Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 30/05/14

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

SAÚDE WEB
Mesmo com prazo estendido, faltam casos de sucesso do TISS 3
A pouco mais de 48 horas do fim do prazo obrigatório para adoção do padrão TISS 3.01, que terminaria em 30 de maio, a Agência Nacional de Saúde Suplementar anunciou em seu site a disponibilidade dos componentes da versão 3.02.00. A atualização, já conhecida do setor desde a última reunião do colegiado da ANS, em 14 de maio, atende em certa medida às súplicas das operadoras e amplia o prazo de adoção da “versão 3” até 31 de agosto de 2014.
Antes de receberem este “respiro”, as instituições fizeram um pedido formal de adiamento, alegando dificuldades de implantação, principalmente na comunicação e transmissão de dados entre fontes pagadoras e prestadores de serviços. Mesmo assim, a agência negou a solicitação, ampliando apenas a data limite de adoção do novo TUSS pra novembro.
CONFIRA: Os cinco componentes do TISS 3.02
“Não temos nenhum caso de sucesso integral de implantação do novo padrão”, explicou Luis Gustavo Kiatake, diretor de relações institucionais da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, a SBIS, e representante da entidade na ANS. Durante o V Implanta TISS | TUSS, realizado pela Comissão de Estudo Técnico TISS da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ANBT). Kiatake apelou à plateia formada por profissionais de TI em Saúde que apresentassem exemplos bem sucedidos de implantação, a serem posteriormente apresentados à agência.
“A gente continua procurando casos de sucesso”, disse o diretor, com um certo ar de pesar. “Eles fazem falta.” Atualmente, a maioria das operadoras e prestadores simplesmente não trabalha sequer com a atualização mais recente da versão 2.0, segundo mostra uma pesquisa feita pela Unimed do Brasil. Muito embora as operadoras tenham a prerrogativa de negar o recebimento em padrões mais antigos, não o fazem pois isso “pararia o mercado”.
Apesar da postura impositiva da ANS, Kiatake elenca ao menos dois pontos positivos do atual cenário regulatório de TISS. Primeiro a ampliação do TUSS, pois apesar de parecer “um contrassenso desenvolver um novo sistema para trabalhar com uma tabela velha”, e de o TUSS ainda não abarcar 100% dos procedimentos, pelo menos permite que haja um parâmetro de trabalho para os desenvolvedores e instituições.
Segundo ponto: com a entrada em vigor do padrão 3.0, a ANS passará a contar com informações detalhadas sobre o cenário da adoção do TISS no Brasil. Saberá assim que a maioria das instituições ainda está bastante atrasada para, aí sim, tentar entender o porquê.
Detalhes
A última versão da Troca de Informações na Saúde Suplementar, ou Padrão TISS, foi instituída em resolução de outubro de 2012 (RN 305). O documento estabelece uma série de obrigações principalmente às operadoras, mas também aos prestadores. Daiane Maciel, coordenadora e fundadora da Comissão de Estudo Técnico TISS (CET TISS), destacou algumas delas durante o evento da ABNT.
A nomeação de um responsável pelo TISS na operadora, por exemplo, é um passo importante no acompanhamento da implantação e para “levar para a diretoria quanto tempo vai levar cada atualização e quanto o processo vai custar”. A necessidade de disponibilizar acesso aos serviços em versão web para os prestadores, a mudança para um cultura 100% baseada em guias eletrônicas, baseada integralmente em TUSS, e o uso do certificado digital ICP-Brasil também devem ser pontos de atenção.
“Os sistemas tem que estar preparados para essa atualização de versionamento e atualização dos dados”, disse a especialista. E, ao falar sobre o uso de papel apenas para contingências, deu puxões de orelha: “O mercado ainda não entendeu que o TISS nasceu para substituir o papel. Só quando entender isso teremos alguma evolução.”
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Procura por plano de saúde pós-pago aumenta
No Brasil, a maioria dos planos de saúde corporativos é contratada na modalidade de pré-pagamento, ou seja, a empresa com base no perfil de sua carteira de funcionários paga um valor fixo por mês à operadora de saúde, que absorve o risco das despesas assistenciais. No entanto, em busca de uma redução nos custos, muitas companhias têm migrado para o modelo de pós-pagamento, conhecido também como plano administrado, no qual se paga para a operadora, basicamente, pelos serviços utilizados pelos beneficiários do plano.
“O plano de pós-pagamento passa a ser vantajoso para companhias com mais de 3.000 vidas, considerando titulares e beneficiários, dado que a própria empresa administra seu risco”, afirmou José Augusto de Paula, vice-presidente da Gama Saúde, operadora de planos médicos-assistenciais do grupo Tempo Assist, em release divulgado.
Para o executivo, o custo de administração desse produto para as empresas pode ser até 20% inferior ao do pré-pago, já que o valor do plano não está atrelado aos sinistros — custos com despesas médicas –, como no modelo de pré-pagamento.
Fatores como o crescente aumento nos reajustes das operadoras de planos decorrente do maior custo assistencial, incorporações tecnológicas e novos medicamentos parecem contribuir para o aumento da procura pelos planos administrados.
“O custo do plano pré-pago, por vezes, é alto para as companhias, pois além da taxa de administração, as operadoras costumam cobrar para constituir reservas financeiras e, assim, reduzir os riscos atuariais”, afirma de Paula.
Na opinião de José Augusto de Paula as vantagens do modelo de pós-pagamento são: a redução de custo, a taxa de administração fixa independente do sinistro, a possibilidade de inclusão de coberturas adicionais ao Rol mínimo da ANS, desenho de reembolso customizado e personalização do plano, entre outras.
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Variação dos custos da Saúde supera inflação no mundo
http://saudeweb.com.br/43781/variacao-dos-custos-da-saude-supera-inflacao-no-mundo/

A variação dos custos médico-hospitalares (VCMH) tem crescido nos últimos anos em ritmo mais acelerado do que a inflação em grande parte dos países, independentemente da região geográfica ou da situação do setor de saúde local. O Brasil também apresenta a mesma realidade. Uma pesquisa inédita do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) analisou a VCMH de 48 países, incluindo o Brasil, e a comparou com os índices gerais de inflação. A constatação é que a acelerada incorporação de novas tecnologias, nem sempre acompanhadas de uma avaliação de efetividade em relação aos custos, o processo de envelhecimento populacional e o desperdício têm impulsionado fortemente as despesas do setor.
“Há um fenômeno global de descasamento entre variação dos custos médico-hospitalares e indicadores gerais de inflação”, avalia o superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro. Para realizar o estudo, o Instituto analisou a base de informações fornecida pela consultoria mundial Towers Watson, responsável por mensurar os custos médico-hospitalares em 48 países.
Em alguns países, a diferença entre a inflação geral e a VCMH passa de 10 pontos porcentuais (p.p.). Por conta dessa realidade, o estudo demonstra que os indicadores gerais de preços não podem mais ser utilizados como parâmetros de adequação de preços para planos de saúde: enquanto a inflação mede a variação de preços em uma cesta de itens, a VCMH flutua em razão dos preços e da frequência de utilização dos serviços de saúde.
“Devido a mudança demográfica em curso, a proporção de idosos e a expectativa de vida estão crescendo e, com elas, o ritmo de utilização dos serviços de saúde”, justifica Carneiro. “Além do uso, também tende a aumentar a complexidade dos serviços utilizados, já que os problemas de saúde de idosos costumam ser mais difíceis de tratar, o que contribui para elevar a VCMH.”
Segundo o estudo, no continente americano, o país onde a VCMH está mais descolada da inflação são os Estados Unidos, que tiveram a variação dos custos médico-hospitalares de 12,4 p.p. superior à inflação em 2012 (de aproximadamente 2,5%). No Brasil, o descasamento entre VCMH e inflação geral cresceu no período analisado, ficando, em 2012, 9,6 p.p. acima da inflação de 5,4% (IPCA/IBGE).
O fenômeno também se repete em outras regiões geográficas. Nos países asiáticos, por exemplo, a China apresentou a diferença entre os indicadores em 10,8 p.p em 2009, enquanto na Indonésia, em 2012, foi de 9,7 p.p. No Oriente Médio, os Emirados Árabes registraram uma diferença de 10 p.p., de 2010 a 2012. Na Europa, a VCMH da Irlanda foi 13,7 p.p. superior à inflação em 2009, ao passo que, no Reino Unido, a diferença permaneceu em torno dos 7 p.p., em 2009, 2010 e 2012.
Considerando o continente americano, no Chile, Canadá e México houve uma redução da distância entre os indicadores, tanto por conta do aumento da inflação quanto pelo menor ritmo de crescimento da VCMH.
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Investimentos em saúde crescem em períodos eleitorais
http://saudeweb.com.br/43780/investimentos-em-saude-crescem-em-periodos-eleitorais/

Segundo a série histórica do orçamento da União, há picos de investimento em saúde nos meses que antecedem períodos eleitorais. Em tom de crítica, diz o Conselho Federal de Medicina (CFM), que avaliou as contas do Ministério da Saúde entre 2001 e 2014, nos ano de pleitos (municipais, estaduais ou federais) os cofres públicos tendem a ser mais ágeis e eficazes em repasses e pagamentos.
O levantamento do CFM mostra uma maior liberação de recursos nos primeiros quadrimestres de cada ano do período avaliado. De acordo com dados oficiais, o investimento nos anos de eleições sobe, em média, 48%. E após a disputa há uma tendência de queda, com nova alta no exercício subsequente.
Série histórica
De acordo com a análise do CFM, de janeiro a abril de 2014 as aplicações em saúde atingiram quase R$ 1,4 bilhão, impulsionadas significativamente pela postergação de pagamentos de despesas de 2013 (os chamados restos a pagar). No primeiro quadrimestre de 2013, o volume investido foi de R$ 1 bilhão.

No entanto, o valor do ano passado foi inferior ao aplicado em 2012, quando aconteceram as últimas eleições municipais em todo o país. Nos primeiros meses daquele ano, o Ministério da Saúde desembolsou R$ 1,3 bilhão, ou seja, 65% a mais que em 2011 (R$ 834 milhões).
Em 2010, quando foram realizadas eleições presidenciais, houve crescimento dos investimentos em saúde nos quatro primeiros meses do exercício. Naquele período, houve gasto de R$ 892 milhões, um montante R$ 243 milhões maior (37%) que o investido durante o primeiro quadrimestre de 2009.
O ano de 2008 foi o único que não seguiu o padrão encontrado nos anos eleitorais, com queda de 35% nos investimentos do quadrimestre. Todos os dados foram atualizados pelo IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Ipea confirma
Em 2011, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou estudo com base em dados de 1995 a 2011 e demonstrou que os investimentos do governo federal, dos estados e dos municípios em todas as áreas são influenciados pelo calendário eleitoral. Segundo o instituto, em dezembro de 1998 (ano da reeleição de Fernando Henrique Cardoso), a taxa anualizada de investimento das administrações públicas era de 2,4% do PIB (proporção relativa a valores acumulados ao longo do ano), no ano seguinte cai para cerca de 1,5%.
Em 2002 (ano da primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva), a taxa chega a 2,2% e em 2003 desce para 1,5%. Em 2006 (reeleição de Lula), a taxa cravou 2% e em 2007 ficou abaixo de 1,8%. No ano passado, a mesma taxa superou os 2,8% e a projeção do Ipea para este ano é de que esteja abaixo de 2,5%.
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O POPULAR
Saúde
Seminário debate Mais Médicos no Estado
Os impactos que o programa Mais Médicos produziu na Saúde em Goiás serão debatidos hoje, a partir das 9 horas, no auditório da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), no Jardim Goiás, com gestores públicos. Denominado Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros, o seminário faz parte de uma série de eventos que o governo federal realizará em todo o País.
O Mais Médicos enviou 454 médicos para 134 municípios goianos. Na capital, são 49 profissionais atuando nas unidades básicas de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), em menos de um ano, o programa já vem alcançando resultados positivos na assistência à população. “Já conseguimos perceber crescimento no número de consultas, no atendimento de pessoas doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, no acompanhamento a gestantes”, afirma o ministro Arthur Chioro.
Os profissionais do programa cursam especialização em atenção básica, com acompanhamento de tutores e supervisores. Recebem R$ 10,4 mil por mês pagos pelo MS. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos participantes.
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Reconhecimento
Crer recebe homenagem da Câmara de Goiânia
O Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) foi homenageado ontem pela Câmara de Goiânia, em sessão solene proposta pelo vereador Djalma Araújo. Na ocasião, o superintendente executivo do Crer, Sérgio Daher, fez discurso falando sobre o trabalho realizado na unidade.
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Drogas
Comunidade terapêutica é alvo de ação
Uma clínica de reabilitação de dependentes químicos foi alvo de uma ação da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) em Cachoeira Dourada, na Região Sul do Estado.
Após denúncias de ex-internos, a operação visa investigar abusos e a existência de ‘quarto da tortura’. Foram apreendidos documentos, e prontuários médicos que serão analisados pela polícia. O dono da clínica e o gerente foram presos.
Durante a operação, a polícia encontrou diversas irregularidades, como alojamentos trancados com cadeados pelo lado de fora, remédios de uso controlado sem prescrição médica e um cassetete, que seria usado para agredir os internos. Três adolescentes – de 13,16 e 17 anos – estavam no local, dividindo alojamento com maiores de idade. A comunidade funcionava há 5 anos e tinha ontem 54 pessoas internadas.
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Cartas dos Leitores – Receita médica e antibióticos
Foi com espanto que li a seção Cartas dos leitores de ontem do POPULAR. O que foi retratado sobre receitas médicas é uma verdadeira banalização da medicina e, além, uma sugestão para o exercício irregular da mesma. Não é correto nem justo afirmar que a medicina se resume a uma “receita a peso de ouro”. Onde ficam a anamnese, a conversa com o paciente, o exame clínico, o diagnóstico e, é claro, a definição do melhor tratamento para cada caso?
A receita médica apenas culmina os intensos anos de dedicação para chegar a esse momento. São seis anos de faculdade em período integral, mais outros de especialização – que podem ser cinco ou mais anos –, sem contar a atualização médica continuada. Os farmacêuticos são peças importantes nesse processo, e realmente precisamos deles, mas com a atribuição para qual são treinados.
Também não é correto afirmar que para toda consulta médica é necessário aguardar uma ou duas semanas e não ter o seu horário agendado. Como todo profissional liberal, cada médico pode arbitrar o valor do seu trabalho, ou mesmo optar ou não por atender a planos de saúde. No Sistema Único de Saúde (SUS), a discussão é mais ampla, com a falta das condições mínimas ideais para um atendimento digno, ou ainda a inexistência de uma carreira de “médico público”.
O que me deixou mais preocupado foram as afirmações sobre a liberação da prescrição médica para o uso dos antibióticos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e as entidades médicas estão preocupadas exatamente com o uso indiscriminado e muitas vezes desnecessário dos antibióticos, que geram resistência dos patógenos ao seu uso. Ou seja, se continuar como está, a necessidade de drogas cada vez mais potentes e de amplo espectro – e caras – torna-se uma necessidade para a vida. Isso não pode acontecer.
Continuando esse assunto das receitas, a Sociedade Brasileira de Glaucoma vem tentando, ainda sem sucesso, a exigência de prescrição médica para a venda de colírios contendo corticosteróides, que muitas vezes benéficos para determinadas doenças, podem causar glaucoma e catarata com o uso desmedido e sem acompanhamento.
O glaucoma é uma doença silenciosa, insidiosa, que normalmente não causa sintomas até estágios avançados, e que pode provocar cegueira irreversível. É estimado que metade das pessoas com glaucoma não tem conhecimento do seu diagnóstico. Ainda, que cerca de 11 a 12 milhões de pessoas no mundo estarão bilateralmente cegas por glaucoma em 2020, sendo a segunda principal causa de cegueira.
Enquanto o paciente sente-se “bem” ao instilar esse medicamento para aliviar, por exemplo, a coceira nos olhos, um mal muito maior pode estar sendo provocado. Para conhecimento, o glaucoma cortisônico é o principal glaucoma secundário encontrado no nosso meio. O que não queremos é continuar tendo de explicar para pacientes e pais de pacientes – é frequente em jovens –, que sua cegueira, na verdade, foi causada pelo colírio que julgava que estava lhe fazendo bem. Nisso a receita médica pode ajudar, e muito!
Leopoldo Magacho
Secretário-geral da Sociedade Brasileira de Glaucoma
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação