Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/11/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES

• Mãe fala sobre bebê que nasceu com microcefalia, em Rio Verde, GO
• Região Leste tem índice alto de infestação e recebe ações hoje

 

TV ANHANGUERA/GOIÁS (clique no link para acessar a matéria)
Mãe fala sobre bebê que nasceu com microcefalia, em Rio Verde, GO
http://g1.globo.com/goias/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/mae-fala-sobre-bebe-que-nasceu-com-microcefalia-em-rio-verde-go/4636994/
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O POPULAR

Região Leste tem índice alto de infestação e recebe ações hoje
Cinco bairros têm números preocupantes de focos do mosquito. Região Noroeste é a que registra mais casos da doença

Cristiane Lima

Cinco bairros da Região Leste de Goiânia estão em situação de risco por causa da dengue. Vila Maricá, Jardim Califórnia, Parque Amendoeiras, Santo Hilário e Conjunto Caiçara apresentam índice de infestação muito acima do que o Ministério da Saúde (MS) considera aceitável. Para que não haja risco de epidemia, o índice de infestação pelo mosquito deve ser de até 1%. Nestes bairros, o número chegou a 4,9%, segundo o Levantamento Rápido da Infestação de Aedes Aegypti (Lira), realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) entre os dias 9 e 13 de novembro e apresentado ontem.
Dentre os cinco, o bairro mais preocupante é o Santo Hilário. A SMS realiza hoje, a partir das 8 horas, uma ação específica para conter o índice de infestação no local. Mais de 80 agentes de saúde e de combate a endemias vão vistoriar todas as casas e estabelecimentos comerciais. “Nossa intenção é visitar 100% das residências e, além de verificar possíveis criadouros, conversar sobre a importância da adesão de todos no combate ao mosquito”, destaca a superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim.
A superintendente acrescenta que, durante o levantamento, foi observado que a maior parte dos criadouros está dentro das casas. “O que nos chamou a atenção é que encontramos muitos pneus infestados. Essa prática pode elevar o índice e, consequentemente, o número de casos da doença.”
Flúvia aponta que vasos e pratinhos de plantas também estão no topo da lista dos locais onde foram encontradas larvas do Aedes, assim como recicláveis e até vasos sanitários dentro das casas. “Se a água ficar parada, o mosquito vai se aproveitar e vai reproduzir.”
Noroeste
Do outro lado da cidade, na Região Noroeste, o índice de infestação ficou abaixo de 2%, dentro da média da capital, que foi de 1,5%. Apesar disso, esta é a região com mais casos confirmados da doença. No bairro Morada do Sol, por exemplo, tem morador fazendo o que pode para evitar a doença. A dona de casa Maria Ribeiro do Prado, de 83 anos, e o marido, Manoel Jerônimo do Prado, de 86 anos, checam os possíveis criadouros todos os dias.
Eles ainda não tiveram dengue, mas creditam isso a Deus. “Todos nossos vizinhos já tiveram a doença. Nós fazemos a nossa parte e cobramos dos amigos e parentes, que façam a deles também. Na nossa idade, ter dengue pode ser ainda mais perigoso”, diz Maria. O marido, que é pastor evangélico, também cobra empenho dos fiéis. “Todos têm fazer. A dengue pode matar e o cuidado pode ser feito por qualquer pessoa, até pelas crianças”, diz o marido.
Na casa de Maria e Manoel, diversos vasos de plantas ficam suspensos e os pratinhos foram dispensados para não acumular água. A esposa varre o quintal todos os dias e o marido cuida dos objetos. Baldes, ferramentas e latões de lixo ficam guardados em uma área coberta. A água do gato do casal e até a dos passarinhos é trocada duas vezes ao dia.
Enquanto a prefeitura aponta que os criadouros estão dentro das casas, moradores reclamam da coleta de lixo e entulho na região. A operadora de caixa Leiliane Sousa Pinto, de 27 anos, reclama dos resíduos na porta do seu trabalho, na Avenida Mangalô. “Tem mais ou menos 15 dias que esse entulho está aqui na porta e ninguém tira. Não sei quem colocou, mas alguém tem que tirar. A cada chuva, mais mosquitos entram em circulação. Eu mesma já tive dengue esse ano.”

Números de 2015 são superiores aos registrados no ano passado

Em geral, o índice de infestação de dengue na capital ficou em 1,5%. Para a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal (SMS), Flúvia Amorim, esta é a quantidade aproximada de casas ou comércios com foco doAedes Aegypti. Ela acrescenta que nenhum lugar em Goiânia registrou índice de 1%, que é o preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) para que não haja risco de epidemia. Entre 1% e 3,9%, há estado de alerta. Acima disso, o risco já passa a ser de epidemia (veja quadro).
Bairros da regiões Norte e Sudoeste estão em estado de alerta. Nos bairros Jaó e Santa Genoveva, por exemplo, o índice é de 3,6%, muito perto do risco de epidemia. O Levantamento Rápido da Infestação de Aedes Aegypti (Lira) é realizado em média 5 vezes por ano, sendo 2 vezes durante o tempo seco e outras 3 vezes no chuvoso. Ano passado, no dia 2 de dezembro, a SMS apontou que, por conta das chuvas registradas no início de novembro, o índice de infestação do mosquito havia subido de 0,5% para 2%. O número de casos quadruplicou.
O informe técnico da dengue mostrou que, em 2015, até a 46ª semana epidemiológica (21 de novembro), foram notificados 76.699 casos, com incidência de 5.412 para cada 100.000 habitantes. Esta é a maior epidemia da doença registrada. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, observa-se um aumento de 190% no número de casos. Até o dia 26 de novembro de 2014, haviam sido notificados 26.316 casos de dengue. Neste ano já foram registradas 31 mortes por dengue. Em 2014, até dia 26, foram confirmadas 18 mortes pela doença.

Zika vírus é motivo de preocupação

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fez alerta para que todas as unidades de saúde monitorem os casos de dengue que tenham alguma semelhança com sintomas do zika vírus. Superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim informa que o início do período chuvoso pode aumentar a circulação do mosquito e, consequentemente, do vírus. “Apesar de não haver nenhum caso da doença confirmado em Goiás, é importante evitar o criadouro para mantê-lo longe daqui.”
Presidente da associação de moradores do bairro Morada do Sol, Marcelo Souza Correia também é agente de saúde. Ele informa que a população tem que cuidar de seus quintais, mas também evitar de jogar lixo nas ruas, áreas públicas e lotes vagos. Na Praça Antares, por exemplo, havia ontem à tarde, entulho e restos de podas de árvores dispensadas em um canto. Também havia sacos pretos de lixo doméstico. “Há mais ou menos uma semana, a Prefeitura tirou todo o entulho daqui e agora já tem essa quantidade de lixo novamente”, afirma o presidente da associação.
Correia tem visitado casas para conversar com moradores e pedir mais engajamento. “Tivemos altos índices da doença no começo do ano e isto tem impactos sérios na rede de saúde, nas empresas. Agora o índice está menor, mas não podemos descuidar.”
Educação
No Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) do bairro, a diretora Dallas Mendes diz que tem investido no tema com os alunos. “O ano todo falamos sobre isso e temos uma semana específica sobre o assunto. Esperamos que essas crianças sejam mais conscientes no futuro.” As visitas também são feitas em escolas, unidades de saúde, igreja. Nestes locais, os diretores são chamados a cobrar participação de todos.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação