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DESTAQUES
Ministros da Justiça e Saúde cancelam portaria sobre normas de isolamento
Apreensão de cloroquina gera temor de que remédio seja contrabandeado
Covid-19: Goiás registra 7 mortes e 233 novos casos em 24 horas
Professora da UFG, Cristiana Toscano é indicada para compor comissão da OMS sobre vacina contra Covid-19
Uso de cloroquina: operadora de saúde demite médico
Dos 83 leitos de UTI para Covid-19 na rede estadual de Goiás, 36 estão ocupados
DIÁRIO DA MANHÃ
Ministros da Justiça e Saúde cancelam portaria sobre normas de isolamento
O ministro da Justiça, André Mendonça, e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cancelaram uma portaria que determinava normas sobre medidas de isolamento durante a pandemia do covid-19. Os antecessores Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro, teria assinado o texto anulado.
A portaria em discussão normalizava tópicos de uma lei de fevereiro que criou regras para o combate da pandemia . A lei, que continua em vigor, determina que o poder público poderá assumir medidas de isolamento e realização compulsória de exames, por exemplo.
Estava previsto que quem desobedecesse as medidas poderia ser detido em crimes do Código Penal, como: "infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa" ou "desobedecer a ordem legal de funcionário público".
No entanto, na prática, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a aplicação das medidas de quarentena e isolamento cabem aos estados e municípios, conforme as realidades.
As ações que decretaram medidas para diminuir a aceleração do contágio do vírus, que foram adquiridas pelos governadores a partir de que começaram registrar os primeiros casos da doença, são recomendadas pelas autoridades de Saúde.
Portanto, o presidente Jair Bolsonaro sempre se apresentou contra às medidas. O chefe do Executivo defende um isolamento vertical, onde somente as pessoas do grupo de risco fiquem em casa. O posicionamento de Bolsonaro causou desentendimento com governadores.
As divergências de Bolsonaro, resultaram na saída de dois ministros da Saúde em menos de um mês. Durante a pandemia, Pazuello é o terceiro titular da pasta.
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AGÊNCIA BRASIL
Apreensão de cloroquina gera temor de que remédio seja contrabandeado
A notícia da apreensão o surpreendeu e serve como um alerta da classe médica
Policiais rodoviários federais apreenderam a 3,6 mil comprimidos de hidroxicloroquina contrabandeados do Paraguai para o Brasil. A carga foi encontrada na tarde desta quarta-feira (27), escondida em uma caminhonete abordada próximo à Uruaçu, no norte de Goiás.
Agora, a Polícia Civil de Goiás apura qual era a intenção dos quatro homens que transportavam os remédios escondidos na aparelhagem de som do veículo. Segundo o delegado Fernando Martins, o crime de contrabando já está configurado, uma vez que os medicamentos produzidos no Paraguai são proibidos no Brasil.
"Ainda estamos coletando informações. Resta saber a real intenção do grupo, que afirmou ter arrecadado recursos [para a compra dos remédios] com comerciantes de Imperatriz (MA) e viajado ao Mato Grosso do Sul para comprar os medicamentos e, na volta, doar para quem precise", contou o delegado.
Segundo Martins, os quatro homens que transportavam a hidroxicloroquina foram liberados após prestarem depoimento. O caso ainda pode vir a ser transferido para a alçada da Polícia Federal (PF).
As 120 caixas do remédio encontradas na caminhonete, cada uma delas com 30 comprimidos, foram entregues à Vigilância Sanitária municipal e deverão ser destruídas, pois o medicamento não tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a carga ilícita foi descoberta por acaso. Policiais pararam a caminhonete em que os quatro homens viajavam para uma inspeção de rotina. Acabaram encontrando as caixas do medicamento escondidas.
No primeiro momento, os homens alegaram ter apanhado os medicamentos em São Paulo. Depois, mudaram a versão e afirmaram tê-los obtido em Campo Grande. Os quatro investigados declararam também aos policiais rodoviários que a intenção era doar toda a carga para hospitais do Maranhão.
Em nota, a PRF afirma crer que o próprio grupo foi ao Paraguai buscar os remédios. Por este motivo, podem também responder por crime contra a saúde pública. Esta é a primeira vez que policiais rodoviários federais apreendem hidroxicloroquina, ainda que, desde que o novo coronavírus chegou ao Brasil, em meados de março, cargas com testes, respiradores e oxímetros (aparelhos que aferem a quantidade de oxigênio presente nas células, ajudando no monitoramento da oxigenação sanguínea) já tenham sido apreendidos.
O coordenador-geral da Associação Brasileira Superando o Lúpus, Doenças Reumáticas e Raras (Superando), Carlos Eduardo Tenório, afirmou que a notícia da apreensão o surpreendeu e serve como um alerta. Tenório explicou que, até ontem, não tinha ouvido nada a respeito de que a hidroxicloroquina possa estar sendo contrabandeada ou vendida irregularmente no Brasil. Ainda assim, ele não descarta que a maior dificuldade que pacientes com malária, artrite reumatoide e lúpus estão tendo para encontrar o remédio em várias partes do país, bem como o aumento dos preços, possam estimular práticas ilícitas.
"A cloroquina é uma medicação de comprovada eficácia para a lúpus e algumas outras doenças crônicas autoimunes. Com a covid-19, vimos uma corrida muito grande às farmácias. Isto desabasteceu o mercado e muitas pessoas que já a utilizavam há anos acabaram ficando sem o remédio. Verificamos não só um aumento abusivo dos preços – principalmente nas farmácias de manipulação -, como uma maior dificuldade de encontrá-la. O que abre margens [para a venda irregular do produto]", comentou Tenório ao admitir que teme o efeito que o eventual consumo de medicamentos de procedência duvidosa podem causar para quem usa a hidroxicloroquina de forma controlada.
De acordo com Tenório, antes da Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhecer a pandemia da covid-19, em março deste ano, era possível comprar uma caixa do medicamento na cidade de São Paulo por, em média, R$ 40. "Vimos este preço saltar para R$ 60, R$ 70. Manipulado, há casos de que o frasco com 120 comprimidos passou de R$ 150 para R$ 600, até R$ 700. O remédio inflacionou e muito e quando se diz que é algo barato, é porque estamos falando das compras feitas pelos governos, em grandes lotes. Tanto que, em São Paulo, o remédio é distribuído em centros de alto custo, e não nas unidades básicas de saúde. Além disso, apesar da alta do preço, em quase todos os estados está mais difícil encontrar o remédio", acrescentou Tenório, revelando que a situação já vem sendo discutida no Conselho Nacional de Saúde, no qual a Superando tem assento.
Consultado, o Ministério da Saúde não se manifestou sobre o assunto.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 7 mortes e 233 novos casos em 24 horas
Théo Mariano
Goiânia – Goiás registrou sete mortes por covid-19 nas últimas 24 horas e, agora, o total já alcança 115. Os números foram divulgados, nesta quinta-feira (28/5), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Entre ontem (27) e hoje, foram confirmados 233 novos casos da doença. Já são 3.097 infectados no Estado.
Ainda de acordo com os dados da SES-GO, 28 óbitos passam por investigação para saber se a causa foi o vírus. Outros 20.630 pacientes são considerados suspeitos. O número de curados não foi divulgado pela pasta.
O governo de Goiás lançou uma plataforma com atualizações, a cada 30 minutos, sobre o avanço da covid-19 no Estado.
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JORNAL OPÇÃO
Professora da UFG, Cristiana Toscano é indicada para compor comissão da OMS sobre vacina contra Covid-19
Por Fernanda Santos
Médica infectologista e professora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG, Cristiana Toscano é a única brasileira e representante inicial da América Latina no grupo formado por especialistas de todo o mundo
A professora Cristiana Toscano, do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi indicada para compor o Grupo Estratégico Internacional de Expert em Vacinas e Vacinação (SAGE) da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Grupo de Trabalho de Vacinas para a Covid-19. Toscano é a única brasileira e representante inicial da América Latina a compor o grupo, que deverá ser formado por 10 a 15 especialistas de todo o mundo.
Com encontros quinzenais e de maneira virtual, a próxima reunião do grupo será na sexta-feira, 5 de junho. A Comissão analisa estratégias sobre usos e estudos de vacinas contra a Covid-19. No mundo, há diversas vacinas em desenvolvimento, no entanto, nenhuma ainda comprovadamente eficaz contra o coronaírus. “Ainda é cedo para saber se e quando teremos uma vacina segura e eficaz disponibilizada em grande escala para a população.
Mas a articulação internacional de grupos de pesquisa e desenvolvimento de vacinas é intensa e promissora neste sentido”, informou a professora.
Há 20 anos na área de imunização, Cristiana Toscano já trabalhou na Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, em Washington, e depois na Organização Mundial da Saúde, em Genebra. Atuou em investigações de epidemias relacionadas a doenças imunopreveníveis, planejamento e preparação nacional e regional para a pandemia de influenza, estruturação e coordenação de rede de vigilância internacional para monitoramento de doenças preveníveis por vacinas em desenvolvimento.
Toscano tem dez anos de carreira na Saúde Pública Internaconal e já trabalhou em diversos países do mundo. Em 2009, voltou ao Brasil e se estabeleceu em Goiás, assumindo em 2010 a posição de professora e pesquisadora do Departamento de Saúde Coletiva da UFG. Participa de comitês nacionais e internacionais, especialmente na área de imunizações.
Cristiana é médica e infectologista graduada em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP_, mestradoem Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade de São Paulo, doutorado em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e pós-doutorado em Avaliação de Tecnologias em Saúde pela UFRGS. Especialista em epidemiologia de campo pelo programa Epidemic Intelligence Service (EIS) do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) de Atlanta, EUA e especialista em economia da saúde pela Universidade de York do Reino Unido
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ESTADO ONLINE
Uso de cloroquina: operadora de saúde demite médico
Uma das maiores operadoras de saúde privada do país, a Hapvida Saúde demitiu um médico e ameaçou desligar outros profissionais que não adotassem a hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com síndrome gripal suspeitos de Covid-19. A reportagem ouviu quatro médicos de dois estados que relatam pressões e teve acesso a mensagens de pelo três grupos de WhatsApp com a participação de médicos do grupo Hapvida. A empresa não se posicionou sobre os relatos dos médicos.
Em um desses grupos, um chefe de plantão informa que o grupo Hapvida está auditando os prontuários e está fazendo "um ranking de médicos ofensores (os que não prescrevem a hidroxicloroquina)". Na mesma mensagem, ele afirma que orientação é demitir os médicos que apareçam duas vezes no ranking. Em outro grupo, o chefe responsável por uma unidade de saúde da Hapvida é direto e diz que não cabe discussão sobre a hidroxicloroquina. Ele faz um alerta para que os profissionais parem de informar os pacientes sobre o risco da medicação.
Na mesma mensagem, avalia que é necessário impedir o retorno de pacientes graves e alega que uma empresa do tamanho da Hapvida não faria algo sem ter algum tipo de respaldo. No entanto não apresenta provas científicas de eficácia do tratamento. A pressão, além de configurar um possível assédio moral, também vai de encontro com a resolução do Conselho Federal de Medicina que estabelece que cabe ao médico, caso a caso, avaliar a possível indicação da hidroxicloroquina para pacientes infectados com o novo coronavírus.
Em nota, o grupo Hapvida informou que a que "a recomendação do tratamento é uma soberania médica, que leva em conta o histórico individual de saúde de cada paciente". A empresa, contudo, não se posicionou sobre os relatos de pressões aos médicos para prescrição do medicamento. Ainda no início da pandemia no Brasil, a Hapvida estabeleceu um protocolo que determina a prescrição de cloroquina para todos os pacientes sem comorbidades com mais de 30 anos que apresentem sintomas por mais de quatro dias. Há também a previsão de uso de ivermectina, um antiparasitário, e prednisona, um corticoide.
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PORTAL G1/GO
Dos 83 leitos de UTI para Covid-19 na rede estadual de Goiás, 36 estão ocupados
Taxa de ocupação é de 43,3%. Maioria das vagas está concentrada na Região Metropolitana de Goiânia.
Por Vitor Santana, G1 GO
Passa de 40% a taxa de ocupação em leitos de UTI, em Goiás
Goiás está com uma ocupação de 43,3% dos leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com coronavírus na rede estadual de Goiás. Das 83 vagas, 36 estão ocupadas, segundo levantamento feito nesta quinta-feira (28). O estado já registrou mais de 3 mil casos confirmados de Covid-19 e 115 mortos.
Dos leitos preparados até o momento, a maioria está na Região Metropolitana de Goiânia. São 40 no Hospital de Campanha instalado na capital, 15 no Hospital de Urgências de Anápolis, 12 em um hospital particular de Catalão, dez no Hospital Regional de Luziânia e seis no Hospital de Urgências de Trindade.
O estado ainda trabalha para montar 13 UTIs nos próximos dias. “A lógica que foi pensada para Goiás foi de leitos extra aos que já existiam. Então, não houve comprometimento das outras necessidades de UTI e foram leitos novos, disse o superintendente de Atenção à Saúde, Sandro Rodrigues Batista
O pequeno número de vagas nas cidades mais distantes da Região Metropolitana é algo que preocupa o estado. A longa distância a ser percorrida em ambulâncias em busca de um leito pode aumentar o risco de morte do paciente.
“A gente não precisa estressar o sistema além do que ele dá conta. E isso não é uma questão só do governo, especificamente, mas do governo e com a participação da população de forma coordenada, de forma colaborativa para a gente não ter esse tipo de problema”, completou o superintendente.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação