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DESTAQUES
• Usuários reclamam de mudanças na forma de atendimento no Ipasgo
• Consultas caem 23,5% em 6 anos
• Hotéis 5 estrelas para mosquito
• Conselho recomenda reduzir remédios para crianças com problema de aprendizagem
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Usuários reclamam de mudanças na forma de atendimento no Ipasgo
http://g1.globo.com/goias/jatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/usuarios-reclamam-de-mudancas-na-forma-de-atendimento-no-ipasgo/4705556/
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O POPULAR
Consultas caem 23,5% em 6 anos
Cleomar Almeida
O número de consultas feitas pelo plano de saúde do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) caiu 23,5% em seis anos, segundo levantamento divulgado ontem pela autarquia estadual. O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) e o sindicato da categoria planejam questionar, no Judiciário, as novas regras que limitam a quantidade de consultas a partir do ano que vem, já que veem nelas mais uma tentativa de diminuir a quantidade de pacientes atendidos em consultórios.
A nova portaria do Ipasgo estabelece limite de 30 consultas semanais e 120 mensais que podem ser realizadas por cada um dos médicos credenciados, como mostrou O POPULAR ontem. No total, 243 médicos ultrapassavam o teto fixado pelas novas regras. Elas devem forçar os 605 mil usuários a recorrer à Central de Agendamento do Ipasgo, inaugurada este ano, para conseguir uma consulta. A medida reacende o descontentamento da categoria com o plano de saúde.
Em 2010, o Ipasgo fez 2,072 milhões de consultas, o maior pico registrado em seis anos. Mas o ano seguinte apresentou a maior queda no período (14,5%). Em 2011, houve redução de 299,7 mil consultas (veja quadro). O instituto atribui a diminuição principalmente à crise financeira vivida naquela época e que provocou o descredenciamento em massa de médicos. A autarquia chegou a dever sete faturas para eles. Não informou o total de profissionais que se desligaram e o total delas.
A diminuição de atendimentos persistiu até 2013 e foi quebrada no ano passado, quando houve um acréscimo de 6,5% no total de pacientes atendidos pelo plano de saúde em consultórios (1,7 milhão). O instituto ainda se esforça para aumentar o número de atendimentos este ano e até outubro havia feito 1,5 milhão de consultas. A expectativa é de fechar 2015 com 1,850 milhão de atendimentos, de acordo com a assessoria da presidência da autarquia.
“Diáspora”
A meta pode até ser alcançada este ano, mas, na avaliação da categoria, deve voltar a cair a partir do ano que vem por causa das novas regras. A restrição no número de consultas dificulta o acesso do paciente ao médico com o qual está acostumado a se consultar e o estimula a buscar outras operadoras de planos de saúde, segundo o secretário de Comunicação e Imprensa do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Leonardo Mariano Reis. “A gestão quer dificultar o atendimento dos usuários do Ipasgo, fazendo com que haja uma diáspora, uma saída dos usuários, do instituto”, critica.
O representante do sindicato diz que muitos pacientes já estão abandonando o plano de saúde. “Estão fazendo isso e outros já fizeram por causa das cotas para cirurgia eletiva. Com as cotas, muitos ficaram aborrecidos e, como não poderiam esperar para realizar cirurgia, contrataram outro convênio”, lembra ele. “Nem todos têm condição de migrar para outro plano ou buscar outro médico de confiança e, por isso, podem engrossar as filas do Sistema Único de Saúde (SUS)”, alerta.
Cremego: paciente será o único prejudicado
As novas regras também podem estimular o usuário do Ipasgo a pagar consulta particular. É o que diz o presidente do Cremego, Aldair Novato Silva: “Para continuar se consultando com um bom profissional que atenda muito e que terá cota estabelecida, o paciente provavelmente vai pagar. Ele será o único prejudicado”.
Para não prejudicar o atendimento à população, o advogado Ricardo Mendonça, especialista em Direito Médico e Hospitalar, reforça que a categoria deve questionar, judicialmente, as novas regras. “As cláusulas restritivas de direito ao consumidor devem ser interpretadas de forma mais benéficas aos usuários. É ilegal restringir dessa forma, e fere a dignidade da pessoa humana.”
O Ipasgo reafirma que o objetivo é garantir a qualidade dos serviços. O instituto informa que as medidas estão de acordo com decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) de julho de 2011. O acórdão diz que a imposição de limites mensais de procedimentos eletivos aos credenciados do instituto não implica em vedação de atendimento. O colegiado, no entanto, reconheceu que é abusiva a limitação de quantidade de internações de emergência e urgência para cada prestador.
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Hotéis 5 estrelas para mosquito
Existem quase 500 grandes criadouros que dificultam o combate de doenças na capital
Pedro Nunes
Se fosse um negócio, a rede hoteleira para o mosquito Aedes aegypti em Goiânia seria promissor. Existem hotéis de médio porto, como os imóveis residenciais, que concentram 80% dos leitos para o responsável pela transmissão da dengue, chikungunya, zika vírus e ainda a febre amarela. Mas são as instalações maiores, as cinco estrelas, que têm preocupado as autoridades sanitárias. São 486 grandes criadouros, chamados pontos estratégicos, espalhados pela capital que dificultam o combate ao vetor.
Ferros-velhos, borracharias e pátios de veículos são alguns dos exemplos que sem o devido cuidado se tornam facilmente grandes criadouros. “São lugares de difícil acesso e que apenas um agente não consegue fazer toda a vistoria para pulverizar todos os rastros do mosquito. Tem lugar em que os carros ficam amontoados um em cima do outro e é ainda mais complicado. E todos esses pontos estratégicos do município já receberam notificações”, relata o diretor de vigilância em Zoonozes da Secretaria Municipal Saúde (SMS), Gildo Felipe de Paula.
Nesses lugares os agentes utilizam uma bomba manual e borrifam inseticida residual pela área para tentar acabar com os focos. “É como uma armadilha. Quando o mosquito pousa para depositar os ovos, morre. É como podemos combater, porque imagina escalar uma pilha de carros. Não tem condição”, explica o diretor.
O autônomo Natal Alexandra da Silva, de 59 anos, mora há 38 anos no Setor Jardim Europa e há mais de 20 convive diariamente com um grande criadouro. De frente à sua casa, do outro lado da Avenida Veneza, existe um depósito de carros a céu aberto da Secretaria da Fazenda (Sefaz). Nos veículos expostos, em sua grande maioria viaturas antigas da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e até de municípios do interior, já foram identificadas larvas do inseto. O Estado também já foi notificado para resolver a situação e pode até ser multado se a situação permanecer a mesma.
Natal Alexandre diz que se sente exposto às diversas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “Ali infelizmente é o maior depósito da região e não deixa de ser uma ameaça. A gente zela do nosso quintal, faz a limpeza correta, mas o poder público está descuidando. Podia dar outra utilidade para aquilo, fazer leilões”, reclama.
A esposa dele, Luíza Lemes, de 60 anos, sabe bem o que é sofrer com a dengue. “É horrível. Tive febre altíssima e muita dor no corpo. Cheguei a ficar cinco dias internada. Por isso que na medida do possível a gente sempre cuida da nossa casa para evitar pegar de novo”, detalha.
Combate
Com o retorno do período chuvoso essas áreas ficam ainda mais perigosas. A superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, relata que nesses pontos específicos as visitas são diferenciadas. “A cada 15 dias os pontos estratégicos são vistoriados e se a situação permanecer, os proprietários são multados. Já tivemos, inclusive, comércios que foram interditados no município”, conta.
A superintendente relata ainda que já havia sido firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para endurecer o combate ao inseto na capital e que a proposta dos vereadores, sancionado pelo prefeito Paulo Garcia (PT), de duplicar o valor das multas aos donos de imóveis que forem flagrados com larvas do Aedes aegypti por mais de uma vez, veio ao encontro com esse acordo. “Nossa intenção não é multar. É promover uma mudança de comportamento. E para isso temos lançado mão de tudo o que podemos para combater esse mal. Mas se não tivermos retorno, temos que partir para outros meios, como a aplicação de multas mais severas”.
Recorde
Esse ano a capital registrou um recorde absoluto no número de notificações e óbitos pela dengue. A cidade se encontra em situação de emergência em saúde desde o início do mês e, até a 50ª semana epidemiológica, foram registrados 79.499 casos, um avanço de 183,8%. Foram confirmadas 32 mortes.
O problema é que essa não é a única doença transmitida. Nesse mesmo ano foram computados 46 casos suspeitos de febre chikungunya na capital, contra 24 no ano anterior. E pela primeira vez a preocupação aumentou ainda mais com o zika vírus e a suspeita de relação com a microcefalia. Existem 16 casos suspeitos de zika e são investigados 22 casos de microcefalia relacionada ao zika.
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AGÊNCIA BRASIL
Conselho recomenda reduzir remédios para crianças com problema de aprendizagem
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) divulgou resolução recomendando o fim da prescrição excessiva de remédios para crianças e adolescentes no tratamento de problemas de aprendizagem, comportamento e disciplina.
De acordo com o documento, o uso excessivo desse tipo de medicamento apresenta riscos como a dependência física ou psicológica. A resolução estabelece que os jovens devem ter o direito de acessar tratamentos alternativos e não medicamentosos.
A resolução destaca ainda que o consumo de metilfenidato, substância usada no tratamento de casos de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), aumentou muito nos últimos anos.
O Brasil se tornou o segundo maior mercado mundial no consumo do metilfenidato, conhecido pelo nome comercial Ritalina, com cerca de 2 milhões de caixas vendidas em 2010. De acordo com levantamento da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, houve aumento de 775% no consumo do medicamento entre 2003 e 2012.
A resolução 177 define como excessiva medicalização “a redução inadequada de questões de aprendizagem, comportamento e disciplina a patologias, em desconformidade com o direito da criança e do adolescente à saúde, ou que configure negligência, discriminação ou opressão.”
Em outubro de 2015, o Ministério da Saúde também havia recomendado a adoção de práticas que dispensam o uso de remédios para prevenir abusos na prescrição do medicamento.
A resolução indica que as estimativas de prevalência de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças e adolescentes no Brasil são bastante discordantes, com valores de 0,9% a 26,8%, segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Como o diagnóstico do TDAH não pode ser confirmado por exames laboratoriais, é possível que muitas pessoas estejam sendo medicadas sem necessidade.
O texto informa que os jovens devem acessar tratamentos “que levem em conta aspectos pedagógicos, sociais, culturais, emocionais e étnicos e que envolvam a família, a comunidade e os profissionais responsáveis pelos cuidados de crianças e adolescentes”.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação