com artistas e intelectuais, ontem, em São Paulo, Lula abriu possibilidade para diálogo com o PDT e Ciro Gomes em eventual segundo turno. O petista foi questionado sobre o pronunciamento de Ciro, em que reafirmou que não desistirá.

– Sinceramente não sei o conteúdo do pronunciamento do Ciro, mas acho que ele tem surtado ultimamente. Ele é muito mais importante do que o que ele está fazendo – afirmou. – Talvez o Ciro esteja colhendo o que plantou. Quem planta vento, colhe tempestade.

Lula reafirmou ainda o desejo de liquidar a disputa no primeiro turno:

– O PDT sabe o que faz. O Ciro sabe o que faz. Essa campanha está prestes a terminar no primeiro turno. Se acontecer o segundo turno, vamos tentar conversar com outras forças políticas. Agora, a gente só conversa com quem quiser conversar. Se o Ciro quiser conversar, nós conversaremos. Mas a conversa não é pessoal, é entre partidos.

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AGÊNCIA BRASIL

ANS suspende comercialização de 70 planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de 70 planos de saúde devido a reclamações relacionadas à cobertura assistencial. A punição divulgada pela agência regulatória tem como base os resultados do Monitoramento da Garantia de Atendimento do segundo trimestre de 2022. 

A suspensão começa a valer a partir do dia 30 de setembro e só será revertida se as operadoras apresentarem melhora no resultado do monitoramento do próximo trimestre. Segundo a agência, os planos somam 1,6 milhão de usuários, que permanecem cobertos. 

A lista dos planos com comercialização suspensa pode ser consultada no site da agência, assim como a lista dos 40 que tiveram sua comercialização liberada por terem apresentado melhora de desempenho após um período de suspensão.

No relatório, a ANS considerou 37.936 reclamações realizadas no período de 1º de abril a 30 de junho. As queixas se referem ao descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames e cirurgias ou negativa de cobertura assistencial. 

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A REDAÇÃO

Goiás chega a 457 casos da varíola dos macacos

Goiás registrou 4 novos casos da varíola dos macacos em um dia, conforme consta no boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta segunda-feira (26/9).  Com as atualizações, o território goiano chega a 457 infecções pela doença.  

De acordo com a Saúde estadual, os pacientes têm entre 11 meses e 64 anos de idade. Além disso, 403 casos são investigados para saber se há alguma relação com a doença. De acordo com a SES-GO, não há registro de mortes pela varíola dos macacos em cidades goianas.

Goiás é o quarto Estado brasileiro com maior número de infecções pela monkeypox, atrás apenas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Na região Centro-Oeste do país, Goiás lidera com a maior incidência de casos da varíola dos macacos.  

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O ESTADO DE S.PAULO

Clínicas ameaçam reduzir serviços de diálise no SUS

Atenção básica

_ Gestores de unidades particulares reclamam de defasagem de valores pagos pelo governo; ministério destaca que a gestão é compartilhada

PEDRO NAKAMURA

Três vezes por semana, a pensionista Leda Kani, de 8i anos, vai até Perdizes, na zona oeste da capital paulista, para fazer sessões de diálise em uma clínica privada à custa do Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma rotina desgastante”, conta. Ela começou o tratamento em 2020, após oito anos com problemas nos rins. “Todo o malestar que eu sentia não sinto mais”, diz.

O valor pago pelo SUS, porém, é insuficiente para custear a hemodiálise de 112 mil pacientes da rede pública que, como Leda, são atendidos em clínicas privadas. Hoje, unidades particulares já falam em fechar ou reduzir vagas, se não houver reajuste neste repasse.

O setor pressiona o poder público por adicional de até 47% aos R$ 218 remunerados hoje pela sessão do tratamento, valor que é integralmente custeado pelo Ministério da Saúde na maioria das unidades da federação. Pelo menos três Estados – Rio, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul – ainda complementam o valor.

No Distrito Federal, unidades médicas têm solicitado redução de até 25% na quantidade de atendimentos à rede pública. Já a Sociedade Gaúcha de Nefrologia enviou carta ao governo estadual relatando que as clínicas não terão “condições básicas” de atender novos pacientes ou fazer consultas a partir de outubro.

A maior rede de diálise do Brasil, a DaVita, com 91 unidades em 15 Estados, também ameaça abandonar o SUS e exige do poder público a sinalização de reajuste até o mês que

vem – a multinacional atende cerca de 14 mil pacientes do SUS, cerca de 10% dos pacientes em diálise no País. O administrador Bruno Haddad, CEO da DaVita, nega lobby. “Estamos, de forma responsável, avisando da situação há mais de seis meses, de forma antecipada e pedindo ajuda.”

Diferença por EstadosEnquanto o setor pede recomposição de R$ 103 em São Paulo, 0 incremento seria de R$ 74 na Paraíba

CRISE. São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul enfrentam a maior defasagem em relação à tabela paga pelo Leda Kani começou tratamento em 2020, após 8 anos. ‘Todo o mal-estar que eu sentia não sinto mais’

Ministério da Saúde, entre 44% e 47%, conforme a Associação Brasileira de Clínicas de Diálise e Transplantes (ABCDT). “Como as clínicas estão com menor saúde financeira, têm menos recursos até para manter a qualidade de vida dos pacientes. Há mais pessoas sendo internadas por infecções de acesso vascular e outros problemas que antes eram melhor resolvidos”, alerta o médico Dirceu Reis, que preside a Sociedade Gaúcha de Nefrologia.

As diálises são terapias que substituem as funções de um rim deficitário e cerca de 112 mil pacientes do SUS com doenças renais crônicas dependem de clínicas particulares para o tratamento, diz a ABCDT, que culpa a inflação, o dólar e o alto preço dos insumos, em sua maioria importados, pela asfixia do setor. A iniciativa privada gere dois terços dos 1.325 estabelecimentos que prestam o serviço à rede pública do País, conforme dados coletados pela reportagem no DataSus, do Ministério da Saúde. “As clínicas, nessa situação, não investem na manutenção da qualidade dos serviços, como a troca periódica de equipamentos, que vão desde ar-condicionado até a própria máquina de diálise, além do reaproveitamento de insumos. Tem um círculo vicioso porque a manutenção de uma máquina mais velha custa mais”, explica o nefrologista Yussif Ali Mere, presidente da ABCDT, que teme ver unidades irem à falência pela verba insuficiente. De 2016 até agora, foram 40, estima a associação.

No fim de 2021 e após cinco anos sem reajustes, o ministério chegou a incrementar o valor pago pela hemodiálise em o tamanho do problema

Cerca de 112 mil pessoas com doença renal crônica dependem de clínicas particulares para se tratar 12,5%, de R$ 194 para R$ 218, mas o repasse foi incapaz de cobrir os custos que cresceram no período e continuam a aumentar, diz Ali Mere.

Isso tem intensificado casos de internação hospitalar para a realização de diálise de pacientes com doenças renais que não encontram vagas em clínicas, segundo Dirceu Reis. “Na última semana, havia dez internados só no hospital de referência em que trabalho”, diz o médico, de Porto Alegre. Ao Estadão, a Secretaria da Saúde gaúcha admitiu o problema, mas afirmou que há vagas. “Se não for possível em seu serviço de referência, (o paciente) é encaminhado para outro.”

PRESSÃO. O aumento insuficiente do ministério fez com que o setor mirasse as secretarias estaduais. Apesar de o déficit estar na casa dos 39% na média nacional, o custo real da hemodiálise varia entre R$ 293 e R$ 321, a depender do Estado, estima a ABCT. Enquanto o setor pede recomposição de R$ 103 por sessão em São Paulo, o incremento reivindicado é de R$ 74 na Paraíba. “Ou o setor abre uma mesa nacional com o Ministério da Saúde e solucionamos nacionalmente, ou vamos fragmentar discussões”, critica o médico sanitarista Nésio Fernandes, secretário de Saúde do Espírito Santo e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

Em nota, o Ministério da Saúde disse repassar mensalmente recursos financeiros a todos os Estados e municípios. “Em 2022, até agosto, foram mais de R$ 36,3 bilhões”, argumenta. “Vale lembrar que o financiamento do SUS é tripartite, cabendo participação de Estados e municípios.”

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AGÊNCIA EINSTEIN

Cuidados odontológicos na UTI reduzem risco de morte durante internação

Cada vez mais os estudos comprovam a relação entre a saúde bucal e a saúde geral dos pacientes; presença do dentista nos hospitais é essencial

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

Pode parecer desnecessário ao senso comum, mas cuidar da saúde bucal de um paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) melhora o quadro sistêmico do doente, tem impacto direto na sua recuperação e também reduz o risco de mortalidade durante a internação. Um estudo realizado em duas UTIs do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, reforçou que a higiene bucal adequada associada ao tratamento odontológico desses pacientes reduziu em 21,4% o risco de mortalidade. Os resultados foram publicados no American Journal of Infection Control.

Apesar de ainda ser algo relativamente novo, a odontologia hospitalar é reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia como área de atuação desde 2015 e está se consolidando cada vez mais como uma medida fundamental no tratamento dos pacientes internados, especialmente os entubados. “É cada vez mais frequente a publicação de estudos que comprovam e reforçam a relação da saúde bucal com a saúde geral. As evidências são cada vez mais fortes”, diz a cirurgiã-dentista Letícia Mello Bezinelli, coordenadora do Serviço de Odontologia Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein.

O estudo da USP Ribeirão foi realizado em duas UTIs: uma delas UTI geral clínico-cirúrgica, que recebe pacientes com doenças crônicas descompensadas ou em pós-operatório, e outra especializada em emergências, que atende pacientes que sofreram algum politraumatismo, por exemplo. A intervenção foi realizada em 2019 e a análise comparativa dos dados foi de 2016, 2017 e 2018 nas mesmas unidades para avaliar se a implementação da intervenção odontológica teria algum impacto.

De acordo com a pesquisa, na UTI clínico-cirúrgica, a mortalidade caiu de 36,28% para 28,52% após a intervenção, o que significa uma redução de 21,4%. Na UTI de emergência a redução da mortalidade não foi estatisticamente significativa e, segundo os pesquisadores, uma possível explicação seria a diferença do perfil dos pacientes atendidos.

Porta de entrada de vírus e bactérias

A nossa boca é uma das principais portas de entrada de vírus, bactérias e outros microrganismos no corpo humano. Nos pacientes internados em UTI sob ventilação mecânica, a sedação e a presença do tubo orotraqueal propiciam a ocorrência de aspiração do conteúdo da cavidade oral para a árvore pulmonar, o que aumenta o risco de pneumonia associada à entubação.

Segundo Letícia, após um período no ambiente hospitalar a flora bucal muda e as bactérias se tornam mais patogênicas (com mais poder de causar doenças). No paciente de UTI, o risco de algum problema é maior porque as bactérias se adaptam muito bem à supercífie do tubo.

“Se a higiene bucal desse paciente não for feita de maneira adequada, o risco dele desenvolver uma pneumonia é altíssimo”, ressalta a cirurgiã dentista, destacando que existem critérios de elegibilidade para atendimento dos pacientes internados, mas todo paciente entubado no Einstein é acompanhado diariamente pela equipe de odontologia hospitalar.

O que é avaliado?

Engana-se quem pensa que o atendimento odontológico hospitalar se resume à limpeza da boca ou dos dentes do paciente. Os dentistas avaliam, por exemplo, se o paciente tem alguma doença periodontal, se tem algum dente fraturado que possa ser aspirado, se tem algum sangramento, avaliam a presença de fissuras que possam evoluir para alguma lesão nos lábios, se o paciente usa alguma prótese, se existe alguma cárie, entre outros fatores.

“Nem sempre as condições odontológicas do paciente são boas. E o nosso olhar tem o objetivo de identificar fatores que possam agravar a doença do paciente ou dificultar a recuperação dele. Por isso é fundamental que o cirurgião-dentista esteja devidamente capacitado, corroborando também para que a equipe de enfermagem receba treinamento adequado sobre como fazer a higienização oral e a importância disso para o paciente”, finalizou.

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Assessoria de Comunicação