Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 30 E 31/05/13

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

O POPULAR

Coluna Giro – Longa novela
É a quarta tentativa do Estado em dois anos de emplacar uma OS no Huapa. Em junho de 2011 contratou a Salute Social, mas recuou depois de denúncias contra a OS. Em janeiro de 2012 tentou indicar o Gerir, sem licitação. Não prosperou.

Sem atendimento
Foi feita a primeira licitação em julho de 2012 e o Gerir venceu, mas o IPL entrou com recurso na Justiça, que determinou novo chamamento. Em agosto, o governo fechou o hospital, só reaberto em fevereiro depois de acordo com a prefeitura.

Na mesma
A Secretaria da Saúde informa que segue orientação da PGE para inabilitar o IPL e, como ainda não foi notificada sobre a decisão do TCE, mantém o IGH como vencedor da licitação para o Huapa.

Novo valor
Nesta semana foi prorrogado, por mais 12 meses, o contrato com a OS Gerir para administração do Hugo, ao custo de R$ 104,8 milhões. Acréscimo de 11% sobre o contrato anterior.

Primeiro da fila
As licitações, convênios e contratos realizados com o Fundo Estadual de Saúde ganharam prioridade na Controladoria, inclusive sobre as demais pastas e órgãos do Estado. (30/05/13)

OS do Hugo
O Instituto Gerir afirma que não houve acréscimo de valores em seu contrato. Segundo a OS, o aumento se deve à ampliação de serviços no Hugo. (31/05/13)
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Gestão do Huapa continua indefinida com disputa entre OSs

Uma disputa jurídica entre organizações sociais (OSs) pelo comando do Hospital de Urgências de Aparecida (Huapa), e por um contrato anual superior a R$ 40 milhões, mantém indefinida a gestão da unidade por mais tempo, hoje provisoriamente administrado pela prefeitura. A Secretaria da Saúde fez neste mês a segunda licitação num intervalo de um ano para o Huapa e declarou vencedor o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), que já administra o Hospital Materno Infantil, mas na semana passada o TCE anulou o resultado a pedido do Instituto Pedro Ludovico (IPL). Vice-presidente do IPL, Rodrigo Aquino levanta suspeita sobre a concorrência. “As duas primeiras classificadas (Gerir, hoje no Hugo, e Agir, do Crer) desistiram do último chamamento, sendo declarada vencedora a terceira OS. Só que a nossa proposta sequer foi considerada pela Secretaria de Saúde”, diz. (30/05/13)
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Dermatologia
Outra médica é alvo de denúncia à polícia
(C.B.)

A empresária Lidiane Borges de Almeida, de 30 anos, denunciou na última segunda-feira uma médica que realizou nela, em 2008, o procedimento chamado dermoabrasão. Ela afirma que uma cicatriz que tem no rosto foi causada pela técnica usada pela médica, que é clínica geral.
Segundo o delegado titular do 8º Distrito Policial (DP), Valdir Soares, a empresária disse que resolveu denunciar a médica somente agora porque foi encorajada depois de ver na mídia o caso da massoterapeuta Débora de Brito Arruda, que registrou ocorrência na mesma delegacia contra o ginecologista Silvio Delfino de Souza, por erro médico. Ela teve o rosto queimado e fez a denúncia em março deste ano. O caso foi divulgado na semana passada.
A médica que atendeu a empresária, que preferiu não se identificar, disse à reportagem que realizou curso de pós-graduação em dermatologia e que possui mais de 15 anos de atuação na área. “Em nenhum momento durante o tratamento desta paciente surgiu uma lesão na pele dela.”
A médica revelou que existe um processo concluso no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) sobre este caso. “Ela me processou em 2010 e o juiz determinou que fosse feita uma perícia médica que concluiu que a cicatriz do rosto dela não foi causada pelo procedimento que realizei”, completa. A médica foi interrogada ontem. (30/05/13)
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Artigo – Médicos no interior, com qualidade

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vem defendendo a necessidade de autorizar a entrada de médicos estrangeiros, com a dispensa de um exame de aferição, o Revalida, para atuar no interior do País. Não temos nada contra a vinda de médicos estrangeiros, desde que todos se submetam a uma prova de avaliação de conhecimento para atender a população.
Em artigo (O POPULAR, 23/5), Padilha cita que alguns países adotam o modelo em que médicos estrangeiros que não “revalidam” seu diploma no País seguem para o interior, enquanto os que “revalidam” permanecem em grandes centros. Por esse modelo, quem mora nas capitais e nas cidades maiores será atendido, consultado e operado por médicos que se submeterem a toda uma formação e exigências legais dos Ministérios da Saúde e da Educação.
Aí fica a pergunta: os brasileiros que moram no interior, esses poderão ser atendidos por pessoas sem a mínima qualificação para prestar atendimento correto, colocando em risco a vida de milhares de brasileiros? Serão atendidos por pessoas que não conhecem patologias, doenças características e com maior incidência nas diferentes regiões do Brasil e sem sequer falar corretamente o português?
Não concordamos também com o diagnóstico simplista, pueril, do ministro da Saúde de que o grande problema do Brasil é a falta de médicos e que a importação generalizada de médicos estrangeiros vai resolver o problema, como uma grande panaceia medicinal.
Pesquisa do Conselho Federal de Medicina indica que as duas unidades da federação com a maior relação médico/mil habitantes, o Rio de Janeiro (com 5,8) e o Distrito Federal (com 5,7), também lideram a lista de queixas de atendimento dos usuários do SUS. Ou seja, na Saúde, quantidade não significa qualidade!
Até porque a grande deficiência que nós temos hoje na saúde do Brasil não é apenas a falta de médicos, mas sim de leitos hospitalares para internações e UTIs; unidades hospitalares, centros cirúrgicos suficientes, e outras carências de equipamentos.
Outro exemplo de problema é a nossa capacidade de atender aos exames solicitados. Não temos uma rede nacional de exames complementares. Com o atual número de 300 mil médicos no Brasil, nós não temos condições de atender aos pedidos de exames – alguns demoram de seis meses a um ano, sem contar os de ressonância magnética e outros mais sofisticados, que sequer são realizados.
A contratação de milhares de médicos esgotaria, paralisaria totalmente a rede nacional de exames laboratoriais e radiológicos pela demanda que iriam criar.
Quando o ministro diz que na Europa e nos Estados Unidos há uma presença significativa de médicos estrangeiros, está correto. Porém, esquece de dizer que nesses países as provas são obrigatórias para autorizar estrangeiros a exercer a profissão e são mais rigorosas e seletivas do que as que realizadas no Brasil. Porque o ministro não tem a coragem de assumir os dois pontos que de fato são fundamentais:
1. defender o projeto que regulamenta o financiamento da Saúde vinculando 10% da receita corrente bruta da União, o que aumentaria no mínimo em mais 50% o orçamento da Saúde – sairíamos de R$ 80 bilhões para mais de R$ 120 bilhões;
2. criar a carreira de Estado para médicos, com base na Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de minha autoria, cuja tramitação no Congresso o governo da presidente Dilma vem dificultando. Se aprovada, criaríamos uma estrutura semelhante à do Judiciário e os médicos aprovados na carreira de Estado não poderiam fazer clínica privada e atenderiam onde fosse determinado pelo Ministério da Saúde, mas com garantia de um salário digno e de uma aposentadoria condizente com o exercício da profissão. Assim, evitaríamos o que acontece hoje: um médico no interior fica dependente da vontade política do prefeito, sem a menor estabilidade e sem as condições mínimas de atualização de sua especialidade.

Ronaldo Caiado é líder do Democratas na Câmara dos Deputados e médico (30/05/13)
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Cartas dos Leitores – Ipasgo

O leitor Roldair dos Passos Filho faz observações em torno do atendimento aos usuários do Ipasgo. É verdade que o instituto é mantido pela contribuição de seus usuários e tem feito uso racional de todos os recursos, reservando as poucas sobras para atender às demandas, como o esforço feito no início do ano para zerar a fila por cirurgia de cataratas.
Estamos em um processo de cadastramento de novos profissionais, que começam a atender em julho. Esse ato vai elevar, por exemplo, para dez o número de especialistas em alergia. Em relação à pediatria, é a grande preocupação atual do Ipasgo, que conta com uma rede de cerca de cem médicos credenciados. Em relação à emergência, temos o Igope atendendo um grande volume até as 23 horas e a MedLabor que presta serviço até às 19 horas e está com uma capacidade ociosa, além do PAI que volta a atender em junho.
É importante ressaltar que o Hospital da Polícia Militar tem o seu serviço de pediatria e vem atendendo a essa categoria específica e seus dependentes pelo Ipasgo.

Nivia Ramos – Gerência de Comunicação do Ipasgo (30/05/13)
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O HOJE
Cigarro mata 5 milhões todos os anos
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 1,2 bilhão da população mundial ainda fuma
JOSÉ ABRÃO

Todo dia, 100 mil crianças no mundo se tornam fumantes. A cada ano, cinco milhões de pessoas morrem em decorrência do cigarro. Até 2030, o número de mortes deve subir para dez milhões. Os números são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. De acordo com a OMS, 1,2 bilhão de pessoas no mundo são fumantes.
Amanhã é o Dia Mundial Sem Tabaco e os números do tabagismo ainda continuam muito expressivos, mesmo com as campanhas contra o cigarro. A dificuldade em largar o vício é um dos principais problemas. “O tabaco realmente gera uma dependência química. A mudança de um hábito geralmente só vem com um acontecimento traumático. Muitos pacientes só largam o cigarro com sucesso após ficarem internados ou sofrerem um infarto”, conta o cardiologista Rafael Munerato.
Porém, os novos medicamentos têm de fato ajudado a vencer o vício. “Esses novos medicamentos dão um suporte psicológico que ajudam a suprir os neurotransmissores, ajudando o paciente a vencer o cigarro”, explica Munerato.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 14,8% da população é de fumantes, sendo 18% deles homens e 12% mulheres. Sinônimo de glamour e status nos anos 1950 e 1960, o cigarro viu o jogo virar com a proibição da propaganda e leis antifumo. “É fato. Os números indicam que, mesmo grande, o número de tabagistas têm reduzido desde a década de 1950” afirma o médico.
A fumaça do cigarro possui 4.720 substâncias nocivas ao organismo, sendo que pelo menos 60 delas são cancerígenas. Entre elas estão a naftalina e o arsênico, usadas para matar ratos. De acordo com a BBC, 30% de todas as mortes por câncer são causadas pelo tabagismo, assim também como 96% das mortes por câncer do esôfago, boca e laringe, segundo o Hospital do Câncer de Barretos.
Fumantes passivos
O cigarro faz mal não só para quem fuma, mas também para quem está perto, principalmente crianças. As que são criadas junto com fumantes têm maiores chances de desenvolver doenças respiratórias, como alergias, asma, sinusite e pneumonia. Gestantes que fumam durante a gravidez podem ter abortos espontâneos ou prematuros, e a criança também pode nascer com anomalias e baixo peso.
“Uma pessoa que sofre exposição ambiental à fumaça do tabaco comprovadamente tem maior chance de desenvolver câncer, doenças respiratórias e cardíacas do que quem não convive com fumantes”, disse o doutor Munerato. Para ele, as recentes lei antifumo contribuíram muito para reduzir os fumantes passivos. “São muito bem-vindas, não só pela saúde, mas também porque muitas crianças que viam os pais fumando se tornavam fumantes também.”
Segundo Munerato, uma em cada cinco mortes possui ligações com o cigarro. Conforme os números diminuem, doenças cardíacas e respiratórias e o câncer podem ser evitados. “O cigarro é um fator de risco que pode ser cortado a qualquer momento e gerar benefícios mesmo para quem foi um fumante a vida inteira”, conclui o médico. (31/05/13)
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DIÁRIO DA MANHÃ

Artigo – O que a saúde espera do próximo governador

SALOMÃO RODRIGUES FILHO
Sempre que se aproxima uma eleição, os eleitores se questionam – ou pelo menos deveriam se questionar – o que esperam dos candidatos. Muitos cidadãos focam suas expectativas naquelas necessidades mais próximas, como o asfaltamento da rua onde mora, a reforma da escola do bairro ou o lançamento de um novo programa social.
É extensa a lista de demandas e de expectativas dos eleitores, mas, podemos afirmar que, seguramente, um ponto as reivindicações dos cidadãos têm em comum: a melhoria dos serviços públicos de saúde. Independentemente de ser ou não usuária do sistema público de saúde, acreditamos que a maioria dos goianos espera e cobra mais qualidade nesta assistência.
Duas pesquisas recentes feitas por um instituto da capital mostraram que mais de 70% dos entrevistados – 89,7% na primeira delas – demonstraram insatisfação com a saúde pública em Goiânia e cobraram mais postos de atendimento, mais médicos, mais consultas e melhorias em geral.
Quase às vésperas de uma nova eleição para o Governo de Goiás, entendemos que essa insatisfação da sociedade deve merecer mais atenção dos futuros candidatos. As queixas dos entrevistados reforçam o alerta que o Cremego vem, há tempos, fazendo aos gestores estaduais e municipais sobre a necessidade urgente de mais investimentos e melhorias na área da saúde em Goiânia e no interior do Estado.
É preciso que os futuros – e os atuais – deputados estaduais, deputados federais, senadores e governador de Goiás entendam essa insatisfação popular não apenas como mais uma avaliação pontual e sujeita a oscilações momentâneas dos serviços de saúde. É preciso que vejam no resultado das pesquisas o reflexo claro de uma realidade que precisa ser mudada.
A saúde é uma necessidade básica e um direito assegurado constitucionalmente a todos os cidadãos e merece estar sempre entre as prioridades dos planos de governo, não somente nos projetos apresentados em palanque durante as campanhas eleitorais, mas no topo da lista do trabalho diário dos eleitos.
E nós, como representantes da classe médica e defensores de uma saúde pública de qualidade, quando nos questionamos o que esperar do próximo governador jamais poderíamos deixar de reforçar essa reivindicação. Reconhecemos que já houve avanços em algumas áreas de atendimento, com a melhoria de serviços prestados à população, mas entendemos que muito ainda precisa ser feito. E mais: com urgência.
Então, o que esperamos do próximo governador de Goiás é que tenha projetos e ações para melhorar a saúde pública no Estado. Essa melhoria passa por uma reformulação ampla dos serviços, com a contratação de mais médicos, investimentos em infraestrutura, em programas básicos de saúde e em campanhas educativas e preventivas de doenças. Precisamos de unidades de saúde em quantidade suficiente para atender a demanda e com a qualidade necessária para garantir a resolutividade dos atendimentos.
O déficit de médicos registrado hoje nas unidades de saúde traduz o desinteresse da classe médica pelo setor público, um problema que tende a se agravar diante da escassez de investimentos no setor. O próximo governador precisa estar atento e pronto para sanar esse problema. Deve também estar ciente que é preciso valorizar os médicos e os demais profissionais de saúde.
Quando falamos em valorização dos médicos não nos restringimos ao pagamento de salários dignos e compatíveis com o exercício e a responsabilidade da profissão médica. A boa remuneração é, sim, fundamental para que o médico ingresse no serviço público, mas a valorização do trabalho médico, essencial para garantir a permanência do profissional na rede pública, depende da criação de uma carreira de Estado para o médico.
O médico precisa de segurança, estabilidade, remuneração justa e condições dignas de trabalho para que possa se transferir para as pequenas cidades do interior e levar assistência às pessoas que nelas moram. A interiorização da medicina está diretamente vinculada à valorização dos profissionais médicos.
Propostas, como a lançada recentemente pelo Governo Federal de suprir o déficit de médico no setor público com a importação de profissionais formados em Faculdades de Medicina de outros países, premiando-os com a revalidação automática de seus diplomas, não passam de um engodo, de uma ameaça aos médicos, à medicina brasileira e à população.
A sociedade precisa de médicos preparados e em número suficiente para assegurar o funcionamento dos serviços de saúde e com as condições de trabalho necessárias para garantir a boa assistência aos pacientes. A falta de meios aumenta o risco para o paciente e para o médico. O médico precisa ser motivado a atuar no serviço público. E a saúde pública precisa da atenção do Estado.
Assim, ao nos questionarmos sobre o que esperamos do próximo governador, a resposta é certa: que zele pela sociedade e que priorize a saúde pública. Os subsídios para a elaboração de um bom plano de governo na área da saúde estão por toda parte. Basta que os candidatos ouçam as entidades médicas e o clamor da sociedade.
Entre os pré-candidatos ao governo de Goiás já é possível identificar quem tem na saúde muito mais do que uma bandeira política. Caberá a nós, cidadãos, médicos e eleitores, escolhermos e elegermos quem tem compromisso e determinação para trabalhar em prol da saúde pública e, depois, acompanharmos e fiscalizarmos o trabalho do nosso futuro governador.

Salomão Rodrigues Filho é médico psiquiatra e presidente do Conselho Regional de Medicina  (30/05/13)
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Médica é indiciada após causar lesão em paciente
Delegado diz que ela trabalhava na mesma clínica do Sílvio Galdino
O Delegado Waldir Soares, titular do 8º DP, ouviu na manhã dessa quarta-feira (29) uma médica especializada em tratamento estético. Segundo Waldir, ela foi indiciada e responderá por lesão corporal, causada a uma de suas pacientes.
A médica que responde ao inquérito, atende pelo nome de Ana Raquel Correa e trabalha na mesma clínica de um outro médico polêmico, Sílvio Galdino – que também cometeu o mesmo crime da companheira de profissão. Ele (Dr. Sílvio), ficou conhecido na semana passada, quando uma de suas pacientes o denunciou por erro no tratamento, causando-a queimaduras no rosto. (30/05/13)

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A REDAÇÃO

Dono de loja de suplementos é preso suspeito de venda de produtos ilegais

Goiânia – O dono de uma rede de lojas de suplementos alimentares foi preso na última terça-feira (28/5) suspeito de comercializar produtos não autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Luis Fernando Porto Silva está detido na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor e vai ser indiciado pelo artigo 273 do Código Penal, que diz respeito à venda de produtos proibidos e/ou não permitidos pela Vigilância Sanitária.

Segundo a delegada Ana Claudia, responsável pelo caso, inúmeras e frequentes denúncias já vinham sendo registradas na delegacia sobre o caso, até que uma equipe foi deslocada à loja Fitness do Setor Oeste, em Goiânia, quando o caso foi, então, descoberto. " Nós encontramos duas substâncias ilegais, a Melatonina e o Tribulus Terrestris, que eram guardados em um armário ao fundo", explica a delegada.

Na ocasião, a equipe presenciou um cliente que tentou comprar um dos produtos. "Mesmo que a quantidade apreendida seja pequena, ficou clara a venda corriqueira de ambas substâncias, o que já caracteriza o crime", afirma Ana Claudia.

Além das duas substâncias encontradas na apreensão, a polícia encontrou uma embalagem de DHEA, hormônio anti-envelhecimento que é considerado droga no Brasil. A delegada Ana Claudia afirma que o material está em análise, já que é necessário confirmar se realmente o que há na embalagem é de fato o hormônio proibido. Se confirmado, Luis Fernando poderá responder por outros crimes.

Dúvida
A Polícia Civil apura ainda quantas lojas Luis Fernando comanda. Segundo o suspeito, são apenas duas, a do Setor Oeste e outra em Trindade (GO). No entanto, outra equipe esteve em uma loja do mesmo nome, localizada no Setor Campinas, e funcionários do local, ao serem questionados sobre a quem pertencia o estabelecimento, confirmaram que era também do suspeito.

Segundo a delegada, a loja de Campinas não tem alvará de funcionamento, nem contrato social. Mas, é necessário uma investigação para saber se realmente Luis Fernando comandava o local. Segundo um cliente da Fitness, que não quer ser identificado, Luis Fernando é dono de dez lojas da marca em Goiás.

Suspeita
A Decon também apreendeu no local vários receituários de nutricionistas indicando as substâncias ilegais. Segundo Ana Claudia, os documentos vão ser investigados e os profissionais notificados sobre o caso.

O jornal AR entrou em contato com a loja Fitness do Setor Oeste para saber a posição do estabelecimento, mas ninguém quis se manifestar. (30/05/13)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação