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DESTAQUES
"A prática da telemedicina é um ato médico complementar", diz Donizetti Dimer Giamberardino Filho
Goiás chega a 23.192 casos confirmados e 437 mortes por coronavírus, aponta balanço
Testes sorológicos
Samaritano cancela cirurgia eletiva para poupar medicamento
Governo do Estado adota isolamento intermitente
Goiânia vai seguir o regime 14×14
Webinar discute equilíbrio entre economia e saúde em Goiás
Total de infectados em Goiânia cresce 3 vezes em 3 semanas
Pandemia está longe de terminar, alerta OMS
Dexametasona a pacientes graves da covid-19 salva vidas , diz OMS
Negada liminar que pede suspensão dos decretos de flexibilização do comércio em Goiânia
“Situação de Anápolis é um pouco diferente”, diz Roberto Naves sobre decisão de aderir à quarentena estadual
"Governo não cumpre parte dele", diz Sandro Mabel sobre combate à covid-19
Governo de Goiás prevê alcançar cerca de 600 leitos de UTI até julho
Vacina de Oxford pode ser distribuída este ano, diz Astrazeneca
O GLOBO
"A prática da telemedicina é um ato médico complementar", diz Donizetti Dimer Giamberardino Filho
Vice-presidente do Conselho Federal de Medicina diz que prática pode facilitar transferência de conhecimento e evitar grandes deslocamentos, mas o padrão da profissão sempre será o atendimento presencial
Até março deste ano, o que regia a telemedicina no Brasil era uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que data de 2002. O texto não previa a consulta à distância, seguindo o Código de Ética Médica, que veta a prescrição sem exame físico do paciente. A antiga resolução, porém, perdeu valor tão logo o Ministério da Saúde publicou, no início da pandemia do coronavírus, uma portaria ampliando as possibilidades da prática. Dias depois, o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei liberando a telemedicina no país em caráter provisório, durante a pandemia. A medida tem como objetivo evitar que pacientes não graves circulem por unidades de saúde, quebrando o isolamento social necessário para reduzir a propagação da Covid-19.
Vice-presidente do CFM, Donizetti Dimer Giamberardino Filho diz que o coronavírus "foi um fator disruptivo na telemedicina, porque, de forma abrupta, nos obrigou a aceitar (a prática)". Ele explica que o conselho chegou a aprovar uma resolução nova em 2018. O texto, no entanto, "não foi bem aceito" pela classe médica e acabou revogado no ano seguinte. O CFM, então, abriu o tema para consulta pública e, quando analisava as mais de mil contribuições recebidas, veio a pandemia – e "a ironia é que muitos médicos que eram totalmente contra a telemedicina hoje a têm como base de seu exercício", diz.
Leia também: Isolamento social estimula atendimento médico à distância
O vice-presidente do conselho conta que o órgão prepara nova resolução para regulamentar a prática no país depois da pandemia e defende que "a telemedicina não é uma outra medicina, é simplesmente uma forma de facilitar o acesso à saúde".
Até a publicação da portaria pelo Ministério da Saúde e da sanção da lei pelo presidente, autorizando a telemedicina durante a pandemia, só havia uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre o tema, de 2002. O CFM já discutia uma atualização?
A telemedicina é discutida há bastante tempo pelo CFM, tanto que temos uma resolução de 2002, atualizada em 2018. Essa atualização, porém, foi revogada. O texto tem muitos detalhes sobre a preservação da privacidade de dados e o prontuário do paciente, já que todo ato médico – e a telemedicina deve ser considerada um ato médico – precisa ter um registro. Esse prontuário é algo muito importante para o exercício da profissão porque nele estão as informações do paciente. Cabe ao médico ou à instituição a guarda desse documento. Há uma grande preocupação do CFM neste sentido. O conselho tem muitas resoluções, e o próprio Código de Ética diz que é vetada ao médico a prescrição sem exame físico do paciente. Esse artigo, de certa forma, vetava a consulta à distância. Em função das novas tecnologias, discutiu-se muito em 2018 uma proposta de atualização.
Por que essa proposta foi aprovada e depois revogada?
Ela teve muita repercussão negativa na classe médica, e isso culminou com uma revogação em fevereiro de 2019. Durante o ano de 2019, então, o CFM estabeleceu dois prazos para consultas públicas, para que os médicos, individualmente ou por meio de sociedades médicas e conselhos regionais, fornecessem contribuições. Foram muitas, mais de mil. Tivemos eleição dos membros do CFM em outubro e houve o planejamento para que, no primeiro semestre deste ano, publicássemos uma resolução nova. Veio a pandemia, e o governo decretou estado de emergência. Então o conselho fez uma nota técnica em março, que autorizava a teleorientação e a teleconsulta em função da Covid-19. Neste momento, a telemedicina tornou-se muito relevante. Logo em seguida vieram a portaria do Ministério da Saúde e a lei, autorizando a prática em caráter transitório e excepcional.
A pandemia acelerou o processo?
Esse vírus foi um fator disruptivo na telemedicina, porque, de forma abrupta, nos obrigou a aceitar (a prática). A ironia é que muitos médicos que eram totalmente contra a telemedicina hoje a têm como base de seu exercício. Toda preocupação do CFM nunca foi o corporativismo, mas a segurança do ato médico e da sociedade. Toda cautela visa à segurança.
A lei tem caráter provisório, vigora somente durante a pandemia. Quando ela for revogada, o CFM planeja retomar a discussão de uma nova resolução para a telemedicina?
Tem uma comissão já estudando isso. Estamos vendo quais são os erros, os acertos, qual é a perspectiva da sociedade. A nova resolução que pretendemos fazer quando a lei terminar tem alguns princípios que já conhecemos.
Quais seriam esses princípios?
O primeiro grande princípio seria a relevância da relação médico-paciente. O principal valor da profissão é essa relação, e é só por meio dela que você estabelece a necessária confiança. Isso é fundamental para o exercício da medicina. O padrão de ouro da nossa profissão é o atendimento presencial. A telemedicina tem que vir como uma tecnologia, visando principalmente ao acesso. Pode, por exemplo, transferir conhecimentos entre centros médicos, ou ainda evitar deslocamento de pessoas que viajam 400 quilômetros só para ter uma receita. São coisas que podem ajudar a melhorar o sistema de saúde coletivo, o próprio SUS.
E mais: Presidente da Fiocruz diz que Brasil assumiu um risco para ter uma vacina contra o coronavírus
E para as clínicas privadas?
O aspecto que mais se discutiu na época da revogação foi o dos consultórios privados, que, na realidade, representam um pequeno percentual do exercício da medicina no país. Três quartos da população brasileira são atendidos pelo sistema público de saúde, e um quarto, ou seja, cerca de 50 milhões, pelo sistema suplementar (planos e seguros privados de saúde). Quantos desses consultam médico particular? São poucos, não mais de dez milhões de pessoas. Mas, como método propedêutico, a intenção é que a telemedicina venha trazer acesso, conhecimento e, assim, qualificar o atendimento e racionalizar o uso de recursos, e isso não deve substituir a figura do médico presencial. É equivocado achar que teremos menos médicos, porque seriam substituídos pelo atendimento à distância. A telemedicina não é uma outra medicina, é simplesmente uma forma de facilitar o acesso à saúde.
O senhor já disse que existem limitações no atendimento por telemedicina. Quais são elas?
Toda medicina se divide entre o exame físico e, antes, uma entrevista, que é uma comunicação verbal e não verbal. O médico tem treinamento para ver, desde que o paciente entra no consultório, como ele anda, que tipo de autocuidado ele dedica ao seu corpo. São muitos detalhes para que se possa fazer uma hipótese diagnóstica. Com os relatos, o médico fica sem a parte do exame físico, sem a apalpação, a ausculta. Mesmo que tenha algumas ferramentas, o exame nunca é completo. Por esse motivo, a recomendação é que a primeira consulta seja presencial, porque você já tem seu médico, que já te conhece. Aí entra o princípio da busca da segurança. Por isso a nova resolução autoriza a teleconsulta após uma primeira consulta presencial.
Se, por um lado, existe um temor de que a telemedicina pode despersonalizar o atendimento e a relação médico-paciente, por outro lado, ela pode ser útil para melhorar o acesso à saúde em lugares remotos. Como garantir que cumpra essa função sem prejudicar os princípios da profissão?
Temos que ter muito cuidado com a impessoalidade. Existe um artigo muito antigo em resoluções do CFM que me parece simples e de muita relevância: todo paciente tem direito a um médico. Em casos de pacientes atendidos por equipes, por exemplo, perde-se a continuidade do atendimento, e isso não é bom. Então, preconiza-se que o médico acompanhe o paciente depois do diagnóstico. Brinco sempre que o remédio confiança é tão importante quanto qualquer remédio químico. Muitas pessoas precisam muito mais de um bom diálogo do que de um remédio. Gerar procedimentos de impessoalidade não é desejável. A medicina não é um produto a ser colocado na prateleira. Se for assim, você admite que qualquer programa de inteligência artificial vai substituir o médico. Isso é outra coisa. A história da medicina de cinco mil anos passa muito pela frase famosa da ciência e arte: é a ciência do conhecimento e a arte da relação entre pessoas. A prática da telemedicina é um ato médico complementar.
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TV ANHANGUERA
Goiás chega a 23.192 casos confirmados e 437 mortes por coronavírus, aponta balanço
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=77299431
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Testes sorológicos
http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=77299528
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O POPULAR
Samaritano cancela cirurgia eletiva para poupar medicamento
O Hospital Samaritano de Goiânia, no Setor Coimbra, decidiu suspender temporariamente as cirurgias eletivas – que não são de urgência ou emergência. A decisão é uma medida preventiva para evitar a falta de medicamentos anestésicos para pacientes internados. Além disso, a unidade montou tendas externas para atender pacientes suspeitos e confirmados do novo coronavírus com distanciamento necessário. Reportagem de 24 de junho do POPULAR revelou que a falta de anestésicos e bloqueadores neuromusculares em hospitais públicos de Goiânia estão obrigando profissionais de saúde a usar substâncias de segunda linha, que causam efeitos colaterais nos pacientes entubados em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).
Diante disso, o Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) defendeu a possibilidade de suspensão de cirurgias eletivas para economizar medicamento.
Em nota, o Samaritano informou que instalou tendas na calçada para garantir distanciamento entre os pacientes que buscam a unidade. A unidade diz que as tendas dão mais conforto para os pacientes, já o número de assentos na recepção do ambulatório exclusivo de Co-vid-19 teve o número reduzido.
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Governo do Estado adota isolamento intermitente
PANDEMIA Com reedição do decreto de março, governador estabelece regime alternado de abertura e fechamento, com intervalo de 14 dias, para atividades não essenciais; municípios vão decidir sobre adesão
Diante de previsão de colapso no sistema de saúde em Goiás em duas semanas, feita pela Universidade Federal de Goiás (UFG), o governador Ronaldo Caiado (DEM) reeditou o decreto de março, com fechamento de atividades não essenciais no Estado, por 14 dias, a partir de hoje. A intenção é criar o isolamento intermitente, alternando abertura e fechamento pelo mesmo período, em atendimento à recomendação do grupo técnico da UFG que monitora evolução do coronavírus em Goiás.
O decreto vale para todo o Estado, mas a adesão caberá a cada prefeito, sob argumento de que o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que é responsabilidade dos municípios e dos Estados definir as regras de enfrentamento ao coronavírus. No entendimento do governo, para não seguir o decreto estadual, cada prefeito terá de editar normas específicas para o município, que terão de ser justificadas com notas técnicas da área de saúde.
O decreto de março determinou o fechamento do comércio, feiras, shoppings, igrejas, consultórios odontológicos e eventos esportivos. Na edição atual, divulgada ontem às 22h22, após 14 dias, restaurantes poderão reabrir, mas, além de protocolos específicos, deverão observar a lotação máxima de 50% de suas capacidades de acomodação.(Veja quadro nas páginas 6 e 7)
O governador afirmou que o objetivo é alcançar 55% de isolamento social. O Estado registra hoje 35,3% em média em dias úteis. Questionado sobre as pequenas chances de haver adesão por parte da maioria dos prefeitos, Caiado disse que "nunca é tarde para insistir" e que é momento de analisar quem está apresentando "argumentos populistas ou egoístas".
A Prefeitura de Goiânia, que intensificou as flexibilizações nas últimas semanas e previa permitir a reabertura das lojas da região da 44 nesta terça-feira, informou que seguirá as regras defendidas por Caiado (leia mais na página 7).
"Já pensou o quanto esses dados (de contaminados e mortos e das projeções) devem estar provocando dor de consciência enorme em alguns? Eu sou insistente. Vou convocá-los novamente", afirmou, em referência a prefeitos e empresários favoráveis às flexibilizações mais intensas.
Em videoconferência com os representantes dos municípios, do setor empresarial e de poderes e órgãos autônomos do Estado, na manhã de ontem, o governador pediu que os técnicos da UFG apresentassem resultados preliminares da quarta nota técnica que será lançada pelo grupo. No documento, a universidade indicará que, se o Estado mantiver o mesmo índice de isolamento atual (menos de 35%), poderá chegar a 18 mil mortes no final de setembro.
O professor e pesquisador Thiago Rangel, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG, disse que, com a proposta de fechamento alternado de 14 dias mais a implantação de estratégia de rastreamento de portadores da doença, é possível reduzir em 10,28 mil o número de mortos até o fim de setembro. "Deixar como está é inaceitável e imoral. Não é uma opção", afirmou.
Para o rastreamento, é necessário elevar a testagem e garantir de forma mais rápida o isolamento por dez dias de pessoas infectadas e daqueles com os quais convivem. Para viabilizar o rastreamento, serão necessários, segundo Thiago Rangel, dois mil monitores. Caiado defendeu que empregadores e prefeitos adquiram testes PCR para realizar exames semanalmente. Mais tarde, disse que os técnicos da Saúde vão recomendar a periodicidade mais adequada. Pediu também que prefeitos utilizem verbas federais para ampliar a testagem.
Thiago afirmou que, se houvesse um lockdown (fechamento total, inclusive com restrições para que as pessoas circulem nas ruas) por três meses, o número de mortos cairia para 4 mil, segundo as projeções do grupo. No entanto, ele entende que não haveria adesão da população e forte impacto socioeconômico. Assim, o isolamento intermitente seria um meio termo entre fechamento total e a flexibilização excessiva da maioria das cidades goianas.
Caiado afirmou que colocará à disposição dos prefeitos o efetivo das forças policiais para assegurar o cumprimento da quarentena intermitente. Defendeu um "sistema de mutirão", com participação de todos os Poderes, gestores e empresários para evitar mortes.
Ao participar da videoconferência, o secretário estadual da Saúde, Ismael Alexandrino, disse que não há a menor possibilidade de o Estado alcançar 2 mil leitos de UTI porque faltam equipamentos, medicamentos e pessoal para atuar nas unidades. Esta é a demanda que a UFG aponta como necessária até o final de julho se o isolamento se mantiver baixo. Em 15 dias, será necessário o dobro do número de leitos demandado atualmente, daí a UFG falar em possibilidade de colapso do sistema de saúde. A previsão do secretário é chegar a 600 leitos, afirmando ser o dobro do que tinha antes do início das medidas de enfrentamento à pandemia.
Ismael também informou o cancelamento de cirurgias eletivas, nos sistemas público e privado, para economizar medicamentos necessários às internações por Covid-19.
Ao final da videoconferências, representantes de Poderes e órgãos autônomos disseram ser importante a iniciativa da quarentena intermitente.
Calibragem
O grupo de estudo da UFG alterou a projeção de casos e mortes por coronavírus para o final de julho em Goiás, reduzindo em mais de 2,2 mil a previsão de óbitos para o próximo mês. Em nota técnica emitida no final de maio, os técnicos afirmavam que, se mantido o baixo isolamento social, o Estado teria pelo menos 5.360 mortes até 31 de julho. Agora a projeção é de 3.101, mas chegando a 18.000 no fim de setembro.
Thiago Rangel afirmou que houve "calibragem" por conta do segundo inquérito populacional realizado em Goiânia, que mostrou que apenas 2% da população teve contato com o vírus. Na nota técnica anterior, só havia o primeiro inquérito, com prevalência de 0,7%. "Na nota técnica 3, o modelo estava rápido demais em número de infectados, portanto a letalidade estava baixa. O segundo inquérito mostrou baixo contato e número de mortos maior. A curva de óbitos continua igual, mas com menos pessoas infectadas. Ou seja, a letalidade da doença sobe, mas em prazo maior", diz o professor.
Ele também afirma que, pelo número de infectados ser menor do que a suposição anterior, há mais pessoas suscetíveis do que se considerava na nota técnica 3. "O pico é muito mais alto porque tem mais gente para ser infectada ao longo do tempo", diz.
Bolsonaro
Apesar do tom forte de críticas a prefeitos e empresários que defendem flexibilização, o governador minimizou o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que novamente esteve em Goiás (em distrito de Ipameri) no fim de semana e conversou de perto com moradores, sem máscara. "É um detalhe. Tem muito deputado, muito prefeito, muito presidente de entidade que se comporta assim. Não é apenas uma figura. Eu tenho de tomar atitudes que sejam consequentes para salvar vidas. Não essa coisa de tititi", disse.
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Goiânia vai seguir o regime 14×14
PANDEMIA Segundo o procurador geral do município. Brenno Kelvys, redação do decreto estadual vai definir sua 'autoaplicabilidade'
Apesar de o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), ter decidido aderir à estratégia do governo estadual e adotar o isolamento intermitente (com a proibição de atividades não essenciais por 14 dias), o comércio da capital inicia esta terça-feira (30) funcionando conforme a regra de flexibilização estabelecida pela prefeitura da capital, que prevê o primeiro dia de funcionamento da Região da 44, após meses com lojas fechadas (leia mais na página 9).
Por volta das 20h30 de ontem o Estado ainda não havia publicado decreto com as novas restrições para o funcionamento de atividades econômicas, o que inviabilizou a adesão oficial da prefeitura às regras. De acordo com o procurador-geral do município, Brenno Kelvys Souza Marques, a prefeitura editará ato nesta terça. "O posicionamento do chefe do Executivo municipal é seguir as regras do Estado. Vamos aguardar. Tudo depende da redação do decreto estadual, inclusive para definirmos sua autoaplicabilidade."
Ainda segundo o procurador, o documento da prefeitura deve sair até o fim da manhã desta terça. Sem o decreto estadual em mãos, o texto só seria divulgado às 22h22, o procurador disse que não era possível afirmar se o isolamento intermitente pode começar a vigorar em Goiânia ainda hoje.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em abril que Estados e municípios têm autonomia para tomar decisões relacionadas ao combate ao novo coronavírus.
O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), informou sobre a decisão de seguir o Estado durante reunião realizada ontem entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e prefeitos goianos. "Nós estamos aqui acompanhando todas as diretrizes ditadas por Vossa Excelência e assim acompanharemos", afirmou Iris durante a videoconferência.
A decisão de seguir o Estado veio quase duas semanas depois de Iris assinar decreto flexibilizando o funcionamento do comércio, com permissão para a abertura de shoppings e galerias. A autorização para as lojas levantarem as portas veio com a obrigatoriedade do uso de máscaras, aferição de temperatura de clientes, desligamento de bebedouros e instalação de barreiras físicas em caixas.
"Isolamento intermitente deu sinais positivos", diz prefeito de Rio Verde
Segunda cidade de Goiás com maior número de casos do novo coronavírus, Rio Verde implantou o isolamento intermitente de 14 em 14 dias em 8 de junho e, segundo o prefeito Paulo do Vale (DEM), deu resultados positivos. "Fechamos o comércio de 8 a 21 de junho, conseguindo um isolamento em torno de 50% e aproveitamos para fazer a testagem em massa, identificando o vírus antecipadamente para isolar as pessoas, assim como seus contactantes, e os resultados são bons." De acordo com o prefeito, a cidade, que tem mais de 4 mil casos confirmados, está com a situação controlada. "Hoje (ontem), temos 91% dos infectados curados e uma taxa de mortalidade de 0,8%, ao passo em que conseguimos ampliar a nossa oferta de leitos de UTI. No dia 15, tínhamos 35 respiradores no serviço público. Agora, temos 65 e a taxa de ocupação de leitos nunca passou de 40% – hoje (ontem), é (era) 36%." A respeito da recomendação do governador Ronaldo Caiado (DEM) para que todo o Estado adote essa mesma medida, Paulo do Vale, que é médico, diz que "é o momento de isso ser feito. "Caso contrário, haverá colapso no sistema de saúde e as pessoas vão morrer em casa ou na porta dos hospitais sem respiradores." Aparecida de Goiânia, terceira cidade com mais casos, deve seguir com o isolamento intermitente já adotado na cidade (leia mais na página 8), enquanto Anápolis ainda estudava que medida adotar na noite de ontem.
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Webinar discute equilíbrio entre economia e saúde em Goiás
A busca pelo equilíbrio entre os cuidados com a saúde, diante do avanço do novo coronavírus em Goiás, e o funcionamento da economia, para sobrevivência das empresas e dos empregos, é o tema de uma webinar que o Grupo Jaime Câmara (GJC) realiza hoje, às 17 horas. Durante o evento, representantes do setor empresarial e da área da saúde apresentarão seus pontos de vista e as prováveis soluções para esta desafiadora equação.
O objetivo das webinars promovidas pelo GJC, que começaram no último dia 10 de junho, é colaborar com conteúdo relevante nesse momento de crise, apresentando possíveis cenários a curto e médio prazo para a economia e saúde da população.
O evento on-line poderá ser acessado pela plataforma Zoom Cloud Meetings. Inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site www.jaimecamaraeventos.com.br.
Um dos debatedores de hoje representa um dos segmentos mais impactados pelas medidas de isolamento social: os shopping centers. O presidente da Abrasce, Glauco Humai, lembra que já se passaram 100 dias desde o início das medidas de isolamento, tempo suficiente para se conhecer bem os riscos e as medidas preventivas contra o avanço da doença, e para que os governos preparassem as estruturas de Saúde.
"Hoje, todos já sabem os riscos e como agir para garantir a segurança de trabalhadores e clientes. A economia precisa funcionar e os shoppings abertos e seguindo todas as regras sanitárias não elevam o risco de contaminação", argumenta.
Para ele, os governos precisam liberar o funcionamento dos segmentos que possuam bons protocolos de segurança para o funcionamento, com medidas restritivas eficientes, de acordo com o que determinam a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde. "O problema maior são as ruas cheias de camelôs, as feiras, os ônibus lotados e a realização de festas. Nós estamos é contribuindo com a segurança da população", afirma o presidente da Abrasce.
Para o médico infectologista Raimundo Nonato Leite Pinto, presidente do Sicoob UniCentro Brasileira, existe a necessidade de um novo fechamento porque o sistema de saúde não está preparado para atender o recente aumento na demanda. Durante a webinar, ele adianta que deve abordar as medidas de prevenção necessárias para uma redução mais rápida dos casos, visando a uma reabertura gradual da economia.
Nonato informa que o objetivo é fazer uma conciliação entre a saúde e a economia, mas lembrando que a prioridade deve ser sempre a vida. "Precisamos lembrar que, quanto menor a presença da Covid-19, mais cedo será possível voltar ao trabalho. Este deve ser o principal argumento para as atividades voltarem ao normal, diante de uma estrutura precária de saúde", explica. Ele lembra que nenhum governo quer assumir o risco de pessoas morrerem sem uma assistência devida. "Precisamos achar este ponto de equilíbrio. Quem sabe se com políticas de prevenção não possamos abreviar essa quarentena", destaca.
Com o tema 'Economia e Saúde, como alcançar o equilíbrio?', a webinar também contará com as participações do secretário de Saúde do Estado de Goiás, o médico Ismael Alexandrino Júnior, e do também médico Sérgio Baiocchi Carneiro, presidente da Unimed Goiânia.
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Total de infectados em Goiânia cresce 3 vezes em 3 semanas
Estimativa apontada em inquérito sorológico é de que 2,1% da população goianiense teria contraído Covid-19 até 20 de junho, contra 0,7% na medição anterior
A estimativa oficial de pessoas infectadas com o novo coronavírus em Goiânia subiu de 0,7% para 2,1% da população em um intervalo de 3 semanas. O resultado do terceiro inquérito sorológico realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi antecipado durante apresentação de novo estudo desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) durante uma live do governador Ronaldo Caiado (DEM).
Até então a prefeitura só havia divulgado o resultado do segundo inquérito, pois o primeiro apresentou problemas na metodologia por causa do tipo de exame que estava sendo aplicado nas pessoas, considerado menos eficaz.
Se no dia 30 de maio, a estimativa era de que 10,6 mil pessoas já haviam tido contato com o vírus na capital, agora o quadro mostra que em torno de 31,8 mil podem estar com anticorpos contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) no organismo. A velocidade de contágio é menor do que se esperava, conforme O POPULAR apurou.
A pesquisa foi feita com 2.628 pessoas. Elas foram testadas por profissionais de saúde após terem sido escolhidas por sorteio que contemplou os sete distritos sanitários da capital.
O inquérito mostra também que a situação estaria mais avançada na região noroeste da capital, onde a doença já teria chegado a cerca de 4% da população. Na região sul, chegou a cerca de 3%, enquanto a oeste foi a que registrou menor índice, com cerca de 1%.
Os dados mostram que a Covid-19 estaria menos avançada na capital do que em Anápolis, onde um primeiro inquérito neste mês mostrou 7,8% da população contaminada, e em Rio Verde, onde dois inquéritos feitos em maio e junho mostraram contaminação em torno de 4,8% dos moradores.
Como o inquérito sorológico detecta quem já desenvolveu anticorpos para a Covid-19, o quadro captado no dia dos exames é o da realidade de duas semanas antes. Ou seja, o levantamento feito no dia 20 de junho mostra a realidade do dia 6, enquanto a do dia 30 de maio mostrou a do dia 16. Um novo inquérito em Goiânia está previsto pela SMS para o dia 11 de julho.
Prefeitura de Goiânia quer testar até 300 por dia
A Prefeitura de Goiânia contratou uma nova empresa para realizar testes do novo coronavírus do tipo RT-PCR. O Cientificalab Produtos Laboratoriais e Sistemas, de Barueri, São Paulo, do Grupo Dasa, foi contratado por R$ 1,5 milhão para realizar 10 mil testes. O contrato com o antigo laboratório, o HLAGyn, de Goiânia, se encerrou. A escolha da empresa foi feita por dispensa de licitação devido a urgência da pandemia.
Enquanto o novo laboratório não começa a realizar testes, os exames do tipo PCR são feitos pela Universidade Federal de Goiás (UFG), que faz uma média de 150 a 200 testes diários para a Prefeitura de Goiânia, segundo o superintendente de Vigilância em Saúde do município, Yves Mauro Ternes. Com a nova empresa, a SMS deve ampliar sua capacidade para mais de 300 testes por dia, de acordo com Yves. O superintendente explica que ela foi escolhida porque apresentou o menor preço.
Reportagem do POPULAR publicada na edição do dia 15 de julho mostrou que houve um congestionamento de amostras para testes de Covid-19 nos laboratórios privados que atendem Goiás, entre eles o HLAGyn. Na época, houve aumento do tempo de espera para ter resultados e diminuição na quantidade de testes feitos em algumas cidades, como Goiânia, Aparecida e Anápolis. A escassez coincidiu com uma alta demanda de teste em Rio Verde.
O HLAGyn aumentou sua capacidade para cerca de 5 mil exames diários. No começo do mês essa média era de cerca de 2,2 mil por dia e até semana passada era por volta de 3 mil. Esse aumento foi possível com a aquisição de três robôs que aceleram a extração do RNA, uma das etapas do teste. Cada máquina faz a extração de 100 amostras em uma hora.
Outros laboratórios também estão investindo em tecnologia para acompanhar a demanda por testes e evitar novos congestionamentos. O Grupo Pardini, que tem sede em Belo Horizonte (MG) e é representado em Goiás pelo laboratório Padrão, realiza atualmente entre 6 mil e 7 mil testes diários de Covid-19.
Apesar da corrida dos laboratórios por mais testes, ainda há relatos de demora para resultados. Em Anápolis, os resultados de testes PCR, contratados pela prefeitura em laboratórios privados, continuam atrasados desde quando houve o congestionamento de amostras no início do mês de junho.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Pandemia está longe de terminar, alerta OMS
Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (29) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde ( OMS ), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a pandemia do novo coronavírus está longe de terminar. Além disso, ele também alertou que o pior momento ainda está por vir.
A fala do representante da organização foi feita um dia após o mundo ultrapassar a marca de 10 milhões de casos confirmados de Covid-19 e 500 mortes em decorrência da doença, conforme os dados da Universidade Johns Hopkins. As informações são da agência ANSA e foram publicadas pela revista IstoÉ .
"Todos nós queremos que isso acabe. Todos queremos continuar com nossas vidas. Mas a dura realidade é que isso não está nem perto de acabar", enfatizou Ghebreyesus. Ele também ressaltou que "embora muitos países tenham feito algum progresso globalmente, a pandemia está na verdade acelerando".
O diretor-geral também considerou que "a maioria das pessoas permanece suscetível". Isso porque "o vírus ainda tem muito espaço para se movimentar", acrescentou.
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Dexametasona a pacientes graves da covid-19 salva vidas , diz OMS
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira, 29, que o corticoide dexametasona "salva vidas" de pacientes graves da covid-19. Um dia antes de se completarem seis meses desde o primeiro caso relatado do novo coronavírus, a entidade estabeleceu cinco novas diretrizes para os países enfrentarem a pandemia. Em uma delas, intitulada "salvar vidas", Tedros citou o medicamento.
"Identificação precoce dos infectados e cuidados clínicos precoces salvam vidas. Dar oxigênio e dexametasona a pessoas com casos graves da covid-19 salva vidas. Dar atenção aos grupos de risco, inclusive aos idosos e pessoas de cuidados prolongados, também salva vidas", afirmou o diretor.
O líder da organização comentou sobre o ressurgimento de casos em países que reabriram a economia e ressaltou que muitas pessoas ainda estão suscetíveis à covid-19. De acordo com o diretor, a pandemia ainda se estenderá por um longo período.
"Muitos países implementaram medidas nunca antes vistas para suprimir a transmissão e salvar vidas. Essas medidas tiveram sucesso, mas não interromperam completamente a doença. O vírus ainda tem muito espaço para se disseminar. Todos queremos o final disso. Todos queremos que a vida continue. Mas a dura realidade é: não estamos nem próximos do final. Embora vários países tenham progredido, globalmente a pandemia está acelerando", alertou.
Além do tópico sobre preservação de vidas, a OMS estipulou outras quatro orientações: empoderamento das comunidades, supressão da transmissão, aceleração das pesquisas e liderança política.
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Negada liminar que pede suspensão dos decretos de flexibilização do comércio em Goiânia
A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) na noite do último domingo (28) na qual pede que os últimos três decretos que flexibilizaram o comércio em Goiânia, sejam suspensos por um período de sete dias. Entretanto o pedido foi julgado pelo plantão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e negada na noite de ontem.
A ação foi protocolada após a defensoria fazer um levantamento dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI's) na capital, que segundo o órgão 96% estão ocupados e há poucos leitos disponíveis na capital.
Segundo o levantamento feito pelo Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH) da Defensoria, até às 21h30 de ontem, apenas quatros leitos de UTI estavam disponíveis para pacientes infectados pelo novo coronavírus, sendo que outros 114 estão ocupados, como mostra o sistema de controle das vagas de UTIs da Secretaria Municipal de Saúde da Capital.
A DPE afirmou que duas horas após o primeiro levantamento ser feito e ação protocolada, o número de leitos ocupados em Goiânia subiu para 98,24% e sobrando apenas dois leitos de UTI's livres na capital.
O coordenador do NUDH Philipe Arapian, afirmou que o órgão tem como objetivo elevar o isolamento social para 50% na capital, até o sistema de saúde retomar sua capacidade de absorver a demanda por internações.
Caso a decisão do órgão seja acatada, os efeitos da mesma passam a valer a partir da próxima terça-feira (30/6) para não surpreender comerciantes e trabalhadores, e evitar que a suspensão dos decretos seja prorrogada.
Entretanto o pedido de liminar foi julgado no plantão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e o mesmo foi indeferido pelo juiz Fernando Moreira Gonçalves. O magistrado levou em consideração a última nota técnica que fala sobre a liberação de áreas do comércio na capital e relembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) deu autoridade aos prefeitos e governadores para tomarem as decisões referentes a pandemia provocada pela Covid-19.
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JORNAL OPÇÃO
“Situação de Anápolis é um pouco diferente”, diz Roberto Naves sobre decisão de aderir à quarentena estadual
Por Eduardo Pinheiro
Taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) na cidade está em 33%
O prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP), disse, em vídeo publicado nas redes sociais, que a decisão de aderir ou não à quarentena estabelecida pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) ainda depende de avaliação. Segundo o chefe do executivo municipal, a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) na cidade está em 33%.
A situação de Anápolis, neste sentido, argumenta, seria diferente das apresentadas como diagnóstico para sustentar a decisão anunciada por Caiado na manhã desta segunda-feira, 29. Naves diz, entretanto, que a decisão será tomada a partir de avaliação de corpo técnico da saúde municipal e técnicos da Universidade Federal de Goiás (UFG), além de representantes da sociedade civil.
Isolamento
Na reunião com prefeitos, representantes do judiciário e Ministério Público, Caiado defendeu isolamento intermitente de 14 em 14 dias. A medida foi apresentada através da exposição de estudo elaborado pela UFG, que aponta colapso da saúde entre 8 e 15 de julho. A projeção ainda prevê, caso não seja adotada nenhuma medida para aumento de isolamento social, 18 mil morte acumuladas até o final de agosto.
Caiado ainda argumentou que os leitos de UTI do estado estão com 80% de ocupação com pacientes de Covid-19.
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"Governo não cumpre parte dele", diz Sandro Mabel sobre combate à covid-19
Théo Mariano
Goiânia – "Só chegamos nesta situação porque o governo de Goiás não está cumprindo sua parte", disse Sandro Mabel, presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), durante live transmitida nesta segunda-feira (29/6), sobre o avanço do novo coronavírus no Estado.
Para o presidente da Fieg, o governo não seguiu recomendações do procurador-geral da República, Augusto Aras, para uso antecipado de medicamentos como "cloroquina e azitromicina". "Essa pandemia vai separar gestores que enfrentaram a pandemia com responsabilidade, com a criação de UTIs necessárias – que até hoje não são suficientes -, fechamentos parciais, protocolos com remédios precoces, dos meninos", afirmou Mabel.
"Enquanto você [Ronaldo Caiado] tem refeições fartas (…) a população perde emprego e passa fome", enfatizou o presidente da Fieg. "Esse monitoramento que o governador diz (sic) que precisa fazer, deveria ter sido feito desde o início [da pandemia]", disse. Para Mabel, é necessário manter as pessoas do grupo de risco isoladas.
https://www.aredacao.com.br/noticias/136244/-governo-nao-cumpre-parte-dele-diz-sandro-mabel-sobre-combate-a-covid-19
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Governo de Goiás prevê alcançar cerca de 600 leitos de UTI até julho
Goiânia – Com o aumento da demanda de leitos clínicos e de UTI, devido à propagação da Covid-19, o governo de Goiás promoveu a estadualização de hospitais e instalou Hospitais de Campanha para abertura de novos leitos de UTI em todas as macrorregiões do Estado. No mês de julho, segundo o governo do Estado, a previsão é de que sejam criados 95 novos leitos de UTI em Goiás. “Modéstia parte, nenhum outro Estado conseguiu ampliar a sua estrutura regional como fizemos em Goiás”, disse Caiado durante a reunião com prefeitos, representantes dos Poderes e do setor produtivo, realizada por videoconferência nesta segunda-feira (29/6).
Em janeiro de 2019, Goiás contava com 269 leitos de UTI concentrados nos municípios de Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia. Como medida para o enfrentamento da pandemia, foi implantado mais 178 leitos, totalizando 437. A meta é alcançar, até o final de julho, um total de 576 leitos de UTI, podendo chegar a 600. “Estamos ampliando hospitais, leitos de UTI e estadualizando os hospitais municipais, de acordo com as regiões, para não deixarmos os goianos tão distantes de uma cura”, enfatizou o governador.
Mais 95 leitos de UTI devem ser abertos no próximo mês, sendo dez no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol); 11 no Hospital Regional de São Luis dos Montes Belos; dez no Hospital Regional de Formosa; 30 no Hospital de Campanha de Águas Lindas e 14 no HCamp de Porangatu. Durante a reunião, o governador anunciou que vai inaugurar, nesta terça-feira (30/6), 20 leitos de UTI e 50 leitos de enfermaria no Hospital São Marcos, de Itumbiara.
“Nós fizemos aberturas de hospitais em lugares extremamente importantes para a população goiana ter acesso a tratamento digno. No extremo Norte do Estado, em Porangatu, já está funcionando há mais de 15 dias. A estrutura de Luziânia está funcionando há um mês. A estrutura de Águas Lindas também está funcionando. Formosa já está atendendo alguns casos, mas as instalações deverão ser implantadas nos próximos 15 dias. Em Trindade, instalamos as UTIs [seis], onde não havia, e já estão totalmente lotadas. Faremos a inauguração do Hospital em Itumbiara, com 20 leitos de UTI, mais 50 leitos de enfermaria. No final da próxima semana, vamos concluir os hospitais de São Luís de Montes Belos, de Jataí, e vamos atender a todas as regiões do Estado com qualidade”, destacou Caiado.
Durante a reunião, o governador solicitou que empresas que oferecem planos de saúde aos colaboradores intensifiquem a cobrança de leitos de UTI destinados aos segurados em hospitais privados. A nova nota técnica publicada pelo governo do Estado recomenda o cancelamento de cirurgias eletivas na rede privada, como medida para ampliação dos leitos de UTI. Nos hospitais públicos esse tipo de atendimento já havia sido suspenso pela Secretaria de Estado da Saúde.
Ocupação de leitos preocupa
O Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), por exemplo, está com 14 dos 15 leitos de UTI dedicados para covid-19 ocupados. No Hospital de Campanha de Águas Lindas, a taxa de ocupação é de 100%, enquanto no HCamp de Goiânia essa taxa é de 72%, com 51 leitos de UTI ocupados.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde apontam que 86,67% dos leitos de UTI em todo Estado estão ocupados. De acordo com o titular da SES, Ismael Alexandrino, o índice ideal de funcionamento de uma UTI é de 85% de ocupação para que o trabalho possa ser realizado sem atropelos. “Eu sei que alguns aspectos fora da Saúde são fundamentais, principalmente sociais e econômicos, mas nós temos que achar um ponto de equilíbrio entre eles”, ponderou o secretário.
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AGÊNCIA BRASIL
Vacina de Oxford pode ser distribuída este ano, diz Astrazeneca
Brasília – A vacina contra o covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, com testes no Brasil, poderá ficar disponível à população ainda este ano. A afirmação foi feita por Maria Augusta Bernardini, diretora-médica do grupo farmacêutico Astrazeneca. O grupo anglo-sueco participa das pesquisas da universidade inglesa em parceria com Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Esperamos ter dados preliminares quanto a eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, disse Bernardini. Segundo ela, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, existe a possibilidade de distribuir a vacina à população antes desse período.
“Vamos sim analisar, em conjunto com as entidades regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa disponibilizar à população antes de ter uma finalização completa dos estudos”, acrescentou, destacando que os prazos podem mudar de acordo com a evolução dos estudos.
Segundo ela, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem se mostrado disposta a colaborar. A vacina está atualmente na fase três de testes. Isso significa, de acordo a Unifesp, que a vacina se encontra entre os estágios mais avançados de desenvolvimento. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão no país.
“O Brasil é um grande foco de crescimento, de mortalidade, o que nos coloca como ambiente propício para demonstrar o potencial efeito de uma vacina. Para isso precisamos ter o vírus circulante na população e esse é o cenário que estamos vivendo”, disse Bernardini. Ela participou, hoje (29), de uma conversa, transmitida ao vivo pela internet, com o embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan.
A diretora-médica da Astrazeneca também destacou que a atuação de pesquisadores brasileiros em Oxford e sua reputação foi outro fator influenciador para trazer a pesquisa para o Brasil. “Isso fortaleceu a imagem a reputação científica do Brasil, além de facilitar, trazer com agilidade o estudo em termos de execução”.
Vantagens da vacina de Oxford
Segundo ela, a vacina de Oxford tem vantagem sobre outras em desenvolvimento no mundo pois, além de usar uma plataforma já conhecida e testada em vírus como Mers e Ebola, funcionaria com uma dose única. “Estamos desenvolvendo uma vacina em dose única. É um diferencial. […] Outro diferencial que temos é que sabemos que potencial da geração de anticorpos é muito forte, muito positivo”. (Agência Brasil)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação