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DESTAQUES
Posse
Gestão da saúde
Após médico não atender quem não vota em Bolsonaro, Cremego reafirma ser contra discriminação
Paciente denuncia médico por negar atendimento a pessoas com posicionamento contra Bolsonaro
Brasil espera bater recorde de doação de órgãos em 2018
Artigo – OPME: uma questão ética, técnica e econômica
Goiás tem maior crescimento em transplantes renais do País
A casa onde nascem vidas
O POPULAR
Posse
Eleitos em agosto, os novos conselheiros do Cremego serão empossados na segunda-feira. A solenidade será realizada na sede da entidade, às 20 horas.
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Gestão da saúde
Questionados sobre o modelo administrativo que pretendem implementar na Saúde pública em Goiás, os candidatos ao governo estadual se dividem sobre a manutenção do gerenciamento pelas organizações sociais nos hospitais. Após a recente interdição do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), depois de auditoria do Ministério do Trabalho e a recomendação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) à Secretaria Estadual de Saúde (SES) para que seja feita a regularização dos repasses aos prestadores de serviço, o modelo das OSs voltou a sofrer críticas, que foram reforçadas pela maioria dos postulantes ao governo.
Entretanto, o rompimento com as organizações é defendido abertamente somente por Kátia Maria (PT), Marcelo Lira (PCB) e Weslei Garcia (PSOL), enquanto Daniel Vilela (MDB) e Ronaldo Caiado (DEM), mesmo com críticas, admitem a continuidade das contratações, com alterações. Candidato à reeleição, José Eliton (PSDB) intercede em favor do modelo, destacando os números alcançados após sua implementação. Alda Lúcia (PCO), após ter recurso aceito e sua candidatura deferida, volta ao quadro na próxima semana.
Daniel Vilela – MDB
O modelo de gestão por meio de organizações sociais é uma boa alternativa para dar a celeridade necessária nas contratações e pagamentos. Mas esse modelo precisa passar por uma profunda auditoria para avaliar a qualidade dos serviços e preços. Chegar ao absurdo de faltar medicamentos em um hospital público é o fundo do poço e mostra que o governo perdeu a capacidade de resolver os problemas. Sabemos que a gestão direta do Estado, por ser burocrática, também causa atrasos. E que há casos de compras emergenciais questionadas pelos órgãos de fiscalização, o que faz do modelo de gestão por OS o mais adequado. Mas não pode ser como tem acontecido em Goiás, onde algumas organizações foram criadas do dia para a noite e não demonstram expertise na administração de grandes hospitais. O Estado deve fiscalizar com seriedade e rigor e isso não vem acontecendo. Há casos de OS que não cumpre metas e ainda assim teve contrato renovado. E hoje vemos problemas sérios no mais tradicional hospital de Goiás, o Hugo, inclusive com pedido de interdição. Isso ocorre por falhas em ambas as partes do contrato: o Estado, que atrasa repasses, e a OS, que demonstra falta de capacidade de gestão.
José Eliton – PSDB
O modelo já foi implementado no Estado com 17 unidades administradas por OS"s, que resultou em ganho de qualidade: seis hospitais com selo da ONA (Crer, HGG, HDT, HUGO, Hutrin e HEELJ). Entre 2011 e 2017 houve aumento de 62% no número de leitos; de 50% no de cirurgias e 70% no de internações, acima da média entre os estados do Centro Oeste. Dificuldades momentâneas, por conta da recessão no País que atinge os caixas de todos os Estados, não causaram prejuízo ao atendimento diário e de qualidade à milhares de pacientes na rede Hugo. Nenhum hospital estadual será fechado, mesmo que parcialmente. Investimos fortemente na regionalização da saúde com a construção de hospitais em Jaraguá, Uruaçu, Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto, além de seis USEs. Também inauguramos os Credeqs de Aparecida e concluímos os de Goianésia e Quirinópolis. Inauguramos o Centro Estadual de Atenção aos Diabetes. Tudo isto exige altos investimentos em obras, equipamentos, contratação de profissionais e custeio. Vamos consolidar a regionalização com a conclusão destes hospitais e parcerias com as prefeituras, além de ampliar o Terceiro Turno com a implantação do Programa Fila Nunca Mais.
Kátia Maria – PT
O atual modelo de gestão da Saúde Pública de Goiás fracassou. Estou avisando isso faz tempo. O pedido do MP-GO para que o Estado reassuma a gestão do Hugo e do Hutrin, com a adoção das medidas necessárias para evitar a interrupção de atendimentos, só mostra o acerto da nossa proposta de gestão. Vamos reestruturar e fortalecer o SUS em Goiás para atender a população com qualidade. Com CONCURSO PÚBLICO vamos recompor os quadros de servidores e otimizar os recursos. As OS"s são mais caras, atende menos e o Estado sequer consegue ter controle do que foi gasto diretamente com o cidadão. Quero ser a Governadora que vai cuidar diretamente da saúde do povo. Defendemos uma gestão integrada, descentralizada e participativa. Vamos criar o Mais Médicos para garantir profissionais em todos os municípios. Da mesma forma descentralizar o atendimento de média e alta complexidade e de especialidades médicas em Goiás, construindo 10 Hospitais Regionais Integrados e 18 Centros de Especialidades Médicas para garantir que a população possa ser atendida na sua região. Quero que a Saúde vá até o cidadão.
Marcelo Lira – PCB
As OSs são modelos de gestão neoliberal-flexíveis, a partir dos quais a iniciativa privada se apropria do orçamento público. Trata-se de uma concepção antidemocrática, pois alija os trabalhadores dos processos de discussão e deliberação, acerca das políticas públicas e de suas relações de trabalho; e, antipopular, pois se utiliza da miséria e da pobreza para enriquecer, tratando a doença como um negócio altamente rentável. A gestão por OSs reduz drasticamente a quantidade/qualidade dos serviços prestados, bem como precariza as relações de trabalho, impondo-se baixíssimos salários, altíssimas jornadas e péssimas condições de trabalho. Trata-se de um modelo de consolidação de oligarquias políticas, instituindo-se métodos de corrupção de diversas ordens, pois a concessão e sua renovação passam por processos licitatórios questionáveis, submetidos à lógica clientelista/fisiologista. O PCB defende a consolidação do SUS, mediante contratação de todos os trabalhadores por CONCURSO PÚBLICO e criação de Planos de Carreira, instituindo-se Conselhos Populares, eleito entre os trabalhadores da área, com mandato imperativo, para regular as relações de trabalho e definir as políticas públicas.
Ronaldo Caiado – DEM
O modelo administrativo da saúde irá combinar a prestação direta dos serviços pelo Poder Público (Estados e Municípios); pelo setor privado e por entes de colaboração com o Estado. Mas, ressalto que contratações de entes de colaboração respeitarão a parametrização de preços e os serviços serão fiscalizados. Vou promover a descentralização e prestar apoio técnico e financeiro aos municípios, implementar e monitorar redes hierarquizadas do SUS e executar programas de saúde de média e alta complexidades. Em Goiás a saúde pública falha no planejamento adequado das ações, não observa critérios de regionalização e não promove cooperação com os municípios, evidenciando falta de alinhamento entre as esferas em prol de um atendimento humanizado. Além das falhas em planejamento, em regionalização e na cooperação, observa-se, também, falhas na regulação. A integralidade será um eixo prioritário da política de saúde e isso exige compreender sua operacionalização a partir de dois movimentos recíprocos: a superação de obstáculos e a implantação de inovações no cotidiano dos serviços de saúde, nas relações entre os níveis de gestão do SUS e nas relações destes com a sociedade.
Weslei Garcia – PSOL
Em nosso governo, a população terá saúde de qualidade. Vamos cuidar das pessoas. É um absurdo o que vem acontecendo no nosso Estado. O Hospital de Urgências, HUGO, ganhou notoriedade nacional pela precarização dos serviços e atendimento ao público, resultado direto da falta de medicação e insumos básicos. Os profissionais da não conseguem desempenhar bem seu papel e quem paga é o povo. Vamos romper os contratos das Organizações Sociais. Um sistema caro, ineficaz e que não atingiu as metas estabelecidas. Iremos criar uma gestão fortalecida na democracia onde os servidores irão eleger seus gestores a partir do quadro de funcionários da rede. Iremos concluir as obras dos hospitais de Santo Antonio do Descoberto e Águas Lindas, além de outras unidades de saúde e construir novos hospitais. Vamos criar mais centros de hemodiálise e recuperar o laboratório do Iquego. Vamos descentralizar a área, fortalecendo o Sistema Único de Saúde e implementando o programa Saúde em Casa, com atendimento preventivo e em domicílio. Vamos respeitar e pagar a data base dos servidores da saúde e gratificações que foram retiradas, além de ampliar o quadro de servidores através de CONCURSO PÚBLICO.
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JORNAL OPÇÃO
Após médico não atender quem não vota em Bolsonaro, Cremego reafirma ser contra discriminação
Por Elisama Ximenes
Conselho aguarda denúncias sobre ginecologista que se recusou a atender quem não volta no candidato do PSL
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) se posicionou sobre vídeo em que uma atendente pede que pacientes do ginecologista Cláudio Coelho vão embora, caso não votem no candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). O conselho afirma que ainda não recebeu denúncias, mas que, de antemão, “rechaça qualquer tipo de discriminação a pacientes”.
O Cremego ainda ressalta que só poderá dar um posicionamento final depois que for feita a apuração dos fatos, pois o Código de Ética Médica determina que o profissional tem autonomia para o atendimento. O conselho ainda aconselha que os pacientes encaminhem a denúncia para que a apuração seja feita.
O caso ocorreu no Hospital Vittá e o momento em que a atendente anuncia que o ginecologista não vai atender às pacientes contrárias ao candidato do PSL foi gravado em vídeo e tem circulado na internet. O hospital não se posicionou e o médico e seu advogado ainda não foram localizados.
Confira nota na íntegra:
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) orienta os pacientes a encaminharem a denúncia ao Conselho, informando inclusive o nome do médico e local da gravação do vídeo ao qual o Regional teve acesso apenas pela imprensa e internet, para que seja apurado se houve infração ética. O Cremego rechaça qualquer tipo de discriminação a pacientes, mas só poderá se posicionar sobre o assunto após a apuração dos fatos, pois o Código de Ética Médica, em seu capítulo I, garante a autonomia do profissional para o atendimento (Capítulo I, VII – O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente).
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MAIS GOIÁS
Paciente denuncia médico por negar atendimento a pessoas com posicionamento contra Bolsonaro
Em vídeo, funcionária aparece dizendo que o ginecologista já expulsou pessoas de seu consultório em razão de diferenças políticas
"A Medicina é uma profissão a serviço da Saúde, do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza". É o que versa o código de ética da mencionada profissão. Entretanto, um ginecologista de Goiânia tem recusado atendimento a pessoas com posicionamento político do seu, declaradamente pró-Jair Messias Bolsonaro (PSL). A comprovação se deu na quarta-feira (26), na recepção do consultório localizado na Praça Joaquim Lúcio, Setor Campinas, quando pacientes, após horas de espera, foram comunicados da decisão, a qual afeta – principalmente – os "petistas".
No vídeo, a secretária, vestida com uma camiseta estampada com o nome de Bolsonaro, afirma que o médico já chegou a expulsar pacientes de dentro do consultório por diferenças políticas. "Ele está com a camisa e boné do Bolsonaro. O nível de estresse dele tá assim [gesticula com as mãos no alto] (sic). Então, já estou avisando que ele não vai atender. Digo isso para evitar constrangimento [de ser removido do consultório], porque o estresse dele está acima do normal. Ele já mandou gente embora por causa disso". Quando pacientes tentam contra-argumentar, a mulher reforça. "Não posso fazer nada, não vou discutir com ele".
Indignada com a situação, uma das pacientes – que pediu para ter o nome preservado, conversou com o Mais Goiás. Ela reforça que tinha chegado às 12h para uma consulta às 14h, mas apenas às 15h recebeu um posicionamento da secretária. A mulher ressalta que a recepção estava lotada e ela aguardava para entregar resultados de exames, quando a funcionária chegou para justificar o atraso. "Ela afirmou que o médico se envolveu em um acidente de trânsito no dia anterior e precisou remanejar os atendimentos daquele dia para aquela tarde. Até aí, normal, mas depois ela informou sobre o posicionamento político do médico e disse que ele não atenderia eleitores contrários a Bolsonaro, principalmente aqueles que fossem petistas".
Ela revelou ser paciente do médico há 1 ano e meio e nunca tinha visto coisa parecida. "Todos ficamos indignados. Fui embora sem ser atendida". Agora, a paciente afirma que irá iniciar um processo contra o médico no Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). "Já me informei sobre o que é necessário fazer e entrarei com um processo. Isso é falta de ética e uma desonra ao Juramento de Hipócrates, feito à sociedade assim que ser formou. Não pode ficar impune".
O Mais Goiás tentou contato com o médio, via telefone da clínica, mas foi informado pela referida secretária de que o ginecologista irá comentar o assunto apenas por meio de seu advogado, José Eustáquio do Carmo. Em ligação, o defensor afirmou não ter sido comunicado pelo cliente sobre a situação. "Vou ter que me inteirar sobre o assunto para poder dar uma resposta para vocês".
Em nota, o Cremego orienta como pacientes podem realizar formalizar denúncia e apresenta outro trecho do Código de Ética Médica. Confira na íntegra:
"O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) orienta os pacientes a encaminharem a denúncia ao Conselho, informando inclusive o nome do médico e local da gravação do vídeo ao qual o Regional teve acesso apenas pela imprensa, para que seja apurado se houve infração ética. O Cremego rechaça qualquer tipo de discriminação a pacientes, mas só poderá se posicionar sobre o assunto após a apuração dos fatos, pois o Código de Ética Médica, em seu capítulo I, garante a autonomia do profissional para o atendimento (Capítulo I, VII – O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente)".
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ISTOÉ ONLINE
Brasil espera bater recorde de doação de órgãos em 2018
O Ministério da Saúde espera atingir, até o final do ano, o maior número de doação de órgãos desde 2014. Entre janeiro e junho deste ano a pasta registrou crescimento de 7%, em relação ao ano passado, no número de doadores efetivos de órgãos – aqueles que iniciaram a cirurgia para a retirada de órgãos com a finalidade de transplante.
O número de doadores no primeiro semestres passou de 1.653 em 2017 para para 1.765 em 2018 e a expectativa é chegar a 3.530 até o final do ano. O Ministério da Saúde estima que vai alcançar recorde nos transplantes de fígado (2.222), pulmão (130), coração (382) e medula óssea (2.684), até o final de 2018.
Entre os órgãos que tem mais demanda do que oferta para doação, o pulmão é o que apresenta maior defasagem, segundo o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Orgãos (ABTO), Paulo Pêgo Fernandes. A demanda potencial desse órgão para atender uma população de 210 milhões de pessoas seria de 1,6 mil doações. "A maior defasagem teórica entre o número de transplantes realizados e o número de transplantes necessários é o de pulmão, é o que necessitaria aumentar mais a oferta. O transplante de pulmão exige mais atenção, poucos estados fazem. É um órgão que exige mais cuidado e tratamento mais adequado do doador", explica Fernandes.
A expectativa do Ministério da Saúde é realizar 24,6 mil transplantes até o final do ano, sendo 8.690 de órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim e pâncreas) – maior número dos últimos oito anos. Os transplantes de córnea apontam redução em 2018 em razão da redução da lista de espera em alguns estados. Amazonas, Ceará, Goiás, Pernambuco e Paraná são considerados em situação de lista zerada com relação ao transporte de córnea.
A lista de espera registrou queda de 6% em relação ao mesmo período ano passado passando de 44.005 parar 41.266 o número de pessoas que aguardam por uma doação de órgãos no país. Apesar da diminuição em relação ao ano anterior, a lista ainda está acima dos patamares atingidos em 2016 (41.052 ) e 2015 (41.236).
"Houve um aumento de casos da lista de 2017 e uma redução em 2018, estabilizando se você considerar os últimos anos. Precisamos priorizar as campanhas, conscientizar a população e fazer essa relação direta com as famílias para que a gente possa aumentar tanto o número de doadores quanto o de transplantes para reduzir efetivamente os números", afirmou o ministro da Saúde interino, Adeílson Cavalcante.
Para o presidente da ABTO as campanhas ajudam, mas tem limitações. Ele aponta como medidas efetivas para aumentar o número de doações de órgãos o treinamento de equipes multidisciplinares de saúde com relação ao diagnóstico de morte encefálica e a criação de centros regionais de transplante.
"Você tem quem treinar pessoas a nível de Brasil inteiro no sentido dessa questão: de fazer diagnóstico e de saber como conversar, explicar essa situação para os familiares. Outra questão são os centros regionais de transplante, porque o fato de o país ser muito grande, dependendo do órgão você não consegue transportá-lo do Norte para o Sul a tempo, ficaria muito tempo fora do corpo e, com isso, inviável para utilização", afirma Fernandes.
O Ministério da Saúde informou que repassa recursos para estados e municípios qualificarem profissionais de saúde envolvidos nos processos de doação de órgãos e tecidos. O orçamento federal para esta área é de R$ 1 bilhão. A pasta diz que vai ofertar 74 oficinas de capacitação para 4 mil médicos até 2020 em atendimento à nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) para o diagnóstico da morte encefálica.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema público de transplante do mundo sendo responsável por cerca de 96% dos transplantes realizados no país. O Sistema Nacional de Transplantes é formado pelas 27 Centrais Estaduais de Transplantes; 13 Câmaras Técnicas Nacionais; 504 estabelecimentos e 851 serviços habilitados; 1.157 equipes de transplantes; 574 Comissões Intra-hospitalares de Doações e Transplantes; e 72 Organizações de Procura de Órgãos (OPOs).
As companhias de aviação civil transportaram, entre junho de 2016 até junho deste ano, a partir do termo de cooperação firmado com o Ministério da Saúde, 9.236 órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, rim e pulmão) e tecidos. Em relação ao primeiro semestre deste ano, houve crescimento de 6% em comparação ao primeiro semestre de 2017, passando de 2.327 itens transportados, entre órgãos, tecidos e equipes para 2.474. Já a FAB transportou entre junho de 2016, quando saiu o Decreto Presidencial nº 8.783, de junho de 2016, até junho deste ano, 513 órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, rim e pulmão) e tecidos.
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PORTAL ADMINISTRADORES
Artigo – OPME: uma questão ética, técnica e econômica
A grande variação nesse mercado especializado obrigou as operadoras de saúde a qualificarem e normatizarem a utilização desses insumos
Os custos em saúde vêm crescendo por diversos motivos. Entre eles podemos citar: o incremento de novas tecnologias médicas, aumento da solicitação de exames complementares, envelhecimento da população, entre outros. Há uma tendência à continuidade do aumento dos custos nos próximos anos, o que impacta diretamente na equação de custos sobre as receitas do governo e das operadoras de saúde suplementar.
As Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) têm cada vez mais repercutido nos custos da assistência à saúde. O avanço tecnológico nessa área tem sido vertiginoso, sobretudo em algumas especialidades, como cirurgias de coluna, ortopédicas e endovasculares. Hoje, inclusive, os pacientes participam da prescrição e definição da técnica a ser utilizada na cirurgia, principalmente devido à disseminação das informações na internet, sem que, no entanto, diferencie o que é confiável do que não é.
O beneficiário, que procura a melhor solução, associa a melhor qualidade ao produto mais caro, o importado. Ainda com o agravante de casos em que prestadores de serviços possam induzir o consumidor a exigir determinado produto em detrimento de outro, não por julgar de melhor qualidade, mas levando em conta os benefícios econômicos que receberá pela utilização de determinada OPME.
Há muitas vertentes que afirmam que o paciente ou seu médico não tem o direito de exigir a marca do fornecedor de OPME, mas sim de exigir que lhes sejam fornecidos materiais adequados para atender as finalidades da cirurgia. Entretanto, estão cada vez mais frequentes as demandas judiciais, que se tornaram mais um fator de estresse e de um aumento significativo de custos para as operadoras de saúde e saúde pública.
A grande variação nesse mercado especializado obrigou as operadoras de saúde a qualificarem e normatizarem a utilização desses insumos, com base nas orientações das entidades reguladoras – principalmente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Da mesma forma, o Sistema Único de Saúde precisa criar estratégias para aquisição destas tecnologias ainda não padronizadas nos hospitais da sua rede.
Hoje existem diferentes resoluções que abordam assuntos relacionados às OPMEs. Tais resoluções estão presentes em diferentes órgãos do governo e órgãos de classe, tais como a Agência Nacional de Saúde Suplementar, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Federal de Odontologia, entre outras medidas que foram debatidas na Câmara de Deputados e Senado Federal.
Médicos e outros profissionais de saúde são assediados pelas distribuidoras de materiais e fabricantes – que estão dentro dos centros cirúrgicos dos hospitais, oferecendo ao profissional materiais que facilitam o seu trabalho, sem, ao menos, trazer a confirmação de sua eficácia para o paciente. Alguns médicos, ainda, não só determinam a marca do material requisitado, mas exigem o fornecedor do mesmo, apesar da proibição de tal prática pelo Conselho Federal de Medicina.
Quando uma operadora de saúde nega algum material de alto custo, mesmo que embasada tecnicamente, de imediato cria-se um problema para todos os protagonistas do sistema – paciente, médico, hospital, operadora e a empresa financiadora. Todos ficam descontentes ou desconfortáveis. Tais questões podem chegar no âmbito do judiciário que, muitas vezes, pela dificuldade de apoio técnico, libera um determinado tratamento que acaba levando à piora do quadro do paciente ou até mesmo à morte.
Em janeiro de 2015 foi ao ar a reportagem que tratou da Máfia de OPME (conteúdo veiculado na imprensa nacional), tornando público um lado obscuro existente tanto na saúde pública quanto na saúde suplementar, onde as questões econômicas sobrepõem as questões técnicas. Diante desse cenário, diferentes ações têm sido desenvolvidas pelos órgãos do Governo, operadoras de saúde, entidades de classe, judiciário, associações, entre outros, para buscar a qualidade do atendimento e combate às fraudes. Uma das ações refere-se à busca da transparência de todos os processos que envolvem as OPMEs, com foco na qualidade e redução de desperdícios na saúde.
Diante desta perspectiva, o comprometimento com a qualidade dos serviços prestados deve estar alinhado à utilização de recursos adequados, com custo viável para os pagadores e, também, a capacitação especializada como premissa nas atividades das equipes envolvidas no processo.
Várias estratégias vêm sendo aplicadas e construídas para melhoria do processo, tais como: negociação direta com o fabricante; adoção de protocolos e resoluções das melhores práticas médicas; revisão de normativas vigentes; novos critérios para incorporação dos avanços tecnológicos; normas de compliance; entre outras.
Todas as estratégias apresentam um objetivo comum: uso correto, seguro e confiável dos implantes a que os pacientes têm direito, alinhado à racionalização de despesas por parte dos sistemas de saúde, sem comprometer a sua qualidade.
Andréa Bergamini – Diretora-técnica da empresa Gestão OPME; mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília; integrante do Grupo Técnico de Trabalho de Órteses, Próteses e Materiais Especiais, coordenado pelas Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Agência Nacional de Saúde Suplementar; e também parte do Comitê Técnico de OPME do Fórum Latino-Americano de Defesa do Consumidor.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Goiás tem maior crescimento em transplantes renais do País
O transplante é uma opção de tratamento para os pacientes que sofrem de doença renal crônica avançada. Até agosto de 2018 foram realizados 92 procedimentos no HGG
Doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar vidas. Muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser única esperança ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação. O Serviço de Transplantes Renais do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) registrou, no primeiro trimestre de 2018, um crescimento de 100% no número de transplantes renais realizados na unidade. O comparativo é em relação ao mesmo período do ano passado. Dos 37 transplantes realizados em todo o Estado de Goiás no primeiro trimestre, 31 foram no HGG.
No último levantamento, até agosto de 2018, a unidade registrou um total de 92 transplantes renais. E neste ano, no dia 19 de julho, realizou o primeiro transplante de fígado do Estado, lançando o Serviço de Transplantes Hepáticos do HGG.
Contudo, Goiás está na contramão dos índices gerais do país. Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes, o Brasil registrou uma queda de 10% no número de transplantes renais no primeiro trimestre de 2018, quando comparado ao mesmo período de 2017. Goiás e outros quatro estados (Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Ceará) apresentaram o aumento.
Para coordenador do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HGG, Marcelo Rabahi, além dos bons resultados em relação ao número de transplantes realizados, é importante que os processos sejam satisfatórios. A avaliação dos casos transplantados no ano de 2018 mostra que 92,3% dos pacientes obtiveram sucesso com o procedimento. "Esses dados trazem a certeza que a decisão de implementação do serviço de transplante renal foi acertada e o trabalho multidisciplinar desenvolvido na instituição deve continuar", explica.
GASTOS
A prevalência de doenças renais crônicas vem crescendo na maioria dos países, consequentemente também existe um aumento de internações e consumo de recursos financeiros. O SUS é o responsável pelo financiamento de 90% dos tratamentos de pacientes que se encontram em terapia renal substitutiva, como a diálise, que inclui a hemodiálise e diálise peritoneal.
"O transplante renal representa uma alternativa custo-efetiva para o tratamento das doenças renais crônicas, por isso, devemos investir cada vez mais tanto no incentivo da doação de órgãos quanto no investimento dos serviços de transplante no setor público", sugere. O serviço de transplante renal do HGG, implantado no ano passado, já realizou 149 transplantes.
O PROFISSIONAL POR TRÁS DO TRANSPLANTE
Entre a retirada e o transplante de um órgão existem uma série de etapas. Para que isso seja possível, é necessário que o órgão corresponda a uma série de exigências até chegar ao novo corpo. Essas etapas vão desde as mais simples, como a verificação do tipo sanguíneo, até uma série de análises realizadas pelo Médico Patologista. Este profissional é o responsável por verificar se o órgão está em pleno funcionamento para desenvolver sua função em um novo organismo.
"Para que um órgão seja aceito em um corpo diferente, precisamos levar em conta não só a classificação sanguínea, mas o tamanho e a capacidade de desenvolver suas funções, pois em casos de mortes por infecção, por exemplo, o transplante pode ser descartado", explica o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Clóvis Klock. A equipe médica, além desses especialistas, também é responsável por encontrar um destino com critérios de proximidade, considerando o tempo útil do órgão fora do corpo, gravidade do paciente e o tempo na lista de espera.
"Quando há um alerta de possibilidade de doação, tudo tem que acontecer com muita rapidez, partindo da conversa com os familiares, passando pela busca por um paciente compatível. Todo o processo deve acontecer respeitando o tempo limite de sobrevida de um órgão, que pode variar. Um coração pode ficar parado por até 4 horas, já um fígado resiste até 12 horas fora de um corpo e um rim aguenta 36 horas sem circulação sanguínea", afirma Klock.
* DOIS TIPOS DE DOADOR
1-O primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concordo com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial.
2-O segundo tipo é o doador falecido. São paciente com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
* QUERO SER DOADOR DE ÓRGÃOS. O QUE FAZER?
Se você quer ser doador de órgãos, avise a sua família.
Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo de ser doador e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doação de órgãos.
No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar.
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A casa onde nascem vidas
Maternidade Nascer Cidadão completa 18 anos de atendimento humanizado. Unidade é referência na assistência à gestante e ao recém-nascido em Goiânia. Pioneiro, local é modelo para outras instituições
Considerada pioneira no atendimento humanizado à gestante e ao recém-nascido em Goiás, a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) completa 18 anos nesta sexta-feira, 28. A unidade, que está localizada na região Noroeste de GOIÂNIA, foi inaugurada em 2000. O trabalho desenvolvido na instituição é reconhecido pelo Ministério da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
"Há 18 anos a Nascer Cidadão presta um atendimento de qualidade para os moradores da região Noroeste, de GOIÂNIA e região metropolitana. A unidade é referência e os serviços são reconhecidos em todo o país", destaca a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué. Em média, o local realiza 280 partos mensais. Além da assistência humanizada, a Maternidade oferece os exames necessários para avaliação da saúde do recém-nascido, como os testes da orelhinha, pezinho, coraçãozinho e linguinha, assim como as primeiras vacinas. Os pais também podem registrar os filhos no cartório localizado dentro da própria unidade de saúde.
O trabalho da MNC é uma referência para outras unidades da saúde municipal de GOIÂNIA e serviu de exemplo para o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), na Vila Redenção, e para o Hospital e Maternidade Oeste, que está sendo construído no Conjunto Vera Cruz.
SERVIÇOS
A unidade conta com uma equipe multiprofissional composta por médicos obstetras e pediatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos, psicólogos, serviço social, nutricionistas e odontólogos. "Seria impossível exercermos tal atividade sem pessoas. Profissionais de diferentes áreas que, comprometidos, se unem em torno de um só objetivo, que é cuidar da vida", destaca o coordenador geral da unidade, Sebastião Pereira Teles.
Para aquelas mulheres que por algum motivo não conseguem ou não podem amamentar os filhos, a Nascer Cidadão também conta com um banco de leite materno. Além de coletar, processar e distribuir o leite, a Maternidade também orienta as mulheres durante aleitamento e oferecem treinamento para ensiná-las a ordenhar adequadamente o peito e como amamentar as crianças.
RECONHECIMENTO
Localizada no Jardim Curitiba III, a Maternidade já recebeu vários prêmios e homenagens devido aos trabalhos e cuidados com as gestantes e recém-nascidos. Entre os certificados, se destacam o de Maternidade Segura do Ministério da Saúde, o selo Hospital Amigo da Criança do Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Prêmio Dr. Pinotti de Hospital Amigo da Mulher, o selo de qualidade por manter um banco de leite humano e certificado de Sala de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta.
ATENDIMENTO
De janeiro a agosto de 2018 já foram realizados 18.756 atendimentos na emergência da unidade, o que equivale a uma média de 2.350 por dia, e seis mil atendimentos no ambulatório médico nas especialidades de obstetrícia, pediatria patologia cervical e mastologia. Neste ano a maternidade já soma um total de 2.217 partos realizados, sendo 1.392 normais e 825 cesáreas.
Entre os exames de imagem, foram realizadas 3.743 ultrassonografias. A equipe multiprofissional, composta por psicólogos, fonoaudiólogos, odontólogos e assistentes sociais, atendeu 10.600 pessoas, com uma média de 1.325 atendimentos por mês.
HISTÓRICO
14 de setembro de 1998 – Início das obras da Maternidade Nascer Cidadão;
28 de setembro de 2000 – Término das obras e inauguração oficial da unidade;
4 de agosto de 2001 – Recebe o título de Hospital Amigo da Criança do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef);
28 de setembro de 2001 – Solenidade de entrega da placa de Hospital Amigo da Criança;
31 de outubro de 2001 – Instalação do Cartório de Registro Civil nas dependências da Maternidade em convênio com o Cartório Antônio do Prado;
Dezembro de 2001 – Avaliada como Maternidade Segura, pelo Ministério da Saúde e instalação do Conselho Local de Saúde da Maternidade;
Novembro de 2002 – Conquista do Prêmio Prof. Galba de Araújo;
16 de maio de 2003 – Inauguração do Banco de Leite Humano;
22 de junho de 2004 – Recebe menção especial no Prêmio David Capistrano conferido a SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE de GOIÂNIA pelo compromisso com a Humanização da Atenção e Gestão do SUS;
2016 – Ministério da Saúde concede selo de qualidade por manter um Banco de Leite Humano e uma sala de apoio a mulher trabalhadora que amamenta.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação