ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES DE HOJE
• Cremego publica resolução proibindo atos médicos em clínicas e salões de beleza em Goiás
• Ministério da Saúde acompanham medidas de controle da malária em Goiânia
• Estética – Testemunhas começam a depor
• Artigo – Em defesa do paciente
• Malária – Ministério descarta epidemia
• Médicos não podem atuar em centros de estética
• Ministério da Saúde descarta epidemia de malária em Goiânia
• Mulher relatou medo de morrer após aplicação para aumentar bumbum
TV ANHANGUERA (para acessar a matéria, clique no link)
Cremego publica resolução proibindo atos médicos em clínicas e salões de beleza em Goiás
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-1edicao/t/edicoes/v/cremego-publica-resolucao-proibindo-atos-medicos-em-clinicas-e-saloes-de-beleza-em-goias/3728972/
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Ministério da Saúde acompanham medidas de controle da malária em Goiânia
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/ministerio-da-saude-acompanham-medidas-de-controle-da-malaria-em-goiania/3729896/
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Clínica é interditada após mulher morrer ao tentar aumentar o bumbum
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/clinica-e-interditada-apos-mulher-morrer-ao-tentar-aumentar-o-bumbum/3727283/
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O POPULAR
Estética
Testemunhas começam a depor
Delegada do 17º DP vai apurar morte de Maria José Brandão, ocorrida após aplicação de gel nos glúteos
Patrícia Drummond
A delegada Myriam Vidal, titular do 17º Distrito Policial, deverá ouvir hoje, pela manhã, os primeiros depoimentos a respeito da morte de Maria José Medrado de Souza Brandão, de 39 anos, vítima de embolia pulmonar, após a aplicação da substância hidrogel de poliamida – registrada no mercado como Acqualift -, para aumentar os glúteos, em uma clínica estética localizada no Parque das Laranjeiras. Myriam pediu que fossem intimados, inicialmente, familiares da mulher; a suposta biomédica – identificada como Raquel – responsável pelo procedimento; e a dona do estabelecimento onde foi alugada uma sala para a sessão.
“É apenas o início das oitivas. Além dos depoimentos, aguardamos o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), que será fundamental para o andamento das investigações”, informou a delegada ao POPULAR. A princípio, o caso estava na Delegacia de Investigações de Homicídios, onde, na terça-feira, a família de Maria José esteve com o delegado Thiago Torres. Segundo ele, a transferência para o 17º DP se deu por tratar-se de homicídio culposo (sem a intenção de matar), ocorrido na região.
PROFISSÃO
Ontem, o Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região (CRBm-3) encaminhou nota à imprensa esclarecendo que a responsável pela realização do procedimento na vítima, apontada inicialmente como biomédica, não possui qualquer registro na entidade, que responde por Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Minas Gerais e Distrito Federal. “Isso nos leva a crer que ela não seja biomédica”, argumenta o presidente do CRBm-3, Rony Marques de Castilho. De acordo com ele, para realizar qualquer procedimento estético, o profissional biomédico tem, obrigatoriamente, de ter feito um curso de especialização em alguma instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
“O tipo de procedimento a que foi submetida Maria José Brandão (aplicação de hidrogel nos glúteos) não é de competência do biomédico, como mostram as Resoluções 241/2014 e 214/2012”, diz a nota do Conselho Regional de Biomedicina, destacando que a entidade manterá em sigilo o nome da profissional que realizou a aplicação da substância na vítima, “enquanto prosseguirem as investigações”.
A reportagem tentou ouvir o filho de Maria José Medrado de Souza Brandão, Leonardo Medrado Campos, mas uma mulher atendeu à ligação e informou que ele não se encontrava, desligando o telefone em seguida. A mulher identificada apenas por Raquel, que seria a responsável pela aplicação do Acqualifit na vítima, também foi procurada, mas o celular dela encontrava-se desligado até o fechamento desta edição. Segundo o site da empresa que fornece o produto no Brasil, Rejuvene Medical, o intervalo entre uma aplicação e outra da substância, nos glúteos, deve ser de pelo menos 90 dias e o procedimento deve ser realizado por um médico.
Troca de mensagens mostra expectativa e angústia de vítima
30 de outubro de 2014 (quinta-feira)
O POPULAR teve acesso a uma série de mensagens trocadas entre Maria José Medrado de Souza Brandão e a pessoa que atende pelo nome de Raquel, identificada, no WhatsApp, como Raquel Bioplastia. Conforme as mensagens, a primeira aplicação de Acqualift na vítima ocorreu em 12 de outubro, e a sessão foi marcada em um hotel nas imediações da Praça do Sol, no Setor Oeste.
“Quero colocar um pouco a mais”, disse Maria José. “Não esqueci; vou por 750 em você, de cada lado, 500 ml amanhã (dia 12) e 250 daqui a 15 dias. Dia 24 (de outubro) tô aqui de novo”, respondeu Raquel. “Tô doida para te conhecer pessoalmente”, completou Maria José. Depois da primeira aplicação, ela – que mostrava-se ansiosa pelo procedimento – chegou a relatar – em mensagens trocadas às 6 horas – insatisfação com o resultado, sendo o tempo tranquilizada pela profissional.
“Se precisar tirar tem como?”, perguntou Maria José. “Tem sim, eu dreno para você”, foi a resposta. “Mas você não vai querer tirar, vai é querer pôr mais”. Nesse ponto, a vítima diz que até venderia o carro, se fosse preciso, para, depois, reclamar novamente: “Não preguei o olho a noite inteira; tô muito assustada, não desceu nada, tá muito feio. Quero tirar, me ajuda, por favor”. Raquel, por sua vez, tenta convencer a cliente de que demora três dias “para o produto assentar” e que ela iria se arrepender se tirasse, justificando os inchaços e formas. Chega a enviar fotos dos bumbuns de outras mulheres, para Maria se entusiasmar.
Em mensagens subsequentes, já no dia 14 de outubro, a vítima afirma ter melhorado e pergunta pela próxima sessão, para “fazer ficar mais redondinho, por inteiro”. No intervalo, diz que o líquido chegou a “vazar”, mas tudo foi resolvido com um curativo. No dia 24, enfim, após novo procedimento, Maria José reclamou que sentia-se mal, “tremendo muito e com uma falta de ar enorme”. Perguntou para Raquel: “Ir para a corrente sanguínea não vai, né?”; e a profissional respondeu que não. Mais tarde, a vítima relata a pressão, 6 por 11. E, depois, alguém informa que ela estava internada no Hospital Jardim América.
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Artigo – Em defesa do paciente
Já está em vigor a nova resolução que proíbe a atuação de médicos em centros de estética, salões, institutos de beleza e estabelecimentos similares que não cumprem as normas mínimas para o funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência. Trata-se de uma decisão importante do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) com o objetivo de preservar a saúde e bem-estar dos pacientes que ao optar por alguma intervenção estética estão em busca de realização pessoal, melhora da autoestima.
A nova decisão foi votada e aprovada em 4 de setembro deste ano e publicada no Diário Oficial do Estado coincidentemente dias depois da morte de uma mulher de 39 anos que não resistiu às complicações de uma aplicação de hidrogel nas nádegas em clínica estética de Goiânia.
Segundo a lei que regulamenta o exercício da medicina, procedimentos com corte só podem ser feitos por médicos. Caso contrário, é exercício ilegal da profissão.
Apesar de todos os riscos, a aplicação é realizada por alguns médicos e existem até casos em que é indicada. Fica o alerta: todo procedimento ou ainda qualquer substância a ser injetada no organismo tem que ser muito bem avaliada por um profissional qualificado, pois a maior parte é irreversível e suas consequências podem ser catastróficas.
O perigo dos possíveis efeitos negativos de algum tipo de aplicação está também na falta de um tratamento adequado. Se apresentar complicação, o que os médicos podem fazer é retirar o produto e cuidar para que o quadro não evolua, com cirurgias e com medicamentos apropriados para o problema.
Já os cuidados que devem ser tomados são: evitar exposição ao sol ou frio; não usar medicamentos sem receita indicada pelo médico para dor ou diminuição de edema; usar malha de compressa para manter a modelagem desejada e procurar imediatamente o profissional qualificado se apresentar algum tipo de problema.
Sempre alerto as pacientes que alguns cuidados são imprescindíveis ao decidirem por algum procedimento estético, como avaliar criteriosamente as condições físicas da pessoa, a necessidade de fazer todos os exames pré-operatórios e uma conversa franca entre o profissional e a paciente. Uma avaliação criteriosa de um médico especialista, seja ele da área clínica ou cirúrgica, é também primordial, pois apenas ele está qualificado para indicar o que é melhor para o paciente. Respeitar todos estes quesitos aumenta as chances de sucesso do procedimento, garantindo mais tranquilidade ao profissional e para quem busca melhorar a autoestima.
Pedro Torminn é cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Conselho Científico da SBCP – Seção Goiás e da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia
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Malária
Ministério descarta epidemia
Técnicos do órgão federal afirmam que situação está sob controle e medidas certas foram tomadas
Janda Nayara
Técnicos do Programa Nacional de Controle da Malária do Ministério da Saúde (MS) descartaram a possibilidade de epidemia da doença em Goiânia. Eles participam, na capital, de reunião com diretores das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde, para tratar do tema.
Eduardo Saad, responsável pelo Programa de Controle da Malária na região extra-amazônica, afirmou que ficou evidenciado que os casos confirmados ainda têm como local provável de infecção a região do Parque Flamboyant e as medidas previstas em protocolo nacional para o controle do vetor e diagnóstico e tratamento da doença foram tomadas. “As respostas foram rápidas e corretas. Isso abaixará o número de vítimas com rapidez. Não há surpresas. O mosquitoAnopheles existe em todo o território brasileiro, mas os de Estados fora da região endêmica só são contaminados quando uma pessoa traz o protozoário de fora, causando assim um surto da doença”, explicou.
Saad reforça que não há motivos para pânico e que as pessoas podem continuar visitando o parque. “Não precisa ser fechado, basta que os visitantes tomem alguns cuidados no período de atividade do mosquito, entre as 18h30 e às 20 horas, como por exemplo, passar repelente na pele.”
Questionada sobre a possibilidade da doença se espalhar para outros locais da cidade, a técnica responsável pelo controle vetorial do programa nacional do MS, Camila Damaceno, explica que os hábitos do mosquito Anopheles são diferentes do vetor da dengue, o Aedes aegypti, por exemplo. “Eles gostam de área sombreada, com alguma formação de água, como no Parque Flamboyant, onde tem uma nascente. A fêmea vai atrás de alimento, mas não costuma se distanciar de seu hábitat natural nem se adapta a criadouros artificiais, como água parada em outros locais”, disse.
Os técnicos retornam hoje para Brasília, mas não descartam a possibilidade de voltarem à Goiânia para auxiliarem nas investigações, caso surjam novos casos, principalmente se forem sem ligação com a região delimitada. “Aí serão necessárias novas investigações e ações nestes locais.”
INVESTIGAÇÃO
O caso do bebê de 8 meses de idade, que deu entrada no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) na segunda-feira, com diagnóstico da doença feito no Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) Chácara do Governador, ainda está sendo investigado. A diretora de vigilância em saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Flúvia Amorim, diz que os exames foram colhidos novamente. “Estamos aguardando os resultados da lâmina e a Secretaria Municipal de Saúde Aparecida de Goiânia também está fazendo a investigação”, afirmou.
O menino é morador do Setor Araguaia, em Aparecida de Goiânia, e segundo a família, nunca deixou o Estado. Ele não tem nenhuma relação com o Parque Flamboyant e se o caso for confirmado, pode ser a primeira vítima autóctone infectada em outra região. Ele passava pelo menos quatro dias da semana na casa da avó, moradora do limite dos municípios, mas que não tem proximidade com a área onde as contaminações estão concentradas.
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O HOJE
Médicos não podem atuar em centros de estética
Segundo Cremego, motivação de medida é porque esses locais não atendem condições mínimas para atividade médica
Marcelo Tavares
Desde ontem, uma nova regra do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) proíbe que médicos exerçam atividade em estabelecimentos de estética, como salões ou institutos de beleza. O motivo é que esses locais, por não terem inscrição no Cremego, não podem ser fiscalizados. Ou seja, o órgão não sabe se esses locais cumprem as medidas mínimas para funcionamento de consultórios médicos ou complexos cirúrgicos que ofereçam segurança no atendimento ao paciente e ao exercício médico.
A nova medida é divulgada após a recente morte da ajudante de leilões Maria José Medrado, de 39 anos, que morreu no último final de semana após a aplicação de um hidrogel, chamado Aqualift, na região das nádegas da mulher. A paciente teve complicações depois da aplicação e morreu 24 horas após o procedimento.
Apesar de a coincidência da resolução começar a vigorar após a morte de Maria José, o presidente do Cremego, Erso Guimarães, explica que a nova norma não foi motivada pelo caso, já que a resolução estava sendo trabalhada pelo conselho desde o início do ano e foi aprovada em 4 de setembro. Segundo Guimarães, a maior motivação da nova regra é o fato de alguns profissionais estarem se vinculando a institutos ou centros de beleza com a criação de consultórios nesses espaços.
Ele explica que, como esses centros estéticos não estão vinculados ao Cremego, como ocorre com clínicas e hospitais, o órgão não pode e não tem competência para fiscalizar esses espaços. “Mesmo um simples consultório em um instituto de estética precisa seguir padrões estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para garantir a segurança do trabalho do médico e do atendimento que o cidadão vai receber”, explica Erso Guimarães.
Especialidade
Outro motivo para a resolução é que, apesar de os profissionais médicos estarem autorizados a exercer a medicina na sua plenitude, desde que tenham especialização para isso, ainda não existe nenhuma especialidade médica na área estética. Segundo o presidente do Cremego, a dermatologia e cirurgia plástica são as especialidades que mais se aproximam da área estética, mas para o exercício da atividade é preciso que o atendimento ocorra em local seguro e adequado com as normas do CFM.
“A maioria da praticas estéticas não são regularizadas e não tiveram um trâmite habitual de avaliação de risco, de segurança ao paciente, de efeitos colaterais, de consequências e, em decorrência disso, o Cremego decidiu normatizar a atuação dos médicos nessa área da estética”, ressalta Erso Guimarães.
Segundo o presidente do Cremego, ainda não há uma estimativa de profissionais no Estado que atuam em institutos ou salões de beleza, mas isso será possível levantar agora com a fiscalização que o órgão vai desempenhar para notificar os profissionais que estiveram vinculados a esses espaços.
Guimarães ressalta que a presença de médico nesses locais pode confundir a população, já que o profissional presente nesses espaços pode levar certificação para os ambientes.
Cremego diz que não pode investigar morte
Erso Guimarães, presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), também afirmou que, no caso da ajudante de leilões Maria José Medrado, que fez o procedimento com uma biomédica, a entidade não pode atuar, já que não há profissional médico envolvido na realização da aplicação do hidrogel. “Este é mais um caso de polícia”, esclarece.
Guimarães ressalta que é preciso maior fiscalização das autoridades competentes nos espaços que oferecem tratamentos estéticos porque para qualquer procedimento, mesmo que estético, é necessário um ambiente asséptico e que o profissional saiba distinguir a dosagem do produto que é terapêutica, tóxica ou mesmo letal.
Na terça-feira (28) a Vigilância Sanitária Municipal fechou a clínica de estética onde Maria José Medrado passou pelo procedimento. O espaço no Parque das Laranjeiras, região sul de Goiânia, não tinha alvará de funcionamento. Alguns produtos no local também foram levados pelos fiscais da Vigilância Sanitária.
Polícia
A morte da Maria José está sendo investigada pelo 17º Distrito Policial. Segundo a delegada Myrian Vidal, as investigações estão no início. Hoje, ele ouvirá familiares da vítima e também a proprietária da clínica estética, que foi alugada por uma biomédica que realizou o procedimento na ajudante de leilões.
“O caso foi registrado como morte a esclarecer. Agora vamos investigar se foi uma morte natural ou por algum tipo de falta de cuidado da profissional que realizou o procedimento”, diz Vidal.
Até a manhã de ontem, agentes da Polícia Civil tentava localizar a biomédica que realizou a aplicação do hidrogel em Maria Jose.
Em 2012, duas mortes foram registradas
Os casos de mortes de pacientes durante cirurgias ou tratamentos para fins estéticos não são raros em Goiás. Em dezembro de 2012, a modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, conhecida como Miss Jataí, morreu durante uma cirurgia plástica para implante de silicone nos seios.
Durante o procedimento, realizado em um hospital no Parque Amazônia, em Goiânia, ela teve uma parada cardíaca e os médicos não conseguiram reverter o quadro. Como no local não havia Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a paciente precisou ser transferida para outro hospital, mas ela não resistiu e morreu.
Na época da morte da modelo, os médicos que atenderam Louanna disseram que as reações da jovem à medicação durante a cirurgia eram semelhantes à de quem teria feito uso de cocaína, mas um lado do Instituto Medico Legal (IML) comprovou que a jovem não era usuária de drogas.
Outro exame feito em Brasília já contestou o laudo e apontou a presença de cocaína no organismo da modelo. A Polícia Civil chegou a investigar a morte da modelo, mas o inquérito foi concluído sem a responsabilização dos profissionais que realizaram o procedimento.
Também em dezembro de 2012, a dona de casa Juliana Paula Silva, de 26 anos, morreu devido ao uso de medicamentos compostos pelo antidepressivo fluoxetina e por sibutramina, substância que, apesar de ter sido liberada pelo Senado Federal este ano, era proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na época. A substância é muito usada para tratamentos de emagrecimento, mas mitos médicos questionam seu uso.
Na época foi apurado pela polícia que os medicamentos haviam sido prescritos a Juliana por uma nutricionista.
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PORTAL G1/GOIÁS
Ministério da Saúde descarta epidemia de malária em Goiânia
Órgão disse que município agiu com rapidez diante dos primeiros casos.
Já foram registrados sete casos da doença nos últimos 12 dias na capital.
O Ministério da Saúde (MS) descartou nesta quarta-feira (29) que Goiânia enfrente uma epidemia de malária. Representantes do órgão estiveram na capital para avaliar as medidas tomadas pela prefeitura para evitar que surjam novos casos da doença. Foram registrados sete casos de malária nos últimos 12 dias.
Os técnicos do Ministério da Saúde avaliam, até o momento, que as técnicas ações tomadas pela SMS foram corretas e dentro do tempo necessário para o combate de novos casos de malária, descantando a possibilidade de epidemia. “A gente ficou muito feliz com a rapidez do município em responder a essa demanda, sendo que não existiam casos que a gente considera autóctones, não existiam casos do próprio município”, disse o técnico Eduardo Saad.
A Secretaria ressaltou que estão sendo tomadas todas as medidas para que não surjam novos casos da doença na cidade. “Nós não temos o caso índice, não conseguimos localizar quem foi o transmissor para o mosquito do parque. Nesse momento, o que nos interessa é quebrar a cadeia de transmissão”, disse a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim.
Até o momento, a SMS já registrou sete casos de malária. O infectado mais recente é um bebê de oito meses, que está internado no Hospital de Doenças Tropicais (HDT). "Ele mora em Aparecida de Goiânia com a família e ainda estamos tentando descobrir se ele esteve no parque recentemente ou se contraiu a doença em outro lugar", informou Flúvia.
Em todos os outros seis casos, ficou confirmado que os pacientes – três homens e três mulheres de 15 a 53 anos – moram ou frequentam o Parque Flamboyant, situado no Jardim Goiás, em Goiânia. Somente a situação do bebê é que ainda está sendo investigada.
Prevenção
A relação dos casos com o Parque Flamboyant seja um foco dos mosquitos fez a secretaria realizar uma ação para acabar com focos existentes no local. Um primeiro ciclo de coleta dos mosquitos foi feita para análise, além da aplicação de inseticida, que terminou na última sexta-feira (24).
Segundo Flúvia, mais dois ciclos de borrifação de inseticida, conhecidos como fumacê, serão realizados no local nos dias 29, 30 e 31 deste mês e 6, 7 e 8 de novembro, sempre das 18h às 21h. "Pedimos que as pessoas evitem o parque nesses dias e horários para evitar exposição ao inseticida", disse Flúvia.
Posteriormente, deve ser realizada uma coleta de sangue de alguns moradores para constatar se eles são portadores do protozoário. “Faremos uma coleta e pedimos a colaboração dessas pessoas, pois é importante saber se elas têm o parasita e se podem ser novamente picadas e transmitir a doença”, explicou a diretora da SMS. Essa ação ainda não tem data prevista.
A malária é provocada por um protozoário, que é transmitido ao homem pelo mosquito Anopheles. Muito parecido com o pernilongo, o inseto costuma picar no período noturno. Assim como o transmissor da dengue, o Aedes Aegypt, ele também se reproduz em locais onde há água parada.
Dentro do corpo humano, o parasita alcança o fígado e destrói as células do sangue. Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, cansaço e dor de cabeça e no corpo.
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Mulher relatou medo de morrer após aplicação para aumentar bumbum
Ela trocou mensagens com a suposta biomédica que fez o procedimento.
No texto, ela ainda disse que tremia e tinha falta de ar, em Goiânia.
Paula Resende
Após fazer uma aplicação de hidrogel no bumbum, a paciente Maria José Medrado de Souza Brandão, 39 anos, disse que estava passando mal e com medo de morrer à suposta biomédica que fez o procedimento em uma clínica estética de Goiânia. "[Estou] tremendo muito e com uma falta de ar enorme”, relatou a mulher, pelo aplicativo de celular Whatsapp, antes de falecer em um hospital, na madrugada do último sábado (25).
Maria chegou a perguntar se o hidrogel poderia ir para a corrente sanguínea. Mas a profissional negou e disse para ela se acalmar: "Não tem perigo, pode ser pela tensão mesmo”.
O procedimento para aumentar o bumbum foi feito na sexta-feira (24). No mesmo dia, Maria foi encaminhada ao Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais) do Setor Vila Nova. Em seguida, a levaram para o Hospital Jardim América, onde foi internada, na Unidade de Terapia Intensiva.
Segundo a família, Maria morreu por volta das 5h de sábado com quadro suspeito de embolia pulmonar, mas a causa da morte só será confirmada pelo laudo do IML, que deve ser concluído na próxima sexta-feira (31). A Polícia Civil investiga o caso.
Primeira sessão
Essa foi a segunda vez que Maria aplicou o hidrogel no bumbum. Ela voltou a passar pelo procedimento porque não gostou do resultado da primeira sessão, feita em 12 de outubro, em um hotel de Goiânia.
Logo após a aplicação inicial, Maria também enviou mensagens para a profissional dizendo que estava “muito assustada” com o resultado: “Só choro e choro”. Segundo a vítima, uma lateral das nádegas estava maior que a outra, diferente de como ela queria que ficasse “redondinha e empinada”.
A mulher, que se apresentava como biomédica, a tranquilizou: “Não vai ficar desse jeito, pode ficar tranquila flor, não tira porque você vai se arrepender”. Dois dias depois o primeiro procedimento, Maria disse à profissional que já estava melhor e agradeceu a disponibilidade dela, mas que queria fazer a correção.
Interdição
A segunda aplicação foi feita em uma sala alugada de uma clínica estética do Setor Parque das Laranjeiras. A Vigilância Sanitária Municipal interditou o estabelecimento na última terça-feira (28) porque o local não tinha a documentação necessária para funcionar.
A clínica pertence a uma enfermeira, que estava no local, mas não quis falar com a imprensa. Além da interdição, ela também recebeu uma multa no valor de R$ 2 mil.
Aos fiscais, a mulher afirmou que alugou uma das quatro salas da clínica para que a suposta biomédica fizesse a aplicação. Pela diária, na última sexta-feira (24), dia em que foi realizado o procedimento, ela pagou R$ 250. Segundo o chefe da Divisão de Fiscalização em Saúde da Vigilância Sanitária Dagoberto Costa, a dona da clínica disse que não sabia o que seria realizado, mas, mesmo assim, ela deve responder pela morte.
Investigação
O boletim de ocorrência foi registrado por familiares da vítima ainda no sábado, no 8º Distrito Policial de Goiânia. Na segunda-feira (27), o caso foi transferido à Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). Porém, nesta terça-feira (28), a polícia informou que a morte será investigada pelo 17º Distrito Policial, que atua na área do Parque das Laranjeiras, onde é situada a clínica.
Os filhos e uma amiga de Maria prestaram depoimento na terça-feira. Delegada responsável pelo caso anteriormente, Tatiana Barbosa explicou que a suposta biomédica pode ser indiciada por homicídio culposo.
Ato exclusivo de médicos
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Luiz Humberto Garcia de Souza explicou aoG1 que o procedimento invasivo no glúteo é delicado e só pode ser realizado por médicos devidamente qualificados.
De acordo com o especialista em cirurgia plástica, há uma grande possibilidade de a paciente ter tido embolia pulmonar em virtude da aplicação no glúteo. “Esse produto é um gel muito articulado, são partículas muito pequenas que têm facilidade de penetração vascular e que podem ser levadas em um volume massivo para a árvore venosa do pulmão, gerando um caso gravíssimo de embolia pulmonar”, conclui.
Diante do ocorrido, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) publicou uma resolução proibindo o trabalho médico em estabelecimentos como clínicas de estética e salões de beleza. A norma começa a vigorar na quarta-feira (29).
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação