Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/09/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde em alta

Novo símbolo de status entre famosos e endinheirados é realizar uma ressonância de corpo inteiro, mas médicos criticam; entenda

Monitor mata paciente sufocado após agressões físicas em clínica de reabilitação, diz polícia

Mãe de psicóloga que morreu após passar mal em exame cobra conclusão da investigação após 9 meses: ‘Perda irreparável’

Médicos são indiciados após morte de pacientes

Auramedi firma contrato de R$ 285,8 milhões com o Ministério da Saúde

CDI Premium recebe certificação ONA 3

Saúde alerta para onda de calor em Goiás e dá dicas de prevenção

Goiás testará modelo de programa com fila única para cirurgias eletivas

Navegação de pacientes: um norte para aprimorar os cuidados com o câncer de mama no Brasil

Saúde: governo anuncia plano de investimento de R$ 46 bilhões até 2026

Gestão hospitalar: como processos organizados ajudam no crescimento das instituições

BLOG DO PCO

Planos de saúde em alta


O número de beneficiários de planos de saúde no país chegou a 50,7 milhões em maio deste ano, um crescimento de 2,41% em relação a maio de 2022. Os usuários são atendidos por 680 operadoras de planos que, em 2022, autorizaram cerca de 1,6 bilhão de procedimentos, entre consultas, exames e cirurgias. Os procedimentos foram realizados em 173,1 mil estabelecimentos de saúde que atendem os planos privados no país. As 32 empresas analisadas tiveram, em 2022, receita líquida de 123,2 bilhões de reais, 15,28% mais do que em 2021 – 106,9 bilhões de reais. O lucro líquido foi de 23,2 bilhões de reais; e a margem, de 18,8%.

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O GLOBO

Novo símbolo de status entre famosos e endinheirados é realizar uma ressonância de corpo inteiro, mas médicos criticam; entenda


O novo símbolo de status entre famosos e endinheirados é realizar uma ressonância de corpo inteiro como check-up. Nos últimos meses, imagens de celebridades e influenciadores sentados em frente a uma máquina de ressonância magnética, vestindo uma espécie de uniforme, começaram a aparecer nas redes sociais com frequência.

A mais emblemática talvez tenha sido a publicação de Kim Kardashian. Na foto, ela aparece de chinelos, na pose descrita acima, para seus 364 milhões de seguidores, com a legenda “a ressonância magnética da Prenuvo tem a habilidade de detectar câncer e doenças como aneurismas em estágios iniciais, antes que os sintomas apareçam. (…) Realmente isso salvou a vida de alguns dos meus amigos e eu apenas queria compartilhar”.

A Prenuvo é uma das empresas que oferecem o exame que demora cerca de uma hora e chega a custar US$ 2.499 (o equivalente a R$ 12.300), como check-up em busca de sinais precoces de doenças como câncer, aneurisma, doenças hepáticas, degeneração espinhal, condições musculoesqueléticas e até esclerose múltipla. Outras empresas que oferecem esse mesmo serviço são Ezra, simonONE e Neko Health, com sede em Estocolmo.

Embora afirme que nenhuma das celebridades que divulgam o produto são pagas, a Prenuvo admite que oferece exames gratuitos para influenciadores e figuras proeminentes da indústria do bem-estar “em troca de uma avaliação honesta, se assim o desejarem”. Durante a New York Fashion Week, no início de setembro, o serviço foi oferecido para algumas pessoas influentes no mundo da moda,incluindo editor de moda francês Olivier Zahm, o estilista Zac Posen, a modelo Lily Aldridge e a editora da Vogue Gabriella Karefa-Johnson. Todos postaram fotos sobre o exame.

Entretanto, diversos especialistas alertam contra a realização desse tipo de exame como check-up. Em abril, o Colégio Americano de Radiologia divulgou um comunicado dizendo que não havia “nenhuma evidência documentada de que o exame corporal total seja rentável ou eficaz no prolongamento da vida”, e expressando preocupação de que esses exames poderiam levar a “descobertas inespecíficas” que exigem acompanhamento caro e extenso.

Um estudo publicado em 2019 analisou 12 trabalhos realizados anteriormente com mais de 5 mil pessoas submetidas à ressonância magnética de corpo inteiro, sem apresentar quaisquer sintomas de doenças. Os resultados mostraram que o exame detectou uma anormalidade que poderia ser clinicamente relevante em cerca de 32% das pessoas. No entanto, não está claro se essas anormalidades teriam levado à doença ou à morte.

Além disso, entre os seis estudos que tinham dados completos, 6% das pessoas apresentaram falsos positivos. Apenas um estudo observou falsos negativos – o que significa que o exame perdeu alguma coisa – o que ocorreu em cerca de 2% dos participantes.

A ressonância magnética é um exame que se utiliza dos princípios da radiofrequência para enxergar os órgãos, com a grande vantagem de não emitir radiação. Como o poder de visualização é excelente, esse recurso é muito utilizado para averiguar cartilagens, músculos e órgãos, em especial coração, fígado e cérebro, em exames específicos. Já ressonância magnética de corpo inteiro, fará uma varredura do paciente, da cabeça aos pés.

Esse exame está disponível no Brasil. Sua realização só é feita mediante prescrição médica, a um custo de cerca de R$ 6 mil. Como ele não consta na lista da Agência Nacional de Saúde (ANS), não há cobertura pelos planos de saúde. Especialistas ouvidos pelo GLOBO explicam que esse exame é uma ferramenta importante, desde que usado corretamente.

– A ressonância magnética de corpo inteiro tem indicações bem precisas e fazer check-up não é uma delas. Primeiro, porque ela é um exame mais geral e não consegue ir a fundo no achado. Segundo porque pode acabar detectando muitas coisas que serão benignas. Mesmo assim, isso exigirá a realização de exames adicionais específicos que aumentam o gasto e a exposição do paciente, além da ansiedade gerada em todo esse processo – diz o médico radiologista Alipio Gomes Omond Filho, coordenador do Centro Avançado de Diagnóstico por Imagem Osteomuscular do Grupo Fleury.

radiologista Harley de Nicola, superintendente médico da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) explica que a ressonância magnética de corpo inteiro pode ser especialmente útil para análise do sistema ósseo e músculo- esquelético, como para identificar metástase óssea em pessoas com câncer de pulmão.

– Uma das indicações mais precisas desse exame é para averiguar suspeitas de câncer ou metastáse em crianças, devido à ausência de radiação – explica Nicola.

Outras indicações incluem suspeita de doenças musculares, doenças sistêmicas em pediatria e síndromes genéticas que predispõem ao câncer, como Li-Fraumeni.

– Nestes casos, a realização do exame se justifica – avalia Omond Filho.

O risco de falsos positivos Nossos corpos geralmente contêm anormalidades, como caroços, massas e cicatrizes em órgãos, que podem ser detectadas por ressonância magnética. Uma ressonância magnética por si só nem sempre é possível dizer se um achado é benigno ou preocupante e, muitas vezes, os pacientes têm que se submeter a testes adicionais.

Um representante da Prenuvo disse que 5% das pessoas que fazem um exame Prenuvo são alertadas sobre “descobertas que podem salvar vidas”. Lacy, o fundador da Prenuvo, disse que os riscos teóricos em torno dos falsos positivos não refletem a tecnologia da Prenuvo, que ele diz ser mais precisa do que as tomografias computadorizadas usadas na maioria dos exames de triagem.

Mas, de acordo com a médica Rebecca Smith-Bindman, diretora do Laboratório de Pesquisa de Resultados de Radiologia da Universidade da Califórnia em São Francisco, o problema não tem nada a ver com a tecnologia” e sim com a “variação profunda e normal em nossos corpos” e com a probabilidade de nódulos e anormalidades que uma máquina muito sensível encontrará.

Exames preventivos como esse provavelmente encontrarão cânceres precoces e para um pequeno número de pacientes, detectar e tratar um câncer precoce terá um benefício profundo, mas “o número de tumores benignos supera em muito o número de tumores agressivos”, disse ela.

Assim como nem todo aneurisma detectado irá representar um risco para a vida desse paciente. Mesmo assim, qualquer anormalidade detectada exigirá a realização de análises mais detalhadas, o que pode resultar em novos exames e intervenções invasivas. Testes adicionais podem trazer novas complicações e exposição potencialmente desnecessária à radiação, assim como representar um custo potencialmente desnecessário para o paciente ou para o sistema de saúde.

– Os exames de rastreamento do câncer seguem padrões de segurança do paciente e recomendações que levam em conta o sexo, a idade, algumas características de estilo de vida. Quando não há indicação expressa para estes exames, pode haver impacto negativo para o paciente – com a realização de procedimentos dispensáveis e até mais invasivos, além de gastos desnecessários para o sistema, com possível sobretratamento e sobrediagnóstico – pontua o oncologista clínico Henrique Helber, do Hospital Israelita Albert Einstein, HCor e integrante do comitê científico do Instituto Vencer o Câncer.

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PORTAL G1

Monitor mata paciente sufocado após agressões físicas em clínica de reabilitação, diz polícia

Segundo a Polícia Civil, ele tratava alcoolismo e foi encontrado morto no quarto onde dormia. Caso aconteceu em abril deste ano.

Por Vanessa Chaves, g1 Goiás

Um monitor foi preso suspeito de matar o paciente Carlos Eduardo Rodrigues Ribeiro, de 44 anos, sufocado após agressões físicas em uma clínica de reabilitação, em Luziânia. Segundo a Polícia Civil, ele tratava alcoolismo e foi encontrado morto no quarto onde dormia.

O nome do suspeito não foi divulgado, por isso, o g1 não conseguiu contato com a defesa dele até a última atualização desta reportagem.

A prisão aconteceu na tarde da última segunda-feira (25). Policiais Civis do Grupo de Investigação de Homicídios de Luziânia (GIH) cumpriram um mandando de prisão temporária contra o suspeito.

A PC disse que Carlos foi encontrado morto no quarto onde dormia e segundo as investigações ele foi vítima de grave violência física e sufocamento na clínica que fica localizada no Jardim do Ingá.

Segundo a família de Carlos, a clínica foi fechada. O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para saber se o dono da clínica vai ser responsabilizado, mas não tivemos retorno até a última atualização desta reportagem.

Conforme a polícia, as pessoas selecionadas para atuarem como monitores são os próprios internos, quando apresentam alguma liderança no grupo, ainda que não possuam o mínimo de condições técnicas para o serviço. Alguns deles, inclusive, ainda apresentam dependência química.

De acordo com a investigação, grande parte das clínicas terapêuticas de Luziânia funcionam na ilegalidade, sem alvará de funcionamento, com instalações inadequadas e precárias. A GIH continua investigando o caso.

Crime

O crime aconteceu no dia 24 de abril deste ano. Segundo a família, Carlos estava no local há seis meses para tratar alcoolismo (assista entrevista acima).

“Achei que ele ia sair de lá recuperado, mas meu irmão saiu de lá morto”, disse a irmã, Rosileia Rodrigues.

De acordo com o boletim de ocorrência, a família soube da morte de Carlos ao entrar em contato com a clínica para saber notícias sobre dele. À polícia, a irmã contou ter encontrado o irmão com diversos hematomas. No laudo do Instituto Médico Legal (IML) que foi entregue aos familiares, é dito que há sinais de asfixia.

Aos policiais, os parentes ainda contaram que acreditavam que a morte tenha acontecido depois de episódios de tortura sofridos por Carlos dentro da clínica. Esses episódios de tortura, segundo a irmã, eram frequentes e eram denunciados por ele.

“A visita era uma vez por mês e meu irmão falava que eles batem, amarram, a gente fica com fome, é muita tortura, mas eu achei que ele estava mentindo e querendo sair pra beber”, desabafou a mulher, em entrevista à TV Anhanguera.

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Mãe de psicóloga que morreu após passar mal em exame cobra conclusão da investigação após 9 meses: ‘Perda irreparável’

Falta de respostas tem prolongado o sofrimento de Jane Alves de Souza e de toda família da jovem. Caso aconteceu em dezembro do ano passado.

Por Vitor Santana, g1 Goiás

A mãe da psicóloga Bruna Nunes de Faria, de 27 anos, que morreu após passar mal em um exame, em Goiânia, cobra a conclusão da investigação após nove meses de angústia. O caso ainda não foi finalizado pela Polícia Civil. A falta de respostas tem prolongado o sofrimento de Jane Alves de Souza.

“É uma perda irreparável. Nossa família acabou, estamos no chão”, lamentou.

A clínica Centro de Diagnósticos – Exames Médicos por Imagem (CDI) informou que apesar de todos os esforços, não foi possível reverter a reação alérgica anafilática que atingiu Bruna. Disse ainda que as apurações da Polícia Civil, mediante laudo anatomopatológico emitido pelo IML comprovam que “não se verificaram distorções de quaisquer condutas médicas, durante toda a cadeia de atendimento à paciente (veja nota completa na íntegra ao fim da reportagem).

A mãe diz que está com depressão após a morte da filha. Nos últimos cinco meses, deixou de trabalhar.

“Ainda estou tentando conseguir viver. Nenhuma mãe merece passar por isso que passei”, completou Jane.

Ela conta ainda que os outros três filhos também adoeceram após a morte de Bruna. Jane diz que um laudo apontou que a filha teve uma reação a um contraste usado. Porém, Bruna já tinha feito outros exames, também com contraste, mas nunca teve qualquer reação.

“Mesmo que tenha sido uma alergia: a clínica precisava ter condições para reverter isso. Lá não tinha UTI, não a intubaram. Houve negligência”, denunciou.

Em janeiro deste ano, um laudo foi emitido após a morte da psicóloga e teve resultado inconclusivo. O documento foi emitido no dia 4 de janeiro. O g1 procurou a Polícia Civil, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Morte

Bruna Nunes de Faria, de 27 anos, morreu após passar mal ao receber contraste para um exame de ressonância magnética do coração em uma clínica de Goiânia, segundo a mãe dela, Jane Alves. O procedimento aconteceu no dia 21 de dezembro de 2022. A morte foi registrada na Polícia Civil.

Bruna fez o exame no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) Unidade II, que fica na Avenida Portugal, no Setor Marista. A defesa explicou, por meio de nota, que atualmente há dois grupos distintos operando sob o nome CDI. Um sob responsabilidade dos médicos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado e outro sob a gerência dos médicos Ary Monteiro Daher e Adriana Maria Monteiro, sendo que o procedimento que a jovem realizou faz parte dos serviços prestados pela equipe chefiada por Ary e Adriana.

Os grupos estão em fase final de separação judicial, que deve ser finalizada em janeiro, quando os prédios também devem ser separados de acordo com a administração.

Segundo a mãe, a jovem havia tido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e fazia o exame para descobrir a causa. Familiares relataram à administração municipal que o procedimento era de rotina.

Bruna Faria nasceu em Bonfinópolis, onde foi velada e enterrada. A jovem trabalhava como psicóloga da Prefeitura de Silvânia e fazia parte da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) da Secretaria Municipal de Saúde.

Desespero

Jane Alves de Souza mostrou a última foto que tirou da filha minutos antes de a jovem morrer.

“Vi minha filha morrer. Ela ficou com o corpo roxo. A última coisa que ela falou foi: “Estou sem ar”. E não falou mais nada”, contou Jane Alves.

Vídeo mostra tentativa de reanimação

A mãe da psicóloga mencionou a falta de preparo para o socorro da filha. Um vídeo mostra socorristas e paramédicos tentando reanimar a jovem de 27 anos (veja abaixo).

“Na hora que aplicou o contraste, ela falou assim: ‘Estou passando mal’, e começou a tossir. Eles a tiraram rápido, no colo. Eu fui junto para esse quartinho com ela e falei ‘pelo amor de Deus, o que está acontecendo com a minha filha?’. E já veio uma moça e aplicou uma injeção nela e ela [Bruna] falou: ‘Estou sem ar’. Foi a última palavra que ela falou”, desabafou.

Segundo a mãe, não havia uma equipe médica pronta, treinada e nem equipamentos para reverter a situação.

“Se eles sabiam que existia essa possibilidade de reação ao contraste, tinha que ter todo o aparato para salvar ela. Tinha que ter um oxigênio. Tinha que ter uma maca preparada. Eles fizeram os primeiros socorros, mas a ambulância chegou em 20 minutos, ela já estava roxa”, disse a mãe.

Nota na íntegra do Centro de Diagnósticos – Exames Médicos por Imagem (CDI)

“Em relação à fatalidade que acometeu a psicóloga Bruna Nunes, as apurações realizadas pela Polícia Civil, mediante laudo anatomopatológico emitido pelo IML comprovam que “não se verificaram distorções de quaisquer condutas médicas, durante toda a cadeia de atendimento à paciente. Apesar de todos os esforços empreendidos pelas equipes que assistiram a pericianda, em tempo hábil, não foi possível reverter as consequências letais da reação alérgica anafilática que atingiu a vítima.”

Cumpre frisar que a paciente e sua acompanhante informaram na ficha de anamnese a inexistência de qualquer tipo de alergia.

Reforçamos que em nossos exames são adotados elevados padrões de segurança, com acreditação em grau máximo e procedimentos certificados pelas autoridades do setor, sempre buscando garantir o bem-estar e a saúde de nossos pacientes, valores que sempre fizeram parte da história da clínica.

Renovamos nossos votos de solidariedade com toda a família e amigos.”

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DIÁRIO DA MANHÃ

Médicos são indiciados após morte de pacientes

Conclusão de inquérito aponta para possível crime de homicídio culposo

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) concluiu dois importantes inquéritos que apuravam a possível ocorrência de crimes de erro médico em atendimentos prestados em Hospitais de Aparecida de Goiânia. A Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso de Goiânia foi a responsável pelo processo de investigação dos fatos. Uma força tarefa foi estabelecida para elucidar as suspeitas levantadas pelas denúncias, a operação foi batizada de Hipócrates.

Dentre os dois casos investigados está o caso de um idoso de 75 anos de idade que foi internado para se submeter a realização de um procedimento cirúrgico de angioplastia transluminal por vaso durante o mês de abril de 2016. O paciente morreu 15 dias após a realização do procedimento devido a algumas complicações. Segundo as apurações levantadas na investigação, o médico que realizou a operação se negou a atender a vítima quando o procurou devido a complicações.

Os familiares foram obrigados a peregrinar por outros hospitais buscando socorro, até que infelizmente houve o óbito. ´

Já o segundo caso investigado, se refere um paciente também idoso, Sr. Edmundo Elizário Galvão, ele faleceu no dia 10 de maio de 2022. Conforme relatos de familiares, o óbito foi ocasionado por uma hemorragia cerebral provocada por uma queda na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde Galvão estava internado. O fato foi relatado pelos familiares a equipe médica que negou que a situação teria realmente ocorrido. Galvão morreu três dias após o acidente.

Os familiares pontuam que bastaria a realização de uma tomografia após o questionamento apresentado para que fosse constatada a lesão e houvesse o direcionamento para uma cirurgia.

Conforme inquérito produzido, os médicos envolvidos nos atendimentos foram indiciados e responderão pelos crimes de homicídio culposo em face da negligência.

A identidade dos profissionais não revelada.

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O HOJE

Auramedi firma contrato de R$ 285,8 milhões com o Ministério da Saúde

A microempresa de Aparecida de Goiânia e o único sócio são réus por improbidade administrativa no Pará por suspeita de fraude em contratação, também com dispensa de licitação.

A Auramedi, microempresa farmacêutica que possui somente um funcionário registrado e um capital social de R$ 1,3 milhão, fechou contrato com o Ministério da Saúde. O acordo é para o fornecimento de 293,5 mil frascos de imunoglobulina humana. Trata-se de um medicamento hemoderivado, ou seja, produzido a partir do sangue, cujo uso visa melhorar a imunidade dos pacientes. Assinado em abril de 2023, o contrato foi feito com dispensa de licitação e a partir do pagamento de R$ 285,8 milhões.

O Ministério da Saúde firmou o contrato com a companhia chinesa Najing Pharmacare, mas a Auramedi assina como representante nacional. No Brasil, a Panamerican Medical Suplly também representa a farmacêutica asiática. Porém, Marcelo Pupkin Pitta, um dos sócios da Panamerican, foi preso em 2004 e, novamente, em 2007. Na época, as investigações apuraram suspeita de fraude em licitação no Ministério da Saúde, justamente em compras de medicamentos hemoderivados, incluindo imunoglobulina.

Auramedi

Desconhecida no mercado, a empresa Auramedi, de Goiás, tem pequeno porte e um baixo volume de recursos. Por isso, o contrato feito pelo Ministério da Saúde chamou a atenção. A sede da empresa farmacêutica é uma residência que se encontra em um centro empresarial de Aparecida de Goiânia. Ao Metrópoles, um comerciante vizinho afirmou que nunca viu movimento na casa. Além disso, um funcionário do centro empresarial disse que, ás vezes, uma funcionária vai ao local.

Contudo, a fonte relatou que, geralmente, a mulher vai apenas para pegar encomendas que ficam na administração. Aliás, a Auramedi não possui um site próprio, o que faz com que a presença online seja tão ínfima quanto a física. Atualmente, a empresa farmacêutica e o único sócio, Fábio Granieri de Oliveira, são réus por improbidade administrativa em uma ação popular no Tribunal de Justiça do Pará. O Judiciário recebeu uma denúncia de fraude em uma contratação, também com dispensa de licitação.

A suspeita de contrato ilegal supostamente ocorreu durante a pandemia da Covid-19, no município de Parauapebas. No processo, consta o fato de que Fábio participou da tomada de preço que a prefeitura solicitou como representante da Auramedi. Todavia, também assinou da mesma forma em uma das outras duas concorrentes. Apesar disso, a Auramedi não tem restrições para participar de licitações ou firmar contratos com o Poder Público.

Faturamento

A Auramedi foi criada em 2013, mas Fábio passou a ser o único sócio em maio de 2020. Na ocasião, a empresa saiu de um capital social de R$ 50 mil para R$ 1,3 milhão. Além disso, a mudança do quadro societário ocorreu três meses após a firma ser dada como pagamento de uma dívida a outras três pessoas. Conforme o empresário informou, ele trabalhou na gigante farmacêutica EMS antes de se tornar sócio da pequena companhia de Aparecida de Goiânia.

Segundo dados do Portal da Transparência, em outubro de 2022, a Auramedi começou a participar de pregões de órgãos federais. Desde então, a empresa recebeu quantias pequenas para fornecimento de medicamentos, com notas de pagamento de até R$ 6,2 mil. O maior valor recebido até o momento foi proveniente do contrato com o Ministério da Saúde, de R$ 16,5 milhões. Aliás, para conseguir esse contrato, a Auramedi pagou R$ 246,6 mil em um seguro de R$ 14,3 milhões, 5% do valor do contrato, conforme é exigido na legislação.

Processos

A companhia chinesa Najing Pharmacare é uma tranding, ou seja, atua como intermediária entre fabricantes e compradores. Tanto a Auramedi, de Fábio Granieri, quanto a Panamerican, de Marcelo Pitta, dizem representar a farmacêutica asiática. Inclusive, neste último processo de dispensa de licitação do Ministério da Saúde para compra de imunoglobulina, as duas se apresentam como representantes nacionais da empresa chinesa.

Em contratos recentes, a Panamerican chegou a fornecer ao Ministério de Saúde medicamentos enviados pela Nanjing. No passado, apenas outra empresa brasileira, do Distrito Federal, já disse representar a farmacêutica chinesa, em 2020. Essa terceira empresa aparece como ré no mesmo processo no Pará em que a Auramedi e seu sócio, Fábio Granieri, são réus. Até o momento, o empresário não se posicionou sobre os processos e as similaridades que envolvem os casos.

Coincidentemente, o advogado que representou Fábio Granieri, da Auramedi, no processo de dispensa de licitação do Ministério da Saúde também atuou em nome de Marcelo Pitta, da Panamerican, em um processo de 2020. O advogado é de Pernambuco, longe do Distrito Federal e de Goiás, onde fica a Auramedi e onde Fábio diz morar. A imprensa chegou a procurar pelo advogado, mas este alegou que não poderia dizer se Marcelo Pitta indicou seu escritório a Fábio Granieri, devido a sigilo dos contratos.

A Panamerican pediu a impugnação do processo de dispensa de licitação em questão, solicitando melhoria do termo de referência. No pedido, ela alegou prazos inexequíveis de início de entrega; dúvida sobre quantitativo a ser fornecido em cada entrega; e sobre a possibilidade de apresentação de proposta em dois cenários (um respeitando o cronograma, e outro não respeitando o cronograma). Apesar do pedido de impugnação, que inclusive mostra ciência da existência do processo, a empresa não enviou nenhuma proposta.

Licitação

Além da microempresa não ser conhecida no mercado, a dispensa de licitação também chama a atenção. O Ministério da Saúde poderia ter aberto um processo de dispensa para aquisição de uma quantidade menor em regime de urgência. No entanto, optou por comprar sem licitação o equivalente ao consumo de seis meses. Porém, o processo de dispensa de licitação vem de um imbróglio para aquisição de imunoglobulina que de fato colocou em risco o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2020, durante o auge da pandemia da Covid-19, o produto estava em falta no mercado. Dois pregões iniciados pelo Ministério da Saúde fracassaram. No ano seguinte, houve outra disputa pública, mas uma das empresas alegou irregularidades em sua desclassificação, e o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu. Posteriormente, no entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a compra. Com a compra autorizada pelo STF, o ministério abriu novo pregão em dezembro de 2022.

Contudo, o TCU determinou que fosse permitida a participação de empresas sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por isso, o Ministério da Saúde iniciou outro processo, dessa vez com dispensa de licitação, alegando urgência. Além disso, o órgão ressaltou o acórdão de fevereiro deste ano do TCU, no qual determinou que a pasta adotasse “as medidas estritamente necessárias para garantir o estoque” de imunoglobulina.

Inclusive, a aquisição do produto poderia ocorrer por meio, “por exemplo, de contrato emergencial ou termo aditivo, se couber”, incluindo a participação de empresas estrangeiras com produtos sem registro. A Anvisa, ao autorizar a importação em caráter excepcional do medicamento que não tem registro sanitário, cita que não resta provada a indisponibilidade do medicamento do mercado, mas que entende que o fato não afasta a determinação do TCU.

Propostas

O Ministério da Saúde abriu a tomada de preços no dia 27 de fevereiro, com publicação no Diário Oficial da União (DOU), para recebimento de propostas até as 23h59 de 3 de março. Uma das empresas foi desclassificada porque enviou a proposta um minuto depois, à meia-noite. Além disso, outras cinco foram desclassificadas sob alegação de falta concordância com o edital. Por fim, o ministério selecionou as cinco propostas com menores preços.

As primeira e segunda colocadas acabaram eliminadas por alegação de que o produto oferecido é fabricado na Índia, país que não é membro da ICH. A quarta colocada foi eliminada porque, segundo o ministério, não atendeu a convocação de envio de documentação para se habilitar. Com isso, restou a Farma Medical, que estava em terceiro, e a Auramedi, que estava em quinto no ranking de propostas mais vantajosas. A todo tempo, a Auramedi ressaltou que tinha quantia suficiente para suprir a demanda completa do ministério, de 383,5 mil mil frascos, e tentou desabilitar a concorrente Farma Medical.

O Ministério da Saúde informou que precisava que a primeira parcela de medicamento fosse entregue em abril deste ano, para não ocorrer desabastecimento. Porém, a Auramedi, que representa a companhia chinesa Nanjing Pharmacare, entregou os medicamentos em meados de junho. Representando a Prime Phama LLC, dos Emirados Árabes, a Farma Medical ficou responsável por fornecer 90 mil frascos em um contrato menor, de R$ 87,6 milhões. Mas, segundo o ministério, não entregou nada até o momento. O dono da empresa nega e diz ter entregue 30 mil frascos em junho, mas não enviou provas.

Críticas

No âmbito dos processos, farmacêuticas maiores e com registro na Anvisa alegaram que não havia justificativa para dispensa de licitação, tampouco para permitir que produtos sem registro na agência entrassem na disputa. Na própria tomada de preço, as propostas de empresas com registro somaram o equivalente a 82% do quantitativo que o ministério precisava. No entanto, o valor seria menos vantajoso e poderia chegar a R$ 716,8 milhões, quase o dobro do que o ministério comprometeu nesses dois contratos. E, diante da decisão do TCU de fevereiro, manteve-se a compra com empresas sem registro.

Aliás, Fábio Granieri, da Auramedi, criticou a concorrente Farma Medical, que não entregou os medicamentos compactuados, e alegou que as informações trazidas pela reportagem são equivocadas, “vez que desprovidas de fundamentação fática”. Para mais, Fábio considera que o “inadimplemento contratual da Prime Pharma LLC prejudica a saúde pública, irreversivelmente”. Em síntese, a Auramedi argumentou que a Nanjing cumpriu as exigências e ressaltou problemas da concorrente.

O Ministério da Saúde informou que a compra emergencial visa evitar o desabastecimento de imunoglobulina e que a aquisição seguiu regulamentação da Anvisa que trata de critérios para importação em caráter de excepcionalidade. A pasta acrescentou que recebeu até o momento da Nanjing Pharmacare, representada nacionalmente pela Auramedi, 245.842 frascos, equivalentes às cinco primeiras parcelas, e que já recebeu parte da última parcela, prevista para entrega no próximo 30/9. O ministério detalhou que as empresas contratadas estavam regulares no momento da contratação, “não incorrendo em qualquer impedimento legal”.

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 STG NEWS

CDI Premium recebe certificação ONA 3

Com mais de 20 anos de serviços prestados aos goianos, o CDI Premium acaba de passar, com sucesso, pela Avaliação de Manutenção da Acreditação ONA 3 – Acreditado com Excelência. Essa avaliação de manutenção acontece periodicamente e o resultado atesta que o Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), com unidades no Setor Marista, em Goiânia (GO), mantém a certificação conquistada em 2021 e emitida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).

A ONA é pioneira e uma referência em acreditação de serviços de saúde no Brasil. O selo de acreditação ONA 3 é conferido após uma detalhada avaliação dos serviços de saúde e a confirmação da qualidade e da segurança do atendimento prestado por essas unidades de avaliadas.

Sob a direção dos médicos cardiologistas Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado, o CDI Premium foi inaugurado há 23 anos e, desde então, busca oferecer à população um atendimento único, inovador, com segurança e precisão.

No CDI PREMIUM, a população conta com exames de imagem, como tomografia, ressonância magnética, PET CT, além de testes na área de medicina nuclear, terapia com radioisótopos e vários outros procedimentos.

“A cada paciente, dedicamos cuidado, atenção e o melhor que podemos oferecer”, diz a diretora e sócia-fundadora Colandy Nunes Dourado, que compartilha a conquista da manutenção da acreditação ONA 3 com toda a equipe médica, colaboradores e com os pacientes que confiam no CDI Premium.

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GAZETA DO ESTADO

Saúde alerta para onda de calor em Goiás e dá dicas de prevenção

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta a população para os cuidados necessários com a saúde diante da onda de calor pela qual passa o estado e que deve se prolongar pelos próximos dias.

Conforme informações do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), as temperaturas estarão até 5°C acima da média, acompanhadas de uma significativa redução na umidade relativa do ar durante as tardes, com índices que podem atingir níveis críticos, abaixo de 12%.

Diversas regiões de Goiás enfrentarão temperaturas excepcionalmente elevadas durante a semana, com destaque para Porangatu, que pode atingir a marca de 40°C ou mais. Outras regiões também estarão sujeitas a calor intenso, incluindo Itumbiara (38°C), Ceres (37°C), Formosa (34°C) e a capital do estado, com previsões de até 39°C.

O médico Infectologista da SES, João Alves de Araújo Filho, explica que as altas temperaturas podem, inclusive, ter impacto nas doenças respiratórias. “O calor excessivo pode ter sérias consequências para nossa saúde, desde a desidratação leve até a morte. Normalmente o calor vem acompanhado por diminuição da umidade do ar. Isto pode piorar doenças respiratórias, como a asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Favorece também quadros de infecção respiratória’’, destaca.

RISCOS PARA SAÚDE E PARA O MEIO AMBIENTE

“O problema mais grave associado a essa situação climática é a condição das vegetações, que estão extremamente secas. Isso cria um cenário propício para incêndios florestais, já que as pessoas podem iniciar queimadas que liberam fumaça na atmosfera. A fumaça proveniente desses incêndios pode ficar retida na atmosfera e não se dissipar adequadamente, o que representa um sério risco para a qualidade do ar e a saúde das pessoas”, pontua André Amorim, gerente do Cimehgo, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS

Segundo Cynthia Moraes, Coordenadora da Fiscalização e Monitoramento de Alimentos da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa/SES), explica que em dias quentes os cuidados devem ser redobrados quanto ao armazenamento de alimentos, pois o calor excessivo propicia o desenvolvimento de microrganismos indesejáveis e de toxinas, o que leva à contaminação e, consequentemente, à deterioração deles.

Cynthia Moraes explica que esses microrganismos se proliferam rapidamente em temperaturas elevadas. Portanto, é necessário conservar os alimentos em ambientes arejados, frescos e, se necessário, sob refrigeração, sempre seguindo as orientações do fabricante. Em caso de descongelamento, é preciso mantê-los sob refrigeração até o final do processo de degelo.

“Os alimentos preparados devem ser consumidos na hora e, logo após o consumo, guardá-los imediatamente em refrigeradores em recipientes fechados. Devemos observar alterações nas características sensoriais dos alimentos, tais como alteração na cor, odor, sabor e textura. Outra consideração importante é o aparecimento de fungos/ bolores, pois estes microrganismos se desenvolvem melhor em temperaturas entre 25 °C e 30 °C”, afirma a coordenadora.

PRINCIPAIS IMPACTOS NA SAÚDE E COMO PREVENIR

Desidratação: O calor extremo pode causar desidratação, que ocorre quando o corpo perde mais líquidos do que recebe. É essencial beber água regularmente, mesmo antes de sentir sede, para prevenir a desidratação.

Exaustão ou fadiga pelo calor: A exposição prolongada ao calor pode levar à exaustão, caracterizada por mal-estar, fraqueza, náuseas, síncope (desmaio), taquicardia e hipotensão. Acima de 40°C, pode haver aumento da temperatura corporal e alteração do estado mental. Isso pode levar a insuficiência de órgãos, incluindo pulmões, coração e fígado. Evitar a exposição prolongada ao calor e buscar sombra ou locais mais frescos é fundamental para prevenir essas complicações.

Grupos vulneráveis: Crianças e idosos são mais suscetíveis aos efeitos adversos do calor. Eles têm maior probabilidade de desenvolver complicações com maior rapidez e gravidade. Portanto, é crucial garantir que esses grupos recebam hidratação adicional e permaneçam em ambientes bem ventilados ou refrigerados.

Alimentação adequada: Evitar alimentos gordurosos e de difícil digestão ajuda a minimizar o desconforto durante o calor. Optar por alimentos leves, ricos em água e sais minerais, como vegetais e frutas, é aconselhável.

Atividade Física: Realizar atividades físicas nas horas mais frescas do dia, como no início da manhã ou no final da tarde e noite, é mais seguro. Lembre-se sempre da necessidade de hidratação e considere reduzir a intensidade e a duração dos exercícios em dias de calor intenso.

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JORNAL OPÇÃO

Goiás testará modelo de programa com fila única para cirurgias eletivas

Programa, que servirá de modelo em escala nacional, foi acordado nesta terça-feira, 26

Goiás será piloto no projeto de criação de uma fila única para a realização de cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS). O programa, que servirá de modelo em escala nacional, foi acordado nesta terça-feira, 26, durante encontro entre a secretária de Informação e Saúde Digital do MS, Ana Estela Haddad, e o secretário de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio.

Desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), o sistema Regnet Filas conseguiu identificar e definir os pacientes distribuídos em todos os municípios goianos por meio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Consems). Tanto a ferramenta como o modelo que foi adotado em Goiás estão sendo avaliados para fazer parte da RNDS.

“A RNDS é um programa fantástico, de avanço na transparência, gestão e melhor aproveitamento dos recursos públicos e com essa parceria, Goiás tem a oportunidade de contribuir para a melhoria das condições de saúde dos cidadãos em todos os municípios brasileiros”, destaca o titular da pasta.

Financiamento

Ana Estela Haddad anunciou a possibilidade da secretaria receber uma linha de financiamento pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e com o custeio da Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério.

Superintendente de Tecnologia e Inovação da SES-GO, Luiselena Luna Esmeraldo, falou sobre a utilização de ferramentas de saúde digitais desenvolvidas pela SES, como o projeto Inteligência Artificial contra a Mortalidade Infantil e o Imuniza Goiás.

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MEDICINA S/A

Navegação de pacientes: um norte para aprimorar os cuidados com o câncer de mama no Brasil


No 10º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), que será realizado de 26 a 28 de setembro, em São Paulo, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) destaca a importância do Programa de Navegação de Pacientes para melhorar o acesso aos cuidados em oncologia no País. “O sucesso no tratamento de um câncer de mama está condicionado a muitos determinantes”, observa a mastologista Sandra Gioia, presidente do Departamento de Políticas Públicas da SBM e movimentadora do congresso TJCC. “Todas as barreiras sociais, políticas e econômicas enfrentadas pelas pacientes menos favorecidas afetam a sobrevida e a mortalidade, razão pela qual a navegação é extremamente importante no contexto brasileiro”, afirma.

A navegação de pacientes passou a ser aplicada como metodologia no Brasil somente na década de 2010. Nos Estados Unidos, foi colocada em prática nos anos 1980, a partir da iniciativa do médico Harold Freeman. Ao tratar mulheres com câncer de mama no Centro Hospitalar do Harlem, em Nova York, o especialista realizou tratamentos idênticos, mas percebeu diferenças significativas nos índices de cura entre brancas e negras. As pacientes negras, constatou Freeman, não conseguiam se tratar da mesma forma que as brancas, pois precisavam vencer inúmeros desafios diários. Receio de perder o emprego, cuidados com os filhos, falta de dinheiro para custear o transporte até o hospital, entre outros fatores, foram apontados como barreiras para realizar os procedimentos oncológicos.

Com o propósito de auxiliar as mulheres a superarem os entraves para o tratamento correto do câncer de mama, Freeman criou a “navegação de pacientes”. “A navegação é um processo proativo e intencional de colaboração com a paciente enquanto se transpõe o labirinto de tratamentos e barreiras quando se tem câncer”, explica a médica Sandra Gioia, da SBM. “O navegador de paciente é um profissional de saúde que trabalha também com os familiares, os cuidadores e demais profissionais para identificar obstáculos ao tratamento e fornecer ajuda e recursos que possam superar ou remover barreiras institucionais, socioeconômicas e pessoais para acesso aos cuidados”, completa.

No Brasil, a Lei nº 14.450, de 22 de setembro de 2022, criou o Programa Nacional de Navegação de Pacientes para Pessoas com Neoplasia Maligna de Mama no SUS (Sistema Único de Saúde). Entre os objetivos da navegação de pacientes estão previstos a viabilização do diagnóstico do câncer de mama no prazo inferior a 30 dias, conforme a Lei nº 13.896/2019, e o início do tratamento em centro especializado em prazo igual ou inferior a 60 dias (Lei nº 12.732/2012).

Para Sandra Gioia, os programas de navegação de pacientes, “com a inclusão do navegador nas equipes de saúde” trazem inúmeros benefícios. “Os navegadores avaliam e compreendem as necessidades físicas, emocionais, informativas e logísticas da paciente”, afirma. Mas, segundo a mastologista, ainda há nestes programas a possibilidade de aprimoramentos importantes para os sistemas de saúde oferecidos no País. “Podemos destacar entre esses aperfeiçoamentos a ampliação do rastreamento na atenção primária de saúde, o diagnóstico precoce da doença, a celeridade para início do tratamento, assim como a melhoria da qualidade dos procedimentos, o letramento (educação) em saúde e, finalmente, a satisfação do paciente a partir da experiência na utilização dos serviços médicos.”

Os dois painéis na 10ª edição do Todos Juntos Contra o Câncer, organizados pela Sociedade Brasileira de Mastologia, estão previstos para o dia 28/09. O primeiro, com início às 9h, é “Navegação de pacientes para melhorar o acesso aos cuidados em oncologia”. O segundo, a partir das 11h, tem como tema “Navegação de pacientes: fazendo a diferença para todos”. O evento será realizado presencialmente no WCT Events Center, e também em formato híbrido e on-line. A programação completa pode ser acessada em congresso.tjcc.com.br.

“A integralidade favorecida pela navegação de pacientes auxilia na articulação de diversos saberes e de níveis de prestadores de saúde”, diz a mastologista Sandra Gioia, da SBM. “Quando isso ocorre no mundo real, enfrentamos os problemas que de fato precisam ser superados com soluções que façam sentido para quem mais importa: a paciente.”

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CORREIO BRAZILIENSE

Saúde: governo anuncia plano de investimento de R$ 46 bilhões até 2026


Em resposta ao impacto da pandemia de covid-19 no , o governo federal anunciou um plano de investimentos para aproximar o país da autossuficiência na indústria da Saúde. O montante esperado é de R$ 46 bilhões até 2026, separados em seis programas para fortalecer o Complexo Econômico-Industrial do setor. Entre os objetivos para o prazo, estão quadruplicar a produção nacional de vacinas e produzir, em solo brasileiro, até 70% dos insumos – o que inclui matérias-primas para medicamentos, máscaras, respiradores, vacinas e equipamentos em geral.

A iniciativa foi batizada de Estratégia Nacional de Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, e lançada nesta terça-feira pelo presidente Lula e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em evento no Palácio do Planalto. Segundo integrantes do governo, além de tornar o menos dependente do mercado mundial de insumos, a ação fortalece o preparo do país para lidar com uma futura pandemia. Hoje em dia, o importa mais de 90% da matéria-prima para medicamentos e 50% dos equipamentos médicos.

“Faltavam, como nós sabemos, desde os itens mais simples até a questão das vacinas, que o poderia já ter feito um desenvolvimento inicial”, lembrou a ministra Nísia Trindade. “Isso já está (incluso na estratégia). Um programa de resposta rápida à emergência sanitária. Como converter respostas industriais. Isso acabou acontecendo, mas sem a coordenação do Ministério da Saúde. Então, muita energia se perde”, acrescentou a titular da pasta.

Onze ministérios participam do plano, coordenado pela Saúde e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Dos R$ 46 bilhões a serem investidos nos próximos quatro anos, R$ 23 bilhões virão de investimentos privados. Os programas são destinados a fortalecer a parceria com o setor privado em transferência de tecnologia, aumento da infraestrutura e produção de vacinas, soros e hemoderivados.

Biotecnologia

Para a produção de vacinas, o governo aposta na finalização de um complexo de biotecnologia em Santa Cruz, Rio de Janeiro. “Nele, nós poderemos finalizar, com boas práticas de fabricação, e aumentar a produção de todas as vacinas do Programa Nacional de Imunização. Além disso, será o centro para desenvolver a produção das vacinas de RNA no “, contou Nísia.

O investimento na indústria da Saúde é um braço da nova política industrial que está sendo desenvolvida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que acumula o cargo de titular do Mdic, destacou que o setor é o segundo maior déficit da balança comercial brasileira, perdendo apenas para a eletroeletrônica. O rombo, inclusive, quase dobrou na última década: passou de US$ 11 bilhões, em 2013, para US$ 20 bilhões atualmente, aumento de 80%.

“Chama a atenção: 2002, Sars; 2008, H1N1; 2012, Mers-CoV; 2015, Ebola; 2019, Sars-Cov 2. É preciso estar extremamente atento e preparado para essas questões em um mundo globalizado, rápido, com mudanças climáticas”, frisou o vice-presidente e ministro.

Os seis programas que integram a Estratégia Nacional serão normatizados em uma série de portarias. Até outubro, a meta é que a iniciativa comece a evoluir, com os programas detalhados.

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OLHAR DIGITAL

Gestão hospitalar: como processos organizados ajudam no crescimento das instituições


Processos quase sempre são o calo das empresas. Em algumas instituições, eles são todos manuais, gerando retrabalho ou dependendo somente da boa vontade dos colaboradores. Em outras, eles não estão formalizados e se perdem quando um funcionário deixa a empresa.

Por causa disso tudo, muitas vezes os processos parecem ser causadores de problemas quando, na verdade, são essenciais na resolução dos desafios do negócio. Mas é claro que, quando não são bem estruturados e organizados, levam ao desperdício de recursos financeiros e de tempo e a um desgaste psicológico da equipe.

Dentre diversas metodologias para gestão de desempenho, destaco o Balanced Scorecard (BSC) ou Indicadores Balanceados de Desempenho em português. Criado em 1997 por professores da Universidade Harvard, esse modelo surgiu para desmitificar a visão de que, para obter sucesso, um negócio precisa focar unicamente em indicadores financeiros e contábeis. O BSC considera os processos como pilar fundamental é já ajudou grandes marcas a definir estratégias e elaborar planejamentos de maneira muito mais abrangente e efetiva.

Veja só: no BSC, são igualmente importantes os processos internos e as perspectivas financeira, de mercado/clientes, do crescimento. São quatro pilares que trazem inovação para a empresa e favorecem um olhar para o futuro. Isso porque os processos são parte intrínseca de todo o planejamento estratégico: se eu estruturo meus processos e atendo todas as perspectivas, reduzo desperdícios, gero economia e atendo melhor os meus clientes. Processos também levam os colaboradores a terem uma visão sistêmica do negócio e contribuem para que todos estejam abertos à inovação.

Área da saúde

Se o tema é pertinente para qualquer tipo de empresa, é ainda mais para instituições de saúde, onde cuidamos de vidas. Nesse caso, é preciso encontrar o equilíbrio entre atender melhor, de forma humanizada e com as melhores tecnologias disponíveis, gastando o necessário e mantendo os recursos para a empresa crescer.

A principal pergunta deve ser: como posso atender melhor e com mais qualidade o paciente? Uma resposta possível é preparar melhor os processos e, dessa forma, oferecer mais qualidade assistencial. Ter processos mais bem mapeados e até mesmo automatizados é o caminho para a redução de erros e condutas imprecisas que colocam em risco a saúde das pessoas e o crescimento da instituição.

Em minha experiência acompanhando instituições de saúde que buscam otimização e automação de processos, vejo que a adoção de tecnologias é essencial para garantir que todos os passos sejam sempre cumpridos. Deixar a prancheta de lado e contar com um sistema digital integrado e customizável de fluxos de trabalho definitivamente evita problemas críticos e mantém o foco da instituição no cuidado com o paciente, que é o mais importante.

Lembro aqui de uma instituição que tinha o desafio de reduzir as taxas de infecção hospitalar e cujos colaboradores usavam uma ficha para preencher manualmente todos os dados dos pacientes internados. O hospital adquiriu nosso sistema de otimização e automatização de processos e pode criar seu formulário digital integrado ao prontuário do paciente, desenvolvendo uma plataforma com riscos muito menores de falhas e que aproveita muito melhor o tempo de todos os envolvidos na análise dos dados, dos gargalos e na busca por soluções. Algo que dependia totalmente da disponibilidade dos colaboradores, se tornou mais seguro e desenhado e manteve a equipe focada no problema principal.

Gestões maduras são abertas à inovação e sabem aproveitar cada colaborador de maneira estratégica. Otimizar processos beneficiam muito o paciente e ajudam os hospitais a alcançarem melhores resultados e a reduzir custos no sistema de saúde em geral. A sustentabilidade do ecossistema, afinal, é uma questão fundamental para garantir acesso e cuidado na saúde para todas as pessoas.

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Assessoria de Comunicação