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Exames de análises clínicas em farmácias começam dia 1° de agosto; saiba quais serão permitidos
Hugo conquista prêmio internacional por tratamento de AVC
Idoso morre após esperar quase 4 horas por atendimento em hospital
Quebrar o silêncio ajuda a prevenir suicídios, dizem especialistas
Saúde e educação concentram metade de novo bloqueio no Orçamento
BLOG DO LEANDRO
Exames de análises clínicas em farmácias começam dia 1° de agosto; saiba quais serão permitidos
A partir do dia 1° de agosto, entra em vigor a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permitirá que farmácias e consultórios realizem exames de análises clínicas. Até então, esses estabelecimentos estavam restritos a aplicar apenas testes de Covid e de glicemia. Com o novo decreto, as farmácias poderão realizar quase 50 tipos de exames.
A autorização para a realização dos novos exames foi embasada no avanço tecnológico do setor, que trouxe mais agilidade e segurança aos procedimentos. Os exames permitidos incluem uma variedade de análises, como HIV, dengue, colesterol, malária e hepatite, entre outros. É importante ressaltar que esses testes serão do tipo rápido, ou seja, sem a necessidade de envio para laboratórios, mas não substituirão o diagnóstico laboratorial convencional, servindo, portanto, como uma etapa de triagem.
Marcelo Camargo/Agência BrasilEntre os tipos de exames permitidos estão o de HIV, dengue e colesterol
A mudança tem como objetivo ampliar o acesso da população aos serviços de diagnóstico clínico, promovendo uma maior agilidade no atendimento. Além disso, busca reforçar o papel dos laboratórios clínicos no estímulo à política de qualidade dos exames realizados no país.
A norma que permitirá essa ampliação foi avaliada e aprovada pela Diretoria Colegiada da Anvisa em maio, e para monitorar a implementação das novas regras, o Ministério da Saúde e a Anvisa formarão um grupo de trabalho que avaliará o alcance dos objetivos da resolução e seu impacto no Sistema Único de Saúde (SUS), no mercado e na sociedade.
Farmácias terão 180 dias para se adequar às novas regras
A resolução da Anvisa definiu uma nova categorização de serviços de saúde que realizam atividades relacionadas a exames de análise clínica: serviço tipo I (farmácias e consultórios isolados); serviço tipo II (postos de coleta); e serviço tipo III (laboratórios clínicos, laboratórios de apoio e laboratórios de anatomia patológica).
Os estabelecimentos que desejarem oferecer os novos exames terão um prazo de até 180 dias para se adequarem às regras atualizadas. Com essa nova medida, a expectativa é que mais pessoas tenham acesso a um diagnóstico rápido e eficiente, contribuindo para o controle de doenças e a melhoria da qualidade de vida da população. É fundamental que os estabelecimentos de saúde se preparem adequadamente para oferecer os exames com responsabilidade e segurança.
Agência BrasilFarmácias poderão realizar quase 50 tipos de exames de análises clínicas
Quais exames serão liberados?
Ao todo, farmácias e consultórios poderão realizar 47 tipos de exames de análises clínicas. São eles:
1. Beta-hCG
2. Dengue Antígeno NS1
3. Hemoglobina Glicada A1c
4. Check-up Pós-Covid Anticorpos Anti-Spike
5. Colesterol Total
6. Avaliação de Controle de Asma
7. Dengue Anticorpos IgG IgM
8. Glicemia
9. Glicemia e Pressão Arterial
10. Glicemia e Perfil Lipídico
11. Hormônio Luteinizante (LH)
12. Toxoplasmose
13. Teste de Intolerância Alimentar
14. Exames do coração check-up completo
15. VSR – Vírus Sincicial Respiratório
16. VSR Molecular – Vírus Sincicial Respiratório
17. Zika Vírus Anticorpos
18. Teste Rápido PSA
19. Teste Rápido Adenovírus
20. Teste Rápido HIV
21. Teste Rápido Covid-19 Anticorpos
22. Teste Rápido Covid-19 Antígeno
23. Teste Rápido Covid-19 Antígeno + Anticorpos
24. Teste Rápido Covid-19 Molecular
25. Teste Rápido Ácido Úrico
26. Teste Rápido Chikungunya
27. Teste Rápido Lactato
28. Teste Rápido Malária
29. Teste Rápido Sífilis
30. Teste Rápido Troponina Cardíaca
31. Teste Rápido Ferritina
32. Teste Rápido Mioglobina
33. Teste Rápido Streptococcus Grupo A Molecular
34. Teste Rápido Streptococcus Grupo A
35. Teste Rápido Hepatite C
36. Teste Rápido Vitamina D
37. Avaliação de Controle da Asma
38. Teste Rápido Proteína C Reativa
39. Teste Rápido Rubéola
40. Teste Rápido Dímero-D
41. Teste Rápido Dengue Antígeno e Anticorpos
42. Teste Rápido Febre Amarela
43. Teste Rápido Helicobacter Pylori
44. Teste Rápido Influenza Molecular
45. Teste Rápido de Alergia Alimentar
46. Teste Rápido Tipo Sanguíneo
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TV ANHANGUERA
Hugo conquista prêmio internacional por tratamento de AVC
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DIÁRIO DA MANHÃ
Idoso morre após esperar quase 4 horas por atendimento em hospital
HC informou que estava atendendo além da capadidade no momento em que o idoso chegou na unidade
Eurípedes Roberto Faria, de 74 anos morreu em uma ambulância após esperar por atendimento na porta do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), na madrugada de sábado, 29.
O idoso se sentiu indisposto na noite de sexta-feira, 28, e foi levado para uma unidade de atendimento na cidade e, após ter realizado exames, os médicos suspeitaram ser um princípio de infarto e pediram a transferência dele para o HC.
A UdiCor, uma empresa de Gestão de Saúde privada, então foi acionada às 1h30 para levá-lo até o hospital. Às 2h22, ele entrou na ambulância e chegou no destino às 2h38.
O hospital foi informado da complexidade do caso quando o idoso chegou, porém ele esperou quase quatro horas por um atendimento, às 5h11 teve uma parada cardiorrespiratória e morreu às 5h56.
O HC informou que 156 pacientes estavam internados no local onde há 69 leitos de pronto-socorro e que, por isso, não conseguiria atender o paciente de forma imediata.
Em nota, o HC disse que “tem solicitado à secretaria de saúde mais leitos e que seus profissionais não têm medido esforços para melhor atender à população, mas o cenário tem se mostrado tem se mostrado insustentável e que isso impacta em casos como este.”
Já a UdiCor, responsável pela atendimento, afirmou que durante todo o atendimento prestado ao paciente, foram seguidas as normas de qualidade e segurança para garantir o melhor cuidado possível. Durante o transporte, ele foi acompanhado por uma equipe composta por médico, socorrista e enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel.
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AGÊNCIA BRASIL
Quebrar o silêncio ajuda a prevenir suicídios, dizem especialistas
Na contramão do resto do mundo, América Latina tem aumento de casos
O suicídio é um fenômeno multifatorial, ou seja, são vários elementos envolvidos que levam à decisão de uma pessoa tirar a própria vida. Por isso, é preciso uma articulação de setores e saberes para que ações de prevenção sejam bem sucedidas. Além disso, o tema não pode ser tratado como tabu. A avaliação é de especialistas ouvidos pela Agência Brasil, em um cenário em que o país enfrenta alta no número de pessoas que tiram a própria vida.
O número de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021. O levantamento faz parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho. Em 2022, foram 16.262 registros, uma média de 44 por dia. Em 2021, foram 14.475 suicídios. Em termos proporcionais, o Brasil teve 8 suicídios por 100 mil habitantes em 2022, contra 7,2 em 2021.
Reflexos da pandemia
Para o professor Antonio Augusto Pinto Junior, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), esse aumento deve-se, em muito, pelos efeitos da pandemia de covid-19. Ele contextualiza que o cenário pandêmico resultou em aumento do desemprego e precarização das condições de trabalho. “Elementos que se acumularam com outros fatores de risco para a saúde mental da população, como ansiedade, solidão, estresse. Fatores decorrentes tanto do isolamento social quanto dos lutos e perdas de amigos e/ou familiares”, explica.
“Essas experiências deflagradas pela pandemia impactaram, de forma significativa, a saúde mental em função dos riscos físicos e psicossociais, tornando o sofrimento psíquico muito mais agudo, desencadeando o declínio do sentimento de vida e de uma sensação de vazio que, geralmente, acompanham o comportamento suicida”, conta o especialista, que observou esses sintomas em pacientes atendidos no projeto que a UFF de Volta Redonda, sul do estado do Rio de Janeiro, tem em parceria com o Departamento de Psicologia Clínica do Instinto de Psicologia da Universidade de São Paulo. O serviço é exclusivamente gratuito e conta com aproximadamente 400 terapeutas voluntários, inscritos no cadastro do Conselho Federal de Psicologia, além de graduandos de psicologia das duas universidades.
“Mesmo após o período crítico da pandemia, a busca pelo tratamento online se manteve intensa. Desde a implantação em março de 2020, com o isolamento social, até o fim de 2022 – portanto abrangendo a pandemia e a pós pandemia – foram atendidas mais de 6 mil pessoas. Os principais transtornos apresentados são ansiedade e depressão, com queixa de desemparo atrelado à perda de referências simbólicas, o que produz uma forma de angústia que, muitas vezes, figura como um excesso emocional que acompanha uma interrupção do sentido de vida”, completa.
Tendência preocupante
O vice-diretor do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Rossano Cabral Lima, enxerga uma tendência preocupante nos dados de suicídio no país. Com base nos boletins epidemiológicos publicados pelo Ministério da Saúde, ele aponta que a média nacional era de 5,24 casos por mil habitantes em 2010. O especialista destaca que o aumento tem sido proporcionalmente maior em faixas etárias mais jovens, abarcando infância e juventude. O especialista, que também é secretário nacional da Associação Mundial para a Reabilitação Psicossocial, destaca ainda que Brasil e América Latina estão na contramão do mundo, que experimenta um decréscimo nos casos de suicídios.
Cabral Lima diz acreditar que esse aumento pode ser relacionado a determinantes sociais da região latino-americana. “À medida que aumenta a taxa de desemprego, aumenta a de suicídio; à medida que cai a escolaridade, aumenta a taxa de suicídio. A violência na comunidade, de uma maneira geral, também aumenta os casos”, afirma o psiquiatra, que já atuou na rede pública de atenção psicossocial.
Rondônia em alerta
O Anuário do FBSP traz um destaque relacionado ao estado de Rondônia. A taxa de suicídios por 100 mil habitantes foi de 20,7. Isso é mais que o dobro do índice nacional (8) e bem à frente do segundo colocado, Rio Grande do Sul (14,7).
O psiquiatra Humberto Müller é integrante da Câmara Técnica de Psiquiatria do Conselho Regional de Medicina de Rondônia. Segundo o psiquiatra, Rondônia, assim como os demais estados do Norte, sempre apresentou baixo índice de notificações compulsórias em relação ao suicídio, tendo por décadas subnotificado casos.
“A melhora nas notificações deu aos profissionais a real noção do problema. Com isso, torna-se necessário que medidas de saúde pública sejam pensadas e aplicadas”, avalia. O especialista – que colaborou, em 2021, com o grupo de trabalho da Câmara dos Deputados destinado ao estudo sobre o aumento de suicídio, automutilação e problemas psicológicos entre os jovens – diagnostica que “o baixo número de profissionais que atuam em saúde mental, assim como os escassos serviços médicos ambulatoriais, como o Caps (Centro de Atenção Psicossocial), e os baixos números de leitos para internação psiquiatria certamente fazem parte do problema”.
Mundo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida no mundo. Isso representa, em média, um caso a cada 40 segundos. É a quarta maior causa de morte em jovens entre 15 e 29 anos. Há indícios de que, para cada pessoa que morre por suicídio, é provável que haja mais de 20 outras que tentam dar fim à própria vida.
A OMS afirma que estigmatização e tabu são grandes obstáculos para a prevenção. Isso impede que muitas pessoas que vivenciam problemas de saúde mental a ponto de pensar em suicídio deixam de procurar ajuda por causa do estigma que sofrem.
Quebrar tabu
O psiquiatra Humberto Müller defende que é fundamental desmistificar as fantasias e preconceitos com relação às doenças e tratamentos psiquiátricos. Muitos pacientes sofrem em silêncio, sem buscar atendimento por vergonha ou desconhecimento. A psicoeducação salva vida, pois traz luz às trevas da ignorância e estimula a busca por autocuidado”. Ele acrescenta que o enfrentamento do problema se faz com políticas públicas que ofereçam alternativas terapêuticas multidisciplinares aos que sofrem. “Ter acesso ao psiquiatra e psicólogo salva vidas. É preciso aumentar a rede de apoio, disponibilizando mais profissionais de saúde mental, para que possam atender a demanda latente e estruturar políticas públicas visando a prevenção e autocuidado”, conclui.
Antonio Augusto Pinto Junior, da UFF, considera que a sociedade não compreende a dimensão nem os efeitos dos transtornos mentais na vida coletiva. “De modo geral, as pessoas atribuem apenas ao indivíduo ou à família as causas do sofrimento mental – concebido frequentemente como fraqueza e covardia do sujeito, não reconhecendo os vários determinantes sociais, culturais, políticos e econômicos associados ao desencadeamento das doenças mentais. Enquanto a sociedade não abordar o suicídio e outras manifestações do sofrimento psíquico como fenômenos multidimensionais e multicausais que demandam a articulação de vários setores e saberes, dificilmente teremos políticas públicas efetivas e eficazes no seu enfrentamento”, disse.
Rossano Cabral Lima, do Instituto de Medicina Social da Uerj, diz acreditar que a saúde mental nunca foi um tema considerado prioritário e só começou a ganhar mais importância a partir dos anos 2000. Para ele, a promoção de saúde é um caminho para a prevenção de novos casos. Isso inclui oferecer a capacidade de o indivíduo superar obstáculos na vida e também afastar o acesso a itens que acabam sendo uma forma de chegar ao suicídio, como armas e drogas lícitas e ilícitas. “Suicídio é um tema que, com muito cuidado, precisa ser discutido nos espaços mais importantes da sociedade, desde a escola até os ambientes de trabalho, até a vida familiar, para, de fato, deixar de ser tratado como um tabu”, orienta.
Acolhimento
O Centro de Valorização da Vida (CVV) é um dos principais serviços de aconselhamento no país de pessoas que enfrentam pensamentos suicidas. De acordo com o último relatório de atividades do CVV, por meio do número de telefone 188 (ligação gratuita), 3,5 mil voluntários atendem uma média de 8 mil ligações por dia. A porta-voz do CVV, Leila Herédia, contou à Agência Brasil que o aumento no número de pessoas que tiram própria vida no país evidencia a importância de acolhimento.
“Mais que números, são vidas que perdemos. Esse aumento só reforça a necessidade de focarmos cada vez mais na prevenção, todos nós, porque é apenas conversando, falando, quebrando tabus e permitindo que as pessoas desabafem, entendam que é tudo bem não estar bem, que a gente nem sempre está legal, que é ok pedir ajuda, que vamos mudar este cenário”, diz. “Não é mimimi, a gente não estar bem sempre. E é importante saber a hora de buscar ajuda”, completa.
Para Leila Herédia, é preciso uma coesão entre instituições e pessoas. “Para quebrar este estigma e estimular as pessoas a pedirem ajuda, é necessário que tenhamos, de fato, esse espaço. Então, o poder público, com políticas públicas, atendimento na rede pública, profissionais de saúde, familiares, amigos, professores e o CVV, com nossos voluntários, todos nós devemos fazer parte desta rede de atenção e prevenção”.
Poder público
Para a OMS, governos devem investir em políticas públicas para aumentar a conscientização sobre e importância da saúde mental e quebrar tabus envolvendo o suicídio.
No ano passado, o Ministério da Saúde lançou iniciativas voltadas para o cuidado da saúde mental dos brasileiros pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre elas, a Linha Vida (196), um projeto telefônico piloto, começando pelo Distrito Federal, que disponibiliza teleconsultas para o enfrentamento dos impactos causados pela pandemia e as Linhas de Cuidado para organizar o atendimento de pacientes com ansiedade e depressão. Ao todo, foram destinados mais de R$ 45 milhões às ações.
Papel da mídia
Uma das ações da OMS na prevenção de novos casos de suicídio é interagir com a mídia para estimular e orientar uma cobertura responsável sobre o assunto, derrubando o mito de que o tema não deve ser interesse de reportagens.
“A discussão sobre o suicídio e os transtornos mentais, de forma geral, deve ser pauta da imprensa, mas de forma cuidadosa e ética. Desmistificar o fenômeno do suicídio e abordá-lo como um problema social, e não apenas individual, deve ser também uma tarefa da mídia, de modo a ajudar as pessoas na identificação precoce dos sintomas e de como buscar ajuda profissional”, aponta Antonio Augusto Pinto Junior, do Departamento de Psicologia UFF.
Rossano Cabral Lima, da Uerj, orienta que a imprensa trate casos sem sensacionalismo e evitando detalhes sobre os métodos, para evitar o chamado efeito contágio, que poderia incentivar outros casos. “É mais importante dar informações como essa [dados do anuário], que tem mais impacto na saúde coletiva, do que de casos individuais. Mas, mesmo em relação aos casos individuais, evitar detalhes sobre métodos, sem glamourização nem tratar como um ato de coragem, de resistência. Uma abordagem responsável pela imprensa tem um impacto positivo em transformar o suicídio em uma coisa que não seja um tabu”, conclui.
Sinais de alerta
Todos os anos ocorre a campanha Setembro Amarelo. É uma forma de levar a saúde mental e prevenção ao suicídio para o cotidiano nas pessoas. Um dos objetivos da ação é aumentar a conscientização sobre sinais de que uma pessoa pensa em tirar a própria vida. A Agência Brasil aponta alguns indícios, segundo a campanha:
– Expressão de ideias ou de intenções suicidas;
– Publicações nas redes sociais com conteúdo negativista ou participação em grupos virtuais que incentivem o suicídio ou outros comportamentos associados;
– Isolamento e distanciamento da família, dos amigos e dos grupos sociais, particularmente importante se a pessoa apresentava uma vida social ativa;
– Atitudes perigosas que não necessariamente podem estar associadas ao desejo de morte (dirigir perigosamente, beber descontroladamente, brigas constantes, agressividade, impulsividade, etc.);
– Ausência ou abandono de planos;
– Forma desinteressada como a pessoa está lidando com algum evento estressor (acidente, desemprego, falência, separação dos pais, morte de alguém querido);
– Despedidas (“acho que no próximo natal não estarei aqui com vocês”, ligações com conotação de despedida, distribuir os bens pessoais);
– Colocar os assuntos em ordem, fazer um testamento, dar ou devolver os bens;
– Queixas contínuas de sintomas como desconforto, angústia, falta de prazer ou sentido de vida;
– Qualquer doença psiquiátrica não tratada (quadros psicóticos, transtornos alimentares e os transtornos afetivos de humor).
Obter ajuda
Entre os profissionais que tratam de saúde mental e instituições especialistas em prevenção ao suicídio, é unânime a ideia de procurar (ou orientar) ajuda específica sempre que sentir necessidade de acolhimento (ou perceber que alguém precisa). Aqui alguns canais para receber atenção e auxílio:
– Centro de Valorização da Vida, realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.
– Mapa da Saúde Mental, que traz uma lista de locais de atendimento voluntário on-line e presencial em todo país.
– Pode Falar, um canal lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de ajuda em saúde mental para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. Funciona de forma anônima e gratuita, indicando materiais de apoio e serviço.
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Saúde e educação concentram metade de novo bloqueio no Orçamento
Governo contingenciou R$ 1,5 bi em gastos
A saúde e a educação respondem por metade do novo contingenciamento (bloqueio) de R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2023. O decreto presidencial com a distribuição dos cortes foi publicado nessa sexta-feira (28) em edição extraordinária do Diário Oficial da União.
Ao todo, dez pastas foram afetadas pelos novos cortes. Os bloqueios são temporários e ocorrem porque a estimativa de gastos superou o limite estabelecido pelo teto federal de gastos em 2023.
O contingenciamento não atinge gastos obrigatórios, apenas gastos discricionários (não obrigatórios), relacionados a investimentos e manutenção da máquina pública. O dinheiro pode ser liberado se a estimativa de gastos obrigatórios não se concretizar ou se o governo conseguir aprovar o novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional, que acabará com o teto federal de gastos.
Confira a nova distribuição dos bloqueios
• Saúde: R$ 452 milhões;
• Educação: R$ 333 milhões;
• Transportes: R$ 217 milhões;
• Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 144 milhões;
• Cidades: R$ 144 milhões;
• Meio Ambiente: R$ 97,5 milhões;
• Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 60 milhões;
• Defesa: R$ 35 milhões;
• Cultura: R$ 27 milhões;
• Desenvolvimento Agrário: R$ 24 milhões.
Em maio, o governo tinha bloqueado R$ 1,7 bilhão dos seguintes ministérios: Fazenda; Planejamento; Integração e Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Transportes e Cidades. Dessa forma, o total de recursos travados chega a R$ 3,2 bilhões no Orçamento deste ano.
No último dia 21, o governo tinha indicado a necessidade de um novo bloqueio no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Pela legislação, um decreto presidencial detalha cortes por órgãos federais até 10 dias após o envio do relatório ao Congresso. A distribuição do contingenciamento cabe à Junta de Execução Orçamentária, órgão composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; Esther Dweck, Gestão e Inovação em Serviços Públicos; e da Casa Civil, Rui Costa.
Mesmo com o novo contingenciamento, o total bloqueado este ano é bastante inferior ao do ano passado, quando foram travados R$ 15,38 bilhões para cumprir o teto de gastos. Os recursos só foram desbloqueados porque a Emenda Constitucional da Transição retirou do teto de gastos R$ 23 bilhões relativos a programas sociais no ano passado, mais R$ 168 bilhões neste ano.
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Assessoria de Comunicação