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DESTAQUES
Cais de Campinas continua com problemas de urgência pediátrica
Roberto Naves destaca parceria com governo em prol da Santa Casa de Anápolis
Novo modelo de reajuste de remédio sai em 60 dias
Programa Mais Médicos abre inscrições para mais de 2 mil vagas
Tribunal condena oito médicos por morte de paciente com apendicite
O que é a síndrome de burnout, considerada doença pela OMS
Corpo de idosa que morreu após plantão médico ficar com estudante é exumado em Santo Antônio da Barra
Seguros Unimed discute o engajamento do paciente durante o Congresso Internacional de Serviços de Saúde
JORNAL OPÇÃO
Cais de Campinas continua com problemas de urgência pediátrica
Por Francisco Costa
Mesmo após anúncio de descentralização, local ainda sofre com superlotação; edital de convocação da prefeitura não teria conseguido adesão esperada
Por Francisco Costa e Luiz Phillipe Araújo
Tumulto, gritos e choros: quase dois meses após o anúncio de descentralização da urgência pediátrica goianiense o cenário aparenta ser ainda mais grave que em outros períodos. Em visita do Jornal Opção ao Cais de Campinas, nesta segunda-feira, 27, mães desabafaram.
As mulheres reclamam que estão no Cais desde o começo da manhã desta segunda, 27, e que os médicos paralisam o expediente e não explicam o porquê da demora. Uma senhora de 76 anos aguardava, desde 8h, atendimento para a neta, sem almoço. A equipe do Opção falou com ela às 15h40.
Dona Zilda Maria Fernandes, a senhora de 76 anos, diz que a neta tem passado mal. Conforme ela, a menina tosse e reclama de dor no peito durante a noite e, por isso, elas vão esperar o atendimento. “Está sem previsão de atendimento”, pontua frustrada.
Desespero
Sileia Melgaz tenta atendimento para a filha, que está com infecção, há quatro dias. No Jardim Curitiba, primeiro local onde foi, informaram que somente no Cais de Campina haveria pediatras.
“Os médicos não estão atendendo conforme tem que ser. Falta médico. A gente chega às 8h da manhã e sai às 10h da noite. Só tem um hospital pediátrico funcionando”, disse aos prantos, com a filha no colo.
Da mesma forma, Neila Bárbara veio de outro setor para buscar atendimento para a filha, que pode estar com Zica ou Dengue. “Não tem pediatras em outro local”, afirma a mãe que, de carro, levou 40 minutos só para se deslocar ao Cais [de carro], onde estava desde 10h.
A filha de Neila não foi classificada com urgência. Por conta da lotação, ela afirma estar preocupada que a filha seja infectada com outras doenças. Apesar disso, a mãe teme também pela saúde dos demais pequenos. “Tem criança vomitando, desmaiando… Eles dizem que têm três médicos, mas só estou vendo um”, disse desconfiada.
Posições
Funcionários da unidade, que não se identificaram, informaram que não houve adesão ao edital da prefeitura pela contratação de pediatras. Ainda foi informado que os poucos que chegaram pediram exoneração, após perceberem a situação da segurança.
Em relação à questão da segurança, que estaria atrapalhando a adesão, há duas semanas houve anúncio pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), conforme os trabalhadores, que teria uma reunião com a Guarda Civil Metropolitana, a fim de construir políticas públicas para solucionar essa situação.
Ainda conforme os funcionários do local, a UPA Itaipu também possui pediatras. A única, além do Cais de Campinas, neste momento. Não foi informado sobre o quantitativo.
O Jornal Opção solicitou, via e-mail, à assessoria da SMS informações sobre a contratação de pediatras, por meio do edital.
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A REDAÇÃO
Roberto Naves destaca parceria com governo em prol da Santa Casa de Anápolis
Goiânia – O Governo de Goiás firmou nesta segunda-feira (27/5) um convênio com a Santa Casa de Misericórdia de Anápolis. Presente na assinatura do acordo, o prefeito Roberto Naves destacou a importância dessa união de forças, entre Estado e município.
"Nova política é isso. Não interessa o partido político. Onde tiver o cidadão, estaremos lá para tentar melhorar a qualidade de vida", disse o prefeito.
A partir desse convênio, o governo estadual vai repassar um valor mensal de R$ 500 mil para a unidade de saúde. "Eu assumi este compromisso, prefeito", afirmou o governador Ronaldo Caiado ao dizer que a saúde pública é vista como prioridade em sua gestão.
Há duas semanas, a unidade chegou a suspender atendimento de urgência e emergência por falta de recursos. Na ocasião, o prefeito de Anápolis anunciou uma série de medidas para reduzir o impacto da paralisação.
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VALOR ECONÔMICO
Novo modelo de reajuste de remédio sai em 60 dias
O Ministério da Saúde definiu o prazo de 60 dias para que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) conclua o novo modelo de precificação de remédios comercializados no país. "A gente vai colocar o prazo, como recomendação, para a CMED destravar o novo modelo", informou ontem o secretário de ciência, tecnologia e insumos estratégicos do ministério, Denizar Vianna.
A mudança no modelo é aguardada por fabricantes nacionais que querem um valor maior por medicamentos aperfeiçoados em pesquisas de laboratório. Hoje, a indústria recebe o mesmo valor na venda do medicamento tradicional e do produto similar lançado com a mesma fórmula, mas que oferece melhor resultado para o paciente ao longo do tratamento. Com esta estratégia, conhecida como "inovação incremental", os medicamentos trazem vantagens como atenuar efeitos colaterais e reduzir o tempo de tratamento.
"Hoje, o problema é que a nossa precificação é binária. Ou considera que você apresentou uma fórmula realmente diferente, com um saldo de inovação e eficácia superior aos tratamentos existentes, ou não tem nada. É preciso ter um modelo que valorize o que existe de inovação incremental", afirmou Vianna, após o evento "Diálogos GFB", realizado pelo Grupo FarmaBrasil.
O Ministério da Saúde já vinha, desde o início do governo, ouvindo o setor sobre as mudanças na precificação de medicamentos. Viana disse que o prazo para a CMED definir as mudanças no modelo estará na portaria ministerial, a ser publicada nos "próximos dias". O documento instituirá um grupo de trabalho, formado por representantes de ministérios e do BNDES, para cuidar do assunto.
"A gente está muito bem azeitado com os diversos entes do governo. O Ministério da Economia já veio nos procurar para saber onde pode desregulamentar. Indicamos que há áreas que podem ser desregulamentadas e outras não, porque tem ambiente de monopólio", afirmou o secretário do Ministério da Saúde.
Vianna disse que o governo tem uma "agenda" com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para agilizar a análise de pedidos do setor. "Hoje, há uma queixa por parte da indústria. Ela alega que para processo de inovação incremental precisa cumprir um prazo muito longo na agência", afirmou.
A indústria nacional, representada pela FarmaBrasil, avalia que o aperfeiçoamento da precificação dará um novo impulso às novas pesquisas e à produção de medicamentos mais eficazes desenvolvidos a partir de fórmulas existentes. No evento, representantes do governo e da indústria farmacêutica nacional discutiram os entraves ao atual processo de internacionalização de fabricantes brasileiros.
O presidente do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, destacou que os fabricantes nacionais contam com quase 900 patentes já concedidas ou em estágio de análise. Ele considera que há forte potencial para elevar a produção no ramo de biotecnológicos.
Segundo Arcuri, um dos problemas identificados está na fase de desenvolvimento de novos medicamentos. Ele explicou que são cobradas tarifas de importação e exportação no envio ou recebimento de materiais para testes. "Esse é um produto inacabado. É preciso entender que isso faz parte do novo processo de inovação. É como acontece em todo mundo ", afirmou.
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O POPULAR
Programa Mais Médicos abre inscrições para mais de 2 mil vagas
Nova rodada de chamamento vai dar prioridade a médicos com registro no Brasil. Vagas remanescentes poderão ser preenchidas por brasileiros formados em outros países
Uma nova rodada de inscrições para o Programa Mais Médicos foi aberta nesta segunda-feira(27) e prossegue até quarta-feira (29). São oferecidas 2.212 vagas para o atendimento na atenção primária à saúde em cerca de 1.185 municípios e 13 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). As inscrições são feitas exclusivamente pela internet.
A prioridade no preenchimento das vagas será para médicos formados e habilitados com registro em qualquer Conselho Regional de Medicina do Brasil. Os candidatos inscritos devem acessar o sistema do Mais Médicos na internet entre os dias 6 e 7 de junho para indicar o local onde querem trabalhar dentre as vagas disponíveis.
A expectativa do Ministério da Saúde é que os médicos comecem atender em junho. De acordo com a pasta, essa nova etapa do programa deve reforçar a assistência na atenção primária a mais de 6 milhões de pessoas que vivem nas áreas mais vulneráveis do país.
No caso de vagas remanescentes dessa 1ª etapa, será feito um chamamento público aos brasileiros formados em outros países e que já tenham habilitação para o exercício da medicina no exterior.
O edital do 18° ciclo dos Mais Médicos foi publicado no Diário Oficial da União do dia 13 de maio e traz detalhes sobre os documentos que devem ser apresentados pelos candidatos. Dessa vez, toda a documentação deverá ser enviada pela internet já no ato de inscrição. A mudança fará com que apenas profissionais já habilitados participem do chamamento público, otimizando tempo e recurso.
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ESTADÃO
Tribunal condena oito médicos por morte de paciente com apendicite
Rapaz de 23 anos passou pela avaliação dos profissionais durante cinco dias antes de morrer em decorrência de choque séptico
A Justiça condenou uma equipe médica do pronto socorro municipal Dr. Janjão, em Franca , no interior de São Paulo , pela morte de um paciente que sofreu choque séptico por apendicite aguda supurada. Em cinco dias, o paciente passou por oito médicos. Os profissionais terão de prestar serviços à comunidade por dois anos, além de pagar o valor de 15 salários mínimos aos familiares da vítima.
A decisão foi dada por desembargadores da 9.ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Segundo os autos do processo, em 12 de outubro de 2007, um homem de 23 anos buscou atendimento do Pronto Socorro municipal Dr. Janjão comunicando 'dor abdominal, calafrio, náusea, vômito e febre'.
O primeiro médico que atendeu o jovem solicitou um exame de sangue e receitou remédios para enjoo e dor, suspeitando de virose.
O homem foi liberado, mas deveria retornar ao hospital no início da noite para buscar o resultado dos exames.
Quando voltou ao pronto socorro, a vítima foi atendida por um segundo médico, que prescreveu remédios para dor e o liberou. Os exames apontavam infecção e inflamação.
No dia seguinte, o homem foi ao hospital novamente, se queixando de 'dores abdominais e dor ao urinar'. O terceiro médico solicitou um exame de urina, prescreveu remédios para dor e liberou o paciente.
Quando voltou ao hospital para pegar o resultado, na noite do mesmo dia, o homem foi atendido por outro médico, que, ao observar que o exame de urina indicava infecção, solicitou um novo hemograma.
Uma suspeita de apendicite foi detectada horas depois. Na ocasião, outro médico solicitou um novo hemograma e prescreveu mais medicamentos ao paciente. O suposto quadro não foi informado ao paciente e a seus familiares, segundo os autos.
No sexto atendimento, o jovem chegou ao hospital 'com dificuldade para andar, febre e dores no baixo ventre'. Foi liberado com prescrições de remédios para dor e antitérmicos – a médica inferiu que ele tivesse uma infecção de urina.
No dia seguinte o homem foi mais uma vez ao hospital, fez exames solicitados pelo sétimo médico e foi liberado.
Os exames, analisados por um oitavo médico, apresentaram elevação da 'bilirrubina, sugestiva perfuração do apêndice, inflamação e infecção'.
Diante do quadro, o profissional questionou o diagnóstico de cálculo renal e infecção urinária e prescreveu soro fisiológico e outros remédios para as dores e vômitos que o paciente apresentava.
A família do homem resolveu pedir, então, que um outro médico o atendesse em casa, e o profissional constatou a gravidade do quadro.
O paciente foi encaminhado ao pronto socorro Dr. Janjão, com pressão baixa, febre e 'abdômen tenso difusamente doloroso'.
O médico pediu uma radiografia e prescreveu outros medicamentos, indicam os autos, 'mesmo com dados indicativos de apendicite supurada'.
Com taquicardia, o homem deu entrada mais tarde no hospital. O médico considerou que se tratava de uma reação a um dos remédios, mas após o agravamento do estado clínico, encaminhou o jovem à cardiologia da Santa Casa.
O paciente foi então diagnosticado com choque séptico de origem abdominal. O cirurgião de plantão foi acionado e o homem operado, mas acabou sofrendo uma parada cardiorrespiratória e faleceu. Segundo o cirurgião, o paciente deveria ter sido operado no primeiro dia que foi até o hospital.
O voto do relator do processo apresenta as alegações dos médicos que atenderam o jovem.
Eles argumentaram que os exames 'não apresentavam alterações significativas, que não tiveram acesso a atendimentos anteriores, que o homem estava assintomático no momento de alguns exames, que o jovem não relatou os outros atendimentos no PS, e que o uso de antibióticos mascara o quadro infeccioso'.
Segundo o processo, a Câmara do CRM do Estado de São Paulo avaliou as condutas dos médicos no caso, 'punindo os mesmos por diferentes atos, censura confidencial em aviso reservado, censura pública em publicação oficial e prontuário incompleto e pouco legível'.
Os desembargadores da 9.ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo que participaram do julgamento do caso votaram de maneira unânime para aumentar as penas de prisão determinadas aos médicos por inobservância de regra técnica de profissão, mas substituir a pena corporal dos os acusados por duas restritivas de direitos.
Alguns médicos apresentaram alegações ao juízo indicando insuficiência de provas, prescrição da pretensão punitiva e inépcia da denúncia, solicitando redução da pena e absolvição.
Segundo o relator do processo, desembargador Sérgio Coelho, houve negligência dos médicos por causa do atendimento precário à vítima, o que levou à sua morte.
O desembargador destaca que a principal forma de se detectar a inflamação causada pela apendicite aguda é via exame clínico, o que não foi realizado.
"Os médicos tinham o dever legal de realizar, no mínimo, um detalhado exame físico no ofendido a partir do primeiro momento em que ele foi atendido no pronto atendimento [.]. Ao invés disso, se limitaram a prescrever remédios paliativos, inclusive antibióticos, que, inclusive, podem ter servido para mascarar os sintomas da vítima", afirmou o magistrado.
COM A PALAVRA, O PRONTO SOCORRO MUNICIPAL DR. JANJÃO
A reportagem fez contato com a Secretaria de Saúde de Franca. O espaço está aberto para manifestação.
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TERRA
O que é a síndrome de burnout, considerada doença pela OMS
Além de sinais emocionais, problema também pode se manifestar em sintomas físicos
A síndrome de burnout será incluída na próxima revisão da Classificação Internacional de Doenças, segundo anúncio feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira, 27. A lista, elaborada pelo órgão, tem por base as conclusões de especialistas de todo o mundo. A classificação é utilizada para estabelecer tendências e estatísticas de saúde. A nova versão da CID começa a valer em 2022.
OMS inclui a síndrome de burnout na lista de doenças
Entenda o problema.
1. O que é burnout?
É um quadro de esgotamento profissional caracterizado por três sinais clássicos: 1) esgotamento físico e psíquico (a sensação de não dar conta das tarefas); 2) indiferença e perda de personalidade (não se importar mais com o próprio desempenho profissional, cinismo e apatia); e 3) Baixa satisfação profissional. Para além desses sintomas, podem aparecer sintomas físicos, como ressalta a coordenadora do Serviço de Psicologia e Experiência do Paciente do Hospital Israelita Albert Einstein, Ana Merzel Kernkraut. Os primeiros sintomas podem ser físicos, como dor de cabeça, dor de coluna e distúrbios musculares.
2. Quais são as causas?
O quadro está sempre associado a fatores de estresse crônicos no ambiente de trabalho , como longas jornadas, pressão e alta competitividade, entre outros. Segundo o Ministério da Saúde, a síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros. Não é algo que acontece após um ou outro dia de trabalho estressante. É um quadro que vem de uma rotina constante de estresse ao longo da vida profissional , explica João Silvestre da Silva Junior, diretor da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamat) e perito médico do INSS.
3. Que outros sintomas podem aparecer?
De acordo com o Ministério da Saúde, são sintomas do burnout cansaço excessivo (físico e mental), dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de derrota e desesperança, sentimentos de incompetência, alterações repentinas de humor, isolamento, fadiga, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais e alteração nos batimentos cardíacos.
4. Quantas pessoas são atingidas no Brasil?
Não há dados precisos sobre isso, mas, segundo a representação brasileira da Associação Internacional de Manejo do Estresse (ISMA), 72% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho sofrem alguma sequela ocasionada pelo estresse. Desse total, 32% sofreriam de burnout. De acordo com João Silvestre da Silva Junior, diretor da Associação Nacional de Medicina do Trabalho e perito médico do INSS, cerca de 20 mil brasileiros pedem afastamento médico por ano por doenças mentais relacionadas ao trabalho.
5. Como tratar o burnout?
O tratamento da síndrome é feito principalmente com psicoterapia , mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). Em alguns casos, o tratamento requer afastamento temporário do emprego e também mudanças nas condições de trabalho.
6. Como é possível prevenir a doença?
Algumas condutas reduzem o risco, como negociar limites de trabalho e de jornada com o empregador e dedicar-se a outras atividades além do trabalho, como exercícios físicos, relacionamentos familiares, atividades de lazer, entre outras. Também é importante evitar jornadas excessivas com frequência, alimentar-se bem e tentar dormir cerca de oito horas diárias.
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PORTAL G1
Corpo de idosa que morreu após plantão médico ficar com estudante é exumado em Santo Antônio da Barra
Polícia ouviu os médicos que teriam repassado, segundo a investigação, o plantão ao universitário de medicina que atendeu a idosa.
Por Rodrigo Gonçalves, G1 GO
A Polícia Civil exumou o corpo da idosa Aurora Pereira Teixeira, de 75 anos, que morreu durante uma troca de plantão na unidade de saúde no município de Santo Antônio da Barra, no sudoeste de Goiás. Segundo a investigação, a médica que estava escalada combinou de passar o plantão para um colega, que foi substituído por um estudante de medicina que foi embora antes do horário.
A exumação foi feita na segunda-feira (27), mesmo dia em que a polícia colheu o depoimento de seis pessoas, entre elas, os dois médicos e o universitário. Em depoimento, segundo a corporação, todos negaram ter cometido irregularidades.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Santa Helena de Goiás, cidade vizinha. De acordo com o delegado Thiago Latorre Costa, a exumação do corpo foi necessária para respaldar o inquérito policial que investiga possível homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
“Pedimos a exumação para descobrir mais detalhes da causa morte. O atestado de óbito fala em infarto, mas foi feito através de um exame clínico superficial, sem que o corpo fosse aberto”, disse.
Sobre os depoimentos, o delegado disse que, além da médica Liliane Cândida de Paula, do médico Matheus Ferreira e do estudante de medicina Paulo Ferreira Caixeta, que estiveram na delegacia, outra médica deverá prestar depoimento nos próximos dias. Também já foram ouvidos o secretário de Saúde da cidade e dois funcionários da unidade de saúde.
Outro lado
A defesa de Liliane informou que ela prestou depoimento à Polícia Civil e reiterou que comunicou à direção técnica e administrativa que precisaria se ausentar das atividades no dia 14 de maio (um dia antes de a idosa dar entrada na unidade) para acompanhar um familiar diagnosticado com linfoma. Ela disse ainda que Matheus confirmou que realizaria o plantão.
“Portanto, eventual responsabilidade pelo fato não deve ser atribuído à Dra. Liliane Cândida, que apresentou justificativa para sua falta e que ainda contratou profissional médico devidamente habilitado junto ao CRM para substituí-la”, diz trecho da nota (leia na íntegra abaixo).
A defesa de Matheus disse que, nas declarações à autoridade policial, em Santa Helena de Goiás, o médico esclareceu os fatos, respondendo a todos os questionamentos concernentes ao ato procedimental (veja a nota abaixo na íntegra).
O G1 ainda aguarda o retorno da defesa do estudante de medicina Paulo Caixeta, que ficou de responder na manhã desta terça-feira (28).
Também foi procurado o advogado de Nayara França, que seria a médica que estava no momento em que o estagiário chegou ao plantão. Nos depoimentos, Nayara chega a ser citada como diretora técnica da unidade onde aconteceu a morte, o que foi negado pela defesa dela em nota enviada à TV Anhanguera na tarde de segunda-feira.
Após o fim dos depoimentos, ainda na noite desta segunda, o G1solicitou uma nova nota à defesa de Nayara, que informou não ter tido acesso aos depoimentos, mas que iria tentar obtê-los.
O delegado também comentou porque vai ouvir a médica Nayara. “Vamos intimar a médica que estava no plantão antes do estagiário assumir. Ela não podia ter passado o plantão para ele”, disse.
Ainda segundo Thiago, será questionado à médica o motivo de ter deixado o plantão, pois, inicialmente, ela teria, de acordo com ele, violado o Código de Ética Médico. “Ela tinha que esperar chegar o médico do plantão ou permanecer lá até que fosse acionado outro para substituí-la”, relatou o delegado.
Na nota enviada à TV Anhanguera, a defesa de Nayara informa que “o plantão diurno, cumprido regularmente pela Dra. Nayara, ultimou às 17h00min do dia 14 de maio de 2019, ou seja, no dia anterior ao registro do óbito da paciente, e o plantão foi entregue ao profissional ‘indicado como contratado’ pela Dra. Liliane Cândida de Paula Souza, a quem incumbia o exercício da atividade médica no período compreendido entre as 17h00min do dia 14 de maio até as 17h00min do dia 15 de maio, conforme escala elaborada, de forma prévia”.
Investigação
De acordo com as investigações, quem deveria estar inicialmente na unidade no dia do plantão era Liliane, contratada por uma empresa terceirizada da Prefeitura de Santo Antônio da Barra. Mas a apuração aponta ainda que ela passou o plantão para Matheus, mas ele não foi trabalhar e quem estava atendendo no dia era o estudante de medicina, que ainda teria saído antes do fim do plantão.
Segundo o delegado, Liliane disse que passou o plantão para o outro colega com o conhecimento da outra médica, Nayara França, que seria também a diretora técnica da unidade.
Ao delegado, Liliane apresentou cópia de conversas em que comunicava a troca do plantão e também entregou a cópia de um atestado de acompanhante que estava com o marido dela fazendo exames em Goiânia.
Já Matheus disse ao delegado que não foi trabalhar porque passou mal e que não teria contratado Paulo para substituí-lo.
Segundo o delegado, o médico relatou em depoimento que o universitário iria fazer um estágio supervisionado com ele e que a diretora técnica da unidade sabia que Paulo era estudante e mesmo assim deixou ele assumir o plantão.
Já o estudante, ainda conforme o delegado, informou que não prescreveu nenhum novo medicamento para a idosa durante o atendimento, sendo dado a ela um que já era de uso contínuo e constava no prontuário.
“Ele fala que não usou o documento do médico”, disse o delegado, ressaltando que, sobre a saída do estagiário antes do fim do plantão, o mesmo não teria a obrigação de permanecer no local, já que não estava acompanhado de um médico para supervisioná-lo.
Com a exumação do corpo, a polícia busca mais elementos para saber se houve ou não negligência no atendimento. Após autópsia, um laudo vai ser remetido ao delegado.
“Temos 30 dias para concluir o inquérito. Vamos aguardar o laudo e fazer outras oitivas”, afirmou Thiago.
Também será investigado pela Polícia Civil a responsabilidade da prefeitura, já que Liliane denunciou falta de equipamentos e medicamentos necessários para atendimentos semelhantes ao que deveria ter sido dado a Aurora.
Sobre o depoimento da médica, a Prefeitura Municipal de Santo Antônio da Barra, informou que está colaborando com as investigações.
“Não temos a intenção de omitir nenhum dado ou informação, pois queremos a elucidação dos fatos e a punição dos responsáveis. A prefeitura irá se manifestar no momento oportuno, para não atrapalhar as investigações”, disse a nota assinada pelo chefe de gabinete, Lázaro Neto.
Nota da médica Liliane Cândida:
"LILIANE CÂNDIDA DE PAULA SOUZA, através de seu advogado que esta subscreve, em relação ao inquérito policial instaurado para apuração dos fatos ocorridos no dia 15/05/2019, na unidade de saúde Maria Gerônima Pereira, na cidade de Santo Antônio da Barra, DECLARA que:
I- Na data de 27/05/2019, a Notificante prestou depoimento à Polícia Civil e reiterou os termos da nota de esclarecimento encaminhada à imprensa no dia 24/05/2019, onde esclarece que comunicou à direção técnica e administrativa que precisaria se ausentar das atividades no dia 14/05/2019 para acompanhar um familiar diagnosticado com linfoma – câncer do sistema linfático – a consulta médica e procedimento cirúrgico na cidade de Goiânia, e que havia contratado o médico Dr. Matheus Ferreira Machado para substituí-la.
II- O médico Dr. Matheus Ferreira Machado, por sua vez, confirmou que realizaria o plantão que iniciaria às 16h do dia 14/05/2019, e se enceraria às 8h do dia 15/05/2019. Outrossim, a médica e diretora técnica da unidade de saúde, Dra. Nayara Ferreira França estava de plantão durante o dia, e era responsável por transferir o plantão ao médico substituto.
III- Portanto, eventual responsabilidade pelo fato não deve ser atribuído à Dra. Liliane Cândida, que apresentou justificativa para sua falta, e que ainda contratou profissional médico devidamente habilitado junto ao CRM para substituí-la, resguardando-a e isentando-a de eventual intercorrência naquele período. Ademais, o vínculo contratual da Notificante era verbal (não possuía contrato escrito), e a troca de plantão é informal, cuja prática é de amplo e geral conhecimento da direção e da empresa Oliveira e França Medical LTDA.
IV- À Polícia Civil foram apresentados documentos que comprovam as afirmações e ratificam a total inocência e ausência de responsabilidade da Dra. Liliane Cândida de Paula Souza, cuja conduta não contribuiu com dolo ou culpa para ocorrer a fatalidade com a paciente, que veio a óbito.
V- Insta salientar que foi denunciado à autoridade policial a falta de estrutura da unidade básica de saúde, que não conta com equipamentos necessários para atendimentos de urgência/emergência.
VI- Por fim, a Notificante reitera seu compromisso com a verdade e se manifestará formalmente após a conclusão da investigação policial, que certamente provará sua inocência.
Rio Verde – GO, 27 de maio de 2019.
Liliane Cândida de Paula Souza
Alessandro Gil Moraes Ribeiro"
Veja a nota da defesa do Matheus Ferreira:
"Ótima Noite, estimado Rodrigo Gonçalves Mota, representante do G1 e da TV Anhanguera, fui constituído pelo Dr. Matheus Ferreira Machado, para atuar, conjuntamente com o Dr. Ailton, colega advogado, no ato procedimental de declarações para esclarecimento do fato, em atendimento à convocação da Autoridade Policial de Santa Helena de Goiás GO. Nesta nota à imprensa, esclarecemos que o Dr. Matheus Ferreira Machado é médico muito bem conceituado junto à população de Santa Helena de Goiás, com reconhecimento pelos excelentes serviços médicos prestados à população da Região, já tendo sido elogiado em diversas oportunidades, por ter implementado uma atuação de integração entre a equipe médica, o paciente e a família, com otimização nos resultados de restabelecimento da saúde dos pacientes. No que concerne ao fato apurado, optamos por reproduzir o teor da nota à imprensa de redação do próprio Dr. Matheus Ferreira Machado, nos seguintes termos: "Em atenção à Rede Globo de Televisão e à TV Anhanguera, em virtude de notícias veiculadas em rede nacional pelo fato ocorrido no dia 15/05/2019, no Município de Santo Antônio da Barra_GO, o Dr. Matheus Ferreira Machado presta o seguinte esclarecimento: O notificante foi contratado via telefone pela Dra. Liliane Cândida de Paula Souza para substitui-la no plantão do dia 14/05/2019 (período de 16 h às 8h), na unidade de saúde Maria Gerônima Pereira. Todavia, em razão de problemas de saúde, que o deixaram incapaz para trabalhar naquela data, não conseguiu se deslocar à unidade de saúde, e realizar o atendimento médico na referida unidade, conforme havia sido contratado. Entretanto, o notificante tinha conhecimento que a diretora técnica e médica plantonista do período diurno, Dra. Nayara Ferreira França estava na unidade de saúde e portanto, nos termos do Código de Ética da Medicina, seria responsável por dar continuidade ao atendimento, ou providenciar outro médico para substitui-la, mas jamais abandonar o plantão, como ocorreu, isentando o notificante e a Dra. Liliane Cândida de qualquer responsabilidade. Neste sentido, vejamos: É vedado ao médico: Art. 8º_Afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo temporariamente, sem deixar outro médico encarregado do atendimento de seus pacientes internados ou em estado grave. Art. 9º_Deixar de comparecer em plantão em horário preestabelecido ou abandoná-lo, sem a presença de substituto, salvo justo impedimento. Parágrafo único_Na ausência de médico plantonista substituto, a direção técnica do estabelecimento de saúde deve providenciar a substituição. Outrossim, em relação ao acadêmico de medicina Paulo Ferreira Caixeta de Oliveira, o mesmo iria me acompanhar na condição de estagiário, para a realização de atividades extracurriculares, mas não atuava como médico em hipótese alguma, apenas sob supervisão do profissional plantonista, que naquele momento era a Dra. Nayara Ferreira França, diretora técnica e médica plantonista do dia não poderia ter deixado a unidade de saúde, tampouco transferi-lo ao acadêmico Paulo Ferreira Caixeta de Oliveira, que ficou na unidade sem supervisão de nenhum profissional habilitado. Ademais, o notificante está abalado com a situação e com o fato que aconteceu na unidade, e informa que prestará mais esclarecimentos à Polícia Civil e ao CREMEGO no momento oportuno. Rio Verde_GO, 24 de maio de 2019. Matheus Ferreira Machado". Nas declarações à Autoridade Policial, em 27/05/2019, em Santa Helena de Goiás, o Dr. Matheus esclareceu os fatos, respondendo a todos os questionamentos concernentes ao ato procedimental, e, em especial, que lamenta o acontecimento, que não esteve, em nenhum momento, responsável pelo atendimento médico da paciente, que o motivo que o impossibilitou de cumprir o plantão foi de força maior (problemas de saúde), que não contratou o acadêmico de medicina Paulo Ferreira Caixeta de Oliveira e que apenas o supervisionaria nas atividades extracurriculares, se houvesse condições de saúde de comparecer ao plantão, e que não autorizou o acadêmico Paulo Ferreira Caixeta de Oliveira a utilizar qualquer documento seu, que não recebeu nenhum telefonema da equipe médica do hospital, que lhe desse ciência do quadro de saúde da paciente, solicitando à Autoridade Policial esclarecimentos em relação aos fatos, para a comprovação de retidão de caráter, da atuação, na função de médico, nos termos da legislação de regência e às necessidades da população.
Goiânia, 27 de maio de 2019.
RENATO ANTÔNIO DE ALMEIDA
OAB GO 18.165"
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EASYCOOP
Seguros Unimed discute o engajamento do paciente durante o Congresso Internacional de Serviços de Saúde
A Seguros Unimed marcou presença no Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS), que ocorreu nos dias 22 e 23 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento, que aconteceu paralelamente à Hospitalar, teve como tema principal "Experiência e engajamento do paciente: uma abordagem de negócio".
Na ocasião, Helton Freitas, diretor-presidente da Seguradora, participou do painel "Como o engajamento do paciente e os novos modelos de cuidado podem definir o futuro da saúde suplementar no Brasil". Ele dividiu a mesa com o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Leandro Fonseca da Silva.
Durante apresentação, Freitas reforçou que os custos e a ineficiência do atual modelo fragmentado estão comprometendo a sustentabilidade do setor, inviabilizando a permanência de grupos de clientes e limitando a expansão da cobertura para outros mercados. "Nesse contexto, precisamos direcionar nossa estratégia de crescimento para uma mudança de cultura, visando estabelecer o cuidado coordenado baseado em valor agregado para o paciente", destacou.
As reflexões propostas pelo diretor-presidente da Seguros Unimed foram compartilhadas pelo diretor-presidente da ANS: "A visão do Helton coincide com o propósito da agência, que está trabalhando para uma mudança de cultura no setor da saúde baseada, essencialmente, em valor". Ainda segundo Leandro Fonseca da Silva, a ANS caminha nesse sentido ao estimular novos modelos de cuidado coordenado, como a Atenção Primária à Saúde.
Também palestrou na ocasião o diretor de Administração e Finanças do Instituto de Efectividad Clínica y Sanitária de Buenos Aires, Ezequiel García Elorrio. O Secretário de Estado da Saúde do Governo de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira, fez o encerramento do painel anunciando, em primeira mão, a criação de onze polos de desenvolvimento econômico no Estado, incluindo o de 'Saúde e Farmacêuticos’. A notícia ganhou destaque na imprensa na última sexta-feira (24).
A moderação da mesa foi feita pelo superintendente de Informação, Inovação e Novos Negócios da Seguros Unimed e presidente da Comissão Científica do CISS, Fábio Leite Gastal.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação