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DESTAQUES
Piso da enfermagem: TST marca nova negociação
Parceria entre Sociedade Brasileira de Mastologia e Ministério Público pode mudar a realidade do câncer de mama no Brasil
Sancionada lei que amplia atendimento a pacientes com dor crônica
Especialistas fazem alerta com primeiros casos de falsificação do Ozempic no Brasil
Apesar da queixa de médicos, enfermeiros podem colocar DIU em mulheres
Amil: ao menos cinco investidores estão no páreo para comprar a operadora de planos de saúde
Outubro Rosa: colaboradoras da Unimed Federação Centro Brasileira aprenderam sobre a prevenção e diagnóstico do câncer de mama
PORTAL NOVO MOMENTO
Piso da enfermagem: TST marca nova negociação
PISO O vice-presidente do TST Tribunal Superior do Trabalho,
ministro Aloysio Corrêa da Veiga, conduziu, nesta quinta-feira (26), duas reuniões unilaterais, uma com a Confederação Nacional da Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) e outra com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) e a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), às 14h. O objetivo foi buscar uma solução negociada para a implantação do piso nacional dos profissionais de enfermagem no setor privado. Uma nova rodada foi marcada para 7 de novembro.
Diálogo
Após os encontros, o ministro destacou que as partes estão dispostas ao diálogo e à busca de uma solução autocompositiva que atenda aos interesses das categorias. “Isso demonstra o comprometimento de ambas na busca da melhor solução para todos”, enalteceu.
A CNSaúde ficou de apresentar uma proposta concreta aos trabalhadores até o dia 6 de novembro, véspera da próxima reunião marcada pela Vice-Presidência do TST. A CNTS e a FNE, por sua vez, se mostraram aberta ao diálogo e ressaltaram que irão continuar o processo negocial, sem prejuízo das ações coletivas em trâmite nos estados.
As audiências foram acompanhadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Mediação
A mediação do TST foi solicitada pela CNSaúde, representante da categoria patronal de estabelecimentos privados de saúde (hospitais, clínicas, casas de saúde, laboratório e serviços de diagnóstico, de imagem e de fisioterapia, entre outros).
Piso nacional
A Lei 14.434/2022 prevê que tanto os estabelecimentos públicos quanto os privados devem pagar a enfermeiros e enfermeiras o piso de R$ 4.750. Para técnicos de enfermagem, o piso é de R$ 3.325, e, para auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375.
A norma foi questionada pela CNSaúde no Supremo Tribunal Federal, que, em julho de 2023, definiu, em medida cautelar, que a implementação do piso salarial nacional no setor privado deveria ser necessariamente precedida de negociação coletiva, levando em conta a preocupação com demissões em massa e eventuais prejuízos para os serviços de saúde. Não tendo havido acordo no prazo de 60 dias a partir do julgamento, incidiriam os valores previstos na lei.
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PORTAL SAÚDE
Parceria entre Sociedade Brasileira de Mastologia e Ministério Público pode mudar a realidade do câncer de mama no Brasil
SBM quer unir forças para a formulação de um pacto que permita investir em informações e ampliar o acesso das mulheres ao diagnóstico e tratamento da doença, especialmente entre usuárias do SUS
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) busca uma parceria com a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) que pode resultar em um pacto para expandir informações e ações sobre o câncer de mama no Brasil. A perspectiva também é ampliar o acesso de mulheres ao rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença, principalmente entre usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde). Temos recomendações médicas, que se fossem respeitadas, permitiriam iniciar o rastreamento do câncer de mama aos 40, e não aos 50 anos, como preconizado pelo Ministério da Saúde, afirma Tufi Hassan, presidente da SBM. O mastologista elenca ainda a Lei dos 60 dias, que determina o início do tratamento no prazo máximo de dois meses, e ressalta, entre outros pontos, a importância de equiparar Conitec e ANS nos métodos diagnósticos e tratamentos aprovados pela Anvisa.
Até o final deste ano são estimados 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). No entanto, nem todas as mulheres receberão o diagnóstico, por não realizarem exames de rotina ou não procurarem assistência médica ao sinal de alterações nas mamas.
O panorama esperado para o câncer de mama no País não só em 2023, mas também nos anos que virão, demanda iniciativas. Na busca de uma parceria com a Conamp, a Sociedade Brasileira de Mastologia tem a perspectiva de criar uma comissão mista, com a participação da SBM, Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) e de representantes do Ministério Público (MP). O MP, auxiliado por especialistas das áreas médica e científica, teria, em nosso entendimento, uma força renovada para fiscalizar a implementação de leis e contribuir para que políticas públicas se revertam em benefícios ao cidadão, destaca Hassan.
A SBM apresentou dados relevantes sobre o câncer de mama no Brasil para representantes da Conamp. Além do aumento significativo dos casos da doença até o final deste ano, relatório do Global Cancer Observatory indica que a mortalidade por câncer de mama vem aumentando no País. Em 2018, a taxa era de 13 para 100 mil mulheres. No mesmo ano, países como Estados Unidos, Austrália e Alemanha registraram declínio no número de mortes pela doença.
Embora o Ministério da Saúde preconize exames bienais para rastreamento do câncer de mama em mulheres dos 50 aos 69 anos, entidades como SBM, American Cancer Society e European Society for Medical Oncology recomendam o rastreamento entre 40 e 75 anos, como define a Lei nº 14.335 de 2022.
Mamógrafos têm. O Brasil dispõe de 6.334 aparelhos, número suficiente para atender a população-alvo. No SUS, nunca passamos de 30% do rastreamento. Ou seja, há uma subutilização de equipamentos que poderiam ser usados para investigar outros grupos de mulheres, incluindo as mais jovens, observa Tufi Hassan. Como efeito da cobertura mamográfica inadequada, os casos de câncer de mama em estágio avançado foram 43,16% (2018-2019) e 52,04% (2020-2021) no SUS; 30,5% (2018-2019) e 36,4% (2020-2021) na saúde suplementar, que inclui os planos de saúde.
Desde a biópsia até o primeiro tratamento, observam-se diferenças entre o SUS e a saúde suplementar. Em até 30 dias, os atendimentos representaram 21,1% no SUS e 45,4% no sistema privado. Entre 30 e 60 dias, o SUS registra 34%; a saúde suplementar, 40%. Acima de 60 dias, foram 44,9% no SUS e 14,6% no sistema privado. Neste sentido, a SBM considera fundamental a aplicação da Lei nº 12.732 de 2012, que determina o início do tratamento no prazo máximo de dois meses. Vale destacar que quando se fala de SUS, temos vários Brasis diferentes, com realidades específicas e bastante desiguais, reforça o presidente da SBM.
Entre 2015 e 2020 foram realizadas no SUS 87.323 mastectomias. A reconstrução mamária atendeu apenas 20,52% das mulheres mastectomizadas. Um número muito maior de pacientes poderia ser beneficiado com a cirurgia reparadora pela aplicação da Lei nº 9.797 de 1999.
Na reunião com a Conamp, a SBM sugeriu ainda a equiparação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) nos métodos diagnósticos e tratamento dos procedimentos aprovados pela Anvisa. Alguns exames já estão incluídos apenas no rol da ANS: painel genético germinativo, pet-ct oncológico, ressonância magnética de mamas, marcação tumoral pré-quimioterapia, uso de medicina nuclear (radiofármacos) em cirurgia (roll e ls) e biópsia percutânea assistida à vácuo (mamotomia).
Embora estejam incorporados pela Conitec, alguns medicamentos ainda não estão disponíveis no SUS. São eles: trastuzumabe entansina e abemaciclibe/ribociclibe/palbociclibe. A droga pertuzumabe está liberada apenas para doença metastática.
Na possibilidade de parceria com a Conamp, esperamos alcançar uma soma de forças e construir um pacto que permita mudar uma realidade tão difícil, que é a do câncer de mama no Brasil, conclui o presidente da SBM.
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AGÊNCIA BRASIL
Sancionada lei que amplia atendimento a pacientes com dor crônica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que estabelece as diretrizes para o atendimento a pacientes com síndrome de fibromialgia, fadiga crônica, síndrome complexa de dor regional e outras dores crônicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Publicada nesta quinta-feira (26) no Diário Oficial da União, a lei inclui no atendimento integral, previsto em portaria, o acompanhamento nutricional e o fornecimento das medicações.
De acordo com a International Association for the Study of Pain, “dor é uma sensação ou experiência emocional desagradável, associada com dano tecidual real ou potencial”. Há dois tipos de dor, a aguda, que dura até 30 dias, e crônica, com duração maior que 30 dias.
Apesar de parecer simples, o diagnóstico da dor e das síndromes e condições relacionadas a ela é um processo complexo e que, muitas vezes, exige intervenção multidisciplinar no seu tratamento. Por isso, o Ministério da Saúde estabeleceu, desde 2012, um protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para a dor crônica no SUS, por meio de uma portaria.
O projeto de lei tramitou no Congresso Nacional para constituir legalmente o direito de atendimento integral a esses pacientes, por meio das diretrizes já existentes, que receberam ainda algumas complementações, com a inserção da garantia de acompanhamento nutricional, assim como do fornecimento pelo SUS de medicamentos descritos no protocolo.
A lei entrará em vigor dentro de 180 dias, e reforça ainda o direito desses pacientes ao acesso a exames complementares e modalidade terapêuticas como fisioterapia e atividades físicas. Outra medida complementar prevista na lei é a divulgação de informações e orientações sobre as doenças, medidas preventivas e tratamentos possíveis.
Uma regulamentação deverá ser estabelecida ainda para que os pacientes tenham acesso a uma relação de exames, medicamentos e modalidades terapêuticas garantidos pela nova lei.
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DIÁRIO DO ESTADO
Especialistas fazem alerta com primeiros casos de falsificação do Ozempic no Brasil
Compra de fontes não convencionais, especialmente pela internet, é desaconselhada
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou medidas com os primeiros relatos de falsificação e uso não autorizado do medicamento do Ozempic, incluindo a manipulação ilegal e formatos não regulamentados, como implantes. Nesta semana, a Áustria sofreu com um alerta emitido por sua autoridade sanitária após diversos casos de hospitalização devido a falsificações, que resultaram em sérios quadros de hipoglicemia e convulsões.
Foram afetados pelo menos dois lotes do medicamento produzido pela Novo Nordisk e destinado ao tratamento da diabetes tipo 2, que ganhou popularidade por seu uso “off-label” para perda de peso. São MP5C960 e LP6F832, e as ações de fiscalização foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) em 7 de junho e 18 de outubro deste ano, respectivamente.
No caso do primeiro lote, a Anvisa agiu após receber notificação da Novo Nordisk, que identificou unidades com concentração da substância e rótulos em espanhol divergentes do fármaco original. A apreensão refere-se exclusivamente aos medicamentos com concentração de 1 mg. Já o mais recente, LP6F832, foi detectado pela farmacêutica, que notificou a Anvisa na semana passada. No entanto, a Novo Nordisk não reconhece a existência desse lote, tornando qualquer produto da leva considerado falsificado.
Especialistas advertem que comprar Ozempic de fontes não convencionais, especialmente pela internet, é desaconselhado. A segurança está nas farmácias, onde a garantia e o cuidado de armazenamento são assegurados. É essencial verificar todas as embalagens e rótulos, uma vez que muitos sites oferecem preços muito baixos para produtos falsificados. Em caso de dúvida, recomenda-se consultar um médico, orienta Dhiãnah Santini, diretora de educação e campanhas da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Semaglutida
Além da falsificação, especialistas alertam sobre outros formatos ilegais de Ozempic no Brasil, como a manipulação não autorizada da substância semaglutida, o princípio ativo do medicamento. A Novo Nordisk detém a patente, tornando qualquer anúncio de comercialização da semaglutida fora dos produtos da empresa (Ozempic, Rybelsus e Wegovy) falso e ilegal.
Relatos recentes indicam a venda de supostas semaglutidas em formatos de manipulação e implantes subcutâneos, o que preocupa, pois essas práticas são ilegais e não garantem a segurança ou eficácia dos produtos. Os especialistas destacam que a automedicação é arriscada e pode tornar os pacientes mais suscetíveis a versões falsificadas, resultando em complicações graves, como produtos contaminados ou com substâncias desconhecidas.
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METRÓPOLES ONLINE
Apesar da queixa de médicos, enfermeiros podem colocar DIU em mulheres
Após muita polêmica, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal liberou a inserção do Dispositivo Intrauterino, popularmente conhecido como DIU, em mulheres por profissionais da enfermagem. O protocolo foi oficializado por meio da portaria Nº 422, de 23 de outubro de 2023, publicada no Diário Oficial do DF (DODF) de terça-feira (24/10).
Em junho de 2023, o Ministério da Saúde emitiu nota técnica recomendando a inserção do DIU por enfermeiros e médicos. Segundo a pasta, o procedimento deve ser realizado por profissionais capacitados. A paciente deve passar por avaliação clínica e assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Enfermeiros travaram uma batalha técnica e judicial para ter o direito de inserir e retirar o DIU. Instituições representantes de médicos questionaram a competência técnica da enfermagem para o procedimento. No DF, a Justiça chegou a proibir a categoria, mas logo depois reviu a decisão.
Para a deputada distrital Dayse Amarilio (PSB), a decisão da secretaria possibilita a ampliação do acesso à contracepção e representa uma vitória da enfermagem. Segundo a parlamentar, a categoria tem uma grande importância e relevância, principalmente na atenção primária para a resolução das queixas ginecológicas.
“A gente atua muito forte no pré-natal e na contracepção, inclusive com a colocação do DIU, que é um dos métodos mais incentivados pelo Ministério da Saúde, pela segurança e eficácia. Então isso é muito bom, principalmente para quem mais precisa, ou seja, para as populações mais vulneráveis”, comentou a Dayse.
Ciência
Para Elissandro Noronha, presidente do Conselho Regional de Enfermagem do DF (Coren-DF), a decisão é acertada, e está em consonância com a recomendação do Ministério da Saúde.
Segundo Noronha, a medida vai ampliar o acesso da população ao método contraceptivo mais eficiente da atualidade, principalmente entre as mulheres pobres e dependentes do Sistema Único de Saúde (SUS). Para o Coren, enfermeiras e enfermeiros são qualificados para realizar o procedimento.
“Sem dúvidas vai ter gente inescrupulosa aterrorizando a população, alegando riscos de perfuração de útero e outros absurdos. Essa alegação é falsa, pois não existe um caso sequer que comprove isso em todo o país. Querem apenas manter reserva de mercado, colocando o interesse público abaixo de interesses econômicos pessoais”, comentou.
OMS
A diretora de comunicação do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiros-DF), Nayara Jéssica Silva, lembrou que a prática da inserção de DIU por enfermeiros não é uma novidade. É difundida em todo o mundo e estimulada pela Organização Mundial da saúde (OMS).
“Ter um protocolo institucional publicado trás mais segurança para a atuação profissional, padroniza o atendimento, além de fomentar estratégias de capacitação dentro da Secretaria de Saúde, o que consequentemente ampliará o acesso das usuárias do SUS que buscam pelo método”, destacou. Segundo Nayara, compete ao Conselho de Enfermagem questionar e regulamentar a atuação profissional do enfermeiro.
Outro lado
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde, com o Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF) e com o Sindicato dos Médicos do DF (SindMédicos-DF). O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
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O GLOBO
Amil: ao menos cinco investidores estão no páreo para comprar a operadora de planos de saúde
As primeiras propostas para a compra da Amil, terceira maior operadora de saúde do Brasil, já estão na mesa dos dirigentes do United Health Group (UHG), em Minnesota, nos EUA. O grupo americano colocou a operadora de planos de saúde à venda mais uma vez depois de algumas tentativas frustradas.
A Dasa, a empresa americana de private equity Bain Capital , o Coruja Capital e os empresários Nelson Tanure e José Seripieri Filho (fundador da Qualicorp) estão no páreo, segundo fontes a par das negociações.
fecham 1º semestre com lucro de R$ 1,45 bi, apesar de perdas na operação; entenda O valor da operação, no entanto, segue em aberto. Segundo fontes envolvidos, há propostas abaixo e acima dos R$ 10 bilhões desembolsados pela gigante americana ao adquirir, em 2012, a empresa da família Bueno, sua fundadora e atual controladora da Dasa, que seria uma das interessadas na aquisição.
O UHG agora passará a analisar a fundo as propostas para definir quais seguirão para a segunda fase da negociação. Nos bastidores, há quem diga que esse anúncio pode acontecer em cerca de dez dias. Escolhidas as ofertas, a próxima etapa deve durar entre dois e três meses, em verificações de parte a parte, para aquilo que costuma se chamar de proposta firme. Ou seja, é muito possível que o negócio só seja, de fato, fechado em 2024.
Apesar de haver informações de que o prazo para envio de propostas teria se encerrado nesta semana, fontes de mercado acreditam que ainda seja possível a chegada de novas ofertas, que seriam encaminhadas pelo BTG, banco responsável pela negociação, para a avaliação do grupo americano.
Nos últimos dias, muitos rumores circularam no mercado. Entre as diferentes cifras que circularam sobre a operação, chegou-se a falar em R$ 1 bilhão, o que segundo pessoas próximas a negociação estaria longe de ser factível e sequer seria apresentada a UHG.
Apesar do interesse firme em deixar o Brasil, o grupo americano não tem pressa para deixar essa operação. O UHG ocupa a quinta posição no ranking das maiores empresas americanas, segundo o ranking da revista americana Fortune. E reportou receita de US$ 92,4 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Ou seja, os prejuízos acumulados pela não pressionam o caixa do grupo, que segundo fontes, não pretende vender a operação a qualquer preço.
Mas é fato que a decisão do grupo de não fatiar a operação no Brasil, além de reduzir os potenciais compradores, na avaliação de analistas, jogou para baixo o valor da transação.
Entenda:mantêm negativa de cobertura de tratamentos mesmo após nova lei do rol de procedimentos A decisão do UHG de só negociar o pacote fechado foi tomada após uma tentativa frustrada de uma operação de venda em separado da deficitária carteira individual da Amil, no início do ano passado. A operação criou danos à imagem e problemas com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que acabou suspendendo a transferência de mais de 340 mil usuários.
Quem comprar a operação do UHG no Brasil leva ae também a rede Americas. A operadora contabiliza uma carteira com 3,1 milhões de usuários em planos médicos e 2,3 milhões em odontológicos, 19 hospitais e 52 unidades de atendimento, como ambulatórios e centros de diagnóstico. Já a Americas tem 28 centros médicos e clínicas, sete centros de excelência e 12 hospitais.
O comprador terá que ter uma estratégia e recursos para lidar com uma operação deficitária. Aregistrou o maior prejuízo entre as operadoras de planos de saúde no primeiro semestre deste ano, com um resultado negativo de R$ 866 milhões, depois de ter fechado 2022 com perdas de R$ 1,6 bilhão.
Desde janeiro de 2022, comentava-se no mercado que o BTG teria sido contratado pelo UHG para capitanear a saída do grupo do Brasil. Mudanças na liderança da companhia e novas iniciativas, como o retorno da venda de planos individuais, em maio deste ano, porém, pareciam ter colocado esse movimento de lado. Mas de fato agora o processo andou.
Procurados Amil, BTG, Dasa, Tanure e José Seripieri Filho não quiseram comentar a operação. A reportagem não conseguiu localizar representantes do Bain Capital e do Coruja Capital
Conheça os possíveis compradores da
A Dasa é a maior rede de saúde integrada do país, com mais de 40 marcas de laboratórios, hospitais e centros médicos. A companhia é controlada pela família Bueno, fundadora da Amil. A família detém 2% das ações do UHG. Nos bastidores circulou até que poderia ser feita uma operação de troca de papéis na transação, mas que parece já teria sido descartada pelo grupo americano.A gigante de investimentos Bain Capital zerou sua posição na operadora de planos de saúde Hapvida, em agosto, com a venda de R$ 1,3 bilhão em ações em bloco na bolsa. Para a negociação com a Amil, a empresa contaria com Irlau Machado Filho, ex-presidente da NotreDame Intermédica, que deixou a Hapvida em maio deste ano.José Seripieri Filho, mais conhecido como Junior, fundou a Qualicorp, em 1997, maior administradora de benefícios do país, da qual saiu em 2019, iniciando uma nova empreitada com o lançamento da operadora Qsaúde logo em seguida. A QSaúde também já foi vendida pelo empresário.Conhecido pelo seu apetite por empresas em dificuldade, o empresário Nelson Tanure é hoje o maior acionista individual da Light. Ele é controlador de Gafisa e Alliar, acionista de Azevedo & Travassos, WestWing e PetroRio.A Coruja Capital é uma firma de investimento independente, fundada, em 2021, por Marcio Schettini, ex-diretor-geral de varejo do Itaú. A empresa diz ter “como principal objetivo identificar oportunidades de criação de valor com conceitos de negócios superiores e líderes e empreendedores diferenciados.”
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FOLHA DO PLANALTO
Outubro Rosa: colaboradoras da Unimed Federação Centro Brasileira aprenderam sobre a prevenção e diagnóstico do câncer de mama
Em palestra com o mastologista Leonardo Ribeiro Soares, as participantes tiveram a oportunidade de solucionar várias dúvidas
A campanha Outubro Rosa, de conscientização do câncer de mama, não passou em branco na Unimed Federação Centro Brasileira. Nesta quinta-feira, 26, a Federação promoveu uma palestra para as colaboradoras sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, que é o segundo tipo de câncer mais comum entre as brasileiras, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
“Se não aprendermos mais sobre o câncer de mama, continuaremos repetindo aqueles mitos sobre a doença ser uma sentença de morte ou que não é necessário se cuidar”. Foi assim que o médico mastologista Leonardo Ribeiro Soares iniciou a sua apresentação.
Ele relatou que cerca de 30% de tumores em mulheres aparecem nas mamas. Além disso, os diagnósticos estão aumentando em jovens e a suspeita é que o motivo esteja nos hábitos ruins de vida, como alimentação pouco saudável, sedentarismo e exposição à poluição.
“Muitas pacientes me perguntam sobre as taxas de cura e vemos dados mostrando que chegam a 94% em regiões do Brasil”, afirmou o médico, que é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Goiás (SBM-GO). Mas, para alcançar essas chances de recuperação, é preciso fazer o diagnóstico precoce da doença.
Essa identificação rápida passa pela mamografia, que consegue verificar a presença de nódulos pequenos. “É o único exame que detecta as microcalcificações. Por mais que venham outros exames, nada substitui a mamografia”, explicou Leonardo.
O procedimento é indicado a partir dos 40 anos de idade, quando a identificação de tumores se torna mais precisa. Já o ultrassom das mamas é solicitado quando a mulher possui uma mama muito densa e para complementar a mamografia. “Geralmente, esses exames são associados”, observou o médico.
Como surge o câncer de mama?
O médico mastologista mostrou como, no decorrer de anos, algumas células se multiplicam erroneamente, causando o câncer de mama. Segundo ele, a doença é progressiva, o que reforça a necessidade de realização de exames regularmente. “Mesmo quando não conseguimos identificar nada neste ano, podemos fazer o diagnóstico no próximo”.
Todas as mulheres precisam ter esse cuidado, mas existem alguns fatores que requerem atenção extra, como a primeira menstruação antes dos 12 anos, a menopausa tardia (após 55 anos) e fatores genéticos.
Todavia, existem fatores de risco que podem ser alteradas, o que ajuda a evitar o câncer de mama. Quais? A prática de exercícios físicos, controle do peso, não fumar e manter uma alimentação saudável, por exemplo.
O diagnóstico
Mesmo com o resultado da mamografia apontando a existência de tumores, a confirmação do câncer só é feita com uma biópsia, de acordo com Leonardo Soares. Além disso, as mulheres também podem analisar as mamas regularmente, no chamado autoexame, a fim de conhecer melhor o seu corpo e identificar possíveis alterações.
Os sinais de alerta envolvem a sensação de um nódulo duro no seio, saída de secreção sanguinolenta ou transparente pelo mamilo, retração no formato da mama, mamilo invertido, feridas na pele e um aspecto de alergia que não passa.
“Sempre falo às pacientes para não entrar em desespero ao palpar um nódulo pois, felizmente, a maioria é benigna”, esclareceu Leonardo Soares.
Por fim, o médico solucionou as dúvidas das participantes e explicou várias questões comuns quando o assunto é o câncer de mama, como os riscos em quem tem prótese de silicone, quando fazer o teste genético e as situações que tornam a consulta com o mastologista necessária.
Presente para quem se cuida
Em 2022, também foram realizadas ações da campanha Outubro Rosa na Unimed Federação Centro Brasileira. Por isso, neste ano, as colaboradoras passaram por uma pesquisa para saber quais delas se cuidaram contra o câncer de mama. Todas ganharam brindes, e quem comprovou que realizou os exames preventivos e outros cuidados receberá mais presentes!
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Assessoria de Comunicação