Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 29/08/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES DE HOJE

• MEC define exigências para novos cursos privados de medicina
• Ipasgo e a multa
• Anápolis – Cem casos de dengue em 15 dias de agosto
• Vírus do ebola teve 395 mutações genéticas
• Raio X na saúde


SAÚDE WEB 365

MEC define exigências para novos cursos privados de medicina

Contrapartidas incluem formação para rede de atenção à saúde, construção ou reforma de hospitais e aquisição de equipamentos, entre outras

O Ministério da Educação estabeleceu os parâmetros para a contrapartida a ser oferecida ao Sistema Único de Saúde (SUS) por instituições privadas de educação superior, para a implantação de cursos de graduação em medicina. A contrapartida de serviços, ações e programas deve ocorrer no município ou na região de saúde do curso.

Em portaria, o ministério estabelece que a habilitação para autorização de funcionamento de curso de medicina será precedida de chamamento público e a contrapartida deverá contemplar as seguintes modalidades: formação para os profissionais da rede de atenção à saúde, construção ou reforma da estrutura de serviços de saúde e aquisição de equipamentos para a rede de atenção à saúde; pagamento de bolsas de residência médica em programas de medicina de família e comunidade e, no mínimo, dois outros em áreas prioritárias (clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia).

De acordo com o ministério, a contrapartida é importante porque uma parte da formação dos alunos de medicina requer um cenário de prática previsto para ser realizado nas unidades de saúde do município.
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O POPULAR
Ipasgo e a multa
O Ipasgo deve pagar multa de R$ 250, por dia, caso continue descumprindo decisão judicial que mandou restabelecer contrato com a médica Fabiana Garcia dos Santos. Ela foi descredenciada em fevereiro, sem ter o direito de contestar, ressaltou a advogada Darlene Liberato Santos. A ordem é do juiz Fernando César Rodrigues Salgado, do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública de Goiânia.
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Anápolis
Cem casos de dengue em 15 dias de agosto
Apesar da estiagem, Anápolis teve cerca de cem casos confirmados de dengue nos primeiros 15 dias de agosto, e quase 4 mil confirmações no acumulado de 1º de janeiro ao dia 15 deste mês, com 3 óbitos, conforme relata o boletim da Diretoria Municipal de Vigilância em Saúde, divulgado nesta semana. De acordo com o boletim, das 6.984 notificações da doença, 3.972 foram confirmadas, uma média de 496 casos por mês. O maior número de ocorrências foi registrado em abril, com mais de 800 casos confirmados, com destaque para a terceira semana do mês, que teve 243 confirmações.
Os números da epidemia preocuparam a Secretaria Municipal de Saúde, que determinou um reforço no combate ao mosquito transmissor da doença, com mais atenção nas regiões onde o número de registros foi maior, como a Região Central em que houve 214 casos. Além da aplicação de inseticida, o reforço no trabalho inclui visita a imóveis e recolhimento de recipientes.
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Vírus do ebola teve 395 mutações genéticas
Equipe sequenciou 99 genomas para rastrear origem e transmissão do vírus no surto atual
Como resposta ao maior surto de ebola da história, um grupo internacional de cientistas sequenciou e analisou 99 genomas do vírus. Com o estudo liderado pela geneticista iraniano-americana Pardis Sabeti, publicado ontem na revista Science, foi possível rastrear a origem e transmissão do vírus no surto atual – informações que são essenciais para o desenvolvimento de vacinas, diagnósticos e tratamentos. A pesquisa mostrou que o genoma do vírus atual tem mais 395 modificações genéticas em relação às linhagens das epidemias anteriores da doença (mas, pela análise genética, não é possível dizer se ela é mais infecciosa ou severa).
O estudo foi realizado pelo Broad Institute do MIT e Harvard, em colaboração com o Ministério da Saúde de Serra Leoa. Cinco dos 58 autores do artigo da Science contraíram o vírus do ebola e morreram antes da publicação, entre eles o médico Sheik Humarr Khan, especialista na febre de Lassa – uma febre hemorrágica viral – do Centro Africano de Genômica de Doenças Infecciosas, Saúde Humana e Hereditariedade.
Segundo os autores, as linhagens de ebola atuais têm um ancestral comum com o primeiro surto da história, ocorrido em 1976. Os pesquisadores traçaram o caminho de transmissão e as relações evolutivas das amostras, revelando que a linhagem atual divergiu da versão do vírus nos últimos dez anos. Segundo eles, o surto de 2014 teve origem na Guiné e se espalhou por Serra Leoa, Libéria e Nigéria.
De acordo com o artigo, nas ocorrências anteriores, a exposição contínua a reservatórios virais, como morcegos infectados, contribuiu para a difusão da doença. Mas, a partir das variações genéticas encontradas no vírus atual, concluiu-se que o surto de 2014 começou em uma única troca entre humanos, espalhando-se depois de pessoa para pessoa.
Os pesquisadores acham que o vírus foi para Serra Leoa a partir de duas linhagens do vírus originárias da Guiné. A possível fonte dessas linhagens foram 12 pessoas que participaram do funeral de um curandeiro na fronteira da Guiné, em maio.
Para chegar a essas conclusões, os cientistas estudaram amostras do vírus coletadas de 78 pacientes que foram diagnosticados com a doença em Serra Leoa nos primeiros 24 dias do surto. Alguns pacientes contribuíram com mais de uma amostra – o que permitiu estudar a mudança do vírus em cada indivíduo no decurso da infecção.
Para caracterizar as cepas atuais, os cientistas utilizaram a tecnologia conhecida como “sequenciamento profundo”, quando o procedimento é repetido inúmeras vezes para obter resultados de alta confiabilidade. No estudo da Science, cada genoma foi sequenciado em média 2 mil vezes, conforme os autores do artigo.
OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu ontem que o número de pessoas afetadas pelo vírus do ebola pode subir para 20 mil nos próximos nove meses e projetou que cerca de meio bilhão de dólares serão necessários para financiar os esforços com o objetivo de interromper a disseminação da doença. A agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o surto da doença “continua a se acelerar”. Mais de 40% dos casos relatados surgiram nas últimas três semanas, diz o relatório.
Autoridades de saúde dos quatro países afetados – Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa – relataram 3.069 casos da doença desde o início do surto, em dezembro. O ebola é causado por um vírus que provoca febre tão alta que leva à perfuração de vasos sanguíneos e, consequentemente, a hemorragia interna. A doença, para a qual não existe vacina ou tratamento comprovado, já matou 1.552 pessoas.
“Isso ultrapassa em muito os números qualquer outro surto de ebola. O maior surto registrado anteriormente foi de 400 casos”, disse o doutor Bruce Aylward, diretor-geral assistente para emergências operacionais da OMS, aos jornalistas.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Raio X na saúde
Fórum faz reivindicações para melhoria do sistema médico da região leste da Capital
ELPIDES CARVALHO

O Fórum de Saúde da Região Leste de Goiânia ocorre nesta tarde, a partir das 14h, na Paróquia Bom Jesus, Praça George Washington, no Bairro Jardim Novo Mundo. A agremiação composta por servidores públicos da área, gestores e usuários retomará a pauta de reestruturação, aprimoramento referente à política de saúde pública e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). Além de cobrar respostas das demandas urgentes da comunidade local, encaminhadas ao poder público há cerca de quatro meses.

Conforme coordenadores do Fórum, a realidade das 15 unidades de saúde, entre Caps, Cais e Centro de Saúde da Família, da Região Leste, é lastimável e insustentável. Eles apontam, por exemplo, as condições estruturais de trabalho do Cais Amendoeiras, no Bairro Jardim das Oliveiras, como péssimas. Entre os problemas revelados estão: falta de gerador – há mais de três anos –, aparelho de raios X, que foi retirado da unidade, falta de medicamentos básicos para o funcionamento do local, ausência de profissionais, em Cais e Centro de Saúde a Família, o que sobrecarrega outras unidades (Confira nesta página outras reivindicações).

De acordo com os coordenadores do Fórum, Prefeitura de Goiânia e órgãos do poder público, como Câmara de Vereadores, por exemplo, não tem se comprometido efetivamente com as reivindicações dos contribuintes. Eles reclamam ainda do afastamento social de órgãos representativos e fiscalizadores do Estado.  

Para o evento é esperado a presença de representantes do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Ministério Público de Goiás (MPGO) e Secretaria de Saúde Municipal (SMS). A reportagem do Diário da Manhã entrou em contato com as respectivas assessorias de comunicação, mas apenas o diretor da SMS Sandro Rodrigues confirmou participação no evento. Os demais órgãos não responderam oficialmente, mas, a princípio, não comparecerão ao Fórum.

Ação

O Fórum da Saúde reúne dezenas de conselheiros locais de saúde, que discutem encaminhamentos e melhorias para o segmento. Os conselhos são formados por cidadãos – usuários do SUS – eleitos pela comunidade de cada bairro para procederem no controle social, na supervisão dos serviços, qualidade do atendimento e no tratamento com os usuários.

“O papel da assembleia é dialogar a nível local, municipal e até estadual, através dos conselhos de saúde e dentro das conferências nacionais do ramo”, explica João Ferreira Junior, conselheiro de saúde do Cais Amendoeiras, no Bairro Jardim das Oliveiras. Outra conselheira, Valéria Borges Pinto, do Cais Novo Mundo, diz que a ação tem autonomia de promover mudanças de atitude em todas as práticas de atenção a saúde, mas é imprescindível a participação popular.  

"Enquanto usuários nós percebemos muitas falhas no sistema de saúde e, como conselheiros, temos acesso à secretaria de saúde e passamos a conhecer todo o processo até chegar ao atendimento final nos postos de saúde e podemos interferir com sugestões para que esse atendimento melhore", afirma Valéria.

Ednamar Aparecida Oliveira, conselheira local de saúde, no Bairro Recanto das minas Gerais, uma das responsáveis pela organização do Fórum, clama a participação de toda a comunidade goianiense, hoje, no evento. “É muito importante o envolvimento do cidadão e de entidades representativas da comunidade durante a reunião. Este é o momento de contribuir com sugestões para melhorar e cobrar atendimento nos postos de saúde”, pontua.

O trio de conselheiros, responsáveis pelo Fórum da Saúde, salienta que o aumento da fiscalização das demandas sociais, por parte da própria comunidade, é importante para que o poder público atenda as necessidades mais urgentes, apresentadas por ela.

As 12 reivindicações

1- Reparos dos defeitos na construção, bem como conclusão da obra do Caps Novo Mundo e manutenção da limpeza da área total;

2- Criação de centros de Estratégias de Saúde da Família nos bairros das regiões dos Cais Jardim Novo Mundo, Chácara do Governador, Centro de Saúde Riviera e Água Branca;

3- Construção da Unidade de Pronto Atendimento nos Cais Amendoeiras, Chácara do Governador e Jardim Novo Mundo;

4- Construção da sede própria dos Centros de Saúde da Família, Vila Pedroso, Santo Hilário, Recanto das Minas Gerais, Jardim das Aroeiras, Aruanã e Jardim Marilizia;

5- Construção de um Centro de Atendimento Especializado Ambulatorial, na região dos bairros Parque Atheneu, Ville de France e Marilizia;

6- Implantação de uma praça com academia da saúde na região do Centro de Saúde da Família Ville de France e Parque Atheneu;

7- Ampliação, reforma e construção do muro da Unidade do Parque Atheneu;

8- Aumento do número de consultas especializadas;

9- Organização do chequinho da prefeitura com liberação de exames mais próximos do endereço do paciente;

10- Convocação dos aprovados no último concurso da Saúde;

11- Contratação de médicos suficientes para atender as demandas das Unidades;

12- Aquisição e manutenção dos equipamentos (informática, Raio X, ultrassom, odontológico)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação