Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 29 A 31/08/15

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.


DESTAQUES
• Vigilante espera há dois meses por cirurgia em Goiás
• A crise econômica, o impacto na saúde e as soluções possíveis
• Via-crúcis por atendimento
• Em busca de qualidade de vida
• Corrida chama atenção para doença de difícil diagnóstico
• Artigo – As consequências do cigarro
• Campanha alerta população sobre prevenção do câncer de intestino


TV ANHANGUERA/GOIÁS

Vigilante espera há dois meses por cirurgia em Goiás
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/vigilante-espera-ha-dois-meses-por-cirurgia-em-goias/4429516/ (29/08/15)

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SAÚDE BUSINESS
 

A crise econômica, o impacto na saúde e as soluções possíveis
 

A despeito de posicionamentos políticos, não há como negar que a crise econômica se instalou no Brasil. Diariamente vemos notícias das dificuldades das empresas em manter sua produção e empregados, bem como a dificuldade de comércios se manterem abertos. E como em todos os setores, a área da saúde também tem sentido os efeitos deste cenário, tanto na esfera pública quanto na privada, no enxugamento dos recursos.
A crise que gera desemprego também direciona o paciente, antes de convênios, para o SUS, o que também faz aumentar a demanda e a conta do governo. E à medida que as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde têm dificuldade no recebimento das verbas da União, as consequências crescem em cascatas. Num exemplo cotidiano das interferências destes atrasos, estaria na obrigatoriedade de cumprimento de ordem judicial para compra de um medicamento de R$ 100 mil em dez dias, e cujo custo subsequente, desestrutura fortemente a gestão como um todo.
Mas, apresentados os problemas, o salutar é investir em soluções, porque afinal de contas é apenas por meio delas que podemos sobreviver. Exemplos anteriores já nos mostraram que em momentos como este, o melhor a fazer é focar os recursos na melhor gestão.
Para tanto, é necessário que os gestores estabeleçam projetos que efetivamente promovam a redução de desperdícios, que direcionem para compras mais assertivas e para o melhor controle de seus estoques.  Ou seja, não se baseiem simplesmente na redução de investimentos, mas na otimização destes em produtos e serviços que gerem a economia necessária e os permitam manter-se operando e bem.
Dizem os bons e grandes empreendedores, que é da crise que saem grandes ideias e soluções. Sou otimista por natureza e acredito que com muita dedicação, criatividade, inovação e árduo trabalho, seremos capazes de sair da crise mais fortalecidos no médio e longo prazo. (29/08/15)
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O POPULAR

 

Via-crúcis por atendimento
 

Diretor do Hugo diz que hospital recebe ao mês, em média, 500 pacientes fora do perfil. SMS rebate dados
 

O goiano Gabriel da Silva Santos, de 19 anos, fraturou o fêmur em Itaguari, a 103 quilômetros de Goiânia. Foi encaminhado para a capital, onde passou por duas unidades de saúde, mas não conseguiu cirurgia. Terá de voltar no dia 7 para tentar agendar uma nova avaliação médica. A via-crucis também é enfrentada por moradores de Goiânia. Os pacientes apontam problema no sistema de regulação de leitos que, por dia, faz cerca de 630 encaminhamentos de urgência, o que, na prática, não é garantia de atendimento.
A mãe do jovem, a servidora pública Maria de Fátima dos Santos, de 38, diz que ele se acidentou na segunda-feira e não havia atendimento no município em que moram. Ao chegarem à capital, depois de quase duas horas de viagem em uma ambulância, eles passaram primeiramente no Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (Crof), de onde o rapaz foi encaminhado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Lá, só fez uma tomografia e, segundo Maria de Fátima, um médico confirmou que o filho havia quebrado o fêmur, mas não estava no “perfil do hospital.”
Diretor-geral do Hugo, Ciro Ricardo Pires de Castro diz que, por mês, em média, a unidade de saúde recebe 500 pacientes fora do perfil do hospital, encaminhados pela regulação. Segundo ele, adequam-se ao perfil pacientes com fratura exposta, traumatismo crânio-encefálico, traumatismo de coluna vertebral, além de vítimas de acidentes graves e de armas branca e de fogo, por exemplo. “A maioria dos casos que chegam é ambulatorial”, diz. “Se a gente passa a fazer, de maneira indiscriminada, atendimentos mais simples, o hospital ficará lotado e não poderemos atender casos mais graves”, emenda.
O POPULAR apurou, na última semana, que há casos de pacientes de Goiânia que foram levados em ambulância ao Hugo, sendo que o leito para a cirurgia já estava disponível em hospital conveniado. O superintendente de Regulação e Políticas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Sandro Rodrigues, rebate o diretor-geral do Hugo, afirmando que os erros de encaminhamento ocorrem em escala menor, embora não tenha especificado qual.
Rodrigues explica que os equívocos podem ocorrer porque o médico-regulador se baseia em informações repassadas pelo médico da unidade de saúde, que faz a primeira avaliação do paciente. “Pode acontecer de uma informação ser superestimada ou subestimada e isso interfere no processo, sim”, admite. “Mas isso não é regra, é exceção”, ameniza, acrescentando que, por dia, o serviço de regulação da SMS autoriza, em média, cerca de 300 internações hospitalares, incluídas as de unidades de terapia intensiva (UTIs), e 452 cotas diretas, quando o hospital que atende ao paciente solicita a internação em seus próprios leitos.
Não foi o caso de Santos, que, apesar de ter fraturado um osso em acidente de motocicleta, como diz a mãe, só conseguiu em Goiânia o aviso de que terá de voltar ao Crof 14 dias depois do ocorrido. “É muita informação desencontrada. Nem a gente consegue informação direito”, lamenta Maria de Fátima.

 

Atendimento a usuário dos SUS é difícil no interior
 

O superintendente de Regulação e Políticas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Sandro Rodrigues, diz que o sistema de regulação não consegue coordenar todos os encaminhamentos e internações de pacientes já que, conforma explica, há casos mais graves que necessitam de atendimento emergencial. “Nosso sistema deveria regular todo leito ocupado, mas não consegue”, afirma.
Rodrigues diz que os pacientes que dependem de leito em unidade de terapia intensiva (UTI) não podem esperar a liberação de vaga e, por isso, devem ser atendidos imediatamente.
Segundo ele, no serviço de regulação da SMS de Goiânia há quatro médicos durante o dia e outros três no período noturno, além de supervisores. “O número de profissionais é maior durante o dia porque a demanda é maior”, explica ele.
O diretor-geral do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Ciro Ricardo Pires de Castro, acentua que a unidade de saúde tem, por dia, uma demanda de 220 pacientes. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, houve 44.717 atendimentos de janeiro a julho. O número também inclui o que Castro chama de “demanda espontânea.” “Outra parte também não passa pela regulação, porque é vítima de acidente grave ou paciente baleado”, exemplifica.
Demanda
Na avaliação do diretor-geral do Hugo, se cada região fizesse o possível para atender a demanda de sua população, o serviço de saúde pública apresentaria melhora.
“Normalmente você observa que, quando é paciente de plano de saúde, sempre vai achar o médico ortopedista nas principais cidades do interior. Quando é do SUS, é muito difícil, sob a alegação de que o valor recebido pelo tratamento não é suficiente para cobrir as despesas”, observa Castro. “Se o paciente, em última análise, não tiver outra opção, a gente deixa ele aqui, no Hugo”, assevera.

 

Jogo de empurra pode ter implicações jurídicas
 

Especialista em Direito Médico-Hospitalar, o advogado Ricardo Mendonça ressalta que a Agência Nacional de Saúde (ANS) e o Ministério da Saúde (MS) determinam que os hospitais especializados tenham qualificações específicas, como cardiologia, neurologia, pediatria e traumatologia. “Esses hospitais também têm a obrigação de atender qualquer tipo de urgência e emergência”, observa ele.
O advogado lembra que o jogo de empurra-empurra do paciente de uma unidade de saúde para outra, em busca de atendimento médico, também pode ter implicações jurídicas. “O cidadão é hipossuficiente em face da administração, é submisso e, por isso, não resta outra saída a não ser recorrer ao Ministério Público e a advocacias pública e privada para ter resguardados seus direitos”, pondera ele, para destacar: “Por isso, a gente tem um número tão crescente da judicialização da saúde.”
Para averiguar casos de infração ético-disciplinar de seus funcionários, as unidades de saúde precisam ter diretor técnico, diretor-clínico e comissões de bioética e disciplinares. As comissões são submetidas a conselhos de saúde regionais e federais, de acordo com Mendonça. (30/08/15)

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Em busca de qualidade de vida

 

Doença que já foi considerada sentença de morte agora é tratável
 

Há 20 anos, o diagnóstico de esclerose múltipla era praticamente uma sentença de morte. Os portadores tinham em média dois anos de vida a partir do surgimento dos primeiros sintomas da doença. Com o tratamento, a morte deixou de ser iminente e a preocupação passou a ser retardar o uso da cadeira de rodas. Cinco anos atrás, o tratamento visava ampliar o espaçamento entre os surtos da doença e, hoje, “é tudo isso mais qualidade de vida para os portadores”, explica o diretor da entidade paulista Amigos Múltiplos da Esclerose (AME), Gustavo San Martim, de 28 anos.
Ontem, ele participou em Goiânia da 4ª Maratona e 7ª Meia Maratona EM Movimento, que marcou o Dia Nacional da Conscientização sobre Esclerose Múltipla. Uma prova muito importante para Gustavo, já que foi a primeira depois do terceiro surto da doença que sofreu, em maio deste ano.
Gustavo foi um dos dez portadores de esclerose múltipla que participaram da maratona, que reuniu 1.750 corredores nas cinco modalidades de corrida, segundo a engenheira Eduarda Assis de Albuquerque Arantes, presidente da Associação Goiana de esclerose Múltipla (Agem). A primeira edição teve 395 participantes.
A proposta da corrida é chamar a atenção das pessoas para a esclerose múltipla, uma doença invisível e de difícil diagnóstico. Eduarda teve sorte. Ela apresentou os primeiros sintomas, dormência nas mãos, em 1999, aos 33 anos, e foi diagnosticada em dois meses. Com o tratamento conseguiu controlar os surtos – o último foi em 2001.
Já Gustavo, que sofreu o primeiro surto em 2010, quando a visão começou a falhar, ficar embaçada ou dupla, encontrou dificuldade para descobrir que tinha esclerose múltipla. “Só depois de descartar a probabilidade de ser câncer ou Aids é que fecharam o diagnóstico.” Hoje, com a ressonância magnética, a diagnóstico é bem mais fácil, afirma Eduarda.

 

Perfil mais comum é de mulher jovem
 

A engenheira Cristiane Vieira, de 30 anos, tem o perfil do mais comum portador de esclerose múltipla: é mulher, pois a doença atinge mais mulheres que homens; tem entre 20 e 40 anos, ela descobriu a doença aos 25 anos; e é caucasiana, de origem italiana. Há quatro anos Cristiane apresentou o primeiro sintoma, visão dupla, que, a princípio, foi diagnosticada como estresse. Mas o exame de ressonância magnética apontou a esclerose múltipla.
De lá pra cá ela teve três surtos da doença e o mais grave a paralisou da cintura para baixo. “Mas não deixou sequela”, comemora. As sequelas são comuns em portadores da doença. Ontem, ela e a família – mãe, irmã e marido – participaram da corrida de 5 quilômetros da Maratona EM Movimento.
Todos os portadores de esclerose múltipla que participaram da maratona concluíram a prova. O zootecnista Frederico Costa Nunes, de 34 anos, participou pela primeira vez. Ele concluiu a corrida de 5 Km em 23 minutos. “Foi tranquilo”, disse. Logo que descobriu a doença, Frederico foi orientado a fazer atividade física. Escolheu correr. (31/08/15)

 

Corrida chama atenção para doença de difícil diagnóstico
 

Maratona EM Movimento reúne portadores que se empenham para superar limites
 

O zootecnista Murilo Guimarães Bastos, de 34 anos, não sabe ao certo quando apareceram os primeiros sintomas da esclerose múltipla, mas lembra que desde criança perdia o equilíbrio e tinha problemas na visão, dois dos sintomas da doença. “O olho tremia quando olhava nas extremidades e eu sempre caia quando jogava bola.”
Foram muitas idas e vindas em médicos até chegar ao diagnóstico, quando Murilo já tinha 27 anos. O tratamento consistia em remédios que controlavam a doença ao mesmo tempo em que proporcionavam imenso mal estar. Há dois anos Murilo deu início a outro tratamento e se livrou dos efeitos colaterais. “Minha vida melhorou e foi como se eu tivesse nascido de novo”, relata.
Foi nessa época que ele participou pela primeira vez da Maratona EM Movimento, corrida promovida pela Associação Goiana de Esclerose Múltipla (Agem). Amanhã, ele volta a participar do evento, que está em sua 4ª edição e tem como objetivo esclarecer a população sobre a doença e os tratamento disponíveis e conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce.
Por ser uma doença em que o portador tem surtos e depois fica meses sem qualquer sintoma, o diagnóstico nem sempre é fácil. Frederico Costa Nunes, de 34 anos, só descobriu que os problemas que vinha tendo de tempos em tempos desde 2009 eram da esclerose múltipla há um ano. A primeira crise veio em forma de uma paralisia facial; dois anos depois ele teve um formigamento leve nos braços; em 2013 perdeu a audição e, no ano passado, começou a ter um formigamento nas pernas seguido de perda de força nelas. “Eu sentia choques no corpo e parecia anestesiado da cintura para baixo.”
Frederico também deixou o tratamento convencional por causa dos efeitos colaterais e foi orientado a fazer exercícios físicos para não deixar os músculos atrofiarem. Amanha, ele vai participar da maratona pela primeira vez.

 

Saiba mais – Como a doença se manifesta
 

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro e o sistema nervoso central.
 

SINTOMAS
■ Visão turva ou dupla
■ Fadiga
■ Formigamentos
■ Perda de força
■ Falta de equilíbrio
■ Espasmos musculares
■ Dores crônicas
■ Depressão
■ Problemas sexuais
■ Incontinência urinária
A esclerose múltipla atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo e 30 mil no Brasil.

 

Jovens: afeta pessoas entre 20 e 40 anos
 

Gênero: as mulheres são mais propensas que os homens – a proporção é de três mulheres para cada homem
Histórico familiar: aumenta de 1 a 3% as chances de desenvolver a doença se pais ou irmãos são portadores
Etnia: brancos de origem europeia têm maior risco de desenvolver esclerose múltipla que pessoas de ascendência asiática, africana ou americana

Maratona tem corridas de 42, 21, 10 e 5 Km
 

A 4ª Maratona EM Movimento é um evento que marca o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. Neste ano, Goiânia vai sediar o evento que reune também a 7ª Meia Maratona EM Movimento. A primeira corrida terá 42 quilômetros e, a segunda, 21 quilômetros. Os portadores de esclerose múltipla podem correr em uma prova exclusiva, a Corrida Múltipla, e quem preferir pode correr trajetos menores, de 5 e 10 quilômetros, ou apenas fazer uma caminhada de 5 quilômetros.
A maratona começa às 6 horas, na esquina da Rua 4 com a Avenida Tocantins, no Centro, e é aberta ao público, não apenas a portadores da doença (29/08/15)
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Artigo – As consequências do cigarro
 

Hoje celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Cigarro, e acredito ser fundamental o alerta quanto aos efeitos do hábito de fumar em diversas áreas de nossas vidas. O tabagismo está relacionado a mais de 50 doenças, sendo responsável por 30% das mortes por câncer de boca, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença do coração, 85% das mortes por bronquite e enfisema, 25% das mortes por derrame cerebral. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todo ano mais de cinco milhões de pessoas morrem no mundo por causa do cigarro. E, em 20 anos, esse número chegará a 10 milhões se o consumo de produtos como cigarros, charutos e cachimbos continuar aumentando.
No Brasil, estima-se que 12% das mulheres e 17% dos homens são fumantes. Considerando que hoje somos o país com maior número de cirurgias plásticas em todo o mundo, possuímos, então, um cenário de cuidado constante aos médicos e pacientes, já que fumantes que se submetem a uma intervenção cirúrgica correm muito mais riscos e podem sofrer uma série de complicações durante e após a operação.
Essencialmente, é preciso saber que o cigarro afeta e interfere profundamente na oxigenação do corpo pelo sangue, na distribuição dos nutrientes para a manutenção e regeneração da pele e dos tecidos, além de comprometer o bom funcionamento dos vasos sanguíneos, dos pulmões e das condições cardiorrespiratórias. Logo, dificulta significativamente o processo de cicatrização, o que pode acarretar em sérios efeitos colaterais, como a necrose da pele, infecção, rompimento de sutura, manchas, queloides, tromboembolismo, entre outros aspectos agravantes. Além disso, ainda pode contribuir para deixar o paciente mais vulnerável à anestesia, criando a possibilidade de surgir problemas que poderiam ser evitados.
O paciente que deseja fazer uma cirurgia deve suspender o cigarro para não aumentar consideravelmente seus riscos, que já são inerentes a qualquer operação. Uma boa recuperação e bons resultados dependem bastante disso. O prazo de interrupção dependerá do tipo de cirurgia, isto é, quanto maior e extensa ela for mais tempo será indicado e exigido a recomendação médica de parar de fumar. Por exemplo, para as cirurgias mais simples o cigarro deve ser suspenso no mínimo um mês antes e aquelas que são mais complexas ao menos seis meses. Como é o caso da técnica da abdominoplastia, na qual ocorre um grande deslocamento e reposicionamento de pele e, consequentemente atinge em maior grau a vascularização da mesma, que naturalmente já costuma ter uma redução nestes eventos. O não cumprimento da abstenção pode gerar sangramentos locais e rupturas drásticas dos pontos na região.
Problemas como embolia pulmonar, infecções, não-desaparecimento dos hematomas cirúrgicos e problemas circulatórios são, ainda, frequentes consequências em intervenções cirúrgicas com pacientes fumantes. Outra questão muito importante e que merece atenção é omitir ou mentir para o cirurgião sobre esse fato, afinal estamos lidando com a vida, de modo que, se o indivíduo não consegue parar de fumar para se submeter à intervenção é necessário que diga ao seu médico. Este certamente irá postergá-la para o momento em que ele conseguir eliminar, mesmo que temporariamente, o vício.
Muito se tem alertado sobre os males do tabaco para o corpo, mente e saúde dos indivíduos. Responsável pelos vários tipos de câncer, ele também traz problemas e doenças como infarto, enfisema pulmonar, bronquite, impotência sexual, trombose, redução da capacidade de aprendizado e memorização – especialmente em jovens –, catarata, aneurisma arterial, rinite alérgica, úlceras, infecções e angina – só para citar alguns. Ao todo, são quase 5 mil substâncias tóxicas em um único cigarro – 60 das quais, cancerígenas. No caso dos prejuízos trazidos pela bronquite crônica, se as lesões já estão avançadas, mesmo que o fumante deixe de fumar, os traumatismos não regridem. As lesões como enfisema são irreversíveis. Uma pequena percentagem de pacientes com câncer de pulmão sobreviverá à doença.
O cigarro, contudo, não afeta apenas a saúde do fumante, mas de todos aqueles que estão à sua volta. São sabidas as consequências do cigarro para o fumante passivo – aquela pessoa que convive diariamente com o fumante. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que o tabagismo passivo aumenta em 30% o risco para câncer de pulmão e 24% o risco para infarto. Além disso, vale ressaltar o caráter avassalador que o hábito pode ter nos relacionamentos familiares e pessoais.
Famílias inteiras tem suas dinâmicas de convivência e respeito alteradas devido ao tabagismo de um dos membros. Profissionais com competência e conhecimento podem se deparar com dificuldades de ascensão na carreira devido ao mau hábito – várias empresas possuem e incentivam políticas antitabagismo e estão “apertando o cerco” contra funcionários fumantes. Relacionamentos terminam porque o cigarro é um dos constantes fatores de discussão entre o casal.

 

Gheisa Leão é médica cirurgiã plástica, preceptora da residência médica em cirurgia plástica da Santa Casa de Goiânia e professora convidada da PUC Goiás (29/08/15)

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AGÊNCIA BRASIL

Campanha alerta população sobre prevenção do câncer de intestino

Brasília – A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) lança no próximo mês a campanha Setembro Verde, de alerta à população sobre a necessidade de prevenção do câncer colorretal. As ações da campanha, feita em parceria com a Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino, vão ocorrer em quatro capitais brasileiras.

No Rio de Janeiro, o público poderá conhecer uma estrutura que reproduz um instestino – uma espécie de túnel com 20 metros de comprimento e 2,5 m de largura –, entre os dias 4 e 7, no Barra Shopping, das 11h às 20h. As pessoas terão a oportunidade de ver reproduções de pólipos e assistir a vídeos sobre câncer de intestino. Ao final da visita, receberão informações e orientações de médicos ligados à SBCP.

Depois da capital fluminense, a campanha será levada a Belo Horizonte, nos dias 12 e 13; a Porto Alegre, de 18 a 20; e a São Paulo, de 25 a 27.

O presidente da SBCP, Ronaldo Salles, lembrou que o câncer de intestino afeta tanto homens quanto mulheres. "Cresce muito a importância do câncer de intestino em relação aos outros, porque câncer de próstata dá apenas em homens, e o de mama acomete mais mulheres. Em homens, é muito raro.”

Salles destacou que o câncer de intestino pode ser prevenido. "O precursor do câncer é o pólipo benigno, que pode ser retirado durante uma colonoscopia [exame que permite analisar o revestimento interno do intestino]”. Segundo ele, o procedimento pode evitar a transformação do pólipo em um tumor.

De acordo com o presidente da SBCP, toda pessoa acima de 50 anos deve fazer a colonoscopia, independentemente de ter sintomas ou casos de câncer de intestino na família. "A gente encontra pólipos em mais ou menos 20% dos exames feitos”, afirmou.

Outras medidas podem auxiliar na prevenção da doença, como ter uma boa alimentação, não fumar, ingerir pouca bebida alcoólica e ter uma boa qualidade de vida.

Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, feita no ano passado, era 15.070 casos novos de câncer de cólon e reto em homens, no Brasil, e 17.530 em mulheres. Esses valores correspondem, segundo o Inca, a um risco estimado de 15,44 casos novos a cada 100 mil homens e 17,24 casos novos a cada 100 mil mulheres. (29/08/15)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação