ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Paciente reclama de falta de medicamento contra câncer, em Goiânia
Mais dois macacos são encontrados mortos na região sul de Palmas
Nova vacina contra febre amarela está em análise
Chance de trabalho na prefeitura
Doenças das noites maldormidas
Hospital de Aparecida segue fechado
Alunos de medicina da UnB fazem estágio em unidades da Região Leste de Saúde
Com aumento de casos no verão, saiba como evitar a conjuntivite
Instituto Ortopédico de Goiânia é condenado por negar atendimento e cobrar consulta particular de pacientes do SUS
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Paciente reclama de falta de medicamento contra câncer, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/ja-2-edicao/v/paciente-reclama-de-falta-de-medicamento-contra-cancer-em-goiania/6459141/
………………
G1 TOCANTINS
Mais dois macacos são encontrados mortos na região sul de Palmas
Mais dois macacos foram encontrados mortos em áreas verdes de Palmas. Os casos são na região de chácaras do setor Santa Fé, no sul da cidade. O primeiro animal foi encontrado morto durante a manhã, mas já estava em avançado estado de decomposição. O segundo foi por volta das 17h e o corpo foi recolhido para exames.
A Prefeitura de Palmas informou que uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses esteve nos dois locais. A necropsia do macaco que ainda tinha material para ser analisado está marcada para esta terça-feira (30). Os restos devem ser encaminhados a um laboratório de referência no Pará que fará exames para febre amarela.
O local onde eles foram encontrados é distante do Parque Cesamar, onde os primeiros casos foram registrados. Já são quatro macacos encontrados na região de Palmas desde o começo do ano. Os corpos dos macacos encontrados no parque estão no Laboratório Central do Estado (Lacen), que é administrado pela Secretaria Estadual de Saúde.
A morte dos macacos é considerada um evento sentinela que pode indicar a circulação do vírus da febre amarela em uma região. O macaco não transmite o vírus para os seres humanos.
Vacinação
Conforme o município, não há motivo para pânico da população e correria aos centros de saúde, pois o estado faz parte da área de recomendação da vacina e por isso a maioria das pessoas está imunizada. "A recomendação é que a população mantenha-se tranquila em relação à febre amarela, pois em Palmas a vacinação é contínua e disponibilizada na rede municipal durante o ano inteiro", informou a secretaria de saúde.
Cerca de 63,97% da população do estado já recebeu a vacina, segundo o Estado. Além disso, o esquema de vacinação atual é de dose única. Portanto, quem tiver o registro de pelo menos uma dose da vacina está imunizado e não precisa de outra dose.
"As pessoas devem procurar cartões de vacina antigos e verificar a situação vacinal e se já houver registro da vacina, não há necessidade de revacinação", informou o município.
…………………………
O POPULAR
Nova vacina contra febre amarela está em análise
A Fundação Oswaldo Cruz inicia no próximo ano testes clínicos com dois novos modelos de vacina contra febre amarela. A ideia é ampliar o arsenal de prevenção contra a doença, provocada por um vírus cuja circulação está em franca expansão.
Um dos projetos está sob o comando da Fiocruz de Pernambuco. O centro estuda a eficácia de um imunizante preparado com base no material genético do vírus. No segundo projeto, desenvolvido na Fiocruz do Rio, pesquisadores trabalham em um modelo feito com base no vírus de febre amarela inativado. A vacina atual, de 1937, utiliza o vírus atenuado. O vice-presidente da Fiocruz, Marco Krieger, em entrevista ao Estado, afirmou que os projetos em andamento não têm como objetivo, necessariamente, substituir a vacina atual. “Ela tem um efeito protetor muito alto. Novas vacinas produzidas com outras tecnologias geralmente não têm uma eficácia tão elevada”, disse. A vacina atual somente seria totalmente substituída por modelos mais recentes caso a proteção alcance o mesmo nível, conta.
Embora tenha um alto efeito protetor, a vacina atual tem algumas limitações. Ela exige uma fábrica de grandes proporções para ser formulada, o processo de fabricação é relativamente demorado e, principalmente, não é indicada para toda a população.
Por ser feito com vírus atenuado, o imunizante não deve ser aplicado em pessoas idosas ou com doenças que comprometem o sistema imunológico, por exemplo. “Os efeitos graves são registrados a cada 400 mil doses. Mortes são raras, mas podem ocorrer”, explica Krieger. Em São Paulo, quatro óbitos já foram relatados em pessoas que tiveram reação à vacina.
Os modelos em estudo, se considerados eficazes e seguros, poderão ser usados justamente em pessoas que hoje não podem ser imunizadas contra febre amarela, por causa das contraindicações. A expectativa é de que, ao contrário do que ocorre com a vacina atual, novos imunizantes tenham de ser aplicados com dose de reforço.
“Vacinas com formulação mais recente, como a de HPV, por exemplo, precisam de mais de uma dose para trazer a proteção considerada ideal. Isso pode ocorrer com os modelos que estamos avaliando”, ressalta o vice-presidente.
Elas seriam aplicadas em pessoas que apresentam com contraindicação ou ainda como uma primeira dose, que antecederia, uma aplicação anos depois, da vacina feita com vírus atenuado. Também nessa estratégia há uma tentativa de reduzir os efeitos colaterais.
Se não houver surpresas no cronograma, uma nova vacina poderá estar disponível em dez anos. Krieger afirma que novos protocolos de prevenção poderão ser adotados. Nesse cardápio de possibilidades estaria o uso das vacinas com doses combinadas, indicações de vacinas diferentes, de acordo com o perfil da população e, em casos de necessidade, como ocorre agora no País, o fracionamento das doses.
Fracionamento
Krieger afirma também não haver no momento estudos que avaliem o uso da dose fracionada da vacina de vírus atenuado como praxe. Pesquisas realizadas até agora mostram que o uso de até um décimo da vacina traz um efeito protetor contra a doença por, pelo menos, oito anos.
Embora os estudos tenham indicado que um décimo já seria suficiente para tornar a pessoa protegida contra a febre amarela, por precaução e por questões logísticas, o Ministério da Saúde optou por fazer fracionamento com um quinto da dose integral.
O mundo está diante do desafio de encontrar soluções rápidas para ampliar de forma segura e eficiente a produção de vacina contra febre amarela. Com o avanço da circulação do vírus, cresce a necessidade de se imunizar um grupo cada vez maior de pessoas, sobretudo residentes em áreas que tradicionalmente eram consideradas livres de risco da doença. “A estimativa é de que, para atender à demanda mundial da próxima década, a produção brasileira precisaria ser dez vezes maior”, afirmou o vice-presidente da Fiocruz, Marco Krieger.
Pelos cálculos, o ideal é de que em dez anos 1,5 bilhão de pessoas sejam vacinadas. O Brasil é o maior produtor de imunizante. Tradicionalmente, o País exportava até 20 milhões de doses anuais de vacina contra febre amarela.
Com a epidemia registrada no ano passado, a pior da história, com 777 casos confirmados, a exportação foi interrompida. Este ano, foi retomada, mas, diante do avanço da circulação do vírus e da necessidade de se vacinar áreas populosas, e com fracionamento, a exportação será de apenas 1 milhão de doses.
Krieger afirma que nos últimos anos a Fiocruz conseguiu dobrar a capacidade de produção de matéria-prima. Com a expectativa de funcionamento de uma nova fábrica, alugada da Libbs, a estimativa é de que a produção seja duplicada.
Pontos-chave
Opções usam genética e vírus inativo
Modelo atual
A doença é transmitida pelos mosquitos Haemagogus. A vacina atual, de 1937, utiliza o vírus atenuado e garante proteção com uma dose.
Modelo em testes
A Fiocruz estuda a eficácia de um imunizante preparado com base no material genético do vírus e outro composto com o vírus inativo.
Diferença em doses
Ao contrário do modelo em uso até 2017, as novas vacinas terão de ser dadas em mais de uma dose, como a de HPV, para garantir eficácia.
…………………………
DIÁRIO DA MANHÃ
Chance de trabalho na prefeitura
As inscrições para o con¬curso público da Secreta¬ria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) foram prorrogadas até o dia 31 de janeiro. De acordo com o edital, são 939 vagas dis¬poníveis para diversos níveis de escolaridade. Os salários variam entre R$ 961,72 e R$ 3.087,68. Os cadastros, que são gratuitos, de¬vem ser feitos pela página de con¬cursos da Prefeitura de Goiânia: www.goiania.go.gov.br.
Os candidatos serão escolhi¬dos conforme análise das expe¬riências profissionais, currículos e títulos. As oportunidades con¬templam vagas para médicos, ci¬rurgiões, técnicos em saúde, auxi¬liares, psicólogos, farmacêuticos, enfermeiros, entre outros.
…………………………
Doenças das noites maldormidas
O corpo humano emprega há milhares de anos um conjunto fixo de programações fisiológicas necessárias para o seu bom funcionamento. Uma das programações básicas é o adormecer quando a noite cai e o acordar quando o sol se levanta, período em que o indivíduo é restaurado para um novo dia.
Noites mal dormidas, contudo, causam um choque nessa programação natural e podem provocar uma série de problemas de saúde, que vão da depressão ao aumento de risco de acidente vascular cerebral (AVC).
"O sono é uma função fundamental para a nossa fisiologia – seria o equivalente ao alimento para o nosso cérebro", explica Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas, em São Paulo, que estuda a correlação entre distúrbios do sono e doenças cardiovasculares.
"É o momento de descanso para o sistema vascular, da faxina dos neurônios. O sono é a restauração da atividade neural adequada, importante para fixação da memória. Sabemos que dormir é fundamental. Mas estamos nos esquecendo disso", alerta.
Dados do último Estudo Epidemiológico do Sono da Cidade de São Paulo mostram que um terço da população da capital paulista sofre de insônia. Um novo estudo – Episono -, realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com o Instituto do Sono, será conduzido em 2018 para atualizar os dados.
De acordo com Gabriel Natan Pires, biomédico e coordenador do Projeto Episono, o padrão do sono vem se modificando ao longo das últimas décadas – e para pior.
"Dados americanos mostram que, ao cabo de seis décadas, o tempo médio de sono foi reduzido em duas horas por noite. Mas privação do sono pode gerar sérios problemas, incluindo deficit de atenção, ansiedade, impulsividade e agressividade", explica.
Os vilões que atrapalham o sono
Dormir menos que o necessário, assim como dormir em horários irregulares ou trocar o dia pela noite, pode desencadear uma série de doenças. A recomendação mais recente da National Sleep Foundation (NSF), dos Estados Unidos, divulgada em 2015, é de sete a nove horas de sono para pessoas de 18 a 64 anos.
De acordo com Lorenzi Filho, noites mal dormidas e irregulares não apenas geram mais cansaço e sonolência no dia seguinte. "Quem dorme menos de cinco horas, em média, tem mais problemas de hipertensão, maior risco de infarto do miocárdio e de acidente vascular cerebral (AVC)", diz a fundação.
A falta de uma rotina, com hora de dormir e de acordar todos os dias, inclusive aos finais de semana, é um dos principais vilões. A ingestão de alimentos pesados poucas horas antes de dormir, assim como a de bebidas estimulantes, como o café, podem dificultar o adormecer e impactar a qualidade do sono durante a noite.
"A alimentação tanto proteica quanto cheia de carboidratos não é desejável porque demanda um processo digestivo longo e penoso. O recomendado é que qualquer um dos grupos seja consumido pelo menos duas horas antes de dormir. Idealmente, quatro horas antes, se possível", diz Daniel de Souza e Silva, pesquisador em neurofisiologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
"Em alguns casos, é recomendado não ingerir café depois das 14h."
Hábitos como manter televisores no quarto, checar o celular antes de dormir e até mesmo manter o ar-condicionado em temperaturas muito baixas podem prejudicar a qualidade do sono, diz Souza e Silva.
"É preciso convencer a população de que a cama foi feita para dormir. Existe uma associação entre esses hábitos e a dificuldade de adormecer", afirma.
Distúrbios do sono
A qualidade do sono também pode ser afetada por diferentes distúrbios. Entre as principais patologias, está a apneia obstrutiva do sono. Sua manifestação mais marcante é o ronco.
Esse distúrbio gera pequenas paradas respiratórias durante a noite, que provocam situações de "microacordar" e resultam em um sono fragmentado. De acordo com Pires, podem ocorrer até 30 pequenas paradas respiratórias por hora em pessoas que sofrem do problema.
Levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Sono, feita com base em um estudo da Unifesp e do Instituto do Sono de 2010, projetou que 32,8% da população brasileira sofria com a síndrome em 2013. O distúrbio piora com a obesidade, a idade avançada e o sedentarismo.
"A apneia obstrutiva do sono tem influência sobre os sistemas cardiovascular, neurológico e imunológico e acaba repercutindo não só na qualidade de vida, mas na longevidade do indivíduo", afirma Souza e Silva.
"Os indivíduos com essa patologia têm repercussões cardiológicas muito sérias, além de perda de performance no dia seguinte, como dificuldade de concentração, alteração de memória, cansaço e dor de cabeça."
Outro distúrbio importante é a insônia. Pessoas que tentam, mas não conseguem dormir, podem desenvolver quadros depressivos, problemas de memória e fadiga crônica.
De acordo com Pires, do Projeto Episono, há três padrões de insônia: aquele em que o indivíduo tem dificuldade em iniciar o sono; aquele em que há problemas em manter o sono, quando a pessoa acorda no meio da noite e tem dificuldade para voltar a dormir; e a insônia do despertar precoce – quando a pessoa acorda muito cedo e não consegue pegar no sono novamente.
Porém, dificuldades pontuais para dormir não são classificadas como insônia, explica o biomédico. "Para que haja diagnóstico clínico desse distúrbio, ele precisa ocorrer pelo menos três vezes por semana, ao menos por três meses seguidos. Dificuldades para dormir por uma noite não configuram um quadro clínico de insônia", afirma.
Tratamento e soluções
Distúrbios do sono têm cura, afirmam especialistas. No caso da insônia, Souza e Silva alerta para a importância de diagnosticar se ela é causada por questões neurológicas ou por fatores externos. Medicações, como os antidepressivos, podem alterar a arquitetura do sono e resultar em noites mal dormidas.
"A dificuldade para dormir está relacionada a diversos fatores – dificilmente a pessoa tem uma insônia primária, que seja a doença em si. Às vezes a pessoa dorme mal por fatores externos, como um problema respiratório", explica.
No caso dos que sofrem de apneia, os médicos recomendam evitar bebidas alcoólicas e sedativos, que relaxam a musculatura. Em alguns casos, é necessário utilizar próteses orais e, nos pacientes com um quadro mais grave, adotar uma máscara ligada a um compressor de ar – a CPAP, do inglês Continuous Positive Airway Pressure -, que previne a obstrução da garganta durante o sono.
Para os que não sofrem de distúrbios, é importante levar em consideração as horas recomendadas para cada faixa etária e buscar garantir uma noite tranquila de sono. Isso inclui evitar estímulos externos, como dispositivos eletrônicos antes da hora de dormir e seguir a rotina de acordar e se levantar no mesmo horário.
Souza e Filho lembra que, apesar de a rotina humana hoje ser pautada pela tecnologia, o corpo humano continua tendo uma estrutura fisiológica que segue processos estabelecidos há milhares de anos.
"Desde que surgiu a eletricidade, nossa programação natural foi sendo amplamente subvertida. Progressivamente, vem havendo uma redução expressiva nas horas de sono regular, o que desequilibra um sistema que estava em estabilidade havia muito tempo."
Para ele, cuidar do sono é uma questão de saúde pública. "Em qualquer cidade grande você vê as pessoas dormindo no transporte público. É um indicador de forte privação do sono em grande parte da população," afirma. "Cuidar dos distúrbios do sono e de comportamentos que alteram sua qualidade é reduzir gastos mais tarde com diversos cuidados de saúde."
…………………………
O HOJE
Hospital de Aparecida segue fechado
Apesar de toda a estrutura física já pronta, o ano de 2018 se iniciou com o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) parado. A espera por parte da população já dura mais de um ano. “Acho difícil que esse Hospital comece a funcionar ainda esse ano”, considerou o pedreiro Walmirlando Viana Carreiro, já desacreditado.
“Minha mãe precisa desse hospital, meus filhos também. O governo só engana, dizem uma e outra coisa, mas ainda tem muito que ser feito nesse hospital. Eu tenho que ir ao Cais Nova Era, sem o funcionamento do Hospital”, disse Walmirlando.
Sem datas para a inauguração completa do Hospital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ressalta que a unidade será inaugurada por etapas, na qual em sua primeira fase é previsto 60 leitos clínicos e 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Do lado de trás do hospital tem até lugar para descer helicóptero. Está tudo pronto, mas não funciona nada. Falam que vão ter esse tanto de leitos e UTIs, mas não creio. Falta ser feito muita coisa”, destacou o pedreiro.
Promessa
Em junho do ano passado, o Ministro da Saúde Ricardo Barros anunciou a liberação dos R$ 18 milhões para a compra dos equipamentos referentes à primeira etapa do Hospital Municipal, que seriam pagos em duas parcelas. Mesmo após sete meses, a Saúde de Aparecida ainda não terminou os trabalhos para inaugurar a primeira etapa do Hospital.
O primeiro repasse foi no valor de R$ 9,8 milhões, pagos ainda em julho do ano passado. Já em setembro, o compromisso do Ministério da Saúde foi reafirmado, para a segunda parte do recurso. Mas desde então nada foi creditado, e a Secretaria Municipal de Saúde continua a aguardar o repasse para realizar o processo licitatório para a compra dos equipamentos.
“Tomara que seja inaugurado até o fim do ano. A população está desamparada”, disse Walmirlando Viana. Enquanto isso, a Prefeitura de Aparecida segue em busca de parcerias há quase seis meses para garantir a abertura do Hospital, em um processo com poucos avanços. “Em uma obra desse porte, e que beneficia todo o Estado de Goiás, o município arca com uma parte do custeio e precisa das contrapartidas dos governos federal e estadual. Ainda para o funcionamento do Hospital é necessário processo para parceria de gestão da unidade, que está em andamento”, informava nota da pasta, divulgada no final do ano passado.
Ao todo, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia possui 21 mil metros quadrados, sendo seis blocos, que incluem pediatria, geriatria, dois para clínica médica e dois para pós-cirurgia. O prédio abriga ainda 220 leitos, sendo 90 leitos clínicos, 60 leitos cirúrgicos, 20 leitos pediátricos, 30 leitos de UTIs, 10 leitos de recuperação anestésica e 10 leitos de reanimação e observação. A unidade fica na Avenida V-5, áreas 01 a 04, no setor Cidade Vera Cruz. A obra foi orçada em cerca de R$ 64 milhões.
Unidade oncológica deve ser implantada em Aparecida
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) estuda implantar uma unidade oncológica na cidade de Aparecida de Goiânia. A unidade deve atender a população local e dos municípios pactuados. O pedido foi realizado pelo prefeito da cidade, Gustavo Mendanha, para a SES-GO no ano passado, e desde então a questão segue em analise.
De acordo com a SES, existe a possibilidade do centro de atendimento ser estruturado no Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa). Está unidade passa por mudanças em seu perfil e efetivação de algumas adequações na estrutura do hospital. Apesar disso, a mudança só poderá ser concretizada a partir do funcionamento pleno do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, que deve acolher grande parte da demanda do Huapa.
Na semana passada, o secretário em exercício da SES, Deusdedith Vaz, reuniu-se com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, com o secretário da Saúde do município, Edgar Tollini, e com o diretor do Departamento de Atenção Especializada e Temática do Ministério da Saúde, Fernando Machado, para discutir o assunto.
Mais uma vez a população depende da estruturação e inauguração do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, para que aconteçam melhoras na Saúde do município. A reportagem do O Hoje telefonou para a Secretaria Municipal de Saúde, mas até o fechamento desta edição a reportagem não conseguiu contato com o órgão, para prestar esclarecimentos quanto aos próximos passos para a inauguração do Hospital. (*Especial para o Hoje)
…………………………
GAZETA DO ESTADO
Alunos de medicina da UnB fazem estágio em unidades da Região Leste de Saúde
Carlos Eduardo Garcia, de 27 anos, esteve na Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 do Itapoã assim que entrou na faculdade de medicina, há mais de quatro anos. Agora, no último semestre do curso, o jovem retorna para vivenciar o cotidiano daquela que é uma das portas de entrada de pacientes à rede pública de saúde. “Quando a gente faz atendimento em um hospital, é sempre mais focado em uma queixa específica, por exemplo. Os outros problemas deixamos para cada especialidade cuidar.
Aqui, o foco é o paciente como um todo”, explica, ao se referir à Estratégia Saúde da Família. O aluno da Universidade de Brasília (UnB) é um dos que atuarão na unidade até fevereiro. A cada trinta dias, dois ou três novos estudantes do último semestre do curso chegam para o mesmo trabalho. O instrutor dos alunos é o médico Estevão Cubas Rolim, responsá- vel por uma das cinco equipes de saúde da família lotadas na unidade. Ele recebe formandos da área de saúde desde abril de 2016. Já foram mais de 70 de áreas como medicina, farmácia, nutrição e saúde coletiva. “Essa parte acadêmica sempre foi muito valiosa para a gente”, diz.
O projeto recebe apenas pessoas que cursam o último semestre de medicina, que são sempre encaminhados para unidades da atenção primária. Para monitorar os futuros profissionais, o servidor precisou passar por prova específica. Além dele, três médicos, também da Região Leste de Saúde, são preceptores. A região é referência para a prática de alunos da Universidade de Brasília.
ALUNOS AJUDAM PROJETOS NAS UNIDADES BÁSICAS
Na avaliação dele, os jovens são um reforço para tocar projetos importantes da unidade. “O registro acadêmico também serve para documentarmos todo nosso processo e compartilhar os problemas e as soluções que identificamos.” O saldo disso, ele conta, é dividido com toda a equipe e deixa o trabalho mais eficiente. Neste ano, por exemplo, o esforço será no sentido de criar um padrão de atendimento para os pacientes, com perguntas principais que devem ser feitas durante a consulta, os principais sintomas que devem ser analisados e uma série de itens que possibilitará um diagnóstico preciso dos problemas.
Para o médico, todo esse processo é importante para que haja sensibilização e mais reconhecimento pela Estratégia Saúde da Família, já dentro da faculdade. Quatro dos estudantes que ele já auxiliou ao longo do tempo estão lotados em unidades bá- sicas de saúde e outros dois fazem parte do programa Mais Médicos. “É uma chance que a gente tem de mostrar a importância da atenção primá- ria e de mostrar um jeito resolutivo de lidar com a doença”, conclui. Os alunos são ainda um reforço operacional. Eles fazem rodízio nas diversas áreas de atendimento das unidades, como no consultório, na sala de triagem e no acolhimento. Além disso, profissionais de toda a UBS 2 também recebem alunos do terceiro semestre de medicina para que eles acompanhem as visitas domiciliares e entendam como a avaliação da rotina do paciente influencia no cuidado com ele.
…………………………
Com aumento de casos no verão, saiba como evitar a conjuntivite
No verão, uma das doenças que tem aumento no número de casos é a conjuntivite, infecção que aparece na conjuntiva, a membrana que recobre a parte branca do olho. A mais comum é a causada por vírus, que é mais resistente, circulando com mais facilidade no ar por causa das altas temperaturas e umidade nesta época do ano e também em ambientes fechados.
AUMENTO DE CASOS
Em Caldas Novas, cidade turística de Goiás conhecida pelos clubes e piscinas de águas termais, registrou alta de casos da doença neste início de ano. O coordenador do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, José Custódio Neto, estima aumento em torno de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
O coordenador informou que estão sendo feitas notificações e coleta de material junto com técnicos do Ministério da Saúde para verificar se os casos são virais ou causados por bactérias. Além dos fatores climáticos, o movimento nos parques aquáticos cresceram 30% em comparação ao ano passado. “Mais gente aglomerada junta nos parques aquáticos, mais crianças”, alerta Custódio. Em Corumbá (MS), a cidade já registrou 378 casos, contra menos de 100 em janeiro de 2017.
O período chuvoso, somado à maior aglomeração por causa das férias e à má higiene, podem ter provocado esse surto, segundo o secretário Municipal de Saúde, Rogério Leite. Pelas redes sociais, a secretaria alerta a população sobre quais providências devem ser tomadas e servidores das unidades de saúde foram capacitados. “Os casos que os médicos da ponta não conseguem resolver são direcionados aos nossos especialistas”, disse Leite, acrescentando que o ápice do surto ocorreu há duas semanas. Saiba mais sobre a conjuntivite:
O QUE É A DOENÇA?
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, uma membrana que reveste a parte da frente do globo ocular e também o interior das pálpebras. Pode ser alérgica, viral ou bacteriana. Nos dois últimos casos, é contagiosa.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS ?
Coceira, olhos vermelhos e lacrimejantes, com sensação de areia ou ciscos, secreção amarelada (quando causada por uma bactéria) ou esbranquiçada (quando causada por vírus), pálpebras inchadas e grudadas ao acordar e também visão borrada. A doença pode acometer um ou ambos os olhos de uma semana a 15 dias.
COMO É O CONTÁGIO?
A conjuntivite alérgica acomete mais crianças, não é contagiosa e é provocada pelo ácaro. A viral e a bacteriana são transmitidas pelo contato com as mãos, secreção ou objetos contaminados, como maçanetas, toalhas e água de piscina, em especial morna e com pouco cloro. Em ambientes fechados e com grande circulação, como escolas ou ônibus, o risco de contaminação aumenta. As duas são diferenciadas somente por meio de exame oftalmológico. A viral, geralmente, ataca os dois olhos e a secreção é esbranquiçada. A conjuntivite bacteriana dá em um olho só, com secreção mais amarelada ou esverdeada.
COMO EVITAR?
Evite coçar os olhos em locais com grande aglomeração, como piscinas e academias. As mãos e o rosto devem ser higienizados com frequência. Quem estiver doente deve lavar as mãos com frequência, trocar fronhas de travesseiros e toalhas diariamente, preferir toalhas de papel na hora de enxugar o rosto e evitar compartilhar produtos para os olhos, como delineador e rímel.
COMO É O TRATAMENTO?
No caso da conjuntivite viral, não existe tratamento específico. A médica Cristina Dantas recomenda o uso de compressas frias ou geladas e aplicação de colírio lubrificante gelado várias vezes por dia para aliviar. Para a bacteriana, o tratamento é com colírio antibiótico. É recomendado lavar os olhos e fazer compressas de água gelada, filtrada e fervida, ou soro fisiológico. Nos casos mais graves, a córnea pode ser perfurada. A conjuntivite alérgica é tratada com colírio antialérgico. No caso das crianças, a médica alerta para necessidade do tratamento, pois as chances de uma úlcera ou ferida na córnea são maiores. Alana Gandra/
…………………………
Instituto Ortopédico de Goiânia é condenado por negar atendimento e cobrar consulta particular de pacientes do SUS
O Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG) foi condenado ao ressarcimento por danos morais difusos e por danos materiais e morais suportados por pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que foram prejudicados por cobranças indevidas. O hospital teria deixado de informar o número de vagas disponíveis pelo sistema, além de negar atendimento e efetuar cobrança de honorários médicos e despesas hospitalares de pacientes que poderiam ter sido acolhidos pelo SUS. A decisão foi dada pela 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que reformou sentença dada pelo juiz Leonardo Buissa Freitas, da 3ª Vara da Seção Judiciária de Goiás.
Os magistrados deram provimento às apelações interpostas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela União. Os fatos ocorreram em datas distintas e foram verificados por meio de auditoria. Conforme consta na da Ação Civil Pública , proposta pelo MPF, o hospital não disponibilizava vagas contratadas pelo SUS, obrigando o atendimento e internação de pacientes em caráter particular. A instituição de saúde também não fixou em local visível uma placa indicando o número de vagas disponíveis pelo SUS no dia.
O Juíz Federal de 1º grau julgou improcedente o pedido de ressarcimento sob o argumento de que não restou verificado o descumprimento, pelo hospital, das normas do SUS a ponto de causar repercussão social a justificar a propositura da ação civil pública. “Não restou configurado prejuízos difusos, coletivos e individuais homogêneos socialmente relevantes, mas ao patrimônio individual daqueles que se acharam prejudicados, o que não é suficiente para aumentar na população o sentimento de descrédito em relação ao SUS”, disse a sentença. Ao entrar com o recurso, o MPF sustentou que nos autos existem provas suficientes para demonstrar que a instituição de saúde negou o atendimento, ato lesivo não apenas a interesses particulares, pois configuram ofensa ao direito à saúde, à confiabilidade do SUS e aos direitos individuais homogêneos de pacientes lesados. A União recorreu destacando que os fatos são graves e interessam a sociedade, e por isso não “podem deixar de sofrer reprimenda justa e exemplar do Poder Judiciário”. Em seu favor, o IOG sustentou que nunca cobrou despesas médico-hospitalares de pacientes do SUS. Frisou ainda que em mais de três décadas de atividade o hospital teve apenas duas supostas irregularidades, o que afastaria a tese de práticas constantes apontadas pelo MPF e que os pacientes apontados neste caso teriam sido encaminhados por outro hospital e que, no IOG, teria optado pela internação particular. IRREGULARIDADES Ao analisar o caso, o relator do recurso, o juiz federal convocado Rodrigo Navarro de Oliveira, esclareceu que ficou provado, por meio dos documentos juntados e das testemunhas, a ocorrência das irregularidades, como a negativa de informação sobre os leitos da enfermaria e Unidade de terapia intensiva (UTI) e a cobrança de pacientes passíveis de serem atendidos pelo SUS.
De acordo com os autos, as irregularidades apontadas eram recorrentes e não se limitaram aos casos tratados no processo. Oliveira disse que a ação civil pública em questão tem como objeto a tutela do direito fundamental à saúde, o qual se qualifica como direito difuso, socialmente relevante. “O instituto praticou atos que atingiram o direito à saúde e produziram uma imagem ainda mais negativa do serviço de saúde pública prestado no país, caracterizando, assim, a ocorrência de dano moral coletivo”, finalizou o magistrado. O hospital também foi condenado a ressarcir os pacientes do SUS por danos materiais e morais que foram gerados pela conduta ilícita do hospital. A decisão foi unânime. Com informações do TRF-1
…………………………
Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação