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DESTAQUES
Judiciário suspende seleção de OS para administrar o Hugo
Artigo – O vale-tudo dos planos de saúde
Ministério da Saúde defende Médicos pelo Brasil no Congresso Nacional
Amil corta custos e demite funcionários
Encontro debate a Aids na região Centro-Oeste
Empresas redobram aposta em prevenção para evitar disparada de preços nos planos de saúde
O plano da SulAmérica para os R$ 3 bilhões que virão da Allianz
O POPULAR
Judiciário suspende seleção de OS para administrar o Hugo
Liminar decide que organização social vencedora em chamamento foi beneficiada ao continuar no certame mesmo tendo descumprido itens da legislação estadual
Uma decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) suspendeu o chamamento que selecionou uma nova organização social (OS) para administrar o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). A administração da unidade passaria do Instituto Haver, de Goiás, atual gestor, ao Instituto Nacional de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Gestão Pública (INTS), da Bahia, vencedor do processo seletivo, a partir de outubro deste ano.
O juiz Reinaldo Alves Ferreira, que assina a decisão, se baseou em supostos descumprimentos do edital. Segundo o texto da liminar, o INTS foi inicialmente inabilitado como OS por não ter três membros do poder público em seu conselho de administração, além de não ter o mínimo de três membros efetivos e três suplentes no conselho fiscal. Itens que são novas exigências na legislação estadual.
Ainda segundo a decisão, o INTS só continuou no processo seletivo depois de entrar com um recurso administrativo e a legislação estadual ser alterada durante o chamamento, deixando de exigir os itens que fizeram a OS não ser habilitada. A aceitação do recurso baseado nesta mudança da lei é avaliada como "ilegal" na decisão, já que outras organizações teriam deixado de participar do processo justamente por não terem cumprido estas novas exigências.
Com esta decisão judicial relativa ao Hugo, todos os processos seletivos para escolher OSs da Saúde em Goiás estão travados. No caso do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), o desembargador Olavo Junqueira de Andrade suspendeu o chamamento que escolheu o Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed) para administrá-lo, mas o Estado ignorou a decisão e diz entender que não se pode cancelar um processo que já ocorreu. No último sábado, o Imed assumiu a unidade.
Já no caso do Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), a organização vencedora, a Fundação Universitária Evangélica (Funev) havia sido desclassificada e só conseguiu se manter no processo seletivo por meio de uma decisão judicial liminar. Por isso, desde o dia 5 de agosto, o chamamento está suspenso e só deve ser liberado após o julgamento da decisão provisória.
O Instituto Haver administra o Hugo desde novembro do ano passado. A OS recebeu a gestão do hospital de forma emergencial, sem processo seletivo, para substituir o Instituto Gerir, que quebrou o contrato com o Estado alegando falta de pagamento.
No dia 23 de julho, funcionários do hospital realizaram uma manifestação em defesa da permanência do Haver. A própria OS entrou com um recurso administrativo contrário à decisão do chamamento, que terminou com a INTS como vencedora.
Uma equipe do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) realizou uma vistoria no Hugo na última segunda-feira. O presidente da entidade, Leonardo Mariano Reis, defendeu que o hospital teve melhoras consideráveis, que está em bom funcionamento e deve manter essa situação.
Hutrin muda sua gestão mesmo com decisão contra
O Instituto CEM entregou a gestão do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) para o Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed) no último sábado (24). A transferência ocorreu mesmo com uma decisão judicial do desembargador Olavo Junqueira de Andrade, que suspende o chamamento que terminou com a Imed como vencedora.
Durante o final de semana, o Instituto Consolidar, que perdeu o chamamento e acionou o Judiciário, e a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), trocaram acusações. Em nota, a pasta diz que o Consolidar tenta causar tumulto e que promove "sérios prejuízos à população ao agir levianamente, podendo até levar ao fechamento do Hutrin". Em geral, a SES defende que tirar o Imed da gestão do Hutrin traria prejuízo aos pacientes, já que o processo de transferência já havia começado.
Em resposta, o Consolidar disse que tem o interesse de desfazer a ilegalidade que ocorreu no processo seletivo da secretaria. Além disso, aponta que entrou com um recurso administrativo antes de recorrer ao Poder Judiciário.
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FOLHA DE S.PAULO
Artigo – O vale-tudo dos planos de saúde
Operadoras querem liberar convênios de menor cobertura
As empresas de planos de saúde partiram para o vale-tudo. Em artigo recente publicado nesta Folha , assumiram em público o que, há meses, conduzem nas sombras. Querem derrubar a lei atual para liberar o comércio de planos de menor cobertura. Querem o direito de captar e reter pagamentos de mensalidades, sem a obrigação de resolver os problemas de saúde de seus conveniados.
Prometem salvar a saúde no Brasil com a venda de planos pobres para pobres, produtos enganosos mais baratos que deixarão de fora quase tudo, dos casos de emergência ao diagnóstico e tratamento de cânceres.
Choram a perda de 3 milhões de clientes nos últimos anos , mas escondem o impressionante ganho de receita em plena recessão -de R$ 109 bilhões, em 2013, para R$ 196 bilhões em 2018. Os aumentos implacáveis das mensalidades e a explosão de ações judiciais contra serviços cada vez piores explicam em parte o milagre.
Plano de saúde, como diz o nome, não pode ser um improviso. É um contrato de pré-pagamento que deve conferir aos cidadãos, na hora do adoecimento, duas garantias: onde ir e, ao chegar ao serviço de saúde, ter o atendimento necessário.
Um projeto de lei apócrifo, denunciado pelo colunista Elio Gaspari em 14 de julho , detalha o golpe da desregulamentação. Além da "modulação" de coberturas conforme o bolso do freguês, o texto libera reajustes, acaba com o ressarcimento ao SUS (quando clientes de planos são socorridos na rede pública), carimba fraude em todos os médicos e hospitais, desrespeita a autonomia profissional, julga doentes crônicos e idosos como gastadores a serem eliminados, alivia multas de operadoras reincidentes em abusos e joga uma pá de cal na já desacreditada Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Sem pai nem mãe, o projeto aguarda adoção, foi deixado pelas operadoras na porta da Câmara dos Deputados. Assim, terceirizam o desgaste da lei impopular enquanto posam de reformadores do sistema de saúde.
Vem coisa feia por aí, pois nunca hesitaram em utilizar meios escusos para obter mudanças legais e vantagens fiscais. Grandes empresas do setor são acusadas de corrupção na Lava Jato , seus malfeitos foram revelados por três delatores; compraram profissionais da imprensa e palestras de famosos; financiaram campanhas de políticos e, em troca, emplacaram diretores e presidentes da ANS; foram sócias da máfia do Imposto Sobre Serviços (ISS) em São Paulo.
Assim, situam-se em dois mundos. No das aparências, propagandeiam suas virtudes competitivas contra o SUS. No real, estabelecem alianças políticas e financeiras. Batem no peito em defesa do mercado, mas trocam favores com governos de plantão.
Agora, determinados a aprovar os planos de saúde segmentados, exibem-se como extremistas radicais do liberalismo, alinhamento ideológico que não resiste à depravação política suprapartidária que mais uma vez pretendem patrocinar.
Mário Scheffer
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ministério da Saúde defende Médicos pelo Brasil no Congresso Nacional
Para o secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim, Médicos pelo Brasil supera equívocos do passado e faz com que todo brasileiro tenha a mesma chance de ser cuidado
"Para avançar na assistência ofertada à população, precisamos de novas estratégias para o Sistema Único de Saúde", defendeu o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Erno Harzheim, durante reunião, nesta terça-feira (27), que debate a criação do Médicos pelo Brasil. A audiência foi realizada pela Comissão Mista do Congresso Nacional, formada por deputados e senadores, responsável por examinar a Medida Provisória 890/2019, que institui o programa.
Harzheim destacou que as ações estão sendo construídas no âmbito do Ministério da Saúde para qualificar o cuidado em saúde da população. "As novas estratégias têm que superar os equívocos que tivemos no passado e acompanhar as novas tecnologias, para valorizar o cuidado humanizado e fazer com que todo brasileiro tenha a mesma chance de ser cuidado da mesma forma", completou.
O Médicos pelo Brasil é um programa de provimento médico e formação de especialistas em Medicina de Família e Comunidade em regiões mais carentes do país, lançado pelo Governo Federal no início de agosto. Para o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, participar da comissão é uma "oportunidade de debater com parlamentares e o conjunto da sociedade sugestões que possam aperfeiçoar a iniciativa".
Durante a reunião, o secretário Erno Harzheim explicou, ainda, o funcionamento do programa Médicos pelo Brasil e apontou as vantagens em relação ao atual programa de provimento de médicos: o Mais Médicos. Aproveitou também para destacar os investimentos e ações para valorização e fortalecimento da Atenção Primária realizados pela atual gestão do Ministério da Saúde, como o programa Saúde na Hora, que amplia os recursos federais para Unidades de Saúde da Família que ampliarem o horário de atendimento à população.
Também participaram da audiência pública a secretária Especial de Saúde Indígena, Silvia Waiãpi, o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Wilames Freire Bezerra, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Alberto Beltrame, e o 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Luiz de Britto Ribeiro.
Ao todo, estão previstas 18 mil vagas, sendo cerca de 13 mil em municípios de difícil provimento. A estratégia ampliará em cerca de 7 mil vagas a oferta de médicos em municípios onde há os maiores vazios assistenciais na comparação com o programa Mais Médicos, sendo que as regiões Norte e Nordeste juntas têm 55% do total dessas vagas.
A Comissão Mista, instalada no dia 21 de agosto, é presidida pelo deputado federal Ruy Carneiro (PB) e tem como objetivo debater a criação e atuação do programa Médicos pelo Brasil, a fim de aperfeiçoar a proposta com contribuições dos cidadãos e entidades ligadas à saúde. A próxima reunião está marcada para esta quarta-feira (28), quando devem participar representantes do Conselho Nacional de Saúde, da Comissão Nacional de Residência Médica, Associação Brasileira de Educação Médica e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
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VALOR ECONÔMICO
Amil corta custos e demite funcionários
Após anos de resultados ruins, grupo americano UnitedHealthCare pressiona operadora brasileira
Por Beth Koike
Dona da Amil, a empresa americana UnitedHealthcare está cortando custos e pessoal a fim de melhorar os resultados da operadora brasileira. Desde sua aquisição, por R$ 10 bilhões em 2012, a Amil não apresenta bom desempenho financeiro. A orientação é que cada departamento da companhia faça uma redução de 30% entre orçamento e salários. Até agora, pelo menos 300 pessoas, inclusive do alto escalão, foram demitidas. Esse número deve aumentar porque o processo ainda está em andamento, segundo o Valor apurou.
Ainda de acordo com fontes, a reestruturação da unidade brasileira – que contava com 38 mil funcionários em 2018 – está sendo liderada pessoalmente pela CEO global da UnitedHealthcare, Molly Joseph. A executiva passou a maior parte deste mês no Brasil promovendo mudanças, liderando reuniões e esteve também na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O presidente do UnitedHealth Group Brasil, o médico Claudio Lottenberg, por sua vez, não participou do encontro na agência reguladora, tampouco tem liderado as decisões estratégicas da companhia. Seu contrato com a UnitedHealth vence somente em 2021, mas com o poder esvaziado, algumas fontes do mercado acreditam que Lottenberg pode vir a ocupar algum cargo público na área da saúde, um projeto que o médico acalenta há anos. Em 2005, ele foi secretário de saúde da cidade de São Paulo.
Lottenberg assumiu o UnitedHealth Brasil em 2016, após ser convidado pelo fundador da Amil, Edson Bueno, para substitui-lo. Antes, o médico foi durante 15 anos presidente-executivo do Hospital Albert Einstein (ainda hoje preside seu conselho). Em 2016, o mercado já comentava os desafios que Lottenberg teria para tocar um grupo dono da maior operadora de planos de saúde do país, com 3,5 milhões de usuários, e uma rede com 21 hospitais e 35 centros médicos. A Amil vinha apresentando prejuízos sucessivos (ver tabela). A companhia até conseguiu fechar 2017 no azul, com resultado de R$ 54 milhões, mas o lucro líquido caiu para R$ 8 milhões já no ano seguinte. Em performance, a Amil destoa de seus concorrentes, que crescem mesmo diante dos níveis de desemprego do país, que levaram 3 milhões de pessoas a perder seus planos de saúde nos últimos quatro anos.
O desempenho da Amil vem desagradando os americanos, que começaram a pressionar Lottenberg. Uma das primeiras ações da companhia para reverter o quadro foi renegociar os valores pagos a seus prestadores de serviço, na tentativa de reduzir custos. A iniciativa, no entanto, foi um tiro no pé. A Rede D'Or, maior grupo hospitalar do país, não aceitou as condições da operadora e 17 hospitais foram (totalmente ou parcialmente) descredenciados. O problema é que o rompimento desagradou muito o público do Rio, onde a D'Or é líder. Com isso, segundo fontes, 240 mil usuários da Amil trocaram de plano de saúde e esse número pode bater em 350 mil até o fim do ano.
Procurado pela reportagem, o UnitedHealthGroup Brasil informou, em nota, que "está focado na prestação de cuidados mais acessíveis e de alta qualidade aos seus beneficiários". E acrescentou que "a inovação nos negócios, os avanços tecnológicos e o compromisso com a eficiência exigem que a empresa avalie continuamente o porte e a composição de sua equipe interna para garantir que ela apoie seu objetivo de consolidar um sistema de saúde sustentável e que promova mais valor e saúde para todos os seus clientes."
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DIÁRIO DA MANHÃ
Encontro debate a Aids na região Centro-Oeste
A Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV/Aids na Região Centro-Oeste (RNP+) será realizada em Goiânia entre os dias 29 e 31 de Agosto
A Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV/Aids na Região Centro-Oeste (RNP+) realizará entre os dias 29 e 31 de Agosto de 2019 o seu XII Encontro Regional. O evento acontecerá em Goiânia (GO), com o tema "Resistir Sempre, Desistir Jamais!" No dia 29, além da abertura, o encontro discutirá assuntos sobre o que é a RNP+ Brasil, o Colegiado e Secretaria Nacional da RNP+ Brasil, fará a leitura e a aprovação do Regimento Interno do encontro e uma apresentação cultural.
Já no dia 30 os debates serão em torno do desmonte do SUS, a atual situação dos Movimentos Sociais e o cenário político, as perdas de direitos, discriminação e preconceito às pessoas vivendo com HlV/aids (PVHA); a relação entre o HIV/AIDS e a Previdência Social -Lei 13.847/19, de junho de 2019, os pentes finos, as desaposentadorias das PVHA e estratégias para o fortalecimento dos movimentos sociais de luta contra o HIV/AIDS.
Por fim, no dia 31 a plenária final deve ser o ponto alto do evento. O XII Encontro Regional da RNP+ CO vai ser realizado com um número menor de participantes – um total de 20 PVHA-, pelas dificuldades de se conseguir apoio, pois a organização não teve condições de participar de nenhum edital.
Previsto para ser realizado em Cuiabá (MT) com apoio do estado do Mato Grosso e do município de Cuiabá, o evento teve o apoio cancelado no início do ano. No entanto, com a articulação de seus membros e representantes, foi obtido apoio para a realização do encontro, que estará contando com o solidário apoio de órgãos públicos e privados. Por isso, o número reduzido de participantes. Mas, o importante é que o encontro acontecerá. O XII Encontro Regional da RNP+ Centro-Oeste finaliza a rodada de realização dos encontros regionais da RNP+ Brasil, preparatórios para o VE Encontro Nacional, que será realizado de 12 a 15 de sete
* PROGRAMAÇÃO
Dia 29/08 (quinta)
15h-Abertura dos trabalhos
16h às 17h-lnformações Sobre a Prestação de Contas 17h às 18:30h-Leitura do Regimento Interno
18:30h às 19h-Apresentação Cultural Grupo de Teatro: Boullevard –
Dia 30/08 (sexta)
Debates
10:30h-Debates
Vulnerabilidades na vida das FVHAs no Gelo de Vida -Dra Ana Alzira Transtorno Comportamental – Dr Yuri; PEP e PREP e Dados Epidemiológicos HIV/AIDS – Zé Hélio 10:30 às 11 h – Debates 11 hs 12h-Atual Situação dos Movimentos Sociais e Senário Politico, Perdas de Direitos, Discriminação e Preconceito Vamos Agir e nos Unir – Debatedores Participantes Moderador: Luiz Carlos Vieira-13:30h às 15:30h Mesa 02 -HIV/AIDS e Previdência Social -Lei 13.847/19 de junho de 2019 – Pente Rno e Desaposentarias? Palestrantes: INSS e Previdência Social, Direitos Humanos – Dra ngela e Advogado Previdenaãrio – Liorcino (Léo Mendes) 15h às 17:30h – Debates Moderador Zenaide Maria dos Santos.
31/08 (sábado)
08h às 11h-Plenária Rnal-Relatório do Biênio das Ações desenvolvidas pelos Representantes Estaduais e Regional da Reg. CO.-Deliberações do XII Encontro Regional para o VIII Encontro Nadonal-Eleição do novo representante regional da RNP+ CO para o próximo biênio-Escolha da sede do XIII Encontro Regional e elaboração da Carta do XII Encontro RNP+ CO, com as recomendações aprovadas por Estado membros participantes, indicação por estado e referendo dos delegad@s do Centro Oeste para o Encontro Nacional.
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EXTRA ONLINE
Empresas redobram aposta em prevenção para evitar disparada de preços nos planos de saúde
O crescimento do custo de saúde em patamares que chegam a três vezes a inflação geral da economia e a crise, que retirou cerca de três milhões de pessoas dasaúde suplementar , levaram operadoras e empresas a investirem em prevenção. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em uma década o número de programas depromoção de saúde saltou de 68 para 1.868. Só nos últimos cinco anos, o número de beneficiários incluídos nesses programas cresceu cerca de 50%, somando, atualmente, 2,3 milhões de pessoas. O resultado desse cuidado com os usuários de planos de saúde resulta em reduções significativas de interações, idas ao pronto socorro, cirurgias, o que significa dizer que há casos em que o aumento dos custos já caminha a par e passo ao da inflação na casa dos 3% e 3,5%.
Não à toa, em 601 empresas, pesquisadas pela Mercer Marsh Benefícios, houve um aumento de 19% do gasto per capita em promoção de saúde por funcionário de 2017 para 2019. O levantamento aponta ainda que 64% das companhias que mantinham programas de saúde e bem estar têm planos de ampliar o ainda mais esse investimento até 2021. E 78% das que ainda não desenvolvem esse tipo de ação, planejam implementá-la nos próximos 12 meses.
– Finalmente, os programas de prevenção foram parar na mesa dos CEOs, que entenderam que tratar custo de saúde vai além de discutir o preço do contrato com a operadora anualmente, mas investir em gestão e promoção. Isso resulta em mais saúde para o funcionário, mais produtivadade e menor absenteísmo. A evolução do custo per capita das empresas gira em torno de 16%, em um ano, nas que adotam essas práticas, essa curva de crescimento é menor, chega a ser a metade – diz Mariana Dias Lucon, diretora de produtos da Mercer Marsh Benefícios.
Leia mais: Custos de planos de saúde disparam nas empresas e pesam no bolso dos funcionários
Segundo Thais Jorge de Oliveira e Silva, diretora de Serviços ao Segurado e Gestão Médica da Bradesco Saúde , a alavancagem de custos dos planos de saúde nos últimos anos, aumentou não sóo foco nos programas de prevenção, mas ampliou as iniciativas para além de doenças crônicas.
– Hoje, pela utilização do plano pelo usuário, com fisioterapia e consultas a especialistas conseguimos identificar que ele precisa de um direcionamento, antes que ele entre com um pedido de cirurgia de coluna. Ou seja, identificamos o problema antes que ele se agrave. A tendência é a criação de modelos preditivos, já estamos trabalhando em relação a patologias de joelho e ombro. Nas empresas que vêm investindo na gestão dos doentes crônicos e na prevenção, já temos casos de evolução da variação do custo médico hospitalar (VCMH) na casa de 3%, 3,5%, acompanhando a variação da inflação, o que é o sonho dourado – ressalta Thais, informando que a operadora tem 600 mil dos seus 3,6 milhões de beneficiários envolvidos em programas de prevenção.
O interesse das empresas contratantes de planos em programas de prevenção e o uso de redes sociais para divulgação, fez a Assim Saúde , em um ano, quase dobrar o número de beneficiários envolvidos nessas ações, diz Evelyn Mosqueira, diretora médica da operadora. Há um ano e meio no programa de emagrecimento saudável da operadora, Denise Lacerda, de 54 anos, assistente administrativa, diz se sentir melhor cuidada:
– Passo por um período grande de estresse, a equipe do programa me passa dietas, exercícios de relaxamento, que me ajudam muito. Comecei em janeiro do ano passado e precisei parar em junho, por causa de problemas pessoais. Pouco tempo depois a equipe me ligou para saber o que tinha acontecido e isso me fez bem, senti que alguém se importava comigo.
Ganho financeiro também para o consumidor
O ganho de saúde também não é o único benefício que os usuários que aderem aos programas. Em muitos casos, como no plano de autogestão da Fundação Copel, no Paraná, consultas e exames feitas por orientação do programa são isentos da coparticipação, que é de 30% do valor do procedimento. A falta de dados suficientes que permitam mensurar o resultado econômico dos programas de prevenção para a autogestão, Carlos Machado, gerente do Departamento de Gestão e Negociação em Saúde da fundação, mostra um exemplo do impacto dessas ações:
– O programa de check up, por exemplo, custa R$ 130 mil. No entanto, um tratamento de câncer pode custar R$ 500 mil. A prevenção, sem dúvida, sai mais barata e é mais eficaz para a saúde do usuário.
Veja também: TST: aposentado que não contribuiu na ativa não tem direito à manutenção do plano de saúde
Que o diga Isabel de Souza, 64 anos, aposentada, usuário do plano da Fundação, que descobriu ao participar do programa de check up um câncer de intestino em fase inicial:
– Eu sempre me cuidei e fiz exames de rotina. Até que uma amiga falou sobre o programa de prevenção do plano de saúde e comecei a fazer acompanhamento por lá. Uma vez o resultado do meu exame deu alteração e tive que investigar. E em agosto de 2017, descobri o câncer no intestino em fase inicial. Em seguida comecei o tratamento e em março do ano passado já tinha finalizado todo o processo. Acho que se eu tivesse descoberto junto com os sintomas, seria tarde demais. Porque até então, eu não sentia nada.
Dos cerca de dois milhões de usuários da SulAmerica Saúde, cerca de cem mil frequentam atualmente um dos programas de prevenção de doenças da operadora. E a expectativa para os próximos dois, três anos é de investimento pesado nesse segmento que a empresa chama de gestão do bem-estar e qualidade de vida. Uma das novidades é o programa de prevenção de câncer de mama que vai convocar as mulheres que não fizeram o exame.
– Com os programas, reduzimos em 16% a ida de doentes oncológicos ao pronto-atendimento, e em 21% a de idosos, além disso, o cuidado com pacientes de alto risco, diminui em 34% as reinternações, e e diminuímos em 47% as cirurgias de coluna. Coloca tudo isso na ponto do lápis e veremos que não á toa a sinistralidade da carteira da empresa é até 8% mais baixa a de outras operadoras do setor – Tereza Veloso, diretora Técnica Médica e Rede Credenciada na SulAmerica Saúde.
Análise de efetividade dos programas
Atualmente, 68% dos beneficiários da saúde suplementar estão vinculados a planos coletivos empresariais. A meta da ANS é fazer com que as empresas contratantes participem mais da gestão da saúde de seus funcionários, incrementando programas que promovam prevenção.
– Queremos que as empresas participem com a consciência de que essa gestão afeta o custo sim, mas também gera valor em saúde. E temos visto experiências muito interessantes em todo o país. A empresa é quem mais próxima desse beneficiário e o básico nesse tipo de programa é conhecer a sua população – diz Rogério Scarabel, diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, que firmou um acordo de cooperação para realização de estudos sobre o tema com o Sesi.
Atualmente, 53% das 743 operadoras que atuam no mercado brasileiro desenvolvem programas de promoção de saúde e prevenção de doenças e recebem, para tanto, um incentivo financeiro da ANS, com a liberação de 10% da sua margem de solvência. A ANS, no entanto, está em fase de aprimoramento desse instrumento, para que o foco dos programas seja baseado no resultado em saúde dos beneficiários. A agência já está realizando levantamento das evidências e resultados obtidos em cada operadora.
Se, por um lado, os programas se multiplicam, um dos desafios das operadoras é o engajamento dos usuários. Em alguns casos, a média de adesão é baixa, de 20%, da população elegível para aquela atividade. O maior engajamento, normalmente, é identificado nos projetos voltados a idosos, onde chega a 80% do grupo alvo.
– Esse é um caminho em que todos ganham, operadoras, empresas e usuários da saúde suplementar. É preciso sair do modelo hospitalocentrico atual, de doença para melhorar o cuidado. No entanto, não é um caminho fácil, pois está relacionado a mudança de comportamento, alimentação, exercícios, parar de fumar, e é uma tarefa árdua conseguir esse engajamento – diz Vera Valente, gerente-gerald a FensaSaúde.
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EXAME
O plano da SulAmérica para os R$ 3 bilhões que virão da Allianz
Capitalizada, empresa vai focar em segmentos como seguros de saúde e odontológicos, com possibilidades de aquisições
A seguradora SulAmérica deve embolsar 3 bilhões de reais nos próximos meses, após transação anunciada na semana passada, pela qual a companhia vendeu sua divisão de seguros automotivos e ramos elementares para o grupo alemão Allianz. Com essa montanha de dinheiro, a SulAmérica ganha fôlego para se fortalecer em um mercado aquecido: o de seguros de saúde.
O plano da seguradora agora é focar sua atuação em seguros para pessoas, abrindo mão dos seguros de sinistros. Hoje, 76% da receita da SulAmérica vem de seguros de saúde e odontológicos. Além deles, há o seguro de vida, previdência e gestão de ativos, que representam 9% do negócio. A parte de seguro de automóveis e ramos elementares (que oferecem garantia em caso de perdas e danos sobre objetos ou pessoas) responde hoje por 15% do faturamento da SulAmérica.
A compra ainda precisa ser aprovada por órgãos reguladores, o que pode levar até 12 meses. Quando chegar, o dinheiro da venda deve ser direcionado à expansão da SulAmérica, principalmente nos negócios de saúde. "O setor de saúde vem ganhando concorrentes de peso nos últimos anos. Esses recursos vão nos trazer vantagem competitiva, seja para desenvolver nossa força de vendas e novas ferramentas, seja para avaliar oportunidades de aquisição", afirma o diretor financeiro da companhia Ricardo Bottas.
No campo das aquisições, o foco está principalmente na compra de carteiras que permitam a preservação da rentabilidade. O modelo de negócio da SulAmérica é não verticalizado, ou seja, a companhia não possui hospitais próprios. A ideia é continuar assim. Portanto, aquisição e construção de hospitais não estão no radar, afirma Bottas.
Um segmento em que a SulAmérica tem uma atuação forte e que pode ganhar tração é o de seguros odontológicos. A companhia comprou a operadora de seguros odontológicos Prodent no final do ano passado por 145 milhões de reais. "Só 11% da população brasileira tem seguro odontológico, é um produto com baixa penetração, no qual podemos ganhar muito com aumento da escala", afirma Bottas. O crescimento no segmento, porém, deve ser principalmente orgânico, já que a Prodent era a última grande oportunidade de aquisição no setor, na avaliação do executivo.
Outras divisões da companhia, como previdência e gestão de ativos também devem ganhar fôlego. Com a operação focada em seguros e serviços focados em pessoas, um ponto importante será encontrar sinergias entre os serviços oferecidos pela companhia. "Estamos direcionados para que todo investimento em inovação, digitalização, utilização de dados e ferramentas de analytics traga melhor uso de informação para os nossos serviços como um todo", diz.
A venda da parte de seguros automotivos vem três meses após a venda da operação de capitalização para a Icatu, por 100 milhões de reais. A SulAmérica teve receita de 20,5 bilhões de reais em 2018, com lucro de 905 milhões de reais, alta de 17% em relação ao ano anterior.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação