Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 29/01/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Taxa de ocupação de UTIs chega a 90% e Caiado relata preocupação

Goiás já registrou 14 casos de síndrome respiratória ligada à Covid-19

Brasil registra 1.386 mortes por covid-19 em 24h

Ex-secretário de Saúde de Pires do Rio que vacinou a mulher terá de pagar R$ 50 mil

Goiás completa 10 dias de vacinação contra a Covid-19

Covid-19: Goiás registra 1.940 casos confirmados e 109 mortes em 24h

Ex-secretário pagará R$ 50 mil por furar fila da vacina em Pires do Rio

Hospital das Clínicas da UFG receberá mais 18 pacientes manauaras

Médico goiano é destaque em lista da Forbes por ações no ensino da medicina

Aumentar intervalo entre doses da CoronaVac pode não proteger, diz Saúde

54 milhões de doses da CoronaVac podem ser vendidas para outros países

Governo Bolsonaro diz que cobrança de Doria sobre lote extra da Coronavac é ‘ato midiático’

Máscara N95 e PFF2: por que países da Europa reprovam material caseiro e agora exigem máscara profissional

Dermatologistas temem falta medicamentos para hanseníase e acionam laboratório

TV ANHANGUERA

Goiás já registrou 14 casos de síndrome respiratória ligada à Covid-19

https://globoplay.globo.com/v/9220053/

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Ex-secretário de Saúde de Pires do Rio que vacinou a mulher terá de pagar R$ 50 mil

https://globoplay.globo.com/v/9220014/?s=0s

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Goiás completa 10 dias de vacinação contra a Covid-19

https://globoplay.globo.com/v/9220050/?s=0s

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AGÊNCIA ESTADO

Brasil registra 1.386 mortes por covid-19 em 24h

São Paulo – O Brasil registrou 1.386 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos pela doença a 221.547. Os dados foram atualizados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (28/1). No mesmo intervalo, o País registrou 61.811 ocorrências do novo coronavírus.

Com isso, o total de casos da doença no Brasil ultrapassou a marca de 9 milhões e atinge 9.058.687. Somente o Sudeste do País registrou nas últimas 24 horas 27.885 novos casos de covid, elevando o total na região para 3.265.437. No mesmo intervalo, foram registrados 673 óbitos no Sudeste.

Com isso, o número de mortes na região chega a 102.391. No Nordeste, de ontem para hoje, foram registrados 9.901 novos casos do coronavírus, totalizando 2.145.181 registros da doença. Foram 137 novas mortes no mesmo intervalo, elevando o total de óbitos para 51.137. Em seguida, o Sul do País teve 10.466 registros da doença nas últimas 24 horas. A região já contabiliza assim 1.650.285 casos de covid.

Foram 318 mortes de ontem para hoje, elevando o total de vítimas para 26.710. O Norte contabilizou 6.534 novos casos de covid, elevando o total de registros da doença para 1.005.124. Nas últimas 24 horas, foram contabilizadas 173 novas mortes na região, elevando o total de óbitos para 21.546. O Centro-Oeste registrou 7.025 novos casos da doença, totalizando 992.660 infectados. A região contabilizou mais 85 mortes, elevando o total de óbitos pela covid para 19.727. 

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 1.940 casos confirmados e 109 mortes em 24h


Goiânia – Goiás registrou 1.940 casos confirmados e 109 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28/1) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Segundo a pasta, foram notificados 346.895 contaminados e 7.427 óbitos pelo vírus ao todo. Do total de infectados, 333 mil se recuperaram da doença.

Ainda segundo o boletim, 297 mil pacientes são considerados casos suspeitos, e a pasta ainda investiga a causa de 193 mortes para saber se há ligação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no estado é de 2,14%.

A SES-GO também informou que 19.690 doses da vacina contra a covid-19 foram aplicadas em Goiás, segundo dados do Ministério da Saúde. A pasta, entretanto, pondera que o número de imunizados no estado pode ser maior.

O Governo de Goiás disponibiliza plataforma com os principais dados sobre o avanço da covid-19 no território goiano. 

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Ex-secretário pagará R$ 50 mil por furar fila da vacina em Pires do Rio

Goiânia – O Ministério Público de Goiás (MP-GO) firmou nesta quinta-feira (28/1) acordo de não persecução penal (ANPP) com o ex-secretário de Saúde de Pires do Rio, Assis Silva Filho. No ANPP, o ex-gestor confessa a prática do crime de concussão, por ter exigido a sua vacinação e de outras duas pessoas fora da ordem dos grupos prioritários determinada nos Planos Estadual e Nacional de Imunização contra a Covid-19. 

O ex-secretário se comprometeu a pagar uma multa de R$ 50 mil em três vezes, valor que será destinado às ações de prevenção e combate à pandemia no município. Assis Filho também terá que prestar serviços à comunidade no Hospital Municipal de Pires do Rio, num total de 100 horas, distribuídas em cinco meses.

Conforme explicado pelo promotor de Justiça Marcelo Borges do Amaral, que articulou a ANPP, somente após a comprovação do cumprimento de todas essas condições definidas no acordo é que o procedimento investigatório criminal, instaurado pela promotoria, poderá ser arquivado. 

O crime de concussão é abordado no artigo 316 do Código Penal, que prevê pena de 2 a 12 anos de reclusão. A conduta se caracteriza quando o acusado “exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida” – neste caso, essa vantagem seria a vacinação de forma prioritária.

A investigação do MP-GO no caso apurou que o ex-secretário, além de ter determinado a imunização da esposa, desrespeitando a fila dos grupos prioritários, também se vacinou contra a Covid e ordenou a vacinação de uma terceira pessoa fora da lista de prioridades. Essas informações foram levantadas em depoimentos de testemunhas colhidos no início da semana, todas elas trabalhadores da saúde que estavam encarregados da vacinação. Com isto, a 1ª Promotoria concluiu o procedimento investigatório criminal que imputou a Assis Silva Filho a prática do crime de concussão.

Assis Filho pediu exoneração do cargo de secretário no último fim de semana, após a repercussão causada pela vacinação da esposa fora da fila prioritária. Na sexta-feira (22), ele havia sido afastado do cargo por 60 dias pelo juiz José dos Reis Pinheiro Lemes, que concedeu medida cautelar criminal requerida pelo MP-GO.

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Hospital das Clínicas da UFG receberá mais 18 pacientes manauaras

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) recebe mais 18 pacientes manauaras, que virão em voo da Força Aérea Brasileira (FAB). A expectativa era de que a aeronave deixasse o Amazonas às 18h desta quinta-feira (28/1).

Nesta sexta-feira (29), às 12h, o superintendente do HC-UFG, José Garcia Neto, concederá entrevista coletiva no hall de entrada do novo prédio do Hospital das Clínicas. O gestor detalhará o estado de saúde dos 18 pacientes que chegarão a Goiás.

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Médico goiano é destaque em lista da Forbes por ações no ensino da medicina

Goiânia – O goiano Pedro Miranda, de 30 anos, foi o único médico destacado na lista “Forbes Under 30”, divulgada pela Forbes Brasil. O especelista em radiologia foi colocado ao lado de personalidades como a atriz e cantora Manu Gavassi, do atacante futebolista Richarlison de Andrade e da influenciadora digital Nathalia Rodrigues, a Nath Finanças.

Fundador do Instituto Pedro Miranda (IPM), o profissional da saúde tornou-se referência internacional por criar uma metodologia própria de educação médica. Pedro Miranda também é presidente da Associação Brasileira de Simulação Médica (ABSM).

Currículo
Pedro Miranda é médico radiologista pelo Hospital das Clínicas da UFG, tem mestrado em Atenção à Saúde pela PUC Goiás, Hustler pela Gama Academy, Alumni em Gestão 4.0 e atual presidente da Associação Brasileira de Simulação Médica (ABSM). Empreendedor serial é proprietário da Holding Think que contempla todas as empresas em que faz parte.

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CORREIO BRAZILIENSE

Aumentar intervalo entre doses da CoronaVac pode não proteger, diz Saúde

Ministério da Saúde reitera importância de manter o espaçamento observado em estudos, que é de 14 a 28 dias. Governo de SP pediu à pasta para ampliar o intervalo a fim de conseguir imunizar mais pessoas neste primeiro momento

Sarah Teófilo

O Ministério da Saúde indicou nesta quinta-feira (28/1) que não vai alterar o tempo entre as aplicações da primeira e segunda doses da vacina CoronaVac para que os governos possam vacinar mais pessoas neste primeiro momento, sem reservar 50% das doses para a segunda aplicação. A orientação na bula da vacina, com base nos estudos realizados, é que a segunda dose seja aplicada em um intervalo de 14 a 28 dias, sendo que a melhor resposta imune é alcançada quando a dose é aplicada entre 21 e 28 dias.

Na última quarta-feira (27), o governo de São Paulo sugeriu ampliar o tempo entre a aplicação das duas doses para 43 dias. Para isso, eles precisam que o governo federal mude a orientação no Programa Nacional de Imunização (PNI). O governador João Doria (PSDB) disse que enviaria ainda na quarta um pedido para a análise do Ministério da Saúde e para o coordenador do PNI.

O Ministério da Saúde diz estar apurando o recebimento do pedido feito pelo governo de São Paulo com a área técnica responsável. No entanto, ressaltou que, até o momento, não há evidências científicas de que a ampliação desse intervalo irá oferecer a proteção necessária à população.

‘É importante ressaltar que as recomendações têm como base os estudos clínicos da fase 3 do imunizante, que indicam que o intervalo entre a primeira e a segunda doses deve ser de duas a quatro semanas’, informou a pasta quando questionada pelo Correio sobre a possibilidade de uma mudança na orientação da aplicação da CoronaVac.

O Ministério da Saúde alegou que desde 19 de janeiro alertou o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) que todos os estados ‘devem cumprir as diretrizes para que o país tenha doses suficiente para imunizar, com as duas doses previstas, este primeiro ciclo da campanha de vacinação’.

Problema ético

Ainda na quarta-feira, contrariando orientações do próprio Butantan, o diretor Dimas Covas disse que não haveria justificativa ética para guardar 50% das doses para a segunda dose da primeira parcela da população vacinada, frente ao aumento de casos e de mortes. ‘Se nós temos a vacina na prateleira, temos do outro lado pessoas morrendo, então, precisamos usar essas vacinas. Não tem justificativa ética guardarmos essas vacinas. É melhor usarmos essa vacina na sua totalidade e, lá, [após] 28, 30, 32, 33, 40 dias, nós providenciarmos a segunda dose’, sugeriu.

Covas afirmou que a primeira recomendação é de um intervalo de até 28 dias, mas que existe uma segunda recomendação que prevê que o prazo pode ser estendido por até 15 dias, sem problema algum. ‘No estudo aconteceu alguns casos que tiveram essa vacinação e não houve nenhum problema do ponto de vista da resposta imunológica’, afirmou.

Um nota publicada no site do Butantan no último dia 22, entretanto, diz que o estudo realizado pelo Butantan para testar a eficácia da CoronaVac, produzida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, apontou que ‘a melhor resposta imune acontece no maior intervalo de tempo entre a aplicação das duas doses – entre 21 e 28 dias’.

Anvisa

Na sexta-feira (22), o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, ressaltou que a decisão de não seguir o que está na bula pode atrapalhar a eficiência da vacina. ‘O risco de não seguir o recomendado em bula pode ser tanto em relação à eficácia – ou seja, se não tiver o intervalo respeitado, se não tiver uma segunda dose tomada, não atingir, não conseguir atingir os anticorpos mínimos para fazer a neutralização -, quanto ao risco de segurança também se for, de repente, uma superexposição, ou alguma questão assim’, orientou.

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AGÊNCIA BRASIL

54 milhões de doses da CoronaVac podem ser vendidas para outros países

O Butantan anunciou que pode vender a vacina CoronaVac para outros países da América Latina caso o Ministério da Saúde não manifeste interesse pelas 54 milhões de doses extras a serem produzidas pelo instituto.

Com capacidade para produzir outras 40 milhões de doses extras, o instituto deve atender a demanda de outros países da América Latina que já manifestaram interesse em adquirir o imunizante.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que o contrato com o Ministério da Saúde é de 46 milhões de doses, com a possibilidade de um lote adicional, totalizando 100 milhões de doses. Segundo ele, até o momento, o governo não demonstrou o interesse em adquirir a quantidade extra.

O governador de São Paulo, João Dória, falou sobre o impasse.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que as informações de venda do imunizante a outros países são improcedentes.

Segundo o Ministério, o contrato foi celebrado entre o governo federal e a Fundação Butantan, e não com o Instituto Butantan ou com o governo de São Paulo. O ministério ressaltou que vai responder ao ofício enviado pela Fundação dentro do prazo legal previsto no contrato, que vai até 30 de maio.

Até o momento foram entregues pelo Instituto Butantan 6,7 milhões de doses, faltando ainda a entrega de 39,3 milhões de doses para cumprir a primeira etapa do contrato.

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CARTA CAPITAL

Governo Bolsonaro diz que cobrança de Doria sobre lote extra da Coronavac é ‘ato midiático’

Instituto Butantan informou que 54 milhões de doses podem ser exportadas se o Planalto não se manifestar

A disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, em torno da vacinação contra a Covid-19 ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira 28, com uma reação do Palácio do Planalto à afirmação do Instituto Butantan de que 54 milhões de doses da Coronavac podem ser exportadas se não houver uma sinalização de intenção de compra da União até o fim desta semana.

Em texto assinado pela Secretaria Especial de Comunicação Social do governo e pelo Ministério da Saúde, a atitude do Butantan é classificada de ‘ato midiático’ que ‘promove a desinformação, a divisão e a politização da saúde pública do povo brasileiro’.

Segundo o governo Bolsonaro, as alegações da gestão Doria ‘são improcedentes, incoerentes, desconectadas da realidade e desprovidas de qualquer amparo legal’.

De acordo com o diretor do instituto, Dimas Covas, o contrato do Butantan com o Ministério da Saúde compreende somente 46 milhões de doses da Coronavac, deixando de fora outras 54 milhões de doses adicionais. O Instituto diz aguardar manifestação da União sobre a nova aquisição.

‘O Butantan tem compromissos com outros países, tem acordos de entrega de vacinas para outros países. Se o Brasil declinar dessas 54 milhões, nós vamos, obviamente, priorizar os demais países com os quais nós temos acordo’.

Em seguida, o governador João Doria (PSDB) reforçou o comunicado de Covas. ‘Nós temos a possibilidade de ter mais vacinas, desde que o governo federal, através do Ministério da Saúde, solicite as vacinas. Até o presente momento, isso não foi feito’.

A pasta comandada por Eduardo Pazuello alega, porém, que está dentro do prazo contratual para se manifestar sobre a compra do novo lote e diz que o acordo prevê que a solicitação de mais doses pode ser feita até maio.

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BBC BRASIL

Máscara N95 e PFF2: por que países da Europa reprovam material caseiro e agora exigem máscara profissional


Decisões de países europeus que passaram a exigir o uso de máscaras profissionais pela população abrem um novo capítulo no debate sobre os modelos de proteção facial contra o coronavírus.

Chegou a hora de deixar a máscara caseira de lado e buscar uma máscara cirúrgica ou de padrão PFF2 e N95?

A verdade é que hoje a resposta das autoridades sanitárias a essa questão muda de país para país. Embora as políticas variem, cientistas e estudos apontam que as máscaras N95, PFF2 ou equivalente oferecem um grau maior de proteção e devem ser priorizadas em situações de maior risco.

Ao mesmo tempo em que novas variantes do coronavírus se espalham e que a vacinação contra a covid ainda está engatinhando, a necessidade das máscaras como uma das formas de reduzir a transmissão é hoje uma certeza. O debate é a respeito do modelo.

A França decidiu proibir as máscaras caseiras, exigindo o uso das cirúrgicas, FFP2 (semelhante à PFF2 brasileira e à N95) ou máscaras de tecido feitas de acordo com padrões chamados de categoria 1.

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O argumento do governo francês é o de que os modelos caseiros não oferecem a proteção necessária contra novas variantes do coronavírus.

Antes, Áustria e Alemanha já tinham anunciado que exigiriam o uso dessas máscaras (cirúrgicas ou PFF2) em locais como transporte público e comércio, que são mais propícios para a transmissão do vírus.

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mantém a indicação de máscaras de tecido, limpas e secas, para a população em geral, enquanto as máscaras cirúrgicas e as N95, PFF2 e equivalentes devem ser usadas “pelos profissionais que prestam assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de covid-19 nos serviços de saúde”.

Procurada pela reportagem, a agência brasileira reconhece que “alguns países europeus indicaram ou passaram a exigir o uso de máscaras N95 e PFF2 ou equivalentes pela população geral”, mas argumenta que hoje não há recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que haja um aumento no nível de proteção das máscaras, “principalmente devido à falta de evidências que sustentem essa indicação e para evitar o desabastecimento dos serviços de saúde com este insumo tão importante para a prestação de assistência aos pacientes com covid-19 durante a realização de procedimentos que possam gerar aerossóis”.

A OMS mantém a recomendação de uso de máscaras de tecido para o público em geral.

Transmissão pelo ar

O engenheiro biomédico Vitor Mori, membro do grupo Observatório Covid-19 BR, recomenda o uso de máscaras PFF2 e N95 para a população em geral em situações de exposição a lugares mal ventilados e inevitáveis, como transporte público.

“Temos que deixar bem claro que a PFF2 é a última linha de proteção e deve ser usada quando não há outra opção de proteção (como priorizar locais ventilados e manter distanciamento)”, diz Mori. “A primeira coisa é: você pode ficar em casa? Se a resposta for sim, fique em casa.”

Pós-doutorando na Faculdade de Medicina na Universidade de Vermont, Mori explica que a defesa do uso de máscaras com maior nível de proteção é reflexo de um progresso no conhecimento em relação às formas de transmissão do vírus, e não de uma característica específica da nova variante de coronavírus.

Inicialmente, houve maior atenção à transmissão pelo contato com superfícies contaminadas e pelas gotículas que emitimos ao tossir ou espirrar. Depois, especialistas passaram a destacar a importância da transmissão por gotículas ainda menores, que emitimos ao falar ou espirrar, e que ficam suspensas no ar por mais tempo, os chamados aerossóis.

Foi só em outubro de 2020 que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, atualizou suas diretrizes sobre os tipos de transmissão do coronavírus e passou a incluir os aerossóis, considerando que a transmissão pode ocorrer pelo ar. Isso também é importante para entender a necessidade de evitar locais com ventilação ruim ou com muitas pessoas aglomeradas.

“Para a proteção contra essas partículas (aerossóis), as máscaras de pano não funcionam. Então, ao entender a importância da transmissão por aerossóis, você reforça a importância de máscaras de melhor qualidade, bem vedadas ao rosto e com boa capacidade de filtração”, diz Mori.

Como as máscaras N95 e PFF2 protegem mais?

O primeiro ponto importante é que essas máscaras seguem padrões estabelecidos por normas técnicas para garantir um nível alto de proteção, diferente de máscaras artesanais. É por isso que é possível saber a capacidade de filtragem delas. A PFF2 filtra pelo menos 94% das partículas de 0,3 mícron de diâmetro, as mais difíceis de se capturar. A capacidade de filtragem da N95 é 95%.

Embora a N95 seja o modelo mais buscado em pesquisas no Brasil, é a nomenclatura dos Estados Unidos. O padrão no Brasil é a PFF2. E, na Europa, é a FFP2. Esses padrões de respiradores, embora não sejam idênticos, são equivalentes. E a recomendação é usar os modelos sem válvulas, já que elas permitem saída de ar sem filtragem.

E o que elas têm em comum para garantir proteção?

Primeiro, a vedação. Elas têm uma estrutura semi-rígida (algumas em modelo concha e outras dobráveis), uma peça metálica para contornar o nariz e elásticos que ficam presos na cabeça e na nuca, gerando uma tensão maior que em modelos presos apenas na orelha. Depois de ajustá-las ao rosto, a recomendação é checar se não está “vazando” ar pelas laterais.

Essa vedação é o que faz com que todo o ar inspirado e expirado passe pelo filtro, que é composto por várias camadas que fazem filtragem mecânica (partículas colidem e ficam presas nas fibras) e eletrostática (partículas são atraídas por fibras com carga elétrica).

É essa combinação de vedação e filtragem, segundo Mori, que torna a máscara tão eficiente e garante que o usuário também está se protegendo, e não apenas protegendo os outros.

Como higienizar a máscara?

A recomendação dele, para uso em ambientes não hospitalares, é reutilizar a máscara (já considerando que o uso deve ser feito nos momentos em que você não é capaz de evitar local com ventilação ruim e proximidade com outras pessoas).

Para isso, a orientação é deixar a máscara em local arejado, evitando exposição ao sol, por pelo menos três dias antes de usar novamente (e não aplicar álcool, sabão ou qualquer desinfetante).

Em relação à quantidade de usos da mesma máscara, observe a capacidade de vedação da máscara e integridade do material. Segundo Mori, com esses cuidados, pode ser possível usar cerca de 10 vezes. E uma opção para aumentar a vida útil é trocar o elástico quando o original ficar frouxo.

Os preços variam bastante. No Brasil, é possível encontrar boas máscaras por menos de R$ 5 – no entanto, consumidores muitas vezes relatam dificuldade de encontrá-las. Ao mesmo tempo, com a alta procura, há máscaras de marcas mais famosas sendo vendidas por valores tão altos quanto R$ 100.

Antes da compra, é importante verificar se as máscaras PFF2 têm o selo do Inmetro. A regulamentação desse produto é feita pela Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério da Economia e a certificação é dada por organismos acreditados pelo Inmetro.

É essa certificação que indica que o produto passou por auditorias no processo produtivo e ensaios envolvendo questões como inspeção visual, resistência à respiração, penetrações através do filtro e inflamabilidade. No site do Inmetro, é possível consultar os produtos certificados.

O CDC, nos Estados Unidos, traz uma série de imagens de respiradores falsificados e vendidos como se tivessem sido aprovados tecnicamente.

‘Plano B’

Ao mesmo tempo, é muito difícil saber o nível de proteção de cada tipo de máscara de tecido, já que são modelos diferentes entre si, que não seguem norma técnica, e que se ajustam de formas diferentes ao rosto de cada um.

As máscaras cirúrgicas de boa qualidade são mais recomendadas que as caseiras, mas também podem ter níveis de proteção variados, segundo Mori.

Estudo publicado na Science Advances testou diferentes tipos de máscaras, e o resultado mostra a N95 com maior eficiência, seguida por máscara cirúrgica. Também apresenta diferentes resultados para máscaras de tecidos.

Esse tipo de teste, no entanto, mede a eficácia naquele contexto específico e no rosto daquela pessoa.

“É muito difícil estender o resultado de estudos que avaliaram a capacidade de filtragem de cada tipo de máscara para o mundo real, uma vez que mesmo máscaras com construções parecidas podem se ajustar de forma diferente no rosto de diferentes indivíduos, o que impacta bastante na eficácia delas”, disse Mori.

De forma geral, as entidades nacionais e internacionais pedem que as máscaras tenham duas ou três camadas e cubram bem o rosto, desde a parte superior do nariz até o queixo. Elas devem ser feitas com algodão ou poliéster, com uma trama de tecido mais densa.

“A máscara de pano foi útil, e ainda é útil, mas funciona para proteger os outros de você, diminuindo a emissão de partículas de quem está usando”, diz Mori.

E se usarmos duas máscaras de tecido (uma em cima da outra), como algumas pessoas têm feito? Em teoria, sobrepor camadas de tecidos finos pode aumentar a proteção. No entanto, Mori aponta que, se as duas tiverem vazamentos, pode não fazer diferença.

“A máscara de pano foi um plano de emergência, um plano B. E, com o tempo, em vez de aumentarmos a escala das máscaras melhores, se normalizou que (a de tecido) era a solução da pandemia. Precisamos de coisas melhores”, diz o pesquisador, que defende empenho dos governos para estimular o aumento da produção e distribuição dessas máscaras.

Mudança de orientação

Quase um ano depois do início da pandemia, esta não é a primeira vez que as orientações relacionadas a máscaras são diferentes entre países.

No começo de 2020 (e da disseminação do coronavírus), a orientação das autoridades era para que a população geral, sem sintomas de covid-19, não usasse máscaras. O medo era que faltassem equipamentos de proteção para profissionais de saúde e pacientes, que são os grupos que mais precisam deles.

Foi só em junho de 2020 que a OMS mudou suas orientações sobre uso de máscaras e disse que elas devem ser usadas em público para ajudar a impedir a propagação do coronavírus. Àquela altura, já havia em diversos países recomendação ou exigência de que as pessoas usem máscaras para cobrir boca e nariz em público.

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ISTOÉ

Dermatologistas temem falta medicamentos para hanseníase e acionam laboratório

A nota enviada anteriormente, no dia 21 de janeiro, foi distribuída sem o posicionamento do laboratório Novartis. Segue abaixo a nota original, com o complemento que traz o posicionamento do laboratório.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) decidiu acionar o laboratório Novartis, principal fornecedor de medicamentos utilizados para a hanseníase no País, e pedir explicações sobre o desabastecimento de drogas usadas no tratamento da doença no Brasil. Em nota, a SBD esclarece que o problema começou há três meses, quando serviços que atendem pacientes com essa doença passaram a relatar a falta do medicamento. Dessa forma, terapias que estavam em andamento e que precisavam ter continuidade estão sendo interrompidas e casos novos diagnosticados não estão começando o tratamento.

A hanseníase é tratada de graça dentro da rede pública com conjunto de medicamentos com custo muito baixo de produção. No ano passado, em uma reunião pública realizada pela Coordenadoria Geral de Doenças em Eliminação (CGDE) do Ministério da Saúde, foi feito o alerta de que haveria redução dos estoques dos medicamentos, motivada por dificuldades de logística de transporte das drogas e falta de insumos básicos para sua produção em nível global.

Os remédios para a hanseníase são fabricados na Índia. Apesar dessas justificativas, ressalta a SBD, não há relatos de situações semelhantes na maioria dos países.

‘Para o Brasil, essa situação é muito preocupante. Há milhares de pacientes que aguardam a entrega dessas cartelas para darem seguimento aos seus tratamentos. Além disso, todos os anos, em média, 30 mil novos casos são diagnosticados e passam a depender dessa assistência por meio do SUS. Por isso, é preciso encontrar uma solução imediata’, disse o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves.

O laboratório Novartis é o principal fornecedor do produto para o SUS e em nível internacional. A SBD quer que o laboratório dê informações precisas sobre sua capacidade de retomar o fornecimento de medicamentos para hanseníase ao serviço público brasileiro sobre sua capacidade de retomar o fornecimento de medicamentos para hanseníase ao serviço público brasileiro.

‘Estamos no Janeiro Roxo, mês dedicado à prevenção e ao tratamento precoces da hanseníase. Esse é um cenário inadequado e que elimina a possibilidade de comemorações. Ao invés de festejarmos queda nos indicadores de contaminação dessa doença milenar, nos vemos diante da falta de medicamentos que podem trazer cura e segurança para pacientes e familiares. Esperamos logo superar esse desafio’, alertou Mauro Enokihara, presidente da SBD por meio de nota. Dia 31 de janeiro é a Data Mundial da Luta contra a Hanseníase.

Números da hanseníase no Brasil

Nos últimos 10 anos, o Brasil registrou 312 mil casos novos de hanseníase, segundo dados da SBD. Isso coloca o País no segundo lugar do ranking mundial da doença.

A hanseníase, no Brasil, está mais presente em áreas com menores indicadores de desenvolvimento humano (IDH). O Nordeste concentra o maior número de casos novos detectados ao longo da última década (43% do total).

Em seguida, o Centro-Oeste com 20% dos casos dos últimos 10 anos, o Norte (19%) e o Sudeste (15%).

Apenas 4% dos novos pacientes identificados com a doença na última década estão no Sul do País.

Outro lado

Por meio de nota, a Novartis informou que precisou verificar adequação da produção do medicamento poliquimioterapia em razão de novas diretrizes de padrão e limite toxicológico de qualidade impostos pelo FDA, agência reguladora dos Estados Unidos.

Esse processo teria atrasado o embarque para o Brasil do medicamento. Mas, segundo o laboratório, o problema já foi solucionado.

Veja a íntegra da nota do laboratório:

‘A Novartis, comprometida com o combate e tratamento de doenças negligenciadas como a hanseníase, informa que precisou verificar a adequação da produção do medicamento poliquimioterapia (PQT), distribuído gratuitamente à Organização Mundial da Saúde (OMS), em razão das novas diretrizes de padrão e limite toxicológico de qualidade impostos pelo FDA (Food and Drug Administration – agência reguladora dos EUA). Esse processo atrasou o embarque para o Brasil, mas o mesmo já foi solucionado.

Entendendo a necessidade do medicamento para o tratamento da doença no Brasil, a Novartis tem colaborado com o Ministério da Saúde para encontrar soluções logísticas junto à OMS que possam suprir essa demanda. A Novartis entregou ao Ministério da Saúde do Brasil mais de 145 mil blisters em 2020 e outros 51 mil blisters em janeiro de 2021. Há, ainda, 103 mil blisters adicionais aguardando a aprovação da autoridade sanitária para o embarque até março de 2021. A Novartis vem também tratando com a OMS sobre a possibilidade de fornecimento de quantitativos extras aos embarques mencionados acima e ao cronograma regular de entrega anual aos países aderentes ao programa.

Reforçamos que a doação e o abastecimento da Novartis para a OMS continuam sendo realizados normalmente há mais de 20 anos. Além disso, a Carreta Novartis da Saúde, iniciativa da Novartis do Brasil e única no mundo, disponibilizada ao Ministério da Saúde e em parceria com este, há 10 anos é um dos principais projetos para erradicar a hanseníase no Brasil e peça central no Projeto Roda-Hans do MS. Já passou por cerca de 500 municípios (18 Estados), realizou mais de 70 mil atendimentos gratuitos e foi responsável por cerca de 25% de todos os diagnósticos realizados no país até 2018. A Carreta Novartis da Saúde, tem contribuído para a capacitação de profissionais de forma a manter o conhecimento sobre diagnóstico e tratamento da hanseníase onde mais interessa: nos municípios.’

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação