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DESTAQUES DE HOJE
· Procura-se pediatra
· Referências da Saúde – Hospital Santa Joana melhora performance com reorganização assistencial
· Novo Modelo – Unimed Maringá foca em treinamento para aprimorar liderança
· Verba para o Hospital das Clínicas
· Coluna Giro – Pergunta para Fernando Machado – Secretário da Saúde
· Brasileiras fazem três vezes menos mamografias do que recomenda a OMS
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O HOJE
Procura-se pediatra
No início do ano, a falta de pediatras aumenta em até 50%. Para os pais é mais um tormento a ser enfrentado
Marcelo Tavares
Os meses de dezembro e janeiro significam luta para os pais que precisam de atendimento pediátrico para os filhos. Aliada à falta de profissionais da área, nessa época de férias, a situação fica mais crítica porque muitos médicos optam por tirar férias ou entrar em recesso devido às comemorações de fim de ano.
Diante desse cenário, conseguir uma consulta é quase impossível. Até mesmo quem tem plano privado de saúde enfrenta grandes dificuldades para encontrar profissionais disponíveis em clínicas ou hospitais.
A enfermeira Cristiane Lima, de 33 anos, lembra que o período de férias é ideal para procurar atendimento médico para as crianças porque fica mais fácil conciliar a agenda de trabalho com a dos filhos que estão em férias escolares.
No entanto, ela admite que esbarra no fato dos profissionais estarem de recesso. “Ou você marca com bastante antecedência ou a única solução é buscar atendimento nas urgências e emergências”, comenta.
“Se durante o ano já é complicado conseguir vaga, no fim de ano, a situação piora mais ainda. O sofrimento aumenta porque não encontramos vagas com nenhum médico”, destaca a enfermeira, que tem dois filhos pequenos, Márcio Vinícius Vieira Costa Santos, de 9 anos, e Miquéias Gabriel Costa Santos, de apenas dois meses.
Cristiane explica que até para quem possui plano de saúde a situação é difícil. Ela diz que para conseguir uma consulta com pediatra para os dois filhos, que estão inclusos em um plano de assistência particular que custa mensalmente cerca de R$600, é preciso sair de uma consulta com a próxima já marcada.
O pediatra Rosseny da Costa Júnior, que atende em um consultório particular e também em unidades de saúde do município e do Estado, reconhece que no período de férias há um crescimento de pelo menos 50% na procura por atendimento médico. “A demanda é grande em qualquer época, mas em dezembro e janeiro, a procura por consultas de rotina aumenta bastante”, destaca o profissional.
Demanda maior
Apesar da elevação na demanda, o médico diz que não é possível aumentar o número de pacientes atendidos porque trabalha com horário marcado. Rosseny atende, em média, 30 crianças por dia durante quatro dias na semana. O pediatra explica que os atendimentos são para pacientes que não estão doentes, mas que procuram o serviço para fazer exames exigidos pela direção das escolas nas atividades de educação física ou para um check-up.
De acordo com ele, quem busca uma vaga com o profissional precisa ter um pouco de paciência. “Hoje, por exemplo, quem quer marcar uma consulta só tem vaga para o mês de fevereiro”, conta.
Rosseny Júnior comenta que o que contribui para esse quadro é a falta de pediatras que não têm interesse em fazer atendimento em consultório. O médico diz que na clínica onde trabalha, o número de profissionais caiu de 22 para sete nos últimos sete anos. Segundo ele, a falta de interesse na especialidade é gerada pela baixa remuneração.
Se a situação é ruim para quem procura atendimento particular, na rede pública a realidade é pior ainda, onde os poucos pediatras estão sendo deslocados para atendimento nas urgências e emergências.
“Está faltando estímulo para o profissional trabalhar na rede pública. Falta, por exemplo, a criação de plano de carreira como existem para os juízes e outros profissionais. Hoje, o que recebo por mês na prefeitura ganho em dois dias no consultório. Já coloquei na minha cabeça que trabalho como voluntário porque gosto. Se receber bem, se não amém. Se você for pensar em dinheiro, não trabalha na rede pública”, acrescenta o pediatra.
Cremego acredita em melhorias para breve
Mas para o presidente do Conselho Regional de Medicina em Goiás (Cremego), Erso Guimarães, não falta pediatra, mas o que houve foi uma diminuição de interesse na especialidade devido à remuneração ser igual às de outras áreas e este profissional ter maior exigência porque precisa fazer acompanhamento mais de perto do paciente, justamente por ele ser criança.
Sobre a falta de vagas, Guimarães afirma que, como qualquer outra área, o médico tem férias e naturalmente há uma maior restrição no período de fim de ano. Em relação ao número restrito de profissionais na pediatria, ele ressalta que em um ou dois anos é possível que o problema seja sanado justamente pela maior procura este ano para a residência na pediatria. “Muitos estudantes estão interessados na área justamente porque está sendo noticiado que há carência de médicos pediatras.”
Através de sua assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que atualmente 182 pediatras fazem o atendimento do público infantil em consultórios e nas urgências e emergências da Capital. Lembrando que o atendimento neste último setor está concentrado em quatro unidades, que são os Cais de Campinas e Novo Mundo, Hospital das Clínicas e Materno Infantil. (M. T.) 29/12/14
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SAÚDE WEB 365
REFERÊNCIAS DA SAÚDE
Hospital Santa Joana melhora performance com reorganização assistencial
Com uma visão mais ampla do negócio, instituição colhe resultados, entre eles, menores taxas de infecção
Um projeto totalmente voltado para os métodos de trabalho tem mudado, desde o início de 2013, a rotina do Hospital Santa Joana, em Recife (PE). No Melhores Práticas, cada unidade assistencial passou a ser vista de forma mais ampla, relacionando o desempenho com a estratégia da instituição.
“Formamos internamente uma área de Planejamento e Gestão da Qualidade, com uma equipe contratada que detém essa metodologia. Funciona como um setor de inteligência para essa mudança de cultura. Para, além do assistencial, a gente ter uma visão mais ampla do negócio”, comenta a diretora-executiva do hospital, Juliana Maranhão.
Para a formatação deste modelo, foram selecionados indicadores que devem ser monitorados por cada área e seus respectivos gestores médicos, levando em consideração o impacto na qualidade e segurança da assistência, os custos institucionais, o prazo de entrega ou até o retorno dos investimentos. Para o acompanhamento, cada indicador leva um objetivo ou meta com prazo a ser atingido. E a administração desses dados, que antes era centralizada na alta gestão, agora tem um modelo mais sistematizado.
“É fundamental o apoio do primeiro nível da direção, as reuniões acabam sendo muito ricas. Nelas surgem demandas por novos indicadores, porque você acaba querendo buscar novas informações. Por outro lado, se eu tiver um indicador que está atingindo aquela meta o tempo inteiro, que virou uma rotina, somos obrigados a buscar um novo objetivo”, acrescenta Juliana.
Para acompanhar os resultados e trabalhar no fluxo de informações gerado, foi feita uma parceria com a Consultoria Falconi (antigo Instituto de Desenvolvimento Gerencial, INDG). No hospital, a área responsável é o Serviço de Arquivamento Médico e Estatístico (SAME).
“A gente percebia que os médicos assistenciais e os gerentes de área sabiam de tudo sobre a assistência, mas dominavam pouco a gestão da unidade. Mal sabiam, por exemplo, qual era a taxa de mortalidade ali”, explica a gerente médica do SAME, Erica Souza.
“Um exemplo: na terapia intensiva não tínhamos os scores de mortalidade, que é avaliar o risco de morte que o paciente tem de acordo com a patologia e a condição clínica de entrada. Então agora, no final do mês, a gente consegue medir que o risco de morte era de 30% e que a mortalidade foi de 15%, por exemplo. Dá para medir e saber que, se a mortalidade tivesse sido de 50%, a assistência não estava num bom nível”, conta.
Como resultado dessa alteração na forma de trabalho, o Santa Joana também já cita resultados como a redução das taxas de infecção e a melhoria de performance administrativa (como aumento da taxa de ocupação e redução do tempo médio de permanência) etc. Aliás, o Melhores Práticas não é um projeto datado, e sim um método implementado na rotina do hospital – o investimento não foi revelado em razão de um termo de confidencialidade.
“A rotina é sempre crescente. No começo era mais enxuto, e agora temos, por exemplo, a unidade de transplante trabalhando dessa forma. A ideia é que tudo que for agregado à área assistencial seja administrado com números”, finaliza Erica.
*Para ler a revista Saúde Business, que traz o estudo completo “Referências da Saúde 2014”, CLIQUE AQUI : http://saudebusiness365.com.br/revistadigital/ (29/12/14)
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NOVO MODELO
Unimed Maringá foca em treinamento para aprimorar liderança
O objetivo é promover um alinhamento mais eficaz entre as lideranças o que, consequentemente, gera resultados positivos para toda a equipe
A Unimed Maringá começará 2015 com uma atuação mais eficiente das lideranças junto às suas equipes. Durante quase quatro meses, os 33 profissionais da área receberam treinamento da Escola de Líderes sobre liderança e coaching, comunicação, feedback, delegação, tomada de decisões, visão estratégica, e missão, visão, valores e cultura de um líder. Foram 12 encontros ministrados por uma empresa especializada.
O objetivo é promover um alinhamento mais eficaz entre as lideranças o que, consequentemente, gera resultados positivos para toda a equipe. Antes do início da Escola de Líderes, uma Análise de Perfil Pessoal (PPA) foi realizada individualmente com os gestores para que tivessem a oportunidade de avaliar seus trabalhos e desenvolver melhor as discussões nos encontros. Foram avaliados os fatores dominância, influência, tarefas e normas. O estudo detectou se o perfil do líder é compatível com a função que ele ocupa na cooperativa. O resultado indicou um perfil de líderes com grande sobrecarga de execução de tarefas: era preciso exercitar a dominância e a influência. Os temas da escola foram definidos com base nessa análise e levando-se em conta também o perfil organizacional da cooperativa.
O gerente geral da empresa, Evandro Gomes Garcia, reforça que objetivo da escola é fazer com que os líderes tivessem conhecimento sobre seus perfis e técnicas de lideranças. “Eu também aprendi com esse processo, reconheci minhas dificuldades e vou trabalhar para ser um líder melhor. É fundamental que o grupo coloque em prática o que aprendeu, que continue se dedicando e estudando, porque a cooperativa precisa de todos”, analisa.
Para 2015, a cooperativa deve inserir outros conteúdos na escola. A previsão é que os encontros tenham início no final de fevereiro. Os módulos serão conduzidos por alguns gerentes da cooperativa e por uma outra empresa terceirizada. “A equipe terá muitos projetos desafiadores que trarão oportunidades de grandes realizações. A escola continuará, mas com outras frentes. Com o conhecimento adquirido este ano, os líderes já estão mais preparados para atuar com suas equipes e realizar entregas ainda melhores”, diz
No primeiro semestre de 2015, uma nova Análise de Perfil Pessoal será realizada com o objetivo de avaliar as mudanças proporcionadas pela Escola de Líderes. “Com o resultado, a intenção é proporcionar encontros aos líderes que necessitarem de treinamentos especializados. Ainda no ano que vem será realizada uma pesquisa de clima organizacional, para avaliar como as mudanças serão sentidas e vivenciadas pelos colaboradores”, explica o gerente de Pessoas e Relacionamento, Marçal Siqueira. (29/12/14)
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DIÁRIO DA MANHÃ
Verba para o Hospital das Clínicas
O Hospital das Clínicas de Goiânia, assim como outros hospitais federais integrados no Sistema Único de Saúde (SUS), receberá uma verba que, de acordo com o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), será destinada a obras de reestruturação. A portaria foi assinada e publicada no Diário Oficial da União, pelo ministro Arthur Chioro, ontem (26). "Art. 1º Fica estabelecido recurso financeiro, no montante de R$ 29.631.464,22 (vinte e nove milhões, seiscentos e trinta e um mil quatrocentos e sessenta e quatro reais e vinte e dois centavos), correspondente ao recurso do REHUF a ser disponibilizado aos Hospitais Universitários Federais, conforme anexo a esta portaria".
O diretor do HC de Goiânia, José Garcia, informou ao Diário da Manhã que ainda não sabia dessa verba e que, geralmente, quando o dinheiro chega tão próximo ao final do ano, é complicado conseguir usá-lo totalmente. "Temos até o dia 31 de dezembro para empregar os recursos, no entanto, quando chega num prazo tão curto fica complicado porque, em três dias, não dá para realizar uma licitação para execução de obras e, se não usarmos esses valores, corre o risco de o dinheiro voltar", declarou o diretor.
Em um segundo contato, ele informou que essa verba já tem um destino certo. Será feito o pagamento de parte da dívida que o hospital possui e apontou ainda que possui medidas a serem tomadas para controlar o orçamento no próximo ano. "Esse valor é baixo se comparado com o tamanho da dívida que o hospital tem atualmente. Por esse motivo pretendo, no ano que vem, diminuir o efetivo de funcionários terceirizados, acredito que assim possamos controlar melhor as despesas", afirma.
Recentemente foi entregue a obra de reforma do Pronto Socorro do HC, com 32 leitos para internação, no valor de R$ 260 mil. José Garcia garante que estes leitos estão funcionando normalmente, no entanto ele lamenta ter outros fechados por falta de funcionários. "São 60 leitos que estão indisponíveis por causa da dívida. Precisamos urgente diminuir a folha de pagamento para reestruturar esses espaços no hospital", garante.
O Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais tem como objetivo criar condições materiais e institucionais para que os hospitais federais tenham a qualidade necessária e possível para desempenhar suas funções relacionadas diretamente com ensino, pesquisa e extensão bem como a dimensão da assistência à saúde. (27/12/14)
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O POPULAR
Coluna Giro – Pergunta para Fernando Machado – Secretário da Saúde
A rede municipal de saúde foi alvo de muitas cobranças neste ano. Qual a expectativa para 2015?
Temos de refazer o planejamento por conta do ajuste fiscal que será feito pela Prefeitura com a não aprovação da atualização do IPTU e ITU. A nossa área será prejudicada e a prioridade será investir na qualificação. Além disso, devemos propor reforma e reparos de alguns Cais. Sobre melhorias salariais não há o que se falar no próximo ano além da correção da data-base. (29/12/14)
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AGÊNCIA BRASIL
Brasileiras fazem três vezes menos mamografias do que recomenda a OMS
Números são relativos a levantamento de 2013
Brasília – Menos de 25% das brasileiras entre 50 e 60 anos de idade realizaram mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2013, quase três vezes menos do que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS), que é 70% de cobertura anual desse exame em mulheres acima com mais de 40 anos de idade, enquanto o Ministério da Saúde sugere que essa cobertura comece a partir dos 50 anos.
Os dados fazem parte de um levantamento elaborado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, em parceria com a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia. Das mais de 10 milhões de mamografias esperadas pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) em mulheres entre 50 e 60 anos de idade em 2013, somente 2,5 milhões foram realizadas.
O estudo também revela que, embora haja equipamentos do SUS em número satisfatório, a grande maioria está no Sul e Sudeste e uma pequena parte no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Além disso, as capitais concentram esses mamógrafos, enquanto uma área imensa no interior fica descoberta.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas Junior, a falta de informação sobre a importância da mamografia não é o principal problema, mas sim as distâncias que separam muitas mulheres do local de exames.
“No estado de Goiás, existem regiões em que a mulher precisa andar mais de 300 quilômetros até um mamógrafo do SUS, o que significa um dia inteiro para fazer um exame que deveria levar cerca de três horas para ser concluído”, diz o médico, ao ressaltar que em geral são mulheres sem sintomas que acabam desistindo do exame. “Ela levaria um dia inteiro para fazer o exame, mais um dia para pegar o resultado e um terceiro para mostrá-lo na consulta médica. São três dias que ela deixa de ir ao trabalho ou que precisa se organizar para alguém cuidar dos filhos e da casa”, comenta Ruffo.
A frequência de mamografias na Região Norte foi 12% e no Sul do país, 31,3% Entre as unidades da Federação, a menor cobertura de mamografias foi no estado do Pará, 7,5% e a maior em Santa Catarina, 31,3%. O médico Ruffo de Freitas Junior explica que, além da má distribuição de equipamentos pelo país, mesmo em lugares onde há mamógrafos muitos são subutilizados.
“Boa parte dos mamógrafos que operam pelo SUS acaba ociosa. Por exemplo, aqui na Universidade Federal de Goiás, temos um mamógrafo que funciona pelo SUS e é utilizado apenas na parte da tarde”, revela o médico. Segundo ele, “é preciso uma melhor gestão para que haja técnicos qualificados e o aparelho possa funcionar o dia inteiro, o que geraria o dobro de mamografias que o aparelho pode e deveria fazer”, completou.
Com base no Sistema de Informação para o Controle do Câncer de Mama (Sismama), o estudo rastreou a distribuição de mamógrafos e o número de exames realizados pelo SUS no ano passado e calculou o número de exames esperados, considerando 58,9% da população alvo, tendo em vista as recomendações do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
“Esse banco de dados do Sismama permite que os epidemiologistas usem dados oficiais para mostrar, por meio de pesquisas, essas diferenças que existem no nosso país”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Até o fechamento desta reportagem, o Ministério da Saúde não havia respondido ao pedido de entrevista com um representante para falar sobre o assunto, nem às perguntas feitas por e-mail pela Agência Brasil. (Agência Brasil) 29/12/14
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação