ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
TV ANHANGUERA (clique no link para acessar a matéria)
Confira como funciona o atendimento na rede pública de saúde em Goiás
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-1edicao/t/edicoes/v/confira-como-funciona-o-atendimento-na-rede-publica-de-saude-em-goias/2982469/
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O POPULAR
Saúde
Estudo prevê 576 mil novos casos de câncer
No Centro-Oeste devem ser diagnosticados 41 mil casos em 2014. Pele, mama e próstata lideram ranking
Maria José Silva
Um quadro sombrio desafia as autoridades da área de saúde de todo o País. No ano que vem devem ser registrados no Brasil 576.580 novos casos de câncer. A previsão é de que o tumor de pele não melanoma, o mais frequente na população, normalmente não-letal, seja responsável por 31,5% dos casos, atingindo um universo de 182 mil pessoas. Depois deste, o que mais deve afetar os homens é o câncer de próstata, com previsão de 68,8 mil novos casos. Nas mulheres, o câncer de mama responde pela segunda maior incidência, com a estimativa de 57,1 mil novos casos no Brasil no ano que vem.
As previsões dos novos casos da doença compõem a Estimativa 2014 – Incidência de Câncer no Brasil, estudo realizado pelo Ministério da Saúde (MS) em parceria com o Instituto Nacional do Câncer José de Alencar (Inca) com o propósito de fundamentar as políticas públicas na área de oncologia. Ao apresentar a pesquisa na tarde de ontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a estimativa reforça a concepção de que o câncer deve ser visto como prioridade em saúde pública.
Na Região Centro-Oeste estão previstos 41.440 novos casos de câncer. De acordo com o estudo do MS e do Inca, os homens serão os mais atingidos, com a estimativa de 21.290 casos novos. Nas mulheres, a previsão é de que sejam registrados 20.150 casos.
O estudo também prevê que 4.588 homens que residem na Região Centro-Oeste recebam a notícia de câncer de próstata; 1.030 sejam afetados pelo câncer de traqueia, brônquio e pulmão e 890, pelo câncer de cólon e reto. Da mesma forma, 3.800 mulheres serão surpreendidas com o câncer de mama; 1.640 vão diagnosticar o câncer de colo de útero e 1.100, o câncer de cólon e reto.
Apesar da gravidade da doença, o diagnóstico de câncer não significa sentença de morte. O presidente da Associação de Combate ao Câncer do Estado de Goiás, Alexandre João Meneghini, destaca que grande parte dos tipos de câncer tem chances de cura.
Mesmo nos tumores considerados mais avançados, destaca o médico, os medicamentos conseguem aliviar as dores e os sintomas e garantir melhora na qualidade de vida do paciente. Alexandre Meneghini aponta a necessidade da adoção de alimentação balanceada e da prática de exercícios físicos para prevenir a doença.
Afetada por um tipo de câncer raro, nas nádegas, a dona de casa Jéssica da Mata Silva, de 22 anos, comemora a recuperação. “Sempre tive sede de vida. Passei por momentos de intensa dificuldade, mas não desisti de ter esperança”, pontua. Ela descobriu a doença em 2011 e desde então submeteu-se a 20 sessões de quimioterapia e 33 de radioterapia.
Casos Estimados
Em 2014 devem ser registrados 576 milnovos casos de câncer no Brasil
Na Região Centro-Oeste estima-se o surgimento de 41.440 novos casos
Do total de casos da Região Centro-Oeste, estima-se que 21.290 afetarão os homens e 20.150 as mulheres
Os tipos de câncer mais frequente nos homens do Centro-Oeste são os de próstata, traqueia, brônquio e pulmão e cólon e reto
Nas mulheres os tipos de câncer mais comuns são os de mama, colo de útero e cólon e reto
Condutas que previnem o câncer
Não fume
Não abuse de bebidas alcoólicas
Use preservativo nas relações sexuais
Evite o consumo excessivo de açúcar, gordura, de carne vermelha, de porco e das processadas
Evite o consumo de alimentos ricos em sódio e conservantes
Use filtro solar diariamente e evite a exposição ao sol entre 10 horas e 16 horas
Pratique atividades físicas todos os dias
Procure assistência especializada caso note qualquer anormalidade em seu corpo
Faça um check-up anual
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Huapa
Falhas de infraestrutura constatadas
Márcia Abreu
O diretor-geral do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa), Ronan Pereira Lima, nega déficit de médicos e demora no atendimento, sobretudo nos casos de cirurgia. Ele também contesta denúncias de que pacientes são dispensados na portaria sem direito de entrar nas dependências internas do hospital, como mostrou O POPULAR na terça-feira.
Os problemas de infraestrutura, no entanto, foram admitidos pela direção do Huapa e constatados pela reportagem do POPULAR que teve a entrada liberada ontem depois de ter sido barrada na segunda-feira. O hospital tem infiltrações em várias partes e homens trabalham na lage do prédio para impedir a passagem de líquido.
Outro problema verificado é que, das quatro salas de cirurgias, três funcionam. A que está isolada recebeu reparações no teto e aguarda por serviços de encanação e ar-condicionado. De acordo com o diretor técnico do Huapa, Elisandro Cunha, a situação não compromete os trabalhos. “Somente em outubro realizamos cerca de 250 cirurgias e o número vem crescendo no decorrer do ano”.
O hospital continua sem a substância reagente para identificar tipos sanguíneos, impasse que só deve ser resolvido após realização de novo contrato para compra do produto. Mas a direção afirma que a falta não impede a transfusão de sangue. “O reagente só dá mais segurança”, garante Cunha. No caso do menino barrado na guarita, o diretor-geral diz que houve um mal entendido e que ele já foi atendido posteriormente.
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Risco à saúde
Lixo fica acumulado no HMI
A direção do Hospital Materno Infantil (HMI) alertou ontem para o acúmulo de lixo no depósito da unidade, que estaria chegando a um nível crítico. A entidade que administra o hospital e a Comurg discordam sobre parte do lixo que estaria no depósito. A Comurg diz que tem lixo hospitalar misturado e diz que não pode recolher. O HMI nega a acusação do órgão municipal e diz que respeita resoluções da Anvisa. A Comurg informou que só irá recolher o lixo se a unidade regularizar a situação. A última vez que o caminhão de lixo passou lá foi na segunda-feira.
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Saúde
SMS define hoje data de reforma em Ciams
O Centro Integrado de Assistência Médico Sanitária (Ciams) do Setor Urias Magalhães, na Região Norte de Goiânia, terá as atividades interrompidas parcialmente para passar por reforma. Apenas o setor de emergência será fechado para possibilitar a troca do telhado da unidade e pequenos reparos na estrutura física.
A data de início da obra será decidida hoje em reunião de representantes da Secretaria no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). A previsão é que a intervenção dure, em torno, de 60 dias e os profissionais da emergência vão ser remanejados para ajudar no atendimento dos Cais para onde os pacientes terão de ir.
Fique sabendo
Reforma no setor de emergência deve durar 60 dias
Emergência será transferida para os Cais próximos
Unidades que vão receber pacientes de emergência:
Cais Vila Nova – Avenida Industrial, Quadra E, Lote 16/17 – Setor Leste Vila Nova
Cais Campinas – Rua P-30 – Setor dos Funcionários
Cais Jardim Guanabara 3 – Rua Gb-14 – Jardim Guanabara III
Ambulatório: Durante a obra, os atendimentos ambulatoriais (consultas marcadas) não serão transferidos e continuarão sendo feitos no Ciams do Urias Magalhães.
Fonte: SMS
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Cartas dos Leitores – Hugo
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) esclarece a respeito da matéria Huana e Hurso: opções para desafogar Hugo, divulgada no POPULAR de terça-feira, que a solução apresentada na reportagem não é o caminho para resolver a superlotação do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), uma vez que as duas unidades citadas atendem acima da capacidade instalada.
No caso do Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), a taxa média de ocupação dos 84 leitos é de 120%, realizando por mês uma faixa de 550 a 590 internações e 700 a 760 procedimentos cirúrgicos. O Huana atende a pacientes de 56 municípios vizinhos ou adjacentes a Anápolis. Em Santa Helena, também há uma ocupação máxima da capacidade instalada das UTIs, e dos leitos com perfil de emergência, com assistência a pacientes de 27 municípios da região.
Para o secretário da Saúde Antonio Faleiros, a saída que vai permitir desafogar o Hugo é a entrada em operação do Hugo 2, que está sendo construído pelo governo estadual, ou a curto prazo, o credenciamento pelo município de Goiânia de unidades da rede privada que possam prestar atendimento de urgência ou emergência aos pacientes do SUS. Ressalte-se que o município, por ter a gestão plena do sistema, é o único que pode promover esse tipo de convênio.
Ademais, outra solução seria de fato, como acordado no Ministério Público, que não se regulasse para o Hugo pacientes que não fossem do perfil da unidade ou que os pacientes operados (e estabilizados) no Hugo fossem aceitos para recuperação pós-cirúrgica em outras unidades da rede, com aumento da resolutividade do Hugo e mais disponibilidade de leitos para as urgências.
Iara Lourenço
Comunicação Setorial / SES-GO
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Inquérito
Empresa de deputado não é citada em inquérito
Talles Barreto afirma que a Transitar, da qual é sócio, não tem atuação na área de saúde e medicamentos
Thaís Romão
A empresa Transitar Empreendimentos de Trânsito e Publicidade, que tem como sócio o deputado Talles Barreto (PTB), não tem atuação na área de saúde ou medicamentos, embora tenha uma variedade de atividades como objeto social, que vai de locação e instalação de equipamentos relacionados a trânsito a serviços de montagem e desmontagem de palcos e palanques, passando por serviços gráficos, confecção de faixas e letreiros e ainda execução de serviços de construção civil.
Talles diz que a empresa, criada em 2006, está com as atividades paralisadas desde 2009, ano em que concorreu à vaga de deputado estadual. Desde a sua criação, sofreu alteração societária e de endereço. A sede funcionava inicialmente no Setor Garavelo; em 2008 mudou-se para o Setor Pedro Ludovico e hoje está instalada no Setor Sul. A empresa não é citada no inquérito do MP-GO que culminou na Operação Tarja Preta.
Durante a sessão ordinária de terça-feira, da Assembleia Legislativa, o deputado Paulo Cesar Martins (PMDB) disse que Talles seria sócio de empresa supostamente envolvida na Operação Tarja Preta e entregou cópias do contrato social da Transitar. “(A Transitar) é a única empresa de que sou sócio e não tem contrato com a administração pública. A empresa não tem em seu objeto social nenhuma atividade do ramo de medicamentos ou medicina, portanto não faz sentido ser relacionada à Operação Tarja Preta”, afirmou o deputado, ontem, ao defender-se das insinuações do colega. “São acusações infundadas, desonestas e irresponsáveis”, disse.
O deputado afirma que a acusação de que seus familiares têm empresas suspeitas de terem participado das vendas de medicamentos “também é falsa e maldosa”, uma vez que “nenhum de seus familiares possui empresas de medicamentos ou correlatas”. Informa que a empresa do advogado Jalles Alves Barreto Júnior, sobrinho do parlamentar, prestou serviços jurídicos e administrativos, por seis meses, à prefeitura de Rialma e que a contratação se deu por meio de pregão presencial.
A Operação Tarja Preta foi deflagrada pelo Ministério Público estadual (MP-GO) em outubro e resultou na prisão de 11 prefeitos e de um ex-prefeito, acusados de fraudar licitações para favorecer empresas que teriam doado dinheiro para a campanha dos prefeitos em 2012. Três dos 12 envolvidos – e não a maioria, como informou o jornal ontem – são da Região do Vale do São Patrício, base de Talles: os prefeitos de Carmo do Rio Verde, Rialma e Uruana.
Além do contrato social e a certidão simplificada da Transitar, Paulo Cezar juntou aos documentos distribuídos no plenário cópia de um contrato entre Wallber Miranda Castro e a prefeitura de Inaciolândia, firmado em abril deste ano, para locação de veículos. Os documentos mostram que Wallber foi sócio de Talles na Transitar, na ocasião da abertura da empresa, mas de acordo com o deputado ele deixou a sociedade no ano seguinte. Apesar da amizade, Talles nega, desde o início da operação, qualquer conhecimento de suposto envolvimento do amigo no esquema.
Wallber foi chefe de gabinete de Talles quando ele presidiu a Agência Goiana de Esporte e Lazer (Agel) e aparece no inquérito do MP-GO em diálogos com Edilberto Cesar Borges, empresário considerado pelo MP chefe do esquema e também preso na operação. Quando a operação foi deflagrada o ex-sócio era chefe de gabinete da Junta Comercial, por indicação de Talles, e foi exonerado. Ele não foi indiciado pelo Ministério Público.
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O HOJE
Comurg constata descarte irregular de lixo hospitalar
Materno-Infantil e o Crer apresentaram problemas no acondicionamento dos resíduos. O primeiro ainda será autuado pela Vigilância Sanitária
Myla Alves
Hospital Materno-Infantil (HMI) e o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) apresentaram irregularidades na forma como descartam os resíduos hospitalares. As duas unidades de saúde foram fiscalizadas ontem, numa ação da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que suspendeu a coleta do lixo do HMI em razão dos problemas. A unidade também será autuada pela Vigilância Sanitária.
Em relação às condições de acondicionamento no Crer, o local onde o lixo está sendo descartado não está apropriado, por conta de uma reforma na unidade. Por isso, o prazo para adequação foi estendido pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Superintendência Regional do Trabalho. “Mas, a situação está inadequada porque o lixo está em um local onde há trânsito de pessoas e carros e não pode haver esse contato. Quando abrimos o lixo considerado comum, havia luvas de procedimento, máscaras e algodões com sangue. Esse lixo deveria estar separado como lixo infectante”, argumenta o chefe do departamento de Segurança do Trabalho da Comurg, Osvaldo Celestino Júnior.
No HMI, administrado pela Organização Social Instituto de Gestão e Humanização (IGH), o lixo não está no local adequado e não está sendo separado corretamente. A Comurg suspendeu a coleta na unidade. O caso já foi noticiado por O HOJE, que antecipou os problemas.
Por meio de nota, a direção do HMI alega que aguarda a liberação de um projeto pela Vigilância Sanitária para a construção do novo abrigo de lixo. O diretor do Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, Geraldo Edson Rosa, esclarece que o projeto já foi aprovado e aguarda a retirada pela parte interessada, desde o dia 30 de outubro. “Fizemos a nossa parte. Isso é falta de gestão”, diz o diretor.
A unidade será autuada pela Vigilância Sanitária por não cumprir determinação de separar o lixo comum em sacos pretos e o lixo infectante, em sacos brancos. A direção do HMI nega que as equipes da Comurg tenham encontrado resíduos de material infectante. “Os materiais encontrados no lixo comum da unidade e que foram apontados pelos técnicos da Comurg como infectantes são, na verdade, resíduos comuns. Os frascos de plástico azul e transparente encontrados eram, respectivamente, uma capa para solução de nutrição parenteral e um frasco de água destilada. O frasco com um líquido amarelado não era de leite humano, mas sim de dieta enteral. As luvas descartadas estavam todas livres de resíduos infectantes e são utilizadas apenas para administração das dietas enterais, assim como as seringas e as capas de agulhas”, diz a nota.
Quanto aos “capotes presentes no local são equipamentos de proteção individual do profissional de saúde e apenas são considerados infectantes quando utilizados para o contato com pacientes isolados, o que não era o caso. Dessa forma, o IGH reitera que estes materiais são resíduos comuns e não infectantes, ao contrário do que foi apontado pelos técnicos durante a inspeção”.
A nota termina com a afirmação da direção da unidade que a suspensão do recolhimento dos resíduos pela Comurg trará prejuízos à unidade. “O HMI funciona 24 horas por dia e, consequentemente, produz resíduos durante todo este período. Como nós sabemos, resíduos acumulados atraem animais indesejados e, se isso acontecer, a responsabilidade é do HMI e não da Comurg, que se recusa a realizar a coleta”, afirma o diretor-técnico do hospital, Ivan Isaac.
Por meio de assessoria, o Crer esclarece que após a fiscalização da Comurg já começou a tomar providências para atender rigorosamente todas as exigências. Na tarde de ontem, a direção se reuniu para discutir o que deve ser feito. Segundo a assessoria, todos os materiais necessários para o descarte regular do lixo já haviam sido comprados e serão colocados em uso. A assessoria explica que o descarte regular é uma ação contínua e que a atenção será redobrada.
Mais de 300 unidades serão vistoriadas
Mais de 300 unidades de saúde públicas e particulares em Goiânia começaram a ser fiscalizadas ontem pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). O objetivo é verificar se os resíduos hospitalares estão sendo descartados de forma correta, a fim de evitar danos e riscos à saúde dos trabalhadores do órgão. As equipes vão percorrer as unidades em diferentes turnos.
A medida foi tomada após que uma auditoria da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego apontou irregularidades nos serviços de coleta, transporte, armazenamento e disposição final dos resíduos hospitalares produzidos pelo Hospital de Doenças Tropicais (HDT) em Goiânia.
O Ministério Público Federal (MPF) interveio e realizou uma audiência pública sobre o assunto, com a presença de representantes de unidades de saúde. Um termo foi assinado, estabelecendo regras que devem ser cumpridas por esses estabelecimentos no descarte do lixo,que deve obedecer aos critérios estipulados na Norma Reguladora 32 do Ministério do Trabalho e Emprego, que traz especificações como forma correta de armazenamento do lixo, uso de luvas e vestimenta adequada. A ação de fiscalização é conduzida por uma equipe multidisciplinar, com a presença de médico, engenheiro e técnico de segurança do trabalho.
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SAÚDE BUSINESS WEB
Compras causam maior impacto na sustentabilidade dos hospitais
Ian Iannuzzi, head global da Johnson & Johnson, elenca primeiros passos para um hospital tornar-se sustentável
O diretor-sênior global de sustentabilidade da Johnson & Johnson, Ian Iannuzzi, falou ao Saúde Web sobre as práticas sustentáveis da companhia e de outras empresas do setor.
O executivo possui 30 anos de experiência na área e dois livros publicados sobre sustentabilidade em corporações. O mais recente deles, Greener Products: The Making and Marketing of Sustainable Brands, aborda os benefícios dos recursos sustentáveis – da embalagem à eficiência no consumo de energia, passando pela reciclagem e pelo descarte de produtos – por meio da experiência de companhias como GE (Ecomagination™), Philips, Apple Inc., Seventh Generation, Procter & Gamble, BASF e outras.
Perfil da J&J
-Mais de 275 empresas operando
-128.000 funcionários ao redor do mundo
-Vende produtos em mais de 175 países
-Três Segmentos: Farmacêutico, Dispositivos e Diagnósticos Médicos e de Consumo
-Vendas de 67,2 bilhões de dólares em 2012
Saúde Web: as empresas com foco no cuidado têm uma lógica paradoxal, porque apesar de seu objetivo ser o tratamento, prevenção e a cura das doenças, ao mesmo tempo, também são responsáveis por sérios danos sociais e ambientais – por estarem lidando com grande quantidade de lixo tóxico, químico, alta energia, consumo de água, etc. Qual a sua opinião a respeito desses desafios? No geral acredita que eles devem mudar a visão e comportamento nos negócios?
Iannuzzi: as empresas de saúde tais como indústrias e até mesmo hospitais têm uma maior preocupação acerca do impacto de sua sustentabilidade. Já vimos empresas tanto globais quando locais liderando discussões e trazendo iniciativas inovadoras para mudar esse cenário e avançar nos programas de sustentabilidade. Claro que essa é uma discussão de modelo de negócios e há um enorme impacto financeiro para convencer as empresas a implementarem programas que reduzam o impacto gerado.
Saúde Web: a sustentabilidade no segmento de saúde brasileiro está crescendo e esse conceito envolve diferentes práticas. Quais são os primeiros passos que uma empresa de cuidados deve seguir para introduzir a sustentabilidade em seu negócio, considerando as especificidades desse setor.
Iannuzzi: um hospital pode iniciar sua jornada de sustentabilidade ao se inscrever em uma free resource, como a Health Care Without Harm. Trata-se de uma coligação internacional de hospitais e sistemas de saúde, profissionais médicos, comunidades, constituintes afetados pela saúde (health-affected constituencies), união de laboratórios, organizações ambientais e grupos religiosos.
A entidade fornece inúmeros recursos e databases para ajudar com a implementação de práticas de sustentabilidade. Em cada faceta do hospital pode ser implementada a prática de sustentabilidade, desde a redução de agentes químicos com produtos até a comida que é servida na lanchonete.
Há inúmeras áreas nas quais o hospital pode começar a aumentar seus esforços de sustentabilidade e ter um impacto positivo frente aos funcionários, comunidade e pacientes: compras mais inteligentes, liderança engajada, comida mais saudável, energia mais enxuta, menos resíduos e agentes químicos mais seguros.
As compras representam a maior influência em impacto que um hospital pode ter em sua sustentabilidade. O desejo de ter mais produtos sustentáveis não apenas afeta o hospital, mas também leva os fabricantes a inovarem e produzirem mais produtos sustentáveis.
-compras de scorecards
-adquirir produtos que tiveram os materiais que causam preocupação removidos
– comprar de fornecedores transparentes
Os hospitais têm a oportunidade de melhorar a saúde de seus pacientes e funcionários ao oferecer opções de alimentos mais saudáveis:
-Eliminar bebidas com adição de açúcar
– Comprar frutas e vegetais frescos
-Aumentar as opções de escolha saudável em máquinas de vendas no local
– Aumentar as informações de como escolher de forma saudável os alimentos
Energia mais enxuta
-Oportunidades para receber prêmios do Energy & Environmental Design (LEED)
-Redução de quantidade geral de energia consumida
– Aumento da quantidade de uso de energia renovável
-Sistemas mais eficientes de aquecimento e resfriamento
– Utilização de dispositivos médicos com eficiência energética
Menos resíduos
Redução de resíduos hospitalares representa uma oportunidade substancial não apenas para o impacto ambiental, mas também na redução de custos:
– Ensinar os funcionários sobre o que deve e o que não deve ser colocado nas sacolas vermelhas (85% dos resíduos hospitalares não são resíduos hospitalares)
-Realizar parceria com serviços de gestão de resíduos para implementar práticas de reciclagem mais eficientes
– Substituir água de garrafa por filtros
Agentes químicos mais seguros
É importante desenvolver um plano para reduzir e eliminar a presença de agentes químicos:
-Eliminar a halogenação retardante de chamas de mobiliário médico
-Minimizar a exposição a substâncias químicas como o DEHP
-Eliminar o mercúrio dos hospitais
-Comprar produtos isentos de materiais tóxicos ou suspeitos em sua composição
Saúde Web: você poderia explicar como a Kaiser Permanente e outras empresas (GE Ecomagination™) lidam com a sustentabilidade em seus negócios e os resultados já obtidos?
Iannuzzi: em 2010 a Kaiser Permanente revelou o primeiro scorecard de sustentabilidade para fornecedores.
O Sustainability Scorecard é um processo que leva em consideração os impactos ambientais de produção, obtenção, uso e disposição de produtos médicos como parte integrante da decisão de compra, tal como o desempenho, efetividade e custo do produto.
Kaiser Permanente Roseville (Calif.) Medical Center:
• Usa uma usina de cogeração e iluminação exterior para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa em 30% até 2010
• Kaiser Permanente Roseville Medical Center também estabeleceu metas para redução de consumo de água em mais de 15 milhões de galões por ano, reprocessando toneladas de equipamentos de salas de operações e aumentando seus gastos em alimentação sustentável em 18% de seu orçamento até 2015.
Saúde Web: qual a importância da Johnson & Johnson Medical para a companhia e poderia dar exemplos de soluções sustentáveis?
Iannuzzi: recentemente materiais que causam preocupação estão sendo excluídos de muitos produtos da J&J Medical. O PVC foi retirado do Enseal® G2. Além disso, processos químicos ecologicamente corretos estão sendo usados para reduzir o impacto ambiental do Zytiga®.
A empresa da Johnson & Johnson Sterilmed® produz dispositivos médicos que podem ajudam hospitais a realizarem compras mais inteligentes.
O equipamento de esterilização ASP® revolucionou a maneira com a qual fazemos esterilização e o tempo necessário para isso. Esse equipamento conseguiu reprodutibilidade em processos de esterilização e fez isso em tempos que variam de 28 a 72 minutos, dependendo do tipo de esterilização de equipamento escolhido.
O equipamento usa baixa temperatura do gás plasma de peróxido de hidrogênio, que não utiliza componentes químicos poluentes ou resultam em subprodutos tóxicos, o que também ajuda a preservar o meio-ambiente.
A vertical Johnson & Johnson Family of Companies realizou sérios compromissos para deixar a energia mais enxuta e reduzir sua emissão de carbono.
– Maior frota corporativa de Veículos Híbridos dos Estados Unidos
-45.5 MW de capacidade de energia renovável/ clean*
-Redução de emissão de CO2 até 145.887 toneladas por ano
-16 edifícios com certificado LEED
Redução de Resíduos
Por meio do processo EARTHWARDS® , a J&J também reduziu o impacto de resíduos de seus produtos, onde 27% de seus produtos tiveram uma melhora significativa na produção de resíduos.
-9.2% de redução de resíduos desde 2010
– 2% de redução de uso de água desde 2010
Em 2012, 41% dos fornecedores da J&J tinham, pelo menos, duas metas de sustentabilidade publicamente relatadas.
-J&J compra produtos que não contêm ou usam em sua produção produtos químicos listados na Johnson & Johnson Watch List ou da conhecida lista de agentes cancerígenos suspeitos.
-São escolhidos produtos que são energicamente suficientes
-Foco em materiais reciclados com ênfase em conteúdo reciclável pós-consumo.
Saúde Web: a Johnson & Johnson Medical trabalha de alguma forma para ajudar seus clientes a se tornarem sustentáveis?
Iannuzzi: como uma grande fornecedora hospitalar, a Johnson & Johnson está comprometida com as melhorias de sustentabilidade por meio do processo EARTHWARDS® e realizando parcerias com hospitais para aumentar a sustentabilidade.
EARTHWARDS® é um processo de quatro etapas para o desenvolvimento e marketing de produtos mais sustentáveis: Assess compliance and risks (Avaliação de conformidade e riscos); Life Cycling Screening (Blindagem de ciclo de vida); Identify significant sustainability improvements (identificação de melhorias significativas de sustentabilidade); Submit for review (submissão para avaliação).
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São Paulo: Estado ainda vê OSS como ‘motivo de vergonha’
Debate organizado pela Planisa em São Paulo revelou dificuldades de organizações gestoras, mas também há motivos para otimismo
A ideia era discutir o futuro, mas os problemas presentes das organizações sociais de saúde (OSS) são tantos que o passado ainda polariza o debate. É o que se pôde verificar nesta terça-feira (26) durante o I Fórum de Gestão de Saúde, organizado pela consultoria Planisa em São Paulo (SP). O superintendente dos hospitais afiliados da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), Nacime Salomão Mansur, foi categórico ao afirmar que, apesar dos indicadores positivos das instituições administradas por OSS, o modelo ainda é considerado “motivo de vergonha” pelo Estado.
“Vivemos um futuro de ameaça a este modelo”, sentenciou Mansur. “As OSS ganham em todos os indicadores na comparação com hospitais de administração direta. Possuem indicadores muito melhores”, disse o administrador, citando estudo que mostrou taxas de ocupação 20% maiores, redução do número de óbitos previstos e do orçamento de custeio. “São números muito contundentes”, salientou.
Alguns indicadores, como o número de horas de treinamento dos profissionais, superam os dos hospitais privados membros da Anahp. “O modelo das OSS permitiu introjetar no sistema público modelos de gestão que não existiam na administração direta. Isso se deve à necessidade de buscar performance, graças aos orçamentos limitados.”
No entanto, Mansur diz que a disseminação do modelo ainda está “muito longe” do ideal devido à “insegurança jurídica brutal dos contratos”, referindo-se à paralisia do julgamento da ação de inconstitucionalidade contra o modelo no Supremo Tribunal Federal. “O Estado se julga no direito de fazer ou não os repasses, descumpre contratos, faz descontos não justificados.”
Mansur ressaltou ainda que a insegurança jurídica está prejudicando a renovação do modelo, que desde o início da década de 2000, quando foi implantado, adota os mesmos tipos de contrato, sem premiação por performance ou por certificações obtidas. Para ele, esse cenário desestimula aumentos de produtividade e contribui para o sucateamento dos hospitais.
Boa parte das dificuldades das OSS, diz o administrador, refere-se ao peso do Estado sobre as organizações, inclusive com intromissões indevidas. “Todo dia estamos no jornal por que um promotor acha que existe algum crime, mas a ação acaba arquivada pois não há nenhum substrato. Até hoje o MP não ajudou em nada, só atrapalhou, não mostrou luz ou caminho. É sempre uma permanente criminalização da [nossa] ação.”
Outra intervenção apontada por Mansur é a tentativa de impor às OSS os mesmos processos de gestão dos órgãos públicos, inclusive em processos licitatórios. O “garrote burocrático”, como define, estaria asfixiando e matando o modelo impedindo exatamente o que ele tem de inovador.
“O modelo passa também por uma expansão desordenada. Não há alternativa, pois o poder público não consegue administrar [os hospitais]. Particularmente em São Paulo várias OSCIPS [Organização da Sociedade Civil de Interesse Público] estão se passando por OSS. É o risco inerente de qualquer modelo e que vem trazendo uma série de constrangimentos”, ponderou.
Juridicamente
Participou do debate o advogado e sócio do escritório Rubens Naves, Santos Jr, Hesketh Escritórios Associados de Advocacia, Rubens Naves, que se mostrou menos pessimista quanto aos rumos das OSS. Para ele, o modelo “tem muito a trazer para nossa transformação econômica e social, atender nossa necessidade de oferecer serviços públicos de mais qualidade”.
O advogado acha que mesmo a percepção política das organizações sociais tem melhorado. Em São Paulo, citou, durante as últimas eleições municipais, um dos candidatos líderes da pesquisa [Haddad] chegou a prometer o fim das OSS, mas não só reviu o posicionamento quando foi eleito como atualmente pretende ampliar sua participação na Saúde da cidade.
“O secretário de Saúde [José de Filippi Junior] revelou a intensão de expandir o modelo na cidade. Trazer hospitais privados estratégicos como parceiros, apostar em políticas de contratualização. É um modelo que se expande para todo o Brasil”, disse Naves.
Para ele, as resistências ao modelo possuem fundo corporativista, que é natural da área da Saúde, e o julgamento da constitucionalidade do modelo pode ser favorável, a julgar pelos dois votos já proferidos por ministros do STF.
Quanto polarização das opiniões negativas sobre as OSS, Naves aponta questões políticas e ideológicas que precisariam ser combatidas através do diálogo entre as próprias organizações e de um esforço de comunicação conjunto. “Se a gente perde a guerra da comunicação, temos grande chance de perder também na Justiça. As lideranças precisam se articular. Há um individualismo muito grande por parte das OSS, e o diálogo é muito pouco”, disse.
Para o advogado, o esforço de comunicação deve se aliar à uma prática de transparência absoluta. “A sociedade precisa ser aliada das OSS. Elas precisam dialogar com o público. Os resultados obtidos vão de encontro às nossas necessidades.”
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação