Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27 A 29/04/19

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Dentista se passa por médico e promete até a cura do câncer
Cais de Campinas só com um pediatra para atender as internações e os casos mais graves
Medicina na internet representa risco iminente a pacientes
“O que a secretária de Saúde faz em Goiânia é criminoso”, denuncia vereadora ao visitar Cais
Centro-Oeste precisa de mais médicos especialistas
Acordo com prefeitura garante R$ 100 mil por mês
Em crise financeira, Santa Casa quer retomar convênio


RECORD

Dentista se passa por médico e promete até a cura do câncer
https://recordtv.r7.com/domingo-espetacular/videos/dentista-se-passa-por-medico-e-promete-ate-a-cura-do-cancer-28042019?fbclid=IwAR1lIGYQDtbJtWVuFElMEmtcuO9Llj3s9PDT7W5JfGVRqsC6y-epHo-XqB8

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TV ANHANGUERA

Cais de Campinas só com um pediatra para atender as internações e os casos mais graves
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/cais-de-campinas-so-com-um-pediatra-para-atender-as-internacoes-e-os-casos-mais-graves/7574316/
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JORNAL OPÇÃO

Medicina na internet representa risco iminente a pacientes

Cerca de 25 casos são apurados mensalmente. Segundo Cremego, diversos médicos já foram apenados este ano pelo uso indevido do WhatsApp, Instagram, Facebook e outras ferramentas
Com a emancipação das redes e o consumo desenfreado da internet, o marketing nas mídias digitais tem se tornado ferramenta essencial para atrair clientela e fechar negócios. Acontece que, ao se tratar da medicina, o assunto se torna automaticamente mais delicado.
Antes de vender o peixe na internet, é preciso se ater às diversas recomendações destinadas aos profissionais da área. O problema é que, alguns, pouco importam; extrapolam os limites e fisgam pacientes.
Toda e qualquer divulgação feita por médicos deve seguir as resoluções do Conselho Federal de Medicina. "Os médicos até podem fazer publicidade, mas elas devem ser sóbrias e não sensacionalistas como comumente vemos", explica o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Leonardo Mariano Reis. "A intenção por trás do Código de Ética é proteger os pacientes vulneráveis à propagandas enganosas e divulgação de falsos resultados nas redes."

Em Goiás, os indícios e denúncias são apurados pelo Cremego por meio da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Condame). Havendo qualquer princípio de irregularidade, o Conselho convoca o médico e o orienta sobre as normas corretas. "Se a infração persiste, é instaurada uma sindicância e o profissional pode ser punido de acordo com as penas previstas. Elas vão da advertência confidencial à cassação do registro", ressalta o presidente.
Leonardo Mariano Reis: "Os médicos até podem fazer publicidade, mas elas devem ser sóbrias e não sensacionalistas como comumente vemos" / Foto: Reprodução
As apurações tramitam em sigilo. Ao todo, são cerca de 25 casos por mês. "Este ano já tivemos diversos médicosapenados pelo uso indevido do WhatsApp, Instagram, Facebook e outras ferramentas para divulgação ilegal da medicina. Normalmente as denúncias são feitas por outros médicos e a maioria absoluta dos casos estão ligados à dermatologia ou cirurgias plásticas", destaca o presidente.
Atuação preventiva
Para alertar a população sobre falhas no uso de redes sociais, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Goiás (SBPC-GO) desenvolve, desde 2016, uma campanha de orientação aos médicos e pacientes. A ideia é alertar sobre os perigos na busca de informações médicas na internet.
Segundo a Sociedade, o que muitos integrantes desses grupos ignoram é que, ao buscar informações nas redes sociais sobre cirurgias e tratamentos, os pacientes podem estar expostos a graves riscos. "A SBPC-GO tem se deparado com um grande número de grupos criados por pessoas leigas e, muitos deles, associados a médicos sem o conhecimento ou autorização destes profissionais", expõe a instituição por meio de comunicado. 
"Nos grupos formados quase sempre por mulheres, pacientes que já se submeteram a cirurgias plásticas trocam informações e indicações de médicos, procedimentos e até medicamentos com pessoas que pretendem passar pela operação". A SBPC-GO reforça que por meio do compartilhamento de imagens supostamente registradas antes e depois das cirurgias, administradores e integrantes de diversos grupos "exibem o sucesso de suas operações".
Segundo o presidente da SBCP-GO, Sérgio Augusto da Conceição, o que pode parecer uma inocente troca de informações entre essas mulheres, na verdade, pode induzir a candidata a paciente à escolha inadequada do médico, da técnica e até na sequência do tratamento pré e pós-cirúrgico.
Sérgio Augusto da Conceição: "O resultado alcançado por uma paciente poderá não ser atingido pela outra" / Foto: Reprodução
"Somente o médico, após uma detalhada consulta e exames, pode dizer qual o melhor tratamento para cada paciente", alerta. Para ele, nem sempre o que é bom para uma pessoa, será para a outra. A norma vale também para os resultados exibidos em fotos. "O resultado alcançado por uma paciente poderá não ser atingido pela outra e escolher o médico confiando nestas fotos é um grande erro, além de ser constrangedor a exposição íntima das pacientes", afirma.
A participação direta ou indireta de médicos nestes grupos fere a ética médica. A criação de grupos de WhatsApp de um determinado profissional da medicina também fere o sigilo ao expor as pacientes. Por isso, a SBCP-GO tem atuado para coibir o problema de maneira a monitorar as publicações por meio de sua Comissão de Mídias Sociais, orientando os cirurgiões plásticos e encaminhando denúncias de indícios de irregularidades ao Conselho de Medicina.
"Ao escolher um médico, verifique se ele é especialista em cirurgia plástica, procure esclarecer suas dúvidas nas consultas presenciais e converse com outros pacientes, mas não se deixe enganar por publicações de pessoas [possíveis agenciadoras] que podem estar levando vantagens para promover determinado profissional", orienta o presidente.
Procedimento fracassado
A morte da bancária Lilian Calixto, após ser submetida a um procedimento estético no Rio de Janeiro, ganhou atenção da grande mídia no ano passado. Ela, que foi operada por Denis Cesar Barros Furtado, popularmente conhecido como Doutor Bumbum, e morreu com suspeita de uma embolia pulmonar após uso excessivo de polimetilmetacrilato (PMMA) para aumentar os glúteos.
Mensagem divulgada no perfil de Denis Furtado, popularmente conhecido como Doutor Bumbum / Foto: Reprodução/Internet
Furtado tem vida ativa nas redes sociais. Seus perfis na internet chegaram a registrar mais de um milhão de seguidores. Após o fracasso do procedimento estético em Calixto, acabou preso.
Segundo o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, Furtado não tinha autorização para exercer medicina na cidade. Sua mãe, Maria de Fátima, também foi presa. Ela, que também era médica, teve seu registro cassado no ano de 2015. Ela foi acusada de fazer propaganda enganosa nas redes, divulgando métodos com resultados desconhecidos pela medicina.
Discussão do tema
O Cremego também tem se dedicado a orientar e prevenir infrações como: divulgação irregular de conteúdo, anúncios de especialidades médicas não registradas ou não reconhecidas, promessa de resultados, autopromoção e outras atitudes comumente identificadas.
As orientações são feitas em audiências ou por meio de trabalhos educativos. No dia 16 de maio, às 19 horas, o Conselho promoverá uma reunião plenária para debater o assunto. Na ocasião, serão discutidas as divulgações realizadas por estes profissionais, seja em cartão de visitas, na fachada de consultórios, em guias médicos, em painéis internos de hospitais e, claro, nas postagens das redes.
O objetivo do encontro será  esclarecer dúvidas e orientar a classe médica sobre o que pode e o que não pode ser divulgado, os limites das interações com pacientes, publicações em sites e anúncios, exigências para a identificação do profissional nestas publicações e outros temas relacionados às resoluções vigentes. O encontro ocorrerá na sede da Cremego, localizada na Rua T-27, 148, no Setor Bueno. A entrada é franca e todos podem participar.
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Atendimento precário
“O que a secretária de Saúde faz em Goiânia é criminoso”, denuncia vereadora ao visitar Cais

Por Rafael Oliveira

Vereadores e conselheiros tutelares visitaram o Cais de Campinas no sábado, 27, e encontraram dezenas de crianças sem atendimento
A comitiva de vereadores e conselheiros tutelares liderados pela vereadora Priscilla Tejota (PSD) encontrou apenas um médico pediatra na escala de plantão do Cais de Campinas. Do outro lado da recepção, dezenas de pais e crianças recebiam orientação para se dirigirem a outra unidade de saúde. O médico pediatra de plantão atende apenas urgência e os pacientes internados. A visita aconteceu no sábado, 27, pela manhã. Além de Priscilla Tejota, vários conselheiros tutelares de Goiânia e a vereadora Sabrina Garcêz (PTB) acompanharam a inspeção.
De acordo com a parlamentar, as famílias têm encontrado dificuldade de atendimento às crianças devido à centralização da emergência pediátrica no Cais de Campinas. “Chegamos aqui e não tem a escala de médicos divulgada na parede. Apenas um médico atende urgência e pacientes internados e ainda encontramos crianças vindo de outras unidades”, denuncia a vereadora.
Os servidores da unidade de saúde estão sob stress contínuo, segundo a vereadora, e encaminham as pessoas que procuram atendimento ao Hospital Materno Infantil ou Aparecida de Goiânia. Encontramos também uma criança com o mesmo caso do jovem Diogo, falecido há pouco tempo sem atendimento”, conta a parlamentar.
A criança com o caso semelhante ao de Diogo foi atendida no Cais de Campinas na semana passada e liberada pela equipe médica, mesmo com sintomas de insônia e falta de apetite. Segundo relatos da vereadora, a criança não come e não dorme e os médicos não solicitaram nenhum exame complementar para o diagnóstico. Aliás, o diagnóstico foi de virose.
A família da criança conseguiu dinheiro emprestado para realizar algumas tomografias. O laudo revelou dois tumores. No sábado, 27, a criança estava no Cais de Campinas, sem atendimento, aguardando encaminhamento para o Hospital Araújo Jorge.
Ministério Público
A vereadora Priscilla Tejota e Sabrina Garcêz conseguiram uma reunião com o Ministério Público Estadual na segunda-feira, 29. “Vamos pedir aos procuradores a descentralização do atendimento pediátrico. Não há mais o que ser feito. Não adianta esperar edital. Ela [Fátima Mrué] precisa tomar uma solução imediata. O que a secretária faz em Goiânia é criminoso”, resume Tejota.
O conselheiro tutelar de Goiânia Diego Peres afirmou que acampará no Cais, se for preciso. “Não dá mais para engolir a história do prefeito [Iris Rezende] de que está tudo bem. O prefeito nem recebe os conselheiros tutelares”, dispara Peres.
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GAZETA DO ESTADO

Centro-Oeste precisa de mais médicos especialistas
Valdevane Rosa

Um grande desafio para assistência à saúde no Brasil é a grande desigualdade na distribuição de profissionais médicos pelo País. Segundo dados da pesquisa Demografia Médica no Brasil 2018, feita pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), só a região Sudeste concentra mais da metade dos médicos de todo o País (54,1%). A situação se agrava quanto aos médicos especialistas, com o Sudeste abrigando 54,2% dos especialistas médicos de todo o Brasil. Segundo o mesmo levantamento, a região Centro-Oeste abriga 8,3% dos médicos brasileiros e 8,7% dos profissionais com especialização.
Para especialistas, muito dessa má distribuição de profissionais médicos pelo território nacional está relacionada à falta de oferta de estrutura necessária para abertura de novas vagas em programas de residência médica. As regiões Sudeste e Sul, além de grande densidade populacional, também oferecem mais estruturas médicas para criação de programas e cursos de residência médica.
O ginecologista e obstetra Tárik Kassem Saidah, vice-presidente do Conselho Estadual de Residência Médica(Cerem) e coordenador da Comissão de Residência Médica (Coreme) da Unievangélica, em Anápolis, explica que ampliar a infraestrutura hospitalar, seja com investimentos públicos ou privados, contribui para o fortalecimento de uma região ou cidade como referência na área médica.
"O fornecimento de novos serviços na área da saúde, aliado ao aumento de vagas de residência médica, juntamente com a faculdade instalada na região, é um atrativo para que aumente cada vez mais a procura pela medicina da cidade e assim se promova a melhoria constante da qualidade dos serviços médicos oferecidos na região", afirma o coordenador da Comissão de Residência Médica da Unievangélica.
Carência
Conforme a pesquisa Demografia Médica no Brasil, 56,7% das vagas autorizadas para residência médica no País estão no Sudeste, só o Estado de São Paulo possui 33,2%. Entre as grandes regiões brasileiras, o Centro-Oeste é a segunda com o menor percentual de postos de especialização médica ofertados, com 6,7%, á frente apenas do Norte do País, com 4,1%. Goiás acumula 1,9% das vagas em curso de especialização médica. Ao todo, existem em todo Brasil, conforme dados de 2017, 6.574 programas de residência médica ofertados por 790 instituições credenciadas pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
Em Goiás, existem 26 instituições médicas credenciadas pela CNRM a oferecer programas de especialização, destas, 23 estão localizadas na Grande Goiânia. No interior, apenas as cidades de Rio Verde e Anápolis contam com instituições que oferecem programas de residência médica.
Mas apesar da carência de especialistas em muitas regiões, dados do estudo feito pela Faculdade de Medicina da USP apontam que cerca de 40% das vagas de residência médica geradas no Brasil não são preenchidas. Conforme a pesquisa, Goiás gerou 449 vagas de residência médica, sendo que 38,8% deste total não foi preenchido.
Tárik Saidah pontua que nos últimos anos houve no Brasil uma política de abertura de cursos de medicinaacompanhada de um incentivo de abertura de vagas para residência médica, então alguns lugares ofertaram vagas sem se preocupar com a questão estrutural. Ele explica que "apesar de haver uma fiscalização quando da solicitação de abertura de vagas ao MEC, que checa se o campo de estudo está propício e se há toda a infraestrutura necessária, ocorre de faltar algum médico preceptor (orientador) ou outros dificuldades internas que comprometem o estágio".
Para o médico, a não ocupação das vagas em residência médica, mesmo com uma carência de médicosespecialistas, pode ocorrer  devido a desistências no decorrer do curso, por diversos fatores, incluindo questões pessoais do profissional, que muitas vezes muda de cidade, ou até mesmo insatisfação quanto a qualidade dos cursos. De acordo com o médico, é necessário gerar novas vagas para residência médica; porém, qualificar os postos é ainda mais importante, uma vez que mesmo onde existem muitas vagas, elas podem não ser ocupadas totalmente. "Penso que a quantidade não vai superar a qualidade. Não adiantaria abrir vários campos de estágio para residência e esse profissional não sair com a qualificação adequada" enfatiza.
Em Anápolis
Mas, segundo Tárik Saidah, Anápolis apresenta um cenário diferente, tendo preenchido todas  as vagas de residência médica abertas até o momento na cidade. Segundo o médico, a cidade, que é referência direta em assistência à saúde para dez cidades vizinhas e indiretamente para outros 50 municípios, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), tem um grande potencial para abrigar novas estruturas médicas para geração de novas vagas em residência médica.
Como coordenador da Comissão de Residência Médica (Coreme) da Unievangélica, Tárik Saidah informa que a instituição tem capacidade para ampliação de vagas de especialização médica em áreas estratégicas, tanto para a universidade como para o município, mas é necessário cumprir os requisitos. Para ele, a instalação de novos empreendimentos que contemplem atendimento em especialidades de alta complexidade e com infraestrutura adequada deve contribuir com a ampliação do número de residências médicas. "Temos bons campos de estágio em Anápolis, mas estamos abertos a novas parcerias para ampliar o leque para novas áreas, tendo também a oportunidade de agregar melhorias na qualidade. Isso é o mais importante", frisa.
O programa de residência médica na Unievangélica começou em 2012 com oito vagas ocupadas, quatro anos após o início da oferta do curso de medicina. Hoje existem em Anápolis 73 médicos residentes em geral, formados no município e advindos de outras cidades e Estados. A universidade oferece residência médica nas áreas de anestesia, cardiologia, clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, medicina geral e da família, neonatologia, ortopedia e pediatria. Atualmente, a instituição forma cerca de 60 médicos na graduação por semestre e estão caminhando para alcançar o número de 80 formandos/semestre.
Novo empreendimento
A cidade de Anápolis receberá em breve o lançamento do primeiro complexo imobiliário mixed use com foco na área da saúde, o que poderá contribuir para a formação de mais especialistas. O projeto desenvolvido pelo grupo empreendedor formado pelas empresas Atmo Desenvolvimento Imobiliário, ABL Prime e Queiroz Silveira Incorporadora, contará com cooperação técnica do renomado Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. O complexo envolverá um hospital de alta complexidade, centro clínico, um shopping center e  home service – torre residencial com diferenciais na parte de serviços e outras novidades.
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O POPULAR

Acordo com prefeitura garante R$ 100 mil por mês
Carol Almeida
Para evitar o agravamento da situação financeira da Santa Casa de Misericórdia de Anápolis, lideranças políticas da cidade foram procuradas pela direção do hospital e, na última sexta-feira, um convênio foi assinado com a prefeitura local.
Publicado em edição extraordinária do Diário Oficial do município naquele mesmo dia, o novo acordo prevê destinação de R$ 600 mil oriundos do Fundo Municipal de Saúde para a Fundação de Assistência Social de Anápolis (Fasa), gestora do hospital, durante seis meses, para o funcionamento da UTI pediátrica. Duas das parcelas mensais, de R$ 100 mil, foram antecipadas pelo Executivo municipal, com o pagamento de R$ 200 mil.
Até 2014, um outro convênio municipal garantia repasses de R$ 129 mil.
"Conseguimos o recurso para que se mantivesse a UTI aberta por mais um período. Mas isso não vai resolver, vai amenizar. Estamos devendo ainda", frisa o diretor-geral do hospital, Cláudio Campos.
"Não estamos conseguindo fechar escala de plantão. Sem o dinheiro, dificulta a contratação de plantonistas. É um colapso na estrutura da instituição", continua Campos.
Diretor da Central de Regulação de Anápolis, que trata da operacionalização do agendamento e da regulamentação de procedimentos médicos, Danianne Marinho e Silva garante que não tem ocorrido problemas no encaminhamento de pacientes para a Santa Casa de Misericórdia, mas também menciona os prejuízos no atendimento em regime de plantão, já que o hospital é do tipo "portas abertas".
"Por ser um hospital com UTI cirúrgica, voltada para oncologia e também com porta de entrada pra urgência e emergência, considero mais uma vitória o trabalho realizado", analisa Silva.
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Em crise financeira, Santa Casa quer retomar convênio

Repasses do governo estadual chegaram ao fim em 2018 e impasse com a atual gestão é se assina um novo ou retoma antigo, de olho em R$ 1,7 milhão
Carol Almeida
A Santa Casa de Misericórdia de Anápolis e a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) vivem um impasse devido à não renovação de um convênio existente entre as partes até o fim do ano passado. O acordo em questão, firmado em 2016, tratava do financiamento e da transferência de recursos estaduais para o custeio de serviços de saúde da unidade, entre eles as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e não foi renovado pela atual gestão estadual. Com isso, repasses mensais de cerca de R$ 429 mil deixaram de chegar ao hospital.
A SES-GO afirma ter interesse em realizar novo contrato com a Santa Casa e diz que "metas e valores de futuros repasses" estão sendo definidos por equipes técnicas. A diretoria do hospital, porém, alega que a pasta tem se posicionado de forma favorável à assinatura de um novo convênio, válido a partir de maio, e não de uma renovação do atual.
O intuito do Estado, segundo o diretor-geral do hospital, Cláudio Campos, seria não realizar o pagamento retroativo referente ao período de serviço prestado em 2018, cujo total é de R$ 1,7 milhão pelos quatro meses, com o argumento de que a medida não teria legalidade.
"Um novo convênio está em análise. Provavelmente, só no fim de maio teremos uma resposta para o pagamento. Mas não será a partir de janeiro. Há o acúmulo (dos gastos) de janeiro a maio. De quem é essa responsabilidade? Nós não paramos a rede. As dívidas são por falta desse custeio", diz Campos, que afirma ter pedido agilidade à SES-GO, a fim de diminuir o tempo sem a verba, mas não teve sucesso.
A secretaria foi procurada pela reportagem para se manifestar sobre a alegação da direção da Santa Casa, mas não houve uma nova resposta até o fechamento desta edição.
Ameaça
Segundo o diretor-geral Cláudio Campos, a divisão da verba do convênio era feita direcionando R$ 129 mil para a qualificação de UTIs e R$ 300 mil para uma rede de serviços regionalizada, com maternidade, urgência e emergência e Unidades de Assistência de Alta Complexidade (Unacons), voltadas para tratamento de câncer.
Diante da falta dos recursos, a Santa Casa teria acumulado dívidas e, atualmente, teria déficit orçamentário de R$ 900 mil por mês.
Entre as pendências, estariam aquelas com a empresa contratada para gerir o setor de UTI pediátrica, que, segundo o gestor, teria ameaçado deixar de prestar serviços a partir de 1º de maio, culminando no fechamento dos dez leitos.
Referência
Com 30 leitos de UTI destinados exclusivamente ao Sistema Único de Saúde (SUS), divididos igualmente entre atendimento adulto, pediátrico e neonatal, a Santa Casa de Misericórdia de Anápolis é considerada referência em atendimento de alta complexidade na Macrorregião de Saúde Centro-Norte do Estado, que inclui 60 municípios incluídos. A rede de serviços regionalizada também opera pelo sistema público.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação